Natureza que acalma

Jairo Valio: Poema ‘Natureza que acalma’

 Jairo Valio
Jairo Valio
Natureza que acalma
Natureza que acalma
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Observo o seu descansar
A serenidade do rio descendo,
Calmo no leito que escolheu,
E as matas sentindo brisas,
Da tarde que vem chegando,
E eu contemplativo olho,
Como a natureza tem nuances,
Do alvorecer com o Sol despertando,
Emitindo raios no horizonte distante,
E vidas sonolentas adquirem sonoridades,
Como os alaridos dos pássaros,
Que em revoadas emitem lindos gorjeios,
Buscando alimentos para filhotes famintos,
E cachoeiras borbulhantes buscam remansos,
Mostrando entre folhagens lindos arco-íris,
Como se fossem pintados por hábeis artesãos,
E das matas um brotar de vidas,
Despertam todas formas de seres viventes,
Como céleres animais descendo dos troncos,
E numa magia que até me encantou,
Flores silvestres mostram cores extasiantes,
Num amarelo claro da cor do girassol,
E cores brancas que se misturam ao azul,
E essas tonalidades o verde das folhas têm predominâncias,
Por serem volumosas e brotarem dos galhos,
E entre essas magias que a natureza prepara,
Perfumes tão suaves a brisa vai espalhando,
Em dimensões infinitas até se diluir nos espaços,
E quem os aspiram entram em encantamentos,
Com amores sublimes que surgem num repente,
Causados pelas magias que a natureza é protagonista.

Jairo Valio

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Poesias não vividas

Jairo Valio: Poema ‘Poesias não vividas’

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Jairo Valio

Aos poucos são esquecidas,
Vão se tornando esvaziadas
Pelo modernismo atual,
Que dilacera suas entranhas,
E deixa-as abstrata e sem vida.

Seus conteúdos se esvaziam,
Diante de argumentos tão vagos,
Que mancham suas estruturas tão bonitas,
Quando narram sobretudo o amor,
Diminuídos diante de ódios que predominam.

Casais enamorados dela se esquecem,
Mesmo sabendo quanto é bela,
Pois estrutura todo um amor,
Despertando as paixões,
Necessárias para uma vida bela.

A natureza então chora as consequências,
Pois suas flores lindas perdem seus perfumes,
E criancinhas graciosas não mais às colhem,
Para entregarem as mamãezinhas,
Que lágrimas derramavam então,
Quando às recebiam com sorrisos.

O Sol quando despertava no alvorecer,
Derramava luzes para todas as dimensões,
Dando vidas para flores sonolentas,
Que expeliam então doces perfumes,
Que a brisa suave vinha buscar e espalhar,
E cachoeiras mimosas enfeitavam cenários,
Com a passarada cantando em festas,
Até que os encantos se acentuavam,
Quando se punha majestoso no horizonte,
Pincelando as nuvens de coloridas cores.

Um manto escuro então vai se estendendo,
E estrelinhas brilhantes despontam aqui e ali,
Piscando no céu como crianças brincando,
Até que o cenário lindo irá se completar,
Com a lua esplendorosa iluminando todas as dimensões,
E isso desperta até amores ausentes,
Que num piscar reascendem o amor,
E nunca jamais será vencido,
Pois foi Deus que o implantou.

Jairo Valio

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Sou um rio caudaloso

Jairo Valio: Poema ‘Sou um rio caudaloso’

Jairo Valio

Na nascente onde nasci belo em natureza linda,
Onde os passarinhos cantam na madrugada surgindo,
Ávidos peixinhos nadam na correnteza,
E desço encachoeirado batendo em pedras,
Qual criança sapeca que sorri então,
E minha beleza se mostra estonteante.

Vou caminhando abrindo espaços,
E noto que sementes caem de árvores frondosas,
Para alimentar os peixinhos que nadam em mim,
E me sinto gratificado em saciar as fomes,
De criaturinhas tão belas que a natureza me deu.

Vou ganhando forças de rios pequenos,
Que nascem nas relvas de minhas margens,
Ganhando volumes para enfrentar os desafios,
Que podem surgir num repente do homem insano,
Que poluem as águas de meus ancestrais,
Que matam suas sedes e de suas famílias,
E recebem em troca os poluentes perversos,
Matando meus peixinhos e até os passarinhos,
Que vivem em minhas águas e lhes dou sustentos.

