EMORIÔ
Pietro Costa: Poema ‘Emoriô’*
Guiné e Brasil, laços de cultura,
Ritmos inebriantes, desenvoltura,
Povo amoroso, mútua irmandade,
Tambores sagrados, diversidade.
Acordes de batuque, o canto do griô,
As túnicas estampadas, gumbé, nagô,
Elo de musicalidade, fervor, memória,
Lutas contra sua desigualdade inglória.
Emoriô, meus irmãos, unamos as mãos!!
Pietro Costa
N.E.
* Emoriô. É uma frase em iorubá ‘E mo ri O’, e significa Eu Te Vejo, em referência a Oxalá, uma reverência a este Orixá que guarda plena relação com o Sol, a Lua e o Céu e está associado à criação do mundo e da própria espécie humana.
Griô. Griô ou Mestre(a) é toda pessoa que se reconheça e seja reconhecido(a) pela sua própria comunidade como herdeiro(a) dos saberes e fazeres da tradição oral e que, através do poder da palavra, da oralidade, da corporeidade e da vivência, dialoga, aprende, ensina e torna-se a memória viva e afetiva da tradição oral
Gumbé. Gênero musical que nasceu da junção de alguns ritmos tradicionais da Guiné-Bissau como o Tina, Tinga e Kunderé. O instrumento principal desse ritmo é a cabaça, mas também usam o tambor.
Nagô. Designação de qualquer negro escravizado, comerciado na antiga Costa dos Escravos e que falava o iorubá.
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