Mapeamento online de autores: FAOP abre espaço para escritores independentes

Escritores de todo o Brasil poderão se cadastrar para participar de futuras ações de divulgação

A partir dessa sexta-feira, 16 de abril, autores independentes poderão se identificar por meio de um formulário disponível AQUI no site da Fundação de Arte de Ouro Preto|FAOP.

A ação tem como principal objetivo localizar esses autores em todo o território nacional para abrir espaço para novos talentos da literatura nacional que, geralmente, não possuem espaço na mídia tradicional, através de diferentes formas de divulgação.

Escritores independentes autopublicados ou que utilizam alguma plataforma online para publicação de textos, de qualquer localidade, vão poder participar. Para isso, inicialmente, os autores vão precisar fornecer algumas informações simples, como nome literário, tipo de texto e uma pequena biografia. Após o recebimento dos dados, a equipe da FAOP entrará em contato para conhecer mais sobre os escritores e escritoras, e entender a melhor forma de divulgar o seu trabalho. Essas ações poderão incluir matérias para o site, produção de conteúdos para as redes sociais e plataformas da fundação ou mesmo entrevistas de diferentes formatos.

A Biblioteca Murilo Rubião, localizada no Complexo Cultural Casa Bernardo Guimarães, sede da fundação, é parceira na promoção desta ação. Patrícia Sarmento, bibliotecária e gestora de cultura na FAOP, salienta que a literatura nacional é repleta de autores criativos e que produzem obras para diversos públicos, mas que nem todos possuem o alcance que merecem.

“Acredito e espero que abrir esse espaço sirva como uma forma de estímulo tanto a leitura quanto a produção de novos textos.”

O mapeamento integra o conjunto de ações online que estão sendo desenvolvidas pela FAOP diante das limitações provocadas pela pandemia. A ideia é que a internet seja cada vez mais aproveitada para promover as atividades da fundação em âmbito nacional.

“A nova iniciativa reforça o compromisso da FAOP de valorização da arte, da cultura e de seus agentes, tanto numa perspectiva local, quanto nacional. Temos o papel de ser espaço, seja como escola, como palco, ou como casa, para artistas de diferentes áreas”, afirma Júlia Mitraud, presidente da fundação.

 

 

 

 




Associação Brasileira de Música Independente inicia pesquisa sobre o mercado de música brasileiro

Estudo tem o objetivo de mapear o mercado para identificar tendências, traçar metas e orientar políticas públicas

A Associação Brasileira de Música Independente (ABMI), que atua com objetivo de integrar o país ao mercado mundial de música gravada, acaba de dar início a uma ampla pesquisa, com o objetivo de mapear o setor brasileiro da música independente. As informações serão coletadas por dois meses, em duas frentes: uma avaliação dos dados das principais plataformas de streaming, referentes a 2019, e entrevistas com 80 empresas – 70 associadas e 10 de fora da instituição.

Entre os temas que serão abordados na pesquisa qualitativa, estão o números de empregos gerados pelo setor, a quantidade anual de lançamentos e diversidade de gênero, além da  avaliação de tendências de mercado. Já a parte quantitativa será extraídos da análise de dados fornecidos por empresas como Spotify, Apple, YouTube e Google. Com o resultado, a ABMI espera indicar com clareza a participação dos artistas auto-produtores e empresas independentes no market share da música gravada no Brasil, além de identificar tendências, traçar metas e sugerir caminhos para políticas públicas.

“Estamos empolgados de anunciar essa iniciativa pioneira, que pode nos ajudar a compreender com maior profundidade o cenário da música independente no Brasil. A pesquisa será fundamental para orientar os profissionais da indústria de acordo com as novas tendências e fornecer os insumos necessários para fortalecer o posicionamento brasileiro frente ao mercado fonográfico internacional”, afirma Carlos Mills, Presidente da ABMI.

O cenário musical independente tem crescido e ganhado cada vez mais espaço, principalmente a partir da internet. O relatório Wintel 2018, realizado pela Worldwide Independent Network (WIN), identificou que os independentes representavam 39.9% do mercado de música gravada no mundo. Para aproximar esses dados do universo brasileiro, a ABMI vai acompanhar, ainda mais de perto, o desempenho do setor através da pesquisa.

O estudo será coordenado pelo músico, economista e pesquisador Léo Morel e contará com a participação das empresas Chartmetric e LV Pesquisa. A iniciativa tem o apoio da WIN e do MERLIN.

 

Sobre a ABMI

Fundada em 2002, a Associação Brasileira da Música Independente é uma entidade sem fins lucrativos, que atua como a voz das empresas brasileiras no mercado fonográfico. Com o objetivo de promover maior a integração do mercado brasileiro ao mercado mundial de música gravada, sua missão é organizar, capacitar e desenvolver os produtores de conteúdo criativo musical, possibilitando melhores resultados financeiros, oportunidades de negócios e o seu contínuo aprimoramento.

A ABMI tem assento na WIN – Worldwide Independent Network – associação mundial de gravadoras e associações independentes, com mais de 800 associados em todo o mundo. Além da WIN, a ABMI participa ativamente da MERLIN, que vem se revelando o mais importante articulador de negócios da música em ambientes digitais em todo o mundo. A instituição é a maior e mais importante articuladora política do setor, tendo comandado o movimento de imunidade tributária da música brasileira através da PEC 123/2011, mais conhecida como a PEC da Música.

Além disso, a ABMI trabalha para reduzir o déficit de inclusão digital de seus representados e para criar a estrutura necessária para recolher e administrar os novos direitos sobre licenças decorrentes de usos digitais para as gravadoras e artistas nacionais. Os benefícios da gestão coletiva da ABMI serão percebidos inicialmente por seus associados e, na sequência, estendidos ao setor como um todo, contribuindo assim para a sua organização, consolidação e fortalecimento comercial.