Sergio Diniz da Costa: 'O conhecimento num clicar do mouse'

Sergio Diniz. Foto por Teófilo Negrão Duarte

Causa surpresa observar comentários redigidos com total afronta à gramática e mesmo no que diz respeito a citações de terceiros, regra geral, escritores, poetas e pensadores

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay . https://pixabay.com/pt/illustrations/internet-meios-de-comunica%c3%a7%c3%a3o-sociais-4463031/

Eu pertenço à Geração Pré-Computador-Internet. Estudei em cartilhas de miolo em preto e branco, pesquisei em livros comprados nas livrarias ou das bibliotecas públicas e escrevi textos em máquinas de escrever, daquelas manuais, com acionamento mecânico das teclas e fitas em preto e vermelho.

Naquela época, e apesar de toda a morosidade e até mesmo a falta de um incentivo visual para a aquisição de conhecimentos e a expressão profissional ou cultural, não tinha – como provavelmente a maior parte das pessoas – uma consciência de como tudo era mais lento e demorado. Era um tempo em que o relógio parecia girar seus ponteiros mais lentamente.

A humanidade, porém, a partir de 1946 conheceu, então, uma tecnologia que traria a revolução mais importante de toda a História: o computador!

Desde o ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Computer), primeiro computador digital eletrônico de grande escala no mundo, criado em fevereiro de 1946 pelos cientistas norte-americanos John Eckert e John Mauchly, da Electronic Control Company, desenvolvido em 1943 durante a II Guerra Mundial para computar trajetórias táticas que exigissem conhecimento substancial em matemática, mas só se tornou operacional após o final da guerra, e que pesava 30 toneladas, media 5,50 m de altura e 25 m de comprimento e ocupava 180 m² de área construída, até a terceira geração dos computadores (1964-1970), cujas tecnologias LSI, VLSI e ULSI abrigam milhões de componentes eletrônicos em um pequeno espaço ou chip, iniciando a quarta geração, que vem até os dias de hoje, gradualmente o mundo ‘real’ foi dando a vez para o mundo ‘virtual’. E os ponteiros do relógio começaram a girar mais rapidamente.

No Brasil, o ano de 1995 marcou a exploração comercial da internet e, em apenas um quarto de século, mais de 100 milhões de brasileiros acessam a internet, segundo dados da 11ª edição da pesquisa TIC Domicílios 2015, que mede a posse, o uso, o acesso e os hábitos da população brasileira em relação às tecnologias de informação e de comunicação.

Definitivamente, e cada vez mais, os brasileiros (e o mundo todo, de uma forma geral), vivem numa era em que o conhecimento, até onde o homem atual o desvendou, está ao alcance dos usuários de computadores e da internet num clicar do mouse.

Com isso, e ainda que se façam ressalvas à qualidade e comprobabilidade de algumas informações veiculadas na internet, qualquer pessoa que detenha o básico de escolaridade pode construir, subsidiariamente, ao lado dos estudos acadêmicos, uma gama de conhecimentos até então jamais conseguido pelos nossos antepassados.

Tal realidade, no entanto, destoa do que observamos nas redes sociais, em termos de manifestação quanto a fatos diários ou mesmo a relacionamentos meramente informais, como, por exemplo, no Facebook.

Causa surpresa observar comentários redigidos com total afronta à gramática e mesmo no que diz respeito a citações de terceiros, regra geral, escritores, poetas e pensadores.

Personagens célebres, como o bardo inglês Shakespeare ou a escritora nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira, Clarice Lispector, são citados constantemente por facebuquianos afoitos por demonstrar cultura. E tais citações, compartilhadas por outros tantos ‘amigos do Face’.

E essa prática, infelizmente, não ocorre somente com pessoas aparentemente com nível escolar mais baixo, porém, até mesmo com mestres e doutores, como pude comprovar, há pouco tempo, ao fazer a revisão de uma coletânea de textos técnicos.

