Escritora lança romance ‘Amoras’ em Itapetininga

Mayara Nanini fará noite de apresentação e autógrafos da obra nesta sexta, dia 07, no Sesi de Itapetininga

A escritora Mayara Shiguemi Nanini Horiy lança nesta sexta-feira, dia 07, o romance infantojuvenil ‘Amoras’. O evento gratuito começa às 20h e é preciso fazer a reserva do convite com antecedência pelo WhatsApp (15) 98106-4116.

Com mediação da jornalista Carla Monteiro e do professor Felipe Rocha, o evento terá um bate-papo sobre a construção da obra e, ao final, um momento de autógrafos.

Em seu primeiro romance, Mayara narra as angústias de Luiza por viver à sombra de sua irmã mais velha, Clara. Ela sonha com o momento em que terá uma descoberta somente sua e após um difícil período em sua vida, descobre um lugar lindo, repleto por amoras e coelhos.

O romance surgiu há dez anos, quando a escritora tinha 21 anos. Em cinco dias ela escreveu ‘Amoras a partir de um conto redigido quando ela estava no ensino médio. “Escrevi de forma terapêutica, mas entendi que não poderia expor tudo aquilo que sentia… não naquele momento. Era incapaz de apresentar minhas feridas. Guardei o texto. Nunca li uma única folha. Quando a ferida foi cicatrizada, cogitei então uma possível publicação”, justifica.

O professor Felipe Rocha pontua que é necessário destacar o fato de que o livro é de criação de uma jovem adulta de Itapetininga, que gestou esta narrativa ao longo de muitos anos, ao mesmo tempo em que experimentava a vida neste espaço, como cidadã deste interior, rodeada de relações e histórias deste lugar.

“Há uma escritora entre nós, interessada em compartilhar sua sensibilidade, discutindo temas de grande importância para os jovens de nossa cidade. Trata-se de um acontecimento potente, sobretudo em tempos nos quais a arte e a valorização da cultura padecem de tantas dores”, afirma o professor Felipe Rocha, convidando, com estas palavras, os leitores a se debruçar avidamente sobre um prato literário cheio de amoras!

A autora

Mayara Nanini afirma que ao longo da carreira profissional colecionou experiências únicas. Dentre tanta diversidade de setores, pôde encontrar conexões incríveis.

É formada no curso de Mecatrônica pelo SENAI, Teatro pela Oficina de Atores de Sorocaba e Direito pelo Instituto Itapetiningano de Ensino Superior.

Foi na primeira perícia trabalhista que reconheceu o torno CNC e o ambiente industrial vivenciado durante o curso de mecatrônica. No mundo jurídico, o teatro a auxiliou muito quanto à expressão e desenvolvimento. Descobriu ainda o universo de copywriting, quanto conteúdo jurídico, e mais uma vez o teