Artigo de Celio Pezza: 'BNDES'

Colunista do ROL
Celio Pezza

Célio Pezza – BNDES

  

Os simpatizantes do governo Dilma agora se voltam contra a composição do Ministério Temer, alegando que mulheres e negros não fazem parte, como se a escolha de um Ministério fosse um programa de auditório.

Ao mesmo tempo, um grupo de artistas do filme “Aquarius” fez em Cannes um protesto contra o governo Temer. Vale salientar que o filme teve o patrocínio de cerca de R$ 3 milhões da Secretaria da Cultura do Estado de Pernambuco e do BNDES. Dai se entende o alarde de parte da classe artística do país, que não quer perder as benesses do governo Dilma.

Morre gente por falta de atendimento em Pernambuco, mas sobra dinheiro para distribuir para artistas.

Chega de farra com nosso dinheiro.

Nessa mesma semana, Michel Temer nomeou a doutora em Economia, Maria Sílvia Bastos, que já foi presidente da CSN e Secretaria da Fazenda do Rio de Janeiro, para ocupar a presidência do BNDES. A imprensa petista, não deu o devido destaque e respeito ao seu currículo e preferiu dizer que é uma mulher. Eles ainda não entenderam que o mais importante é a competência, quer seja de um homem ou mulher, independente da cor.

Enfim, esperamos que a nova presidente do BNDES ajude a entender os motivos do banco mandar tanto dinheiro para obras fora do país ao invés de deixar esses recursos no Brasil. Vejamos alguns exemplos de obras no exterior e as empresas responsáveis, divulgados pelo Instituto Ludwig von Mises IMB-Brasil, entidade que promove os princípios de livre mercado e de uma sociedade livre.

1 – Porto de Mariel – Cuba – US$ 682 milhões – Odebrecht

2 – Hidrelétrica Manduriacu – Equador – US$ 124.8 milhões – Odebrecht

3 – Hidrelétrica San Francisco – Equador – US$ 243 milhões – Odebrecht

4 – Hidrelétrica de Chagilla – Peru – US$ 320 milhões – Odebrecht

5 – Metrô da Cidade do Panamá – Panamá – US$ 1 bilhão – Odebrecht

6 – Autopísta Madden-Colón – Panamá- US$ 152,8 milhões – Odebrecht

7 – Aqueduto de Chaco – Argentina – US$ 180 milhões –  OAS

8 – Ferrocarril Sarmiento – Argentina – US$ 1,5 bilhões – Odebrecht

9 – Metrô de Caracas – Venezuela – US$ 732 milhões – Odebrecht

10 – Ponte sobre Rio Orinoco – Venezuela – US$ 300 milhões – Odebrecht

11- Barragem Moamba – Moçambique – US$ 350 milhões – A. Gutierrez

12 – Aeroporto de Nacala – Moçambique – US$ 125 milhões – Odebrecht

13 – BRT de Maputo – Moçambique – US$ 180 milhões – Odebrecht

14 – Hidrelétrica de Tumarin – Nicarágua – US$ 343 milhões – Q. Galvão

15 – Projeto El Chorro – Bolivia – US$ 199milhões – Queiroz Galvão

Como estes, existem milhares de empréstimos concedidos pelo BNDES a partir de 2.009, cujos valores não temos nem ideia.

Precisamos abrir essa caixa preta e entender exatamente porque o BNDES financia portos, estradas, ferrovias, etc. fora do Brasil, quando aqui nos falta de tudo.

Esperamos que seja exatamente uma mulher, que irá dar o inicio a esse novo escândalo do BNDES, que colocará um fim a esse ciclo de corrupção que destruiu nosso país.

Colunista do ROL
Celio Pezza

Avante Temer! Conte com brasileiros livres que querem Ordem e Progresso.

 

Célio Pezza

Maio, 2016




Artigo de Celso Lungaretti: '"INSANIDADE É CONTINUAR FAZENDO SEMPRE A MESMA COISA E ESPERAR RESULTADOS DIFERENTE". A PRIORIDADE AGORA É FORJARMOS UMA ESQUERDA DE VERDADE!!!'

O ‘PAU NO TEMER!’ SERÁ INÓCUO ENQUANTO NÃO EXTRAIRMOS AS LIÇÕES DA DERROTA E CORRIGIRMOS OS ERROS QUE A CAUSARAM

 
Por Celso Lungaretti, no blogue Náufrago da Utopia

 

A reação furibunda contra o novo governo, insuflada pelas mesmas pessoas que tiveram participação decisiva no desastre que foi o segundo mandato de Dilma Rousseff, tende a produzir o mesmo resultado do não vai ter golpe: mais derrota.

Basta uma leitura dos jornalões para percebermos o porquê.  Nem mesmo eles morrem de amores pelo Ministério de Michel Temer, mas dão um voto de confiança à nova equipe econômica, elogiando seus integrantes e suas propostas.

Ou seja, evidentemente o poder econômico – aquele que quem não cabulou as aulas de Marx sabe ser o realmente decisivo numa democracia burguesa – está aplaudindo e dará ao Temer o apoio necessário para que a situação da economia já não esteja tão deteriorada no último trimestre, quando o Senado decidirá se Dima deve ser reempossada ou afastada em definitivo.

O desafogo no bolso muda imediatamente o humor dos brasileiros, como se viu na última ditadura: estavam amedrontados em 1969, mas era nítida sua insatisfação com um período de vacas magras que parecia não ter fim e com os que considerava responsáveis por tal penúria.

Se o povo estiver sentindo-se aliviado depois de tanto miserê, haverá alguma chance de um Senado como esse que está aí votar em sentido contrário quando estiver julgando Dilma? Nem a pau, Juvenal. 

Então, em termos práticos, de que servirão todos esses resmungos virtuais contra o novo governo? De muito pouco, evidentemente. Terão sido palavras que o vento leva, desabafos que fazem seus autores sentirem-se melhor mas não alteram a essência dos acontecimentos políticos.

Daí eu considerar que a prioridade real neste momento não é o pau no Temer!, mas sim o vamos forjar uma esquerda de verdade!.

Então, a quem me criticou por não estar combatendo a direita quando ela está tão forte, respondo: pior mesmo é estarmos tão fracos e não termos chance nenhuma de a deter neste momento. 

Conseguirmos que seja mudado um ou outro nome do Ministério, que tal ou qual Pasta permaneça como tal ao invés de ser incorporada a outra, faz parte do teatro da política, das escaramuças que preenchem o noticiário mas, verdadeiramente, não passam de tempestades de som e fúria significando nada, como diria o bardo. Não se constituem, nem de longe, no fator determinante do fracasso ou sucesso dos governos. 

Temos de nos tornar fortes por dentro, antes de sermos capazes de fazer valer nossa força lá fora.