Vida Becker: de menina insegura à maior guerreira da História

A protagonista da saga de Maurício Gomyde vai aprender com grandes personalidades históricas e combater as mentes mais cruéis da humanidade

Capa do livro 'Vida Becker e a máquina de contar histórias'
Capa do livro ‘Vida Becker e a máquina de contar histórias’, de Maurício Gomyde
Divulgação – Qualis Editora

E se você fosse escolhido para liderar os grandes gênios da humanidade na maior guerra da história do universo? Vida Becker jamais poderia imaginar que caberia a ela essa missão. Em Vida Becker e a máquina de contar histórias, primeiro livro da trilogia de Maurício Gomyde, o leitor acompanhará a passagem da jovem paulistana para o Paramundo, o destino dos mais de 100 bilhões de humanos que já morreram na Terra.

Essa população está dividida entre os Amáveis, que re-vivem no Território Fraterno, e os Temíveis, relegados a re-viverem para sempre nos confins do Território Ermo. A personagem chega ao Paramundo por meio de um portal em forma de livro e se depara com uma guerra iminente, após milhares de ciclos em que a paz reinou. Na dicotomia representada pelo bem e o mal, a jovem irá aprender, crescer e aos poucos ganhará o respeito dos Amáveis para se tornar a grande líder.

— Mas ninguém pode ter sido só bom ou só mau.
— Você está coberta de razão, Vida. Todo amável teve,
na Terra, um quê de temível. Assim como todo temível, claro, teve lampejos amáveis.
Porém, o Paramundo é maniqueísta. Ao chegarem aqui, os seres humanos amáveis tornam-se
integralmente sua melhor versão amável e os seres humanos temíveis tornam-se a sua mais cruel versão temível.
E assim ficarão para sempre.
(Vida Becker e a máquina de contar histórias, pg. 78)

Nesta jornada épica, a protagonista vai interagir com grandes personalidades da história. Enquanto luta contra os exércitos de Napoleão Bonaparte, Mussolini e Gengis Khan, Vida tem ao lado figuras como Joana d’Arc, Dandara dos Palmares e Marielle Franco. Mulheres fortes que reforçam o componente feminista da obra, inspirada essencialmente na filha de 14 anos do autor, também músico e roteirista de cinema.

“De tanto escutar as dúvidas e angústias da minha filha sobre o mundo, o futuro, pertencimento e identidade, decidi criar a jornada desta personagem”, comenta o também autor de Surpreendente!”, finalista ao Jabuti, que aposta também na importância da cultura e do conhecimento “para que Vida aprenda e resolva seus maiores problemas com sabedoria.”

Dono de uma escrita que se distingue pela sensibilidade, neste coming of age Maurício Gomyde agora leva a mensagem aos jovens que passam pelas dúvidas próprias da idade. Trata de medo, aceitação e futuro. “Esta é uma aventura que celebra o lado bom do ser humano como um “superpoder”, e não como uma fraqueza a ser remediada e endurecida”, comenta em prefácio o também finalista ao Jabuti, Felipe Castilho, autor de Serpentário.

FICHA TÉCNICA

Título: Vida Becker e a máquina de contar histórias

Autor: Maurício Gomyde

Editora: Qualis

ISBN: 978-85-7027-095-5

Dimensões: 23 x 16cm

Páginas: 348

Preço: R$ 50,00 (físico), R$ 16,90 (e-book)

Onde comprar: Qualis EditoraAmazon

Sobre o autor

Maurício Gomyde
Maurício Gomyde
Divulgação – Qualis Editora

Maurício Gomyde é músico, roteirista de cinema e autor de oito livros publicados em seis países.

Foi finalista do prêmio Jabuti 2016 com o livro Surpreendente!, título publicado também em Portugal, Espanha, Itália e Lituânia. Vida Becker e a máquina de contar histórias é o quarto lançamento pela Qualis Editora.

Redes sociais: Instagram | TikTok

Sobre a editora: Há mais de 15 anos, a Qualis se destaca no cenário literário como uma editora tradicional, reconhecida por seu comprometimento com a promoção e o investimento em talentos nacionais.  Criada em 2008 com a missão de disseminar o conhecimento científico produzido no âmbito acadêmico, a editora se reinventou, e ampliou seu alcance com o selo de literatura.

Todo esse processo sem jamais se desviar de um objetivo essencial: contribuir para uma sociedade mais justa e sem preconceitos. Sustentada por uma visão inclusiva e diversificada, a Qualis tem como norte o princípio de que todas as vozes merecem ser ouvidas e todas as histórias, contadas.

Redes sociais: Site | Instagram | LinkedIn

Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/




Contos mostram como a cooperação pode ser transformadora e está presente em atitudes simples no cotidiano

Livro ‘Te encontro em qual conto?’ faz parte de projeto que circula pelo país a partir de julho para desmistificar e difundir o conceito do cooperativismo

O livro faz parte da caravana do projeto Caminhos do Brasil, que circula por 32 cidades pelo país
Divulgação

A cooperação pode ser um instrumento transformador na sociedade e ela pode estar também mais presente no cotidiano por meio de atitudes simples, de histórias e pessoas que se conectam e se ajudam. É isso que mostra o livro ‘Te encontro em qual conto?’, obra escrita por Angela Carneiro, que faz parte do projeto idealizado pela Graviola Produções com apoio do Instituto Sicoob por meio da lei de incentivo à cultura para desmistificar e difundir o conceito do cooperativismo.

 
A cooperação, segundo a obra, é uma ferramenta que se faz presente na vida, que contribui para o desenvolvimento individual e coletivo, pois quando as pessoas se sentem acolhidas isso trabalha também a afetividade e emoções dos envolvidos.

“Eu queria conhecer mais o cooperativismo, foi uma oportunidade muito interessante, poder entrevistar as pessoas que trabalham em cooperativas e conhecer suas histórias. Os depoimentos desses trabalhadores me inspiraram a trabalhar minha criatividade de forma positiva em um ambiente de colaboração e afeto”, conta a autora, Angela Carneiro.

Dividido em 17 capítulos, os contos são baseados a partir de relatos de brasileiros de várias regiões e foram transformados em histórias que destacam a importância da cooperação no dia a dia das pessoas, trazendo novas possibilidades e soluções tanto para os negócios como para o convívio social. 

O livro faz parte da caravana do projeto Caminhos do Brasil, que circulará por 32 cidades pelo país. Além dos contos, a obra está recheada também de ilustrações inéditas com cores e formas, tudo feito por Isadora Gonzaga.

A turnê, que vai levar além do livro, um curta e roda de conversa, começou no dia 1 de julho e vai até 9 de de dezembro e passando por cidades como Pintadas (BA), São José do Cerrito (SC) e Capelinha (MG).

Para conhecer mais sobre o livro e o projeto basta acessar www.projetocaminhosdobrasil.com.br


CAMINHOS DO BRASIL

Conheça mais sobre o projeto: 

https://www.youtube.com/watch?v=LU2YcTJz5X0

https://www.instagram.com/projetocaminhosdobrasil/

Voltar: http://www.jornalrol.com.br




Contos para aqueles que estão exaustos com o imediatismo do cotidiano

O livro “Um Olhar Para Além do Cotidiano” atravessa assuntos como o medo do envelhecimento, a relação dos idosos com a tecnologia e a busca pela reconexão com a essência do ser

Divulgação

Em Um Olhar Para Além do Cotidiano: Contos Urbanos & Outros Que Tais, a escritora e poeta Irene Genecco utiliza situações aparentemente banais para refletir sobre os efeitos do tempo, o medo do envelhecimento, as relações familiares e as dificuldades de acompanhar todas as mudanças tecnológicas e sociais. Com 20 histórias e com sugestões de músicas que agregam às emoções da leitura, ela conversa com os leitores em busca de se distanciarem de uma realidade exaustiva, competitiva e acelerada.

A obra mistura contos e crônicas ao percorrer enredos reais e também de pura ficção. Em “Me adiciona no MSN (de novo!)”, uma mulher mais velha inicia diálogos com um homem em um aplicativo, mas faltam nela vários conhecimentos sobre os relacionamentos virtuais. Já “Relativizando” aborda os preconceitos com a idade, principalmente, da mulher e levanta reflexões sobre como essa situação está relacionada ao capitalismo.

Vê-se, no presente, mulheres que se apavoram ao chegarem aos 30 anos, sem terem suas vidas direcionadas ainda. É aí que se manifestam também os primeiros sinais de decadência do viço físico. Envelhecer torna-se sinônimo de decrepitude, e todos seus sinônimos lembram falência. Sabedoria e maturidade não despertam cobiça em ninguém. Onde a sabedoria alimentaria o viço do imediatismo ou da competição? (Um olhar para além do cotidiano, pg. 56)

Entre as narrativas fantásticas, Irene Genecco utiliza elementos oníricos, espirituais e metafísicos para tratar sobre assuntos que se relacionam com os conflitos da existência humana. “Concepção” apresenta aos leitores a fecundação de uma mulher através da poeira cósmica. “O Pesadelo de Lolita”, por outro lado, adentra nos pesadelos de uma adolescente adotada, que já não sabe mais diferenciar o mundo real do imaginário.

Os textos atravessam temas distintos, mas se conectam por meio de protagonistas que tentam encontrar a si mesmos em meio a um contexto de rápidas mudanças. Os personagens aparecem quase em descompasso com a sociedade: procuram a conexão profunda com a própria essência e com a liberdade mesmo que o mundo exija pressa e superficialidade.

FICHA TÉCNICA

Título: Um Olhar Para Além do Cotidiano: Contos Urbanos & Outros Que Tais
Autora: Irene Genecco
Editora: Appris
ISBN: 9786525042015
Páginas: 105
Preço: R$ 37,80 (físico) e R$ 42 (e-book)
Onde comprar: Amazon | Appris

Irene Genecco

Sobre a autora: Graduada em Pedagogia e pós-graduada em Educação e Formação na Universidade de Alveiro, em Portugal, Irene Genecco é aposentada e dedica-se integralmente à literatura. Nascida no Rio Grande do Sul, ela tem três livros publicados: “Inquietude” (2008), “No mundo da Ficção, só que não” (2022) e “Um Olhar Para Além do Cotidiano: Contos Urbanos & Outros Que Tais” (2023).

Também teve contos e poemas selecionados para várias coletâneas. Na internet, mantém o blog “Além da Margem do Mundo”, em que escreve textos sobre educação, filosofia, metafísica, paixões e outras questões inerentes à vida humana.

Redes sociais: Instagram | Site da autora

Voltar: http://www.jornalrol.com.br




Amor e traição na alta sociedade brasileira do início do século XX

Após se envolver em um triângulo amoroso e fora dos bastidores da política no centro do poder, Verônica depara-se com a solidão no desfecho da saga ficcional de Aliel Paione

Capa do livro ‘Sol e Solidão em Copacabana – Aliel Paione – Vol.3 da trilogia

Com uma abordagem analítica a momentos marcantes da história do Brasil, o escritor Aliel Paione lança Sol e Solidão em Copacabana, uma saga de amor, ambição e solidão, ambientada em um cenário político turbulento na primeira metade do século XX. Com o terceiro volume, ele conclui a trilogia ficcional que conta a trajetória de Verônica, frequentadora da alta sociedade do Rio de Janeiro entre as décadas de 1910 a 1940.

O autor entrelaça a busca da protagonista por amor e realizações a fatos relevantes da política do país. Depois de viver um triângulo amoroso envolvendo a própria filha, Henriette, Verônica precisa lidar com a escolha ambiciosa de João Antunes. Dividido entre o amor de ambas, ele se encanta pela luxuosa vida da sedutora Riete.

Paione insere os protagonistas nos bastidores do poder em um período de intensas transformações que envolveram a tentativa de independência econômica, a industrialização e a modernização do trabalho no Brasil. Com uma narrativa fluida, o escritor apresenta os desdobramentos políticos que levaram ao agravamento da crise após o retorno de Getúlio Vargas ao poder e passeia pelos acontecimentos até o suicídio do presidente.

— Até quando, Riete, este país rico conviverá com a imensa desigualdade social, com o sofrimento dos humildes e com a prepotência dos poderosos? Até quando prevalecerá o espírito do relho nas costas dos negros, metáfora do que está introjetado no inconsciente da sociedade brasileira? Daqueles que se julgam brancos e branquinhos de cabelos bons? Quando essa gente pretenciosa perderá esse ranço e será menos ignorante e mais solidária? — indagava João Antunes.

Sol e Solidão em Copacabana, p. 436

Em Sol e Solidão em Copacabana, o autor traz um desfecho surpreendente para a trama e possibilita uma leitura independente da obra. As conturbadas relações amorosas evidenciam a complexidade do ser humano, em que sonhos, conquistas e fracassos associam metaforicamente a história brasileira à vida dos personagens. E a busca dos leitores por entendê-los representa, também, a vontade de compreender e melhorar a realidade do Brasil.

Ficha técnica

Título: Sol e Solidão em Copacabana
Autor: Aliel Paione
Editora: Pandorga
ISBN:
 978-65-5579-225-6
Páginas: 632
Preço
: R$ 34,90
Onde encontrar: 
Amazon

Sobre a Trilogia do Sol

Os livros “Sol e Sonhos em Copacabana” e “Sol e Sombras” correspondem aos volumes 1 e 2 da Trilogia do Sol, respectivamente. A saga retrata momentos emblemáticos da política brasileira e entrelaça a história do país a personagens que vivem uma intensa jornada em busca do amor.

Sobre o autor

Aliel Paione

Aliel Paione é engenheiro e Mestre em Ciências e Técnicas Nucleares pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde lecionou. Trabalhou com salvaguardas nucleares na estatal Nuclebrás, no Rio de Janeiro (RJ), e foi professor de Física na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). É autor de “Sol e Sonhos em Copacabana” e “Sol e Sombras”. A pedido do consulado dos Estados Unidos, em São Paulo, as obras da trilogia integram o acervo da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, em Washington.

Redes sociais do autor

Voltar: http://www.jornalrol.com.br




Livro 'diário' ajuda crianças a falarem sobre sentimentos

Título ‘Eu sou Ana Pelicanos, e você?’ é lançamento da Catapulta Editores e indicado para crianças a partir de oito anos

Desde cedo, é essencial que as crianças aprendam e entendam sobre como lidar com os sentimentos de maneira saudável. Mesmo nos temas mais complexos, os livros podem ser aliados e incentivam a conversa sobre a maneira como os pequenos se sentem. O lançamento da Catapulta Editores “Eu sou Ana Pelicanos, e você?” insere, na prática, o estímulo à descoberta dos sentimentos.

Em forma de diário, o livro traz a personagem Ana Pelicanos, que fala sobre suas experiências e a maneira como se sente em cada situação. Ao longo das páginas, Ana  faz questionamentos às crianças e pede para que contem sobre seus sentimentos da rotina.  À medida que os pequenos leitores complementam o diário, são inseridos na história e podem se sentir mais confiantes ao contarem como se sentem.

Com 84 páginas, o lançamento conta com ilustrações divertidas e coloridas. Indicado para crianças a partir de oito anos. O livro inclui, ainda, adesivos e recortes, papéis de origami, envelopes e um jogo interativo. Os pequenos podem escrever e desenhar livremente e ter o diário como companheiro.

Com valor sugerido de R$ 79,90, o livro pode ser encontrado no site da Catapulta Editores – www.catapultalivros.com.br. Além disso, livrarias físicas e online também oferecem o título.

 




Livro destaca importância da educação para um mundo melhor

O DESAFIO DE EDUCAR

 

Mostrar que cada família é única e que a educação é a melhor forma de obter bons resultados. Essa é a mensagem transmitida pelo livro “Desafio de Educar – Volume 2 – A educação é a base para um mundo melhor!”. Com coordenação editorial da psicóloga e palestrante Livia Marques, a obra conta ao todo com 24 coautores das áreas de saúde e educação.

Para a autora, a principal ideia é trabalhar a educação das crianças e adolescentes da melhor forma possível com amor, diálogo, empatia e compaixão para se estabelecer uma relação saudável e afinada.

– Socialmente, parece que temos um padrão ou uma receita de bolo afirmando que errar é inadmissível. Por isso, buscamos também acalentar o coração do adulto, que às vezes fica cansado e sem saber o que fazer em relação a educação dos seus – destaca.

Livia explica que a obra pretende conversar com o leitor de forma direta e assertiva mostrando que não se deve pensar na violência como forma de educar. “Falamos muito sobre emoção e educação positiva”.

– Abordamos também assuntos como racismo, crenças limitantes, o adolescente e o luto, como a pedagogia pode e deve contribuir no crescimento desses indivíduos, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), bullying, entre outros. – Discorre Livia.

A ideia do novo volume surgiu em 2018, ano do lançamento do livro Desafios de Educar volume 1. “Percebi que tínhamos muito mais a desenvolver. Mostrar mais. Como, por exemplo, exercícios simples que podemos fazer em casa e nas escolas.”

– Nesta edição, falamos e mostramos exercícios para lidarmos com nossas crenças disfuncionais. Discutidos sobre as emoções, que em muitos casos são vistas como negativas e que ficam escondidas. Falamos ainda das possibilidades de estarmos juntos em busca de algo maior – conclui.

Ficha técnica:

Livro: Desafio de Educar – Volume 2 – A educação é a base para um mundo melhor!

Editora: Conquista Editora

ISBN: 978 85 5765 032 9

Páginas: 232

Preço: R$ 50,00

Para comprar:

Direct para https://www.instagram.com/psicol.liviamarques/ ou pelo telefone (21) 997136690




Élcio Mário Pinto lança seu 38º livro: 'Correianos – A corrida das correias', homenageando a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos

O lançamento será no dia 19 de janeiro (sábado), às 19h, na R. Sebastião Pires Pinto, 245 – Jd. Imperatriz – Sorocaba

Em sua 38ª obra, ‘Correianos – A corrida das correias‘, editado pela Crearte Editora, o escritor e colunista do ROL Élcio Mário Pinto presta uma homenagem à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT.

Ao mesmo tempo, comemora o 16º aniversário de seu afilhado, Caique Ferraz, ilustrador do livro e que, no ano passado, foi vencedor da enquete promovida pelo ROL ‘Melhores do Ano 2017 em Sorocaba’, na categoria ‘Melhor Ilustrador de Livros’.

O lançamento – aberto ao público em geral – será no dia 19 de janeiro (sábado), às 19h, na R. Sebastião Pires Pinto, residência do casal de amigos do autor, Milla e Andreia, esta, uma correiana (funcionária dos Correios).

O livro será oferecido ao preço de R$20,00 (vinte reais).

Jornal Cultural ROL conversa com Élcio Mário Pinto – um dos mais atuantes colunistas – sobre sua mais nova obra. As ilustrações, em preto e branco, fazem parte do livro

 Jornal Cultural ROL: Élcio, os seus leitores já perceberam que você, pela variedade de temas que aborda em seus livros, é, também, um ‘autor de homenagens’, distinguindo pessoas, cidades e entidades. O que o levou, por meio de os ‘Correianos – A corrida das correias’, a homenagear os Correios?

Élcio Mário Pinto: Olá, Sergio Diniz! É um prazer conversar com você, editor do ROL e com os leitores do Brasil e de outros 38 países alcançados por este Jornal, que é global! Você tem toda razão quando me chama de ‘autor de homenagens’. A razão para ser assim é esta: quem pesquisa e escreve está sempre buscando dados e comprovações em pessoas renomadas, algumas do passado distante ou próximo, outras do presente, ainda que os citados, como gente famosa, sejam de difícil acesso ou contato. Digo que citar pessoas do passado é importantíssimo, mas temos que nos lembrar de citar e destacar os que nos são próximos e que são do nosso tempo. Por exemplo, valorizar uma pessoa amiga, um vizinho, colega de trabalho, de estudo e de passeios!

Em relação ao livro ‘Correianos’, quis homenagear os funcionários da empresa que gosto de chamar assim: Correios do Brasil. A explicação também é simples: desde a minha adolescência em Angatuba, toda vez que passava em frente à agência local, olhava para aquele luminoso – que ainda está lá – e me sentia olhando para o país todo, para o Brasil. Depois, conheci o Romir, pai do Caique, meu afilhado e ilustrador, que é funcionário ‘correiano’ há décadas; Adriana Rocha, minha esposa, trabalhou na ECT, hoje Correios. Enfim, tenho orgulho por aquilo que nos pertence como Nação! E, como somos criaturas que existem graças às comunicações, contatos e vínculos, então, sinto-me à vontade para prestar essa homenagem pela Literatura.

 

JCR: Você inicia o livro com um pensamento de sua autoria: “… e as Correias da comunicação venceram as correntes de todas as prisões!” Explique o pensamento.

EMP: As prisões, sejam do corpo ou do espírito, da alma, da mente ou como se queira definir e explicar, criam correntes de isolamento. Estar preso é estar isolado, sem contato e sem relações. E assim, entendo que a comunicação consegue romper com as correntes que aprisionam, que segregam, separam, distanciam e matam por falta de convivência saudável.

Então, você me perguntaria se alguém pode sentir-se isolado ou preso mesmo numa cidade grande, rodeado por multidão de pessoas? Sem dúvida alguma, pode! Eu mesmo, em meu primeiro ano na faculdade de Teologia em São Paulo, quando seminarista, era assim que me sentia: com medo da cidade, das pessoas, isolado e ‘preso’ numa metrópole como é a capital paulista.

O povo Correianos, que se define a partir do conjunto, não do indivíduo, ensina que as correias da comunicação, dos contatos e dos vínculos conseguem ‘quebrar’ as correntes de todos os tipos de prisão. Não somos criaturas para as prisões e para o isolamento. Somos criaturas para a comunicação e todas as suas expressões de contatos: fala, dança, desenhos, gestos… Sem contar a nossa enorme força pelas energias que temos e que nos acompanham. Também somos seres energeticamente carregados. Precisamos escolher boas ‘cargas’ para a vida e para a convivência e nos afastarmos das cangas. Boas cargas sim, cangas não!

 

JCR: Pela leitura do livro, que traz pesquisas históricas, depoimentos e entrevista, percebe-se que ele demandou um bom tempo para a sua consecução. Como se deu o processo de criação do livro e quanto tempo demandou o trabalho?

EMP: Olha, Sergio! O livro de 116 páginas demandou quase um ano de tempo, considerando: pesquisa, escolha de conteúdos, escrita (produção), ilustrações, entrevistas e revisão. Some-se aqui, o trabalho da editora Miriam Rangel, da Crearte, nossa amiga e parceira. O conteúdo principal, isto é, o conto que explica as ações do povo ‘Correianos’, foi “gestado” aos poucos: num momento apareciam personagens, noutro, ambientes e assim por diante. Nem tudo aconteceu ao mesmo tempo.

A escolha de conteúdos já escritos também nos trouxe a difícil tarefa de selecionar e cortar algumas coisas. Eu queria acrescentar tal conteúdo, mas a apoiadora cultural, Adriana Rocha, me dizia que não cabia e que aquele deveria ser guardado para outra publicação. Nisto, conversamos diversas vezes, sempre a partir da proposta original que era homenagear os funcionários dos Correios e a empresa como um todo.

Para mim, como autor, todos os que trabalham na empresa Correios são CORREIANOS. Falo com orgulho e solenemente! Destaco que os conteúdos históricos do site da empresa – informações públicas – foram primorosos! Sua organização facilita à leitura e parte de momentos históricos. Tudo está didaticamente posto! Então, trouxe para o livro aqueles dados que comprovam o quão importante a empresa Correios é para cada brasileiro e para todo o nosso país. Para além do Brasil, nosso Correios alcança o planeta!

 

JCR: No conto (e também título do livro) ‘Correianos – A corrida das correias’, você fala, em relação ao ‘povo correiano’, que, “Vincular-se, para eles, era a sua razão de viver, por isso, qualquer um dos seus não resistia por muito tempo quando se sentia isolado”. E sua esposa e apoiadora cultural, a escritora Adriana Rocha, costuma dizer que você é, justamente, uma pessoa ‘de vínculos’. Afinal de contas, o que é ser uma pessoa ‘de vínculos’?

EMP: O povo ‘Correianos’ entende-se como plural, não como singular. Nossa dificuldade em relação à cultura daquele povo é que, enquanto dizemos ‘eu’, aquelas pessoas dizem ‘nós’. Trata-se de uma gente que se pensa como grupo. Sua linguagem é plural, suas ideias são coletivas e as definições do que são, assim como a própria vida, só acontecem enquanto povo, não enquanto indivíduo. É uma outra Cultura, outra lógica, outra forma de pensar, viver e existir. Assim, só se pode entender o povo ‘correiano’ para nós e ‘Correianos’ para aquela gente, a partir dos vínculos. Eles só existem por causa dos elos que criam. São correias que se unem e formam cada pessoa para formar todo o povo.

É a ilustração da capa, como se fosse um DNA formando cada um, que só existe como povo. Ser uma pessoa de vínculos, Sergio, é alimentar contatos, dialogar sobre igualdades e diferenças, respeitar opções e buscar novos modos para se viver melhor naquilo que nos une. Diferentemente desta época de consumo e descarte, de relações líquidas – conforme o sociólogo e filósofo polônes Zygmunt Bauman (1925-2017) – os vínculos são duradouros, crescem e se desenvolvem em contatos, igualdades e diferenças respeitadas, mas que alimentam uma vida de conjunto, não de indivíduo isolado e egoísta. Quem não pensa o planeta, não deixará planeta a ninguém!

 

JCR: Diante da importância da homenagem, você apresentou ou vai apresentar o livro para a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, até mesmo para ampliar o apoio cultural?

EMP: Fiz contato com a empresa, que me respondeu ter repassado as informações para o setor de Comunicação. Então, aguardo pelo contato oficial. Creio que, agora, com a presença de muitos ‘correianos’ no lançamento do livro, a Administração da empresa fique sabendo e ciente, tenha interesse na homenagem literária que estamos oferecendo.

 

JCR: Que mensagem final você gostaria de deixar para todos os ‘correianos’?

EMP: Que participem do lançamento literário! Que divulguem, o belíssimo trabalho que realizam, pelas letras, pelo conto e pela história da qual participam. Que acreditem na importância da ECT – hoje Correios, e no orgulho que por ela temos, todos nós brasileiros. Não é sem razão que existem nações interessadas no trabalho que aqui realizamos como país. É tão verdade que, quando o carteiro chega – e com ele toda a empresa e seus funcionários também chegam – o sorriso é sempre por aquele contato escrito, pela notícia, pela lembrança ali vinculada à amizade, ao carinho e ao respeito que existe entre: Remetente – CORREIOS – Destinatário.

Deixo aos ‘Correianos’, o povo das Correias, toda minha admiração, todo meu respeito, meu carinho e valorização que faço questão de registrar. Escrever homenageando os Correios e seus funcionários – todo o povo Correianos – é um privilégio para mim! Por isso, aceitem estas palavras de vínculos: MUITÍSSIMO OBRIGADO, CORREIANOS!!!