Diante desta constatação, emerge uma preocupação, uma perplexidade, baseada no que poderíamos chamar de ‘Ironia da Alta Tecnologia’: num simples clicar do mouse, em poucos minutos o mundo do conhecimento humano atual chega ao seu consulente, com uma variadíssima gama de pesquisas, que, no século XX, demandava muito tempo e, às vezes, muito investimento financeiro. Não obstante, um fenômeno que merece estudo mais aprofundado revela a prática de manifestações escritas – e até verbais – próprias de pessoas incultas, avessas ao conhecimento.

O conhecimento, de fato, está ao alcance de todos, num clicar do mouse. O problema, talvez, não seja o mouse, mas dos dedos de quem digita!

 

Sergio Diniz da Costa – jornalculturalrol2@gmail.com

 

 

 

 

 

 




Pedro Novaes: 'Rede Conturbada'

Pedro Israel Novaes de Almeida – ‘REDE CONTURBADA’

A internet revolucionou o mundo.

Minorou os isolamentos, culturais e sociais, modificou hábitos e atuou como verdadeira bomba, nas economias. A tecnologia, que frequentava mesas com pesados computadores, hoje é manipulada em todos os lugares, do trânsito aos pontos de ônibus.

A internet sepultou quase por completo as famosas e melancólicas cartas manuscritas, anunciadas com garbo pelos funcionários dos correios, e tornou raros os interurbanos, com ou sem a interferência de telefonistas. Pesquisas eram realizadas em bibliotecas, e transcritos manualmente os textos escolhidos.

Viajantes, milhões, percorriam todo o país, lotando hotéis e carregando mostruários, em busca de pedidos de varejistas. Era pródiga a indústria de livros didáticos, e feroz a concorrência por indicações, nos estabelecimentos de ensino.

Lojas físicas disputavam os melhores e mais onerosos pontos de venda, obrigando o potencial comprador a peregrinações, em busca de melhores preços. Aulas, palestras e provas são disponibilizadas nos equipamentos, de posse e uso já popularizadas.

Lojas virtuais constroem vitrines vistas em todos os lugares, com sofisticados, rápidos e muitas vezes seguros sistemas de entrega. A procura e oferta de oportunidades de emprego aumentou sua visibilidade, e até a busca por animais e aves desaparecidas ganhou milhões de colaboradores.

A maior revolução da internet, contudo, ocorreu com a popularização das redes sociais. A interação entre povos e pessoas liquidou com a ditadura dos tradicionais meios de comunicação, como TV e jornais, que insistem em filtrar as informações, sob a ótica sempre míope de suas conveniências, financeiras e, quase sempre, políticas.

O aglomerado humano das redes, contudo, espelha as maldades e bondades da espécie, exigindo dos usuários cautelas e responsabilidades. É inteiramente falsa a noção de que as redes constituem um território inteiramente livre e impune.

O judiciário e as polícias já estão repletos de casos de ofensas, mentiras e maledicências, já contumazes frequentadoras das redes sociais. Postagens são compartilhadas sem qualquer checagem de sua veracidade, viralizando o pérfido desmonte de biografias e até mesmo a boa fama de produtos comerciais.

Nos campos político e partidário, o ambiente tornou-se selvagem, com discussões e acusações que beiram a grosseria e fanatismo. O acirramento das disputas por fatos e versões liquida antigas amizades e até relações familiares.

Acabamos, os frequentadores das redes, confinados a tribos distintas, sujeitos à leitura de considerações sem nexo, apaixonadas e cegas, sempre que o integrante de alguma tribo ousa frequentar os desígnios da tribo adversária.

O amadurecimento, quiçá oriundo da civilidade, pode e deve ser antecipado por simples exclusões, que tornam mais agradáveis os ambientes pessoais. Ainda chegaremos lá !

pedroinovaes@uol.com.br

O autor é engenheiro agrônomo e advogado, aposentado.