Choro então com lágrimas sentidas,
Sem entender as falsidades,
E me quedo em silêncio agudo,
Pois não quero
ser vítima das insanidades,
E volumoso desço encachoeirado até sumir,
Nas ondas do mar que me acolhem então.

Jairo Valio

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Meus temores

Jairo Valio: Poema ‘Meus temores’

Jairo Valio

Noto inquietudes preocupantes,
Um interior dividido se apossa então de mim,
E numa avalanche elas se afloram,
Sem se preocupar com meus anseios,
Que julgo inatacáveis e inabaláveis
Diante de meus propósitos evidentes,
E consulto meu coração silencioso.

As respostas afloram em avalanches,
Mesmo diante de meus argumentos,
Que são calçados em vivências tão sofridas,
Muitas vezes de recordações tristes,
Outras no entanto de júbilos que vivi,
Intensos num amor que me sorria,
E correspondia sem sofrer decepções,
Tantas eram as plenitudes alcançadas.

Dividido diante de todas argumentações,
Consulto então minha alma que está inquieta,
E dela me baseio para tirar as conclusões,
E num desfilar que até me angustiou,
Relatou com sua calma que conhecia bem,
Que o mundo está numa séria oscilação,
De conflitos que surgem aos montões,
Guerras que destroem vidas e patrimônios,
E a natureza que está sendo devastada,
Podendo causar serias complicações,
Para a geração futura que irá surgir,
E meus temores então se justificam.

Jairo Valio

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Silenciar a mente

Jairo Valio: Poema ‘Silenciar a mente’

Jairo Valio

Noto um silêncio cúmplice e atroz,
Num repente tudo cessa em minha mente,
Uma quietude se apodera então de mim,
Numa cumplicidade de meu coração tão quieto,
Então inerte diante de meus momentos que afloram,
Jubilosos ou de meras conjunturas.

Não sei o que está ocorrendo,
Dúvidas ou certezas que me afligem,
E num repensar me calo diante de circunstâncias,
Verdadeiras, pois, são próprias e até se agitam.

Consulto minha alma que parece até inerte,
E noto que está ausente em decisões tomadas,
Algumas que machucam minha sensibilidade,
Outras que parecem vagas e sem conexões,
E noto que algumas lágrimas brotam aqui e ali,
Silenciosas que afetam minha mente em transe.

Jairo Valio

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Jairo Valio: 'Outono'

Jairo Valio

Outono

Breve brisa me anuncia,
Despindo o calor sufocante que cessa,
E as folhas aos poucos se soltam,
Cobrindo as relvas ainda umedecidas,
Da madrugada serena que então passou.

Formam tapetes coloridos e belos,
Folhas mortas que caíram inertes,
Protegem pés descalços de espinhos,
Que ferem e podem sangrar,
Se o incauto não tomar precauções.

É assim o outono que devagarzinho chega,
Despindo as árvores de folhas mortas,
Amareladas pela ação dos ventos,
Aguardando o inverno que então virá,
Para as depuracoes tão aguardadas,
E a natureza sábia sabe preparar,
Para a primavera que trará novas cores.

Jairo Valio

 

 

 

 

 

 




Jairo Valio: 'Ano Novo'

Jairo Valio

Ano Novo

Chegou de mansinho sem alarde,

Como uma criança assustada,

Que olha toda sua dimensão,

Sem ver nenhuma perspectiva,

Até que avista uma florzinha mimosa,

E com cautela vai tirando suas pétalas coloridas,

Que joga ao sabor da brisa que vem passando,

E seu perfume vai irradiando os ambientes,

Todos esperançosos para um novo porvir.

 

É assim que desabrocha um Ano Novo que nasce,

Ocupando aos poucos espaços do Velho,

Um pouco desgastado por tantas incoerências,

Que ocorreram numa assustadora sequência,

De fatos tristes que muitas lágrimas caíram,

Tantas as perdas que afetaram até sorrisos,

Mas as esperanças estão surgindo devagar,

Pois a criancinha esperta e bonita,

Certamente espalhara pétalas perfumadas,

Em todos os cantos do  Universo,

Daquela florzinha tão linda que um dia colheu.

 

Jairo Valio