'Pequod' – Só os Bons Morrem Jovens texto inédito do dramaturgo Mário Bortolotto
A estreia será no dia 24 de setembro e o espetáculo ficará em cartaz de sexta à domingo, de 24/09 a 10/10, sempre às 19h00 horas
O projeto, vencedor na categoria “PRÊMIO POR HISTÓRICO DE REALIZAÇÃO EM TEATRO” no edital viabilizado pelo Proac, através da Lei Aldir Blanc, resulta na montagem inédita com o Grupo de Teatro Cemitério de Automóveis, que apresentará curta temporada em formato online, com gravação transmitida ao vivo no Teatro Sérgio Cardoso Digital.
A estreia será no dia 24 de setembro e o espetáculo ficará em cartaz de sexta à domingo, de 24/09 a 10/10, sempre às 19h00. No dia 10 de outubro, após a última apresentação do espetáculo, haverá um bate-papo ao vivo e online, com o diretor e dramaturgo Mário Bortolotto. Os ingressos para a temporada são gratuitos!!!
Em “Pequod” Bortolotto assina o texto e direção, além da sonoplastia, e integra o elenco ao lado dos atores Nelson Peres, Fernando Castioni e Rebecca Leão. A concepção da luz do espetáculo é do experiente iluminador Caetano Vilela. A cenografia realista, que traz a cabine de um barco ancorado, é criação dos irmãos Mariko Ogawa e Seiji Ogawa. As filmagens para a versão em vídeo ficarão sob a coordenação do experiente diretor de fotografia Cauê Angeli (“GIG – A Uberização do Trabalho”, “Jaci”, entre outros).
O espetáculo encerra uma trilogia dos irmãos Nando e Maurício, personagens que apareceram pela primeira vez no texto “Fica Frio”, encenado em 1989, e retornaram posteriormente com a peça “Tempo de Trégua”, encenada no ano 2000.
Mário Bortolotto também atuou e dirigiu nas duas primeiras peças, na trilogia que levou 32 anos para se concluir. Apesar de ser uma peça com temática linear, o público não precisa ter visto as primeiras para acompanhar “Pequod – Só os Bons Morrem Jovens”, ela tem força dramatúrgica por si só.
“Quando escrevi a primeira peça, não pensava em escrever uma segunda com os mesmos personagens. E quando escrevi a segunda, não pensava em escrever a terceira. Mas mais precisamente em relação à terceira, é uma ideia que tive há alguns anos e ela só veio amadurecendo.” – comenta Mário Bortolotto.
Inicialmente, o projeto previa uma temporada com plateia presencial que seria realizada na sede do Grupo, o que precisou ser adaptado em decorrência ao enfrentamento da pandemia. Para realização do espetáculo em formato virtual, buscamos parceria com o Teatro Sérgio Cardoso, que abraçou o projeto e viabilizou a realização da temporada online na plataforma digital da organização. Nesse formato, buscamos fidelidade à obra original, não descaracterizando o teatro, e sim, usando de ferramentas disponíveis para uma experiência imersiva do espectador.
O espetáculo deve ganhar uma versão presencial em 2022, ano em que o Grupo completa 40 anos em atividade. Para a gravação e temporada online, que estreia em breve, todos os protocolos de segurança estão sendo seguidos pela produção. A equipe inteira está sendo testada, e todos estão sendo vacinados regularmente conforme os calendários vigentes.
Sinopse
No espetáculo “Pequod – Só os Bons Morrem Jovens”, Nando, agora já bem mais velho, mora sozinho em um barco. Raramente ele sai de lá. Mauricio o encontra para comunicar o falecimento do pai. Nesse último encontro entre os irmãos, velhas contas serão acertadas e os dois irmãos finalmente poderão avaliar o que fizeram de suas vidas e onde conseguiram acertar e onde erraram de maneira desastrosa. Outros dois novos personagens aparecem nessa peça. Um amigo de Nando, um velho asmático e uma garota de procedência misteriosa que frequenta o barco onde Nando mora.
Pequod fecha a trilogia dos irmãos Nando e Maurício, que começou no texto “Fica Frio”, encenado em 1989, e teve seu segundo capítulo com a peça “Tempo de Trégua” no ano 2000. Os Irmãos Nestor Araújo vêm de uma família abastada do interior do Paraná. Os dois têm personalidades opostas. Nando é o mais velho e muito cedo saiu de casa recusando qualquer ajuda da família. Sempre viveu de pequenos trabalhos e pequenos delitos, preferindo ficar à margem da sociedade. Já Maurício, é o filho que fez tudo o que esperavam dele. Ficou junto dos pais, cuidou dos negócios da família, casou, e levou uma vida que sempre primou pela mais perfeita retidão. Os dois apareceram pela primeira vez na peça “Fica Frio” ainda bem jovens. Maurício era incumbido pelo pai de encontrar o irmão e tentar trazê-lo de volta para casa. Ele o encontra, mas acaba tendo que fugir junto com o irmão que havia acabado de assaltar uma joalheria. Os dois caem na estrada e a viagem acaba sendo uma espécie de ritual de iniciação para o jovem. Na segunda peça “Tempo de Trégua”, os irmãos voltam a se encontrar numa reunião de família no Natal. Maurício já está casado e leva a esposa. Nando surpreendentemente aparece depois de muito tempo longe de casa. Mas a sua visita só prova o quanto ele não se sente bem-vindo em nenhum lugar do mundo.