 




Festival Brasileiríssimos no Cine Joia (SP) será realizado no dia 18 de novembro

Em 2017 o projeto Brasileiríssimo completa 5 anos. Contando com mais de 9 milhões de seguidores nas redes sociais, é hoje é uma das principais referências quando se fala de cultura brasileira na internet

 

Contando com mais de 9 milhões de seguidores nas redes sociais, o Brasileiríssimos hoje é uma das principais referências quando se fala de cultura brasileira na internet.

Em 2017 o projeto completa 5 anos. Como parte da comemoração, lança a primeira edição do seu festival que conta como parceiros de produção a Rec-Beat Produções, produtora tradicional que tem no currículo o Festival Rec-Beat, um dos principais eventos de música do País. O evento acontecerá no Cine Joia, um dos locais mais históricos para realização de eventos na cidade de São Paulo.

ATRAÇÕES CONFIRMADAS:

Ana Muller 
Thifany Kauany
Ana Gabriela
Plutão Já Foi Planeta

Lineup completo em breve!
O Festival Brasileiríssimos é uma realização da Rec-Beat Produções em parceria com o Brasileiríssimos.SERVIÇO
Cine Joia apresenta Festival Brasileiríssimos
Data: sábado, 18 de novembro de 2017
Horário: 20hCLASSIFICAÇÃO ETÁRIA
18 anos. Entrada de pessoas com 16 ou 17 anos apenas será permitida se acompanhados de um responsável legal ou de um maior de idade portando autorização registrada em cartório. Modelo de autorização: http://bit.ly/autorizaçãodemenorescinejoia

MEIA-ENTRADA 
A concessão do direito ao benefício da meia-entrada é assegurada em 40% (quarenta por cento) do total dos ingressos disponíveis para cada evento. http://bit.ly/lei_meia_entrada
 

Para todos os shows e festas no Cine Joia há um lote promocional para as 10 primeiras pessoas que comprarem o ingresso na bilheteria. Os valores variam de R$ 1,00 a R$ 10,00 e cada pessoa só pode comprar 1 ingresso promocional.

Compre ingressos somente pelo canal oficial. Não estrague a noite comprando de cambistas ou terceiros.

 
TROCA DE TITULARIDADE E REEMBOLSO DE INGRESSO
A troca de titularidade no ingresso só será realizada com até 48h de antecedência ao evento. Para informações sobre reembolso do ingresso, favor acessar o link: http://bit.ly/reembolso_sympla 
Cine Joia:
Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade – São Paulo/SP
www.cinejoia.tv // www.facebook.com/cinejoia // www.instagram.com/cine_joia
Fone: (11) 3101-1305
Capacidade: 992 pessoas (o Cine Joia respeita a lotação máxima determinada por lei)
Chapelaria: R$ 5,00 (gratuita para clientes Elo)
Possui área de fumantes e acesso a deficientesServiço de vallet: R$ 30,00



Crimes virtuais afetam 42 milhões de brasileiros e serão punidos

Em 2016, o prejuízo total da prática para o país foi de US$ 10,3 bilhões

O Brasil ocupa lugar de destaque no cenário global de cibercrimes. Em 2016, 42,4 milhões de brasileiros foram vítimas de crimes virtuais. Em comparação com 2015, houve um aumento de 10% no número de ataques digitais. Segundo dados da Norton, provedora global de soluções de segurança cibernética, o prejuízo total da prática para o país foi de US$ 10,3 bilhões. Em maio de 2012, o Brasil acompanhou um dos casos mais emblemáticos de crime cibernético cometidos no país: o roubo e a divulgação de mais de 30 fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann. Hackers do interior de Minas Gerais e de São Paulo invadiram o e-mail da artista e a chantagearam, por meio de mensagens anônimas, pedindo R$ 10 mil para apagar as imagens. O caso foi parar no Congresso Nacional: a Câmara dos Deputados aprovou e colocou em vigor a Lei nº 12.737 – apelidada de Lei Carolina Dieckmann –, que tipifica delitos cometidos em meios eletrônicos e na internet.

