Pietro Costa: 'Limiar'

Pietro Costa

Limiar

No seu silêncio, retumbam ventos bravios

No desalento, ouço o murmúrio dos rios

O caminho lá de dentro, intransponível e frio

Só a fé acha a luz em diminutos rastilhos

 

Rogando favores e concessões ao Poder Infinito

Vangloriando suas posses precárias e mesquinharias

A monstruosidade humana em seu capricho ferido

A face outrora pueril e mansa, vira cólera e zombaria

 

Raios sibilantes e lúgubres divisam a aurora do ser

Combalido na inveja e usura, perdeu-se da luta e da lua

E o sol não avista nem de soslaio, não atiça o querer

 

O laborioso, pungente e incompreensível encargo

Não deve ser precipitadamente rechaçado

A batalha é um “locus sagrado”, divino apanágio

Pietro Costa

Pietro_costa22@hotmail.com