Educação não é brincadeira, mas brincadeira faz parte da educação

É natural que crianças e adolescentes sejam aficionadas por jogos, brincadeiras e atividades recreativas, pois faz parte do seu cotidiano

Marcus Krause

O ambiente escolar é uma terra muito fértil para a aprendizagem, devendo ser adotada as mais diversas práticas pedagógicas de modo a alcançar os objetivos propostos. No que tange a educação básica, cujo público alvo são crianças e adolescentes, as metodologias e práticas educativas precisam ser revestidas de princípios que atraiam maior atenção do seu público alvo, ou seja, devem ser utilizados métodos e práticas que envolvam a ludicidade, gameficação e a criatividade. 

É natural que crianças e adolescentes sejam aficionadas por jogos, brincadeiras e atividades recreativas, pois faz parte do seu cotidiano. Em momentos lúdicos e de diversão é possível adquirir diversos conhecimentos para a vida. Como exemplo, podemos citar a tradicional brincadeira da dança das cadeiras, onde a criança tem a oportunidade de aprender a respeitar regras de um determinado ambiente, pois é preciso esperar o momento certo sentar-se à cadeira e conseguir permanecer no jogo. Um jogo de pega varetas pode trazer ensinamentos sobre a capacidade de planejamento e criação de estratégias, enfim, diferentemente do que muitos pensam sobre jogos e brincadeiras, eles servem à criança não apenas como um passatempo, mas pode ser um riquíssimo recurso para motivar o aluno no processo de aprendizagem. 

Diante de tal situação instigamos nossos leitores, em especial os docentes que atuam na educação básica, ao desenvolvimento de atividades lúdicas e recreativas como recurso pedagógico em sala de aula, tornando aquele momento mais prazeroso para o aluno. 

A criatividade no processo de ensino deve ser uma mola propulsora na vida de cada professor para impulsionar e despertar maior interesse dos alunos na aquisição do conhecimento, pois estes perceberão que é possível aprender matemática, português, inglês, ciências, geografia e todas as demais disciplinas interagindo e divertindo-se em sala de aula.  

Há aqueles que nutrem pensamentos divergentes acerca da adoção de práticas lúdicas e recreativas na sala de aula, por imaginar que isso compromete sua autoridade em relação aos alunos, por várias vezes já ouvi tal afirmação. Pesquisas e relatos científicos comprovam os benefícios do uso lúdico e recreativo no processo de aquisição de aprendizagem com crianças e adolescentes, razão pela qual não podemos desprezar tal ferramenta didática em nossa atuação em sala de aula. Em uma década que trabalho na educação básica e sempre desenvolvendo atividades lúdicas, recreativas e baseadas em metodologias ativas, pude perceber os inúmeros benefícios existentes e comprovar, na prática, o que muitas pesquisas e estudos científicos sobre o tema apontam. 

Quando desenvolvemos atividades lúdicas e divertidas no ambiente escolar, conseguimos nos aproximar dos alunos e criar maior afetividade para com eles, isso se traduz em maior respeito, participação e cooperação, pois somos vistos como parceiros e amigos e não como carrascos. A relação entre professor e aluno não pode ser aquela de chefe e empregado, de rei e súdito, mas deve ser uma relação agradável, amigável e respeitável. Quando o docente leva a criança ou adolescente a participar de momentos de descontração no ambiente escolar, mesmo que seja, nos últimos minutos da aula, ele estará criando condições de fortalecer vínculos necessários para uma boa relação professor/aluno, contribuindo na motivação do seu aluno, que terá aquele docente como referência e guardará seus ensinamentos por toda a vida.

Marcus Krause

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Secretaria de Cultura de Itapetininga apoia segundo encontro de RPG na cidade

Evento é gratuito e não é necessário ter experiência.

 

Mais uma vez a Secretaria de Cultura e Turismo apoiará encontros de RPG na cidade.

Haverá um encontro para jogadores e iniciantes nos dias 28 de agosto, 11 e 18 de setembro, das 12h às 18h, no Centro Cultural.

O evento é gratuito e não é necessário a inscrição antecipada.

O organizador, Augusto Rinco, conta que está há cinco anos à frente de um grupo que realiza estes encontros.

“Não é preciso saber jogar, porque nós ensinaremos a todos os que quiserem. E também haverá um campeonato para os que já tem experiência”, conta.

O Centro Cultural fica no Largo dos Amores, s/n. Telefone 3271-3401.

Saiba mais sobre o RPG:

RPG é a sigla inglesa de Role-Playing Game, que em português significa “jogo de interpretação de personagens”, é um gênero de videogames.

Consiste em um tipo de jogo no qual os jogadores desempenham o papel de um personagem em um cenário fictício. É um jogo diferente dos convencionais, pois não há ganhadores nem perdedores.

Os jogos RPG estimulam a imaginação e o raciocínio lógico, desenvolvem a criatividade, o relacionamento interpessoal e a cooperação mútua.




Artigo de Pedro Novaes: 'Jogos de Azar'

colunista do ROL
Pedro Novaes

Pedro Israel Novaes de Almeida – JOGOS  DE  AZAR

 

O Congresso Nacional debate a legalização dos Jogos de Azar, através de proposta repleta de condicionantes e consequências.

Jogos de azar são aqueles onde o resultado predominante é a perda, por parte dos jogadores. Excetuados o pôquer e o truco, não há estratégias ou habilidades a serem utilizadas.

O jogo de azar pode ser inofensivo, como o bingo ou carteado de idosos, aos fins de tarde, ou o sorteio de prendas, na paróquia. Também é inofensivo o carteado entre famílias, “de cair dedo”, e o truco barulhento, no fundo do boteco.

No Brasil, é secular o Jogo do Bicho, tão perseguido quanto sobrevivente. Brasileiros, grande parte, fazem de qualquer sonho ou palpite um pretexto para uma “fezinha”, no acreditado papelzinho informal.

Policiais e contraventores digladiam desde 1.500, e ambos continuam ativos. Dizem que o jogo do bicho pode ter seus resultados acompanhados nos jornais, e que dele provém grande parte dos recursos que animam os carnavais.

Os jogos de azar podem gerar manias e vícios, e não são raros os casos em que o patrimônio e a harmonia familiar acabam, pela prática doentia de desenfreada dos tais jogos.

Não convém acreditar nos discursos oficiais que alertam para os inconvenientes dos jogos, uma vez que a Caixa exerce o monopólio de grande número de loterias.

A proposta de legalização dos jogos de azar vem em momento especial, com promessas de incremento nas receitas oficiais, ora declinantes. A antevisão dos cassinos, abarrotados de turistas, acena para a geração de empregos e investimentos, enquanto donos de botecos já estudam a melhor localização dos papa-níqueis.

A legalização dos jogos de azar vai facilitar a lavagem de dinheiro, facilitando a vida de corruptos e sonegadores, justamente quando a população, inocente, sai às ruas clamando por honestidade e ética.

No Brasil, as leis e o aparato oficial não conseguem reprimir a prática dos jogos de azar, já recepcionados pela cultura e tradição popular. A lei das Contravenções, ao que parece, não é levada a sério.

Como temos a sorte de não praticar jogos de azar, pouco entendemos do assunto, e não acreditamos nos benefícios da legalização. Se a atividade, enquanto clandestina, atrai multidões, legalizada terá mais usuários, aumentando a pobreza de muitos.

Fico imaginando os labirintos oficiais que tratarão da atividade, legalizada, com nossas históricas deformações, compadrios e desonestidades. A jogatina vai continuar, um pouco mais cara.

pedroinovaes@uol.com.br

O autor é engenheiro agrônomo e advogado, aposentado.