No lançamento de meu 7º livro, um sentimento de gratidão a Itapetininga, ao jornal ROL, aos apoiadores culturais e aos amigos!

‘Borboletas e mariposas’, meu 7º livro, é um compilado das crônicas publicadas no jornal ROL, enquanto colunista

 

A educadora e poetisa Mara Branco

Um belo dia do ano de 2016, joeirando inspiração nas imagens e mensagens veiculadas pelo Facebook, eis que me  deparei com um artigo de cunho educacional muito interessante, postado por uma amiga, a diretora de escola e poetisa Mara Souza.

O que me chamou a atenção, além do precioso conteúdo do artigo, foi o veículo por meio do qual o artigo foi publicado: Jornal ROL – Região On Line, um jornal virtual de Itapetininga (SP) do qual ─ apesar de seus 22 anos de existência ─, jamais tinha ouvido falar, até então.

Fiz um comentário sincero, elogiando o artigo e parabenizando a amiga. E ela, com o desprendimento que somente a amizade dispõe, comentando que era colaboradora do jornal, perguntou-me se eu também não gostaria de fazer parte do ‘time’.

Nesse momento, lembrei-me de um pensamento que anotara há alguns anos, de autoria de Sun Tzu, general, estrategista e filósofo chinês: “As oportunidades multiplicam-se à medida que são agarradas”.

Não pude, portanto, deixar de agarrar essa oportunidade de ter meus textos publicados em mais um veículo de comunicação, principalmente porque se tratava de um jornal eletrônico e, consequentemente, lido por brasileiros e falantes da Língua Portuguesa em todo o mundo, segundo relatórios emitidos pelo provedor do ROL.

Por meio da amiga Mara Souza, fui apresentado ao Editor do ROL, o jornalista Helio Rubens e Arruda e Miranda, o qual, confiando num primeiro momento na indicação que recebera, recebeu-me calorosamente, como, aliás, o faz com todos os novos colunistas.

E assim, no dia 20 de março de 2016, fui oficialmente apresentado aos leitores do ROL, publicando minha primeira crônica (A um passo do paraíso… ou do abismo?)

Desse marco, até o momento em que completei um ano como colaborador do jornal (20/03/2017), foram publicados 60 textos, entre crônicas, contos, poesias, pensamentos e entrevistas.

Este singelo livro, por conseguinte, reúne 33 crônicas que foram publicadas no ROL até o dia 02/06/2017.

Consequentemente, como não poderia deixar de ser, o lançamento da obra só poderia ser, – por honra e justiça – em Itapetininga, a Cidade das Escolas, a ‘Atenas do Sul’!

E, nela, num tradicional espaço educacional e cultural: o Centro Cultural Brasil-Estados Unidos ‘Presidente Kennedy’, com um maravilhoso acervo de pinturas, como se comprova pelas fotos abaixo!

O lançamento foi prestigiado por amigos e personalidades culturais, coroando o evento num clima descontraído de amizade.

À ‘Atenas do Sul’, ao povo itapetiningano e aos amigos e apoiadores, portanto, o meu mega ‘muito obrigado’!

  Abertura do Cerimonial, com a condução por parte da escritora  e colunista do ROL Adriana Rocha, presidente da Lexmediare/Lexpublica e apoiadora cultural do autor

 

O editor do ROL e prefaciador do livro, Helio Rubens de Arruda e Miranda

 

O presidente da Academia Itapetiningana de Letras e colunista do ROL, Jorge Paunovic

 

O presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga – IHGGI, Giovani Ferrari

 

O escritor e colunista do ROL Élcio Mário Pinto

 

O genealogista, membro do IHGGI e colunista do ROL Afrânio Mello

 

A artista plástica, restauradora, designer e colunista do ROL Walkiria Paunovic

 

A Acadêmica (da AIL) Nívea Guarnieri

 

A Secretária do IHGGI e acadêmica da AIL, Maria do Rosário  S. Porto

 

Ana Elisa Bloes M. de Arruda e Miranda, artesã em Scrapbook e artista plástica em Scrapbook

 

Minha esposa, a advogada e conciliadora judicial, Maria Clara W. Diniz da Costa

 

 Elina de Oliveira

 

  

  

  

  

  

 

 


 

 

 

 

 

 




Sergio Diniz da Costa: 'Mariposas e borboletas'

Sergio Diniz

“E ali, na mesma esquina, da mesma rua do centro, ela parece mais um detalhe da paisagem urbana. Um detalhe que, provavelmente, poucos notam ou se detêm nele.”

