Horizontes aparentes
Eliéser Lucena: Poema ‘Horizontes aparentes’
Olhando para a linha do horizonte
Percebo o quanto ele é longe, distante
E é sempre lá que queremos chegar
Nossos sonhos estão no limiar das nossas forças
Olhando para o Universo, desafio!
Ele tende a ser redondo, 360º
Por mais que caminhemos (cansaremos)
Chegaremos onde estamos, voltaremos ao início
A vida gira sempre em torno do que não temos
Buscamos o horizonte, uma obsessão
Sem atenção ao “onde estamos”
Como sempre sendo um lugar a ser melhorado
Assim o mundo anda e o tempo passa
Deixamos de viver aquilo que temos
Valorizamos o que não temos como sonhos
Desvalorizando nossas pequenas conquistas
O medo de um futuro que pode nem chegar
A negação dos pequenos dons que herdamos
Reações adversas ao que foi conquistado
Negações às dádivas diárias que recebemos
Algo que parece uma tendência
Correr atrás ao invés de andar na frente
Buscar objetivos distantes, remotos
Em detrimento ao palpável
Talvez assim se adquira aquela síndrome
De achar que o tempo se arrasta
Que não conseguimos nada sólido
Com uma leve pitada de fracasso
Mas e se pararmos e pensarmos um pouco?
O tempo de reverter o quadro não seria agora?
Recolocando a vida nos trilhos, simplificando
Vida longa, despretensiosa, despojada e feliz!
Eliéser Lucena
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