‘A Arte da Natureza’

Ministério da Cultura, BTP, MSC, MEDLOG, Ecovias, Rumo e G. PIEROTTI apresentam ‘A Arte da Natureza’ abrindo o calendário 2024 do Arte na Pinacoteca

'A Arte na Natureza'
A Arte na Natureza

A exposição gratuita abre no dia 15/03 na Pinaceteca Benedicto Calixto em Santos com obras de seis renomados artistas visuais contemporâneos

O Ministério da Cultura, Brasil Terminal Portuário (BTP), MSC, MEDLOG, Ecovias, Rumo e G. PIEROTTI apresentam o Plano Anual de Atividades da Fundação Benedicto Calixto – em Santos – SP – Arte na Pinacoteca 2º edição, Lei Rouanet, Pronac 233045 – realização Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, com a coordenação e gestão cultural da Weimar Cultural, empresa que atua e desenvolve projetos relacionados à arte e cultura, educação, desenvolvimento social, sustentabilidade e meio ambiente.

A exposição gratuita “A Arte da Natureza” abre o calendário da 2ª edição do projeto Arte na Pinacoteca, no próximo dia 15 de março, com obras de seis renomados artistas visuais contemporâneos: José Roberto Aguilar, Jaider Esbell, Mário Ishikawa, Hélio Melo, Gilberto Salvador e Claudio Tozzi, que exploram a relação intrínseca entre o homem e a natureza e levantam questões vitais sobre a sustentabilidade planetária.

Inspirados pela poesia de Manoel de Barros, “O mundo não foi feito em alfabeto. Senão que primeiro em água e luz. Depois árvore”os curadores Carlos Zibel e Antonio Carlos Cavalcanti Filho selecionaram artistas que, com suas visões únicas e poéticas, contribuem para uma experiência estética enriquecedora, promovendo uma reflexão sobre a vida terrestre e nossa conexão, amorosa ou não, com a natureza.

A exposição destaca como a visão de humanidade como parte integrante e ativa da natureza foi preservada pelos povos tradicionais, contrapondo-se à dicotomia natureza/cultura estabelecida pelas culturas modernas. Em tempos de crise ecológica, a mostra ressoa com a ideia do filósofo Bruno Latour de que não há mais “rotas de fuga, a não ser aquela que nos conduz de volta à Terra.”

“A Arte da Natureza” é organizada em três subgrupos, refletindo as diversas abordagens dos artistas em relação ao tema. Gilberto Salvador e Claudio Tozzi apresentam obras que refletem o equilíbrio entre cultura e natureza; Mário Ishikawa e José Roberto Aguilar baseiam-se em artes e culturas tradicionais do Oriente; enquanto Hélio Melo e Jaider Esbell, através de suas raízes socioculturais e técnicas indígenas, oferecem uma ponte para o diálogo multicultural.

Esta exposição não só apoia a rota “plus intra” sugerida por Latour, mas também ecoa a sabedoria compartilhada por Aguilar: “Quando a floresta entra dentro de você… Ela vicejou dentro de mim.” A Pinacoteca Benedicto Calixto convida todos a se juntarem a nós nesta jornada estética e reflexiva, mergulhando na essência da nossa conexão com a natureza.

“Estamos imensamente entusiasmados com a abertura da exposição ‘A Arte da Natureza’, uma iniciativa que reflete nosso compromisso em promover a interação entre a arte, a cultura e a conscientização ambiental. Cada um dos artistas participantes traz uma perspectiva única sobre a relação intrínseca entre o homem e a natureza, abordando temas de vital importância como a sustentabilidade planetária. Esta exposição não é apenas um testemunho da genialidade criativa; é um convite para refletirmos sobre nosso papel no mundo natural. Esperamos que ‘A Arte da Natureza’ inspire nossos visitantes a contemplar mais profundamente as conexões entre suas vidas e o meio ambiente, alimentando uma apreciação mais profunda pela beleza e pela fragilidade de nosso planeta”, destaca Roberto Santini, presidente da Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto.

