Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com – Gnose!
Palavra grega que significa conhecimento.
Ao dizer ‘gnose’, nos remete imediatamente ao século I, ou seja, aos primeiros cristãos primitivos, chamados Essênio. Foram lá que surgiram as primeiras premissas dos ensinamentos cristãos.
Devem estar se perguntando onde quero chegar com essa crônica.
Em primeiro lugar, como sempre peço a imparcialidade de crenças ao lerem minhas palavras, sem se apegarem a nenhuma religião específica, somente pensar como os grandes filósofos, divagar em nosso maior bem, que foi nos dado de presente pelos deuses criadores de nossa existência, a inteligência e o raciocínio.
Da gnose deriva os gnósticos, um grupo de homens que abriram mão de todo e qualquer conforto material, desprendidos da natureza dialética, ou seja, das coisas do mundo, podem estar pensando como abandonar coisas desse mundo? Como viver em cavernas? Sem conforto? Não! O que me refiro é o abandonar da natureza dialética, aperfeiçoar o templo íntimo de cada um, a centelha divina originária do fogo serpentino que recebemos de presente quando de nossa queda do paraíso, esse foi o único resquício que nos restou de nossa natureza divina.
O abandonar coisas desse mundo metaforicamente falando é voltar-se para forma divina, é procurar deixar-se renascer das cinzas nossa Fenix. É procurar o caminho de volta para nosso lar eterno e imutável, o verdadeiro paraíso, somos seres decaídos, e sem dúvida nos deixamos levar pelas ilusões momentâneas de um mundo do qual não pertencemos, estamos apenas de passagem, um dia teremos que voltar, e seremos obrigados a evoluir. A gnose é o conhecimento espiritual que todos ao seu tempo encontrarão, o ser gnóstico assumirá a forma divina para o retorno ao lar, para casa do pai, como um filho pródigo.
Deixemos nos levar por essa aura de amor e paz, e com a certeza que o criador jamais abandona sua criação, o faz dando-lhe o poder do livre arbítrio, para que quando chegar à hora certa, o fogo se acenderá como uma luz de um farol a orientar os navegantes no mar revolto, a caminho do lar.
Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com