Esse é apenas um entre muitos casos de crimes cibernéticos que ocorrem diariamente no Brasil e no mundo. O surgimento do termo “cibercrime” remonta ao fim da década de 1990, momento histórico no qual a internet se expandia pelos países da América do Norte. Após uma reunião em Lyon, na França, entre representantes das nações do G8, a palavra começou a ser utilizada para designar fraudes empreendidas em ambiente digital (seja na internet ou nas novas redes de telecomunicações). “A cibercriminalidade não é diferente das infrações tradicionais: ela pode ser variada e ocorrer em qualquer hora ou lugar. O criminoso aplica diferentes recursos, conforme seus objetivos”, afirma Cláudio Felisbino, coordenador do curso de Segurança da Informação do Centro Tecnológico Positivo, em Curitiba (PR). Quando as fotos de Carolina Dieckmann foram espalhadas pela internet, os itens que diagnosticam e punem delitos virtuais compunham apenas um projeto que tramitava no Congresso. O escândalo, então, levou os deputados e senadores a agilizar o processo de aprovação da nova lei.

O texto da Lei Carolina Dieckmann determina que sejam punidas pessoas que cometam delitos de violação de senhas e invasão de computadores e outros dispositivos de informática. A obtenção de dados privados e comerciais sem consentimento do proprietário gera não apenas multas, mas também penas de três meses a dois anos de prisão. A aprovação da lei representa um salto para a Justiça no Brasil, cujo Código Penal carecia, até então, de artigos que abordam especificamente crimes eletrônicos. “A orientação básica para quem enfrenta alguma situação de crime cibernético, como ofensa, difamação e calúnia, é procurar ajuda especializada”, recomenda Felisbino. Segundo ele, os crimes digitais ocorrem em caráter de anonimato – por isso, o especialista, a partir das ferramentas adequadas, apura a autoria do delito, com base em pistas e nas informações repassadas pela vítima.




Pesquisa revela perfil de usuários de internet grátis do Estado de SP

50% dos usuários nos últimos 12 meses estavam em busca de um emprego

·        27% só têm acesso à internet nos postos do programa de inclusão digital do governo

·        54% dos usuários têm renda familiar mensal de até dois salários mínimos

Pesquisa realizada com usuários do AcessaSP – programa de inclusão digital do governo do Estado de São Paulo – revela que 27% deles têm acesso à internet somente nos postos do programa. Os demais usuários desse serviço se conectam também por Wi-Fi, em casa e em outros locais. O levantamento mostra ainda que os frequentadores do AcessaSP utilizam os postos para realizar atividades profissionais, ou procurar emprego, e que uma boa parcela tem baixa escolaridade e renda familiar de até dois salários mínimos.

Os dados são da Pesquisa Online (POnline) realizada anualmente pela Escola do Futuro da Universidade de São Paulo com usuários dos postos do AcessaSP na capital e no interior do Estado. Em sua 13ª edição, a pesquisa teve a participação de 78% dos 852 postos ativos e foi respondida por 3.180 usuários do AcessaSP.

Segundo a pesquisa, 50% dos entrevistados procuraram um posto do AcessaSP nos últimos 12 meses para procurar um emprego pela internet. Dos 3.180 entrevistados, 20% estão na faixa etária de 15 a 19 anos, enquanto 19% têm entre 30 a 39 anos. Outros 14% estão na faixa de 40 a 49 anos; 13% têm de 20 a 24 anos; e 12% são jovens na faixa de 11 a 14 anos de idade. Outros 10% têm entre 25 a 29 anos e apenas 11% têm mais de 50 anos. Crianças com até 10 anos representam o menor grupo de usuários: 1%.

O objetivo do levantamento é identificar o perfil do usuário, suas expectativas e avaliar o programa. Os dados são usados também para a elaboração de políticas públicas para aperfeiçoar o programa e ficam disponíveis no portal www.acessa.sp.gov.br. “A série histórica nos mostra que a pesquisa com os usuários do AcessaSP também reflete tendências da internet no Brasil”, informa Drica Guzzi, coordenadora de Pesquisa e Projetos da Escola do Futuro/USP. “Uma análise das respostas dos usuários nos indica, por exemplo, a tendência de uma ferramenta que será adotada, o surgimento de novas profissões, caso, por exemplo, de analistas de mídias sociais, que detectamos na POnline de 2005, ou o fenômeno das lan houses, que apareceu na pesquisa de 2007, cita.

A POnline de 2015, na avaliação de Drica, deixa claro o uso de aplicativos pelos usuários e mostra que a mobilidade veio para ficar. “Há um crescimento forte pelo uso da internet Wi-Fi nos postos do AcessaSP”, observa. Neste caso, a POnline confirma uma tendência, a demanda por conexão por meio de redes sem fio, na qual o governo já está trabalhando. A Subsecretaria de Tecnologia e Serviços ao Cidadão (STSC) lançou edital para levar a internet sem fio para mais 300 postos do AcessaSP.

Mobilidade
A POnline 2015 mostra que 80% dos usuários do AcessaSP têm celular, sendo 67% na modalidade pré-pago e 13% apenas têm um pós-pago. Esses usuários usam o celular para fazer ligações, tirar fotos, usar aplicativos. Nada menos que 88% têm Facebook, 85% utilizam o WhatsApp e 62% acessam o canal Youtube.

AcessaSP
Criado em 2000, o programa de inclusão digital do governo do Estado de São Paulo tem como missão promover o empoderamento digital do cidadão oferecendo infraestrutura gratuita de tecnologia e comunicação, orientação, informação e formação, em um ambiente colaborativo.
Recentemente, o AcessaSP criou a Trilha do Conhecimento, um conjunto estruturado de serviços e oportunidades governamentais e privados para orientar o usuário em sua realização profissional e pessoal, por meio da inclusão digital qualificada. Para conhecer o projeto Trilhas do Conhecimento, acesse http://www.acessasp.sp.gov.br/trilhas2/

Para baixar a pesquisa, acesse: http://www.acessasp.sp.gov.br/wp-content/arquivos/ponline/RG_003_versao_02_23_fevereiro.pdf




Governo de SP lança edital para internet sem fio no AcessaSP

Mais 300 postos do programa de inclusão digital do Estado de São Paulo vão ter conexão pela rede Wi-Fi

O governo do Estado de São Paulo, por meio da Subsecretaria de Tecnologia e Serviços ao Cidadão (STSC), lançou um novo projeto no âmbito do programa de inclusão digital AcessaSP. O edital do Wi-Fi tem por objetivo ampliar o acesso à internet por meio das redes sem fio, instalando equipamentos em mais 300 unidades do AcessaSP neste ano.

Em funcionamento desde o ano 2000, o AcessaSP oferece gratuitamente computadores e conexão a internet para a população. Dos 849 postos em funcionamento atualmente, 174 têm rede Wi-Fi, além da conexão fixa. O número de usuários da rede sem fio mais que dobrou no ano passado: em 2014, foram 648 mil atendimentos por meio do Wi-Fi, número que saltou para 1,6 milhão em 2015. Considerando os atendimentos feitos também pela rede fixa, os postos do AcessaSP fizeram, no ano passado, cerca de 6,5 milhões de atendimentos.

Os postos do AcessaSP foram criados pelo governo para atender a população que não tem acesso a internet. As pesquisas sobre o uso da Internet no Brasil têm mostrado que essa necessidade ainda existe, apesar dos avanços deste serviço em todo o país. De acordo com a análise do suplemento de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2014, entre os brasileiros com renda domiciliar mensal per capita de até ¼ de salário mínimo, apenas 28,8% têm acesso à rede. É principalmente para esse público que o governo mantém um programa de inclusão com a capilaridade do AcessaSP.

“Os dados mostram que ainda existe uma parcela da sociedade excluída digitalmente. Por isso, estamos reformulando a política do programa para inovar – tanto nas tecnologias como nos serviços”, observa Cibele Franzese, da Subsecretaria de Tecnologia. Com a rede sem fio os usuários do AcessaSP poderão se conectar à Web usando também seus dispositivos, como smartphones, tablets e notebooks. Dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) indicam que o Brasil terminou fevereiro com 258,1 milhões de celulares.

As 849 unidades em funcionamento no território do Estado de São Paulo cobrem 589 municípios, 43 deles em zona rural. O AcessaSP funciona em parceria com as prefeituras e com outros órgãos governamentais, como Poupatempo, CIC, EMTU, CPTM, Bom Prato e Itesp.

No edital do Wi-Fi, a contrapartida das prefeituras é apoiar e incentivar o monitor do posto do AcessaSP a desenvolver um projeto, voltado para a comunidade local, para potencializar o uso daquela unidade. Serão benvindas iniciativas inovadoras de Tecnologias da Informação e Comunicação, como desenvolvimento de software livre, aplicativos e cultura hacker.

A Rede de Projetos, criada para incentivar usuários e monitores a aproveitarem a infraestrutura dos postos para o desenvolvimento social, cultural, intelectual e econômico da população, reúne mais de 2 mil projetos – para conhecer algumas dessas iniciativas acesse http://rede.acessasp.sp.gov.br/og.

Mais informações sobre o edital estão disponíveis no endereço http://www.acessa.sp.gov.br/acessasemfio/




Programa 'Acessinha' chega a mais cidades do Interior

Programa de inclusão digital do Governo de São Paulo para crianças será ampliado na capital e em postos do interior

A capital paulista ganhará este ano mais quatro espaços de inclusão digital para crianças de 4 a 10 anos de idade. Criado em 2013 pelo Governo do Estado, o Acessinha funciona junto aos postos do programa Acessa SP, que oferece internet gratuita e cursos de capacitação para os cidadãos. Cidades do interior também receberão novos postos do Acessinha, projeto que oferece smartphones, tablets, videogame e smart TV com conteúdo educativo.Até maio estavam em funcionamento 31 postos do Acessinha. Com as unidades em implantação – além dos quatro na capital, serão instalados 19 em cidades do interior –, serão 54 postos até o final do ano. “O Acessinha foi criado para que as crianças usem equipamentos, como smartphones de última geração, e também desenvolvam atividades, por meio de jogos e outros conteúdos digitais”, diz Julio Semeghini, titular da Subsecretaria de Tecnologia e Serviços ao Cidadão, responsável pelo programa Acessa São Paulo.

Para que as crianças usem o espaço e participem das atividades, é necessário que um responsável preencha o cadastro. Os espaços funcionam das 8h às 17h, de segunda à sexta.

Novos postos

O Acessinha receberá quatro novas unidades na capital paulista, sendo no CIC Grajaú, Memorial da América Latina, Poupatempo do Imigrante e Poupatempo Lapa.

No interior, serão contemplados os municípios de Atibaia, Auriflama, Capivari, Descalvado, Ibitinga, Iguape, Jacupiranga, Lavínia, Marília, Mococa, Paraíso, Parnaíba, Tremembé, Vinhedo, São Vicente, Sud Menucci, além de unidades dentro dos postos Poupatempo de Limeira, Penápolis e Sertãozinho.

O programa

O Acessa São Paulo é o maior programa de inclusão digital do país, com 850 postos instalados em 600 municípios. Criado em 2000, funciona em espaços do Poupatempo ou de outros serviços do governo, como Metrô, CPTM, ETECs, Rede Bom Prato e CIC (Centro de Integração da Cidadania), ou em parceria com prefeituras. A execução do programa é da Prodesp (empresa Tecnologia da Informação do Governo), que faz a implantação do posto, capacita os monitores e faz a manutenção dos equipamentos; e da Escola do Futuro, núcleo de pesquisa da USP, que desenvolve o conteúdo.