Esperamos receber você na abertura da exposição “A Arte da Natureza” em 15 de março. Venha explorar como a arte pode nos ajudar a redefinir nossa relação com o mundo natural e vislumbrar caminhos para um futuro sustentável”, convidam os curadores da exposição, Antonio Carlos Cavalcanti e Carlos Zibel.

Conheça um pouquinho de cada um dos artistas:

José Roberto Aguilar: José Roberto Aguilar é um pioneiro da arte contemporânea brasileira, conhecido por sua abordagem multidisciplinar que abrange pintura, escultura, vídeo e performance. Suas obras frequentemente exploram a relação entre o homem e a natureza, destacando-se por seu caráter expressivo e a incorporação de elementos da cultura popular brasileira.

Jaider Esbell: Artista macuxi do estado de Roraima, Jaider Esbell destacou-se no cenário artístico brasileiro por suas obras que unem mitologia indígena e questões ambientais. Suas pinturas e instalações são reconhecidas pela crítica social e pela valorização das tradições e saberes indígenas, fazendo dele um importante representante da arte indígena contemporânea.

Mário Ishikawa: Mário Ishikawa é um artista visual cuja obra é profundamente influenciada pelas técnicas e filosofias do Oriente, especialmente o sumi-ê japonês. Suas criações, que incluem desenhos com fumaça e pinturas, refletem uma profunda contemplação sobre a interconexão entre o ser humano e o meio ambiente, articulada através de uma estética minimalista.

Hélio Melo: Originário dos seringais da Amazônia, Hélio Melo era um artista autodidata cujas obras capturam a essência da vida e da biodiversidade amazônica. Suas pinturas são conhecidas por retratar a fauna, a flora e o cotidiano dos povos da floresta, servindo como uma ponte entre o mundo natural e o espectador, através de um estilo vibrante e detalhista. Falecido em 20 de março de 2001 em Goiânia – GO.

Gilberto Salvador: Artista plástico brasileiro, Gilberto Salvador é reconhecido por sua arte engajada, especialmente em temas ambientais e sociais. Suas obras abrangem pintura, escultura e instalações, muitas vezes caracterizadas por cores vibrantes e formas abstratas que provocam reflexão sobre a relação humana com o meio ambiente.

Claudio Tozzi:  É um artista visual cuja obra se destaca pela utilização de imagens icônicas da cultura e política brasileiras, transformadas em poderosas declarações visuais. Tozzi explora a natureza através de um prisma colorido e geométrico, criando obras que questionam a relação entre o desenvolvimento humano e a preservação ambiental.

Sobre o Arte na Pinacoteca – A exposição integra a agenda de exposições do “Arte na Pinacoteca”, que tem o objetivo de promover e disponibilizar às crianças, jovens, estudantes, professores e interessados manifestações culturais diversas.

Santos, localizada no litoral do estado de São Paulo, é mundialmente reconhecida por seu porto, um dos maiores e mais importantes do Brasil e da América Latina, servindo como um crucial ponto de comércio e logística. Além de sua significância econômica, a cidade oferece atrações culturais notáveis, como a Pinacoteca Benedicto Calixto, que abriga um acervo significativo de obras do artista que dá nome ao espaço, além de outras exposições temporárias de arte. A cidade é famosa por suas belas praias e o Jardim da Praia, com seus 5,3 km de extensão, é considerado o maior jardim de praia do mundo, um local perfeito para passeios ao ar livre. Santos também se destaca no esporte, sendo a casa do Santos Futebol Clube, onde Pelé, um dos maiores jogadores de todos os tempos, fez história. O charmoso centro antigo e os edifícios históricos da cidade oferecem uma viagem no tempo aos seus visitantes, tornando Santos um destino rico em cultura, história e lazer.

Pinacoteca Benedicto Calixto apresenta a exposição:  A Arte da Natureza

Data: 15 de março até 14 de abril de 2024

Av. Bartolomeu de Gusmão, 15 – Santos – SP

Visitação gratuita: de terça a domingo, das 9h às 18h

Tel.: (13) 3288-2260 e (13) 9.9734.6364

Instagram – Facebook e YouTube: @pinacotecabenedictocalixto

Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/




Centro Cultural Correios São Paulo recebe exposição “JOÃO CÂNDIDO, 90 – Histórias Silvafricanas”, com curadoria de Paulo Pedrini, a partir de sábado (11/03)

A exposição conta com 40 trabalhos, entre pinturas (30 obras) e esculturas (10 peças), produzidas ao longo dos últimos 50 anos por João Cândido da Silva

Será inaugurada, no próximo dia 11/03, no Centro Cultural Correios São Paulo (CCCSP), a exposição “João Cândido, 90 – Histórias Silvafricanas”, com 40 trabalhos, entre pinturas (30 obras) e esculturas (10 peças), produzidas ao longo dos últimos 50 anos por João Cândido da Silva.

A ideia da exposição é acompanhar o itinerário e o imaginário, transposto às artes plásticas diversas, por um dos multiartistas negros vivos mais longevos e criativos do Brasil, oriundo de uma das famílias de artistas negros mais significativas do país, com vasta contribuição e legado, vivos, ainda não tão conhecidos do grande público.

Seu João Cândido da Silva é irmão da inovadora pintora primitivista Maria Auxiliadora (1935-1974), a mais conhecida integrante da família. Ambos foram dois dos pioneiros de diversos espaços e festivais de cultura do Brasil, como toda movimentação cultural que tornou a cidade de Embu das Artes-SP, junto à família de Solano Trindade, seu Assis e diversos outros artistas populares pioneiros, bem como também do tradicional festival Revelando SP, junto ao artista e pesquisador Toninho Macedo.

Para a família Silva, que foi aprendendo e produzindo as mais diversas formas de artes plásticas a partir do incentivo da mãe, o fazer artístico é mais do que uma forma de sobrevivência, suas mentes criativas estão constantemente em busca de novos desafios.

Ao voltar, recentemente, de uma viagem patrocinada pelo Institut de Sciences Politiques de Paris, organização estrangeira que tem como objetivo divulgar o trabalho dos artistas brasileiros na França, Seu João Cândido afirmou que embora tenha recebido muita atenção “lá fora” gosta mesmo de ficar no Brasil, pintando as emoções do povo brasileiro.

“Embora autodidata, o traço de João Cândido não se vincula totalmente ao primitivismo, principalmente pelo uso da perspectiva na composição de paisagens e no respeito pelas proporções das personagens entre si e destas em relação ao ambiente em que se inserem”, afirma o crítico de arte Oscar D’Ambrosio, que também é consultor da exposição.

Atualmente João Cândido está se dedicando a novas pinturas e trabalhando com materiais reciclados.

A exposição busca reunir e apresentar um apanhado significativo desses itinerários criativos e desta produção, por ocasião do aniversário e 90 anos do multiartista – que será celebrado no próprio dia de abertura da exposição.

 

SERVIÇO: 

“JOÃO CÂNDIDO, 90 – Histórias Silvafricanas” 

Artista: João Cândido da Silva [com algumas obras pontuais de Vicente Paula da Silva, Maria Auxiliadora da Silva et alli]  

Abertura: sábado, 11/03, às 14h

Quando: de 11/03/2023 a 08/04/2023

Período: de segunda a sábado, 10h às 17h

Monitoria / Arte-Educação: Seg., Qua. e Sex., das 10h às 16h

Onde: Centro Cultural dos Correios São Paulo – CCCSP

Endereço: Praça Pedro Lessa, s/n – Vale do Anhangabaú, Centro, São Paulo – SP

Como chegar: Metrô – Estação São Bento, saída para o Vale do Anhangabaú

Direção Geral e Curadoria: Paulo Cesar Pedrini

Homenagem Especial (aniversário de 90 anos): João Cândido da Silva

Produção Executiva: Danilo Cesar

Consultoria: Edgard Santo Moretti

Pesquisa Complementar: Luanda da Silva

Colaboração: Oscar D’Ambrósio

Arte-Educação e Monitoria: Francisco Vidal

Design e Artes Gráficas: Marcello Max

Participações Especial: Thobias do Vai-Vai e Irmandade Nossa Sra. do Rosário dos Homens Pretos e Samba de Roda do Recôncavo

Entrada: gratuita, com acesso para pessoas com deficiência

Classificação etária: livre

Apoio: Centro Cultural Correios

Informações: (11) 2102-3691

 E-mail: centroculturalsp@correios.com.br

 

 

 

 

 

 




Exposição de arte gratuita celebra os 63 anos da PUCPR

Centro Cultural da instituição reuniu obras de professores da Universidade; visitação estará aberta até o dia 17 de junho

No mês em que completa 63 anos, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) reuniu mais de 20 obras de professores da instituição em exposição que será inaugurada nessa quinta-feira (17), no Centro Cultural da Universidade, localizado no campus de Curitiba. A exposição ficará aberta até o dia 17 de junho, com visitação de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h, e entrada gratuita. É possível agendar visitas para o período noturno e aos sábados de manhã.

O evento integra as homenagens ao aniversário da Universidade, que completou 63 anos em 14 de março. Além disso, a exposição busca fortalecer as artes plásticas, valorizar a cultura paranaense e apresentar aos estudantes e comunidade em geral os artistas que passaram pela instituição.

“Não existe universidade sem cultura, daí a importância dessa exposição. Nosso objetivo é incentivar os estudantes que têm talento para as artes plásticas e homenagear os pintores, desenhistas e escultores que passaram pela PUCPR, além de apresentá-los a um público que talvez não os conhecesse”, comenta Fernando Antonio Fontoura Bini, professor da PUCPR e responsável pela curadoria do evento.

Artistas em exposição – Estarão expostas no Centro Cultural da PUCPR 23 obras, de sete artistas. Confira os nomes:

Abrão Assad: arquiteto, escultor e desenhista, foi professor da PUCPR entre 1976 e 1980 e participou da modernização do sistema de transporte coletivo da capital paranaense.

Estela Sandrini: a pintora é referência no campo da arte e gestão cultural. Com bagagem estrangeira, a artista lecionou na PUCPR entre os anos de 1978 e 1995, no curso de Desenho Industrial.

Euro Brandão: além de grande nome da engenharia, foi pintor, desenhista e professor. Reitor da PUCPR de 1986 a 1998.

Fernando Calderari: falecido em 2021, foi discípulo de Guido Viaro e um dos nomes mais memoráveis do curso de Design da PUCPR. Integra a exposição com pinturas a óleo e gravuras em metal.

Ingo Moosburger: professor do Curso de Design da PUCPR desde 1978, é pintor e desenhista.

Ivo Vaz: na exposição, estarão expostas peças em cerâmica, grande especialidade do artista. Vaz foi professor da PUCPR de 1986 a 2006.

Lígia Beatriz Borba: com grande parte da vida dedicada à cerâmica, atuou como professora de anatomia aplicada à escultura e lecionou por cinco anos na PUCPR.

Projeto Caminho das Artes – Com o objetivo de incentivar o talento artístico dos estudantes, a PUCPR desenvolveu o site “Caminho das Artes”, no qual é possível conferir todas as obras que estão em exposição permanente na Universidade para, depois, conhecê-las presencialmente. Para saber mais, acesse: https://www.pucpr.br/vida-no-campus/trilha-cultural/.

 




Comédia criada para comemorar os 20 anos da Cia Bendita Trupe, dirigida por Johana Albuquerque

Link para download de fotos

Protocolo Volpone, um clássico em tempos pandêmicos faz oito apresentações de forma online e gratuita,com legendas em português, inglês e espanhol,no canal do Youtube/Protocolo Volpone

Comédia criada para comemorar os 20 anos da Cia Bendita Trupe, dirigida por Johana Albuquerque, Protocolo Volpone – Um Clássico em Tempos Pandêmicos foi o 1º espetáculo presencial a estrear na pandemia, na abertura da fase verde, antes da chegada da vacina, em São Paulo. Convertendo todos os protocolos de segurança em procedimentos e linguagem cênica, o espetáculo recebeu um público restrito de 20 pessoas por sessão, abrigadas em cabines plásticas higienizadas e individuais, que garantiram isolamento e proteção à plateia.

Agora, com a segunda onda da pandemia em 2021, o grupo ganhou o Prêmio de Histórico de Grupo do PROAC LAB, para compartilhar apresentações online da filmagem e edição em 04 câmeras do espetáculo, que ocorreu a céu aberto no Estacionamento do Teatro Arthur Azevedo, em novembro de 2020,

Como o formato presencial com protocolos só permitia a entrada de 20 pessoas por sessão, muitos espectadores não conseguiram ver a peça. Por este motivo, a Bendita Trupe prepara esta pequena temporada online com 08 apresentações, de 14 de maio a 05 de junho, sempre as sextas e sábados, as 20h, na qual apresenta a filmagem da peça, com opção de legendas em três línguas (português, inglês e espanhol), no intuito de que espectadores de outros países possam também acompanhar o projeto.

Visando ainda fomentar a discussão sobre as relações entre artes cênicas, cultura e pandemia, como também, estar de forma ao vivo com os espectadores, acontecerão 04 debates através do Zoom, sendo transmitidos ao vivo pelo Youtube/Protocolo Volpone e pelo Facebook da Bendita Trupe. Os debates acontecerão seguidos de roda de perguntas do público via chat, que acompanhará ao vivo a transmissão. Os debates serão realizados as segundas às 18h30, com duas horas de duração, de 17 de maio a 07 de junho, com os seguintes temas e participantes:

Debate 01 – 17/05 – O artista na linha de frente da Pandemia, com a Bendita Trupe – Mediação Ruy Cortez (diretor da Cia. da Memória)

Debate 02 – 24/05 -A gestão cultural na Pandemia, com Pedro Granato (SMCSP / Teatro Pequeno Ato) e Rosana Paulo da Cunha, Gerente de Ação Cultural do Sesc SP – Mediação Johana Albuquerque (idealizadora do projeto)

Debate 03 – 31/05 – Ben Jonson: a comédia da ganância ontem e hoje, com Marcos Daud (tradutor e adaptador Protocolo Volpone) e Ricardo Cardoso (Shakespeare Institute, USP / FAPESP) – Mediação Joca Andreazza (ator do espetáculo)

Debate 04 – 07/06 – Teatro na pandemia: o olhar crítico. Com Valmir Santos (Teatro Jornal) e Kil Abreu (Cena Aberta + curador de teatro CCSP) – Mediação Cacá Toledo (assistente de direção do espetáculo).

Todos os debates ficarão disponíveis no canal do youtube de Protocolo Volpone para quem não puder acompanhar a transmissão ao vivo.

A Bendita Trupe deseja inspirar espectadores e artistas de muitos territórios a ousarem estabelecer novos experimentos cênicos protocolares, assim que houver uma melhora no quadro atual que permita a tão esperada abertura.

A equipe

Essa montagem é a mais famosa comédia de Ben Jonson, na versão de Stefan Zweig, e tem adaptação de Marcos Daud. A idealização do projeto e direção é de Johana Albuquerque e o elenco é composto pelos atores Daniel Alvim, Helena Ranaldi, Joca Andreazza, Luciano Gatti, Marcelo Villas Boas, Mauricio de Barros, Pedro Birenbaum, Vanderlei Bernardino, Sergio Pardal e Vera Bonilha. Na visualidade do espetáculo figuram o cenógrafo Julio Dojcsar, a iluminadora Aline Santini, a figurinista Silvana Marcondes, o diretor musical Pedro Birenbaum e o visagista Leopoldo Pacheco. O projeto conta também com a assistência de direção de Cacá Toledo e produção de Anayan Moretto.

 Sobre o espetáculo

Trata-se de uma adaptação de Volpone, a comédia da ganância, de Ben Jonson, contemporâneo de Shakespeare, um dos textos mais encenados no Reino Unido. O texto ganha uma versão enxugada pelo austríaco Stefan Zweig, nos anos 1920, a partir da qual Marcos Daud fez a versão atualizada para o contemporâneo. Volpone é um homem sem filhos, especialista na arrecadação de riquezas e, para mais acumular, finge estar agonizante e diverte-se com o desfile de bajuladores que, na expectativa de serem contemplados em seu testamento, o enchem de favores e se prestam a todas as humilhações. É uma comédia clássica, com uma embocadura de linguagem aparentemente de época, mas também divertida, cáustica e popular.

O texto foi encenado pelo Teatro Brasileiro de Comédia nos anos 1950, e Décio de Almeida Prado, crítico que ajudou a formar o público do TBC, assim descreve o texto: ‘Voltore’, ‘Corvino’, ‘Corbaccio’ – Ben Jonson   não   teria reunido assim esse bando de aves de rapina, em torno de Volpone, a astuta raposa velha, se não pretendesse escrever a mais estranha e inesperada das comédias: “a comédia da morte”.

A letra da música “Oh, Veneza, Terra dos Sonhos”, escrita especialmente por Bertolt Brecht para uma montagem deste texto pela diretora Elizabeth Hauptmann, em 1952, serviu de inspiração para a abertura deste espetáculo.

História da montagem

Com protocolos criados para que todos estejam protegidos, a elaboração da obra partiu do desejo do resgate do encontro primordial do teatro, a experiência presencial e efêmera entre o público e a cena (mesmo que de forma restrita). Chegaram, então, ao dispositivo cênico ao ar livre que abriga 20 espectadores em cabines individuais, assim como a atuação e movimentação dos atores no espaço com distanciamento físico entre eles, além do compartilhamento de objetos cênicos através de medidas de proteção, procedimentos que se transformaram em linguagem e criação cênica. A peça estreou no dia 16 de outubro de 2020 e ficou em cartaz neste formato até 08 de novembro, no Estacionamento do Teatro Arthur Azevedo.

Uma particularidade deste projeto é o fato de que a equipe criadora e de produção participaram do espetáculo no papel de “anjos de proteção”. Responsáveis por estabelecer os protocolos dentro da própria cena, direção, figurinista, iluminadora, cenógrafo, diretor musical e produção circulam por dentro do espaço cênico para garantir a troca segura de objetos entre os atores, o traslado de grandes mobiliários, o cuidado com o som e a luz, além de serem os guias da plateia na circulação pelo estacionamento.

Sobre a Bendita Trupe

A Bendita Trupe é um premiado conjunto paulistano, que tem como linha de pesquisa a criação de espetáculos para o público adulto e infantojuvenil, com linguagem crítica e poética voltada ao Brasil contemporâneo. Tem como princípio fundamental estimular a inteligência e o humor de todas as idades, perseguindo o ideal de um teatro “sério” e paradoxalmente, divertido. Em 2019, realiza a leitura encenada de Volpone, de Ben Jonson, em homenagem ao Teatro Brasileiro de Comédia, na Biblioteca Mario de Andrade,  no  465º  aniversário  da  cidade  de São  Paulo, que resultou na 1ª temporada presencial de Protocolo Volpone, um Clássico em Tempos Pandêmicos, em 2020. Em 2017, produz Hospedeira & Paquiderme: Díptico de Estranhas e Esquizos Dramaturgias, dois monólogos que conversam sobre os colapsos mentais, que estreou no SESC Consolação. Em 2015, encena dois espetáculos de jovens dramaturgos do SESI – British Council, Solilóquios e Em Abrigo, que esteve em cartaz no Mezanino do SESI Paulista.

Sobre Johana Albuquerque

É diretora, atriz, produtora e pesquisadora teatral. É pós doutora pela ECA/USP e dirige a Bendita Trupe. Tem 20 espetáculos encenados na cidade de São Paulo. Johana também é professora universitária. Além das montagens com a Bendita Trupe, em 2018 dirige a pesquisa cênica Quadro em Branco, numa parceria com o PPGEAC da UNIRIO, com as professoras atrizes Rosyane Trotta e Jacyan Castilho, uma revisitação ao Auto dos 99%, do Centro Popular da Cultura, CPC, tomando a história da universidade pública brasileira como metáfora da exclusão social no país. Em 2015, Johana dirige o Coletivo Quizumba, um coletivo negro com a pesquisa Santas de Casa Também Fazem Milagres, pela Lei de Fomento ao Teatro, que resultou no espetáculo Oju Orum, na Sala Adoniran Barbosa, no CCSP.

 

FICHA TÉCNICA 

Texto: Ben Jonson, na versão de Stefan Zweig

Adaptação: Marcos Daud

Idealização e direção: Johana Albuquerque

Assistência de direção: Cacá Toledo

Atores: 

Daniel Alvim (Volpone),

Helena Ranaldi (Canina),

Joca Andreazza (Corvino),

Luciano Gatti (Leone),

Marcelo Villas Boas (Juiz),

Maurício de Barros (Mosca),

Pedro Birenbaum (Inspetor e Músico em cena),

Vanderlei Bernardino (Voltore),

Sérgio Pardal (Corbaccio),

Vera Bonilha (Colomba).

Cenografia e Adereços: Julio Dojcsar

Desenho de Luz: Aline Santini

Figurino: Silvana Marcondes

Direção Musical, Músicas Originais, Produção de som e Teclados: Pedro Birenbaum

Visagismo: Leopoldo Pacheco

Colaboração nos desenhos de cena: Kenia Dias

Preparação corporal de Kempô: Ciro Godoy

Maquiadora: Jess Inamura

Sonorização: Kako Guirado

Operação de Som: Anderson Moura

Assistente de Luz e Operação: Pajeú Oliveira

Microfonista: Matheus Santos

Design gráfico: Murilo Thaveira

Mídias sociais: JustWebSites

Fotos Ensaio e Teasers: Marcelo Villas Boas

Fotos Divulgação: Maria Clara Diniz

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Filmagem em 04 câmeras e Edição do Espetáculo: Kim Leekyung e Marcelo Villas Boas

Áudio Studio – Felipe Santana

Legendas – Miguel Aceves Ramos Junior

Tradução Legendas Inglês – Jorge Minicelli

Tradução Legendas Espanhol – Iralys Escalona

Transmissão – Daniel Lopes

CICLO DE DEBATES:

Mediadores: Ruy Cortez; Johana Albuquerque; Joca Andreazza; Cacá Toledo.

Debatedores: Bendita Trupe; Pedro Granato; Marcos Daud; Ricardo Cardoso; Kil Abreu e Valmir Santos.

Produção Executiva: Marcelo Leão

Produção: Anayan Moretto

COORDENAÇÃO GERAL: JOHANA ALBUQUERQUE

REALIZAÇÃO: BENDITA TRUPE

 

SERVIÇO

Protocolo Volpone, Um Clássico em Tempos Pandêmicos

De 14 de maio a 05 de junho, sextas e sábados às 20h.

Duração do espetáculo: 120 min

Ingresso: Gratuito

Local: Canal do Youtube/Protocolo Volpone

Debates: Dias 17/05, 24/05, 31/05 e 07/06, segundas-feiras das 18h30 às 20h30.

Ingresso: Gratuito

Onde: Canal do Youtube/Protocolo Volpone e Facebook Bendita Trupe