Amanheci incendiando meus dizeres, Banhei meu suor com seus afiados olhos. Senti a dor do peito de quem sofre, A carne estúpida de quem ama. Minhas lágrimas eram sangue invisível – invisibilidade tamanha. Minhas queixas eram histeria – mentira que você guarda de forma insana. Quem ama não enxerga a morte, Quem ama ignora que está morrendo. Quem ama quer contar com a sorte, De um tempo onde só há sofrimento. Quem ama não calcula o prejuízo, Quem deseja não semeia o eu lírico. A carne de quem ama é ferida aberta, A carne de quem ama jamais desperta.
Barbie: um filme filosófico que vai além do feminismo
Letícia Mariana: Crítica ‘Barbie: um filme filosófico que vai além do feminismo’
Na terça-feira, dia 25, fui assistir ao aclamado filme da boneca Barbie. Uma figura amada por muitas e questionada neste século, pôde, finalmente, mostrar o seu verdadeiro propósito.
A marca mais questionada pelo movimento feminista mostrou empoderamento feminino, sensibilidade e muita maturidade nas telas do cinema mundial. Arrecadando milhões em bilheteria, Barbie pôde emocionar homens, mulheres, idosos e crianças, trazendo reflexões filosóficas com um tom cômico e crítico.
Na Barbielândia, todas as mulheres de plástico podem ser tudo o que quiserem, assim como o slogan do brinquedo. As Barbies ganham o Nobel de Jornalismo e Literatura, a Barbie Presidente é justa e forte, mulheres têm diplomas, mestrados, doutorados, profissões e espaço num mundo que é delas.
Mas os Kens, bem, eles são somente os Kens. As sombras delas neste universo majoritariamente feminino. Algo que era normal e conveniente para quase todos os homens da Barbie World, menos para um deles – de forma aparentemente inconsciente
Quando a Barbie estereotipada começa a ter pensamentos depressivos e “pés retos”, seu destino é visitar o mundo real e resolver os problemas da suposta criança que a controla. Contra sua vontade, Ken segue neste caminho incerto em busca da restauração da boneca.
Tudo parece estranho. Os trabalhos são majoritariamente masculinos, empresas são feitas por homens e até o presidente é um homem! Barbie, ocupada demais pensando em seu encontro com a criança deprimida, não percebe que o mundo real não é feminino – muito menos feminista.
Contrapartida, Ken sente orgulho ao notar que é respeitado, valorizado e exaltado. Busca livros sobre patriarcado e resolve retornar ao mundo das Barbies para contar a novidade aos Kens, assim, transformando Barbielândia num espaço masculino e totalmente machista.
Não gostaria de estragar a surpresa e relatar a continuação, mas o Ken não é o vilão como muitos dizem ser nas críticas. O final surpreende e traz a mensagem de amor-próprio, união entre homens e mulheres e, claro, uma crítica sobre o nosso sentimento em relação ao machismo. Junto com isso, nós, mulheres, também passamos a compreender muitas das fragilidades masculinas, seus medos, pesos, ansiedades.
Parece um filme bobo no início, mas se transforma num sensacional mergulho da psiquê humana. Cada centavo do ingresso vale a pena – principalmente com pipoca.
Faço um chá de camomila antes de dormir. Acordo, medito e vou comprar café e pães. Me aconchego sob meu ser! Minha essência está sorridente, sorridente como jamais fora.
Rego as plantas numa manhã de infinita bondade. Paro e começo a pensar no que poderia ser, mas não é.
Já me disseram que crio um mundinho perfeito, algo ideal que a sociedade discorda. Recordo a infância. Meu olhar de criança abraça meu eu adulta, sinto paz e uma singela melancolia. Nada é capaz de me tirar a esperança.
Vejo um mundo sem vícios, sem violência, sem rancores. Vejo pessoas abraçando árvores sem quaisquer vergonhas! Enxergo os seres mais alegres – sem necessidade de drogas ou bebidas – e mais bondosas; sem precisar de uma igreja ou templo. Decifro os códigos indecifráveis da plenitude; ela tem um aspecto angelical. Ouço músicas calmas com suaves melodias de caridade.
Pessoas são amigas, fiéis, verdadeiras. Não há máscaras, não há falsidade. Famílias são unidas, há mães e pais, irmãos, irmãs, parentes amorosos e muito calor humano! Há uma fé de que o mundo permanece melhor.
As eleições não são mais uma questão. Todos se respeitam e todos lutam juntos por um mundo lindo! Os abraços ficam mais belos, os corações estão cantando junto da mata verdejante! Ah, meu Deus, mas que sonho!
Respiro. Não existe esse mundinho. Mas hei de vê-lo. Enquanto não o vejo, faço a minha parte. Espalho amor a cada instante, por mais frio que seja o semblante alheio e por mais dolorosa que seja a vida. Inclusive a minha.
Letícia Mariana e Paty Fonte lançam a coleção ‘Meu Bebê, Meu Tesouro’
Uma coleção para pais e responsáveis que precisam ler para seus filhos
Letícia Mariana e Paty Fonte, mãe e filha, acabam de anunciar o lançamento da coleção ‘Meu Bebê, Meu Tesouro‘, publicada pela Editora Brinque Brasil.
A coleção é composta por 6 livros para o público de zero a 3 anos. Uma coleção para pais e responsáveis que precisam ler para seus filhos. O foco central está na vida dos bebês: a hora de mamar, o quarto, a hora de dormir, a descoberta de si, o local do nascimento.
Letícia Mariana diz que sente um imenso orgulho ao compartilhar um sonho antigo com a sua mãe, Paty Fonte, educadora e filósofa.
“Sempre foi o sonho da minha mãe lançar livros infantis. Eu, quando me tornei adolescente, roubei o sonho e me imaginava encantando a todos com histórias criativas. Acho que nosso pensamento foi forte!” – afirma Letícia.
A Editora Brinque Brasil é uma distribuidora de livros que busca parcerias sólidas com toda a cadeia produtiva do livro brasileiro: editoras, autores, gráficas e distribuidores. O objetivo comercial é de construir relações duradouras que tenham a mesma missão de negócio: ofertar bons produtos, a preços justos para os clientes, com lucratividade para todo o mercado e produtos editoriais de qualidade.
“Sinto um imenso orgulho em ser uma das autoras da Editora Brinque Brasil pela qualidade de seu conteúdo, compromisso com os leitores, publicação responsável, variedade de gêneros e temas, além da busca por constante atualização. Brinque Brasil reúne as principais características de uma editora que preza pela Educação e Cultura do nosso país.” – ressalta Paty Fonte.
Letícia ressalta que a Editora Brinque Brasil transforma a vida de pequenos e grandes leitores, incentiva a educação de maneira admirável e inovadora.
“Brinque Brasil tem a cara do país que respira cultura!” – assegura Mariana.
AS AUTORAS
Letícia Mariana, natural do Rio de Janeiro (RJ), é escritora, palestrante e criadora de conteúdo na internet.
Acadêmica da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil – ACILBRAS.
Autora da obra ‘Entre Barbantes’, publicada em 2018 pela Editora Multifoco sob o selo ‘Birrumba’ e ‘Intelectodrama’, publicado pela Editora Pindorama em 2021.
Congressista no ‘Congresso Universal de Escritores’, sede em Lima, Peru.
Participa de encontros virtuais internacionais e também de debates em rádios brasileiras.
Paty Fonte éuma educadora carioca, especialista em Pedagogia de Projetos e Educação infantil.
Idealizadora e diretora do site ‘Projetos Pedagógicos Dinâmicos’.
Autora de centenas de projetos já desenvolvidos com sucesso em várias escolas brasileiras.
Escritora – autora dos livros ‘Projetos Pedagógicos Dinâmicos: a paixão de educar e o desafio de inovar’ e ‘Pedagogia de Projetos: ano letivo sem mesmice, Competências Socioemociomais na escola e Habilidades Socioemocionais para dinamizar o ambiente escolar’, todos publicados pela WAK editora.
Colunista de revistas didáticas e paradidáticas.
Autora e tutora de diversos cursos presenciais e online de formação continuada a docentes. Palestrante e conferencista.
Chamam de loucura, chamam de retardo. Chamam de ternura, Ou de agrado. Alguns chamam de inteligência suprema, Nos comparam com deuses e gênios. Outros nos veem como problemas, Incapazes de sustentar-nos ao extremo. Autistas, Tão insensíveis em sua sensibilidade? Autistas, Tão deprimidos e variáveis? Autistas, Mulheres que não podem casar? Autistas, Belas, recatadas, será? Autismo, Problema ou resolução? Sou mais do que a fortaleza me aguarda, Sou um espectro firme e incontestável. A ciência tenta me curar, Eu nego prontamente – enquanto a lágrima rolar. A psicologia procura compreender, Mesmo sem viver o que sou, E nós abraçamos a vontade, De viver.