Anatomia das vivas ondas

Ella Dominici: Poema ‘Anatomia das vivas ondas’

Ella Dominici
Ella Dominici
Anatomia de vivas ondas
Anatomia de vivas ondas
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Anatomia das vivas ondas!

I-

De um exílio entre o mar e o céu

sendo o pisar em estrela, maré de areia,

do outro lado, ilha ensolarada em véus do nada

Nua como um dia que engatinha a vida

Entre o ser das rochas, alto e decidido

ao mínimo de mim, conceito dividido

no engolir dunas pela boca sedenta

Desolada figura, símbolo da existência

Revendo sempre como nascem vagas,

 crescem

 quase imortalizado o tempo nas alturas,

  arrebentam

renascem no ínfimo tamanho de uma bolha, alongada

desenhando um mapa em água

Nem mesmo em dor consigo compreendê-la, vaga

efêmera se desmancha como num parto de uma fêmea

minuciosamente diz num beijo um louco amor, alada

cavalga como uma amazona reclusa nas

 montanhas

na liberdade do levantar de saias por movidas brisas



Diálogo com ímpeto aquoso

II-

Traduza o sentimento do pavor, do ímpeto

do mar que movimenta forte e lento,

sem demonstrar o verdadeiro encanto

Traduza onda que canta no marulho

como criança antiga empertigada

  desesperando a noite que engasgada

fenece em teu abraço disfarçada

O que sei de mim se sou das águas

onda, corpo, sinuosamente escuma,

sendo enfim terra no indelével plano,

do exílio entre o mar e minha voz exígua ,

o que sei de mim, em terra de escolhas,

olhando a querer céu de Estrela Única.

Ella Dominici

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É Natal, nasceu Jesus!

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘É Natal, nasceu Jesus!

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
"No céu luzidio, pelo passear da lua, anjos cantam hinos de louvor "
“No céu luzidio, pelo passear da lua, anjos cantam hinos de louvor…” 
Microsoft Bing – Imagem gerada pelo Designer

Na quietude da noite, 

sob a janela do luar, num lampejo,

uma venusta luzente estrela,

debruça-se em súbito clarão 

sobre a manjedoura,

ao sussurro do vento.

No céu luzidio,

pelo passear da Lua,

anjos cantam hinos de louvor 

e o ressoo dos sinos plangentes

repicam, ecoam,

e anunciam a chegada 

do Deus Menino, o Salvador,

ao fulgor da estrela d’alva.

Na plenitude do tempo

num humilde estábulo,

à meia noite, nasceu Jesus, 

trazendo esperanças,

paz, fé, união 

e amor entre os povos.

Então, diante da placidez da noite,

da varanda do mundo,

luzes piscam,

símbolos natalinos e enfeites coloridos 

resplandecem,

sons evocam e repercutem.

Enfim, pessoas aconchegam-se felizes,

afloram sorrisos,

e num misto de fé e devoção 

rasgando a voz da noite,

reverberam no silêncio entre delírios,

vamos celebrar, é natal!  

É natal!  Nasceu Jesus!                                                                                                                                                                                                                                                 

Ceiça Rocha Cruz

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Minha estrela

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Minha estrela’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
Uma voz fala de amor, aos sussurros do vento
Uma voz fala de amor, aos sussurros do vento
Criador de imagens do Bing

A noite chega enluarada
e no céu de estrelas, um clarão fulgura
e se propaga incandescente.

Um olhar vago busca o teu olhar
no olhar do tempo,
o luar emerge e uma estrela cintilante,
encontra este olhar.

Sob um manto de estrelas
de um prateado véu,
uma voz fala de amor,
aos sussurros do vento.

Estrela de brilho e leveza
de silêncios e mistérios,
das sinfonias, dos olhares,
dos sorrisos que extravasam
das mãos de um lindo amanhecer.
Você.

No encontro sublime
sob a trilha do céu estrelado
e um raio de luz,
encontrei o sentido da vida,
o amor na minha estrela.

Ceiça Rocha Cruz

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