O centro das cidades, nos dias úteis e no horário comercial, concentra uma quantidade significativa da população que, em sua roda-viva diária, dirige-se ao trabalho, às compras, para realizar algum negócio específico ou, ainda, simplesmente, como alguns aposentados, sentar nos bancos da praça para prosear ou apreciar a movimentação das pessoas.

Eu sempre gostei de andar pelas ruas do centro da minha Sorocaba. Principalmente após a aposentadoria e, com ela, me dedicar exclusivamente à carreira literária.

Uma das vantagens de não precisar mais ‘matar um leão por dia’ ─ prática essa metaforicamente incorreta, aliás! ─ é, justamente, ter a liberdade de se fazer o que mais gostamos. No meu caso, observar as pessoas, tentando captar o que pensam ou sentem. Um verdadeiro trabalho de ‘investigador da alma humana’!

Há algum tempo, comecei a observar uma, em particular. Uma mulher! Postada sempre na mesma esquina, da mesma rua. Todavia, sem qualquer produto visível, supostamente sendo colocado à venda.

Idade imprecisa, nem jovem ou velha, demais.

O corpo, muito longe do que, hoje, parece ser ─ ou fazem-nos acreditar que o seja ─ o ‘ideal’, ditado pela Moda.

As roupas, aparentemente de grife nenhuma e um tanto quanto exíguas, deixando à mostra um pouco mais aquilo que pessoas mais recatadas e conservadoras considerariam ‘aceitável’.

O rosto, carregado com uma maquiagem feita sem arte, talvez por ter sido produzida com produtos baratos ou por pura falta de conhecimentos desse ofício. O rosto, refletindo um brilho no olhar que me pareceu enigmático, e um sorriso que, num primeiro momento, me pareceu malicioso.

E ali, na mesma esquina, da mesma rua do centro, ela parece mais um detalhe da paisagem urbana. Um detalhe que, provavelmente, poucos notam ou se detêm nele.

O olhar brilhante e o sorriso, misteriosos, maliciosos, porém, aos poucos foram me mostrando que se detinham em algumas pessoas em especial: os homens!

Ao ter essa percepção, finalmente percebi a realidade de sua presença: ela era o próprio produto colocado à venda! E, imediatamente, lembrei-me da primeira vez que ouvi um adjetivo aplicável a esse tipo de mulher: ‘mariposa’!

Mariposa! Mariposa!… Uma mariposa ali, no centro da cidade.
E em plena luz do dia!

Passei, então, a refletir sobre a palavra e do inseto que a representa. E me lembrei de uma aula de Biologia, quando estudávamos os insetos.

As mariposas ─ as de maior tamanho, também conhecidas como ‘bruxas’ ─, fazem parte da ordem científica Lepidoptera, que significa ‘asas escamosas’. O nome deriva das escamas que caem das asas em forma de pó quando tocadas. A maioria delas tem hábitos noturnos.

Lembrei-me, também, que as mariposas têm muito em comum com as borboletas. Ambas fazem parte da mesma ordem científica e começam suas vidas como lagartas famintas antes de se transformarem em suas versões adultas, voadoras. E ambas se alimentam do néctar das flores.

As mariposas e as borboletas, todavia, têm algumas diferenças. Uma delas é o comportamento das mariposas de voar em círculo em torno das luzes (fototaxia), particularmente as artificiais, comportamento esse ainda não totalmente explicado pela ciência.

Ademais, há diferenças, entretanto, de natureza simbólica. A borboleta é considerada o símbolo da transformação, da felicidade, da beleza, da inconstância, da efemeridade da natureza e da renovação. E, para a psicanálise moderna, é o símbolo do renascimento. A mariposa, por sua vez, por ser um inseto geralmente de hábitos noturnos, simboliza a morte, bem como a força destruidora da paixão.

Voltando dessa ‘aula de reminiscências’, observei, mais uma vez, aquela mulher. Olhei mais atentamente para seu rosto. E, de repente, tive a impressão de que aquele olhar ainda detinha um brilho, mas era uma cintilação diferente, distante. E o sorriso já não mais me parecia malicioso, porém, ingênuo.

Nesse momento, parecia que não via mais uma mariposa, mas uma lagarta; uma lagarta que talvez um dia poderia ter escolhido se transformar numa borboleta. Uma borboleta leve, multicolorida, admirada!

E a única luz, em direção à qual voejaria, seria a do sol.

Aquela esquina, daquela rua, seria tão somente um lugar por onde ela passaria e, momentaneamente, pousaria, até que algum transeunte, um poeta a notasse.

E sobre ela escreveria ‘O Poema da Libertação’!

 

Sergio Diniz da Costa – jornalculturalrol2@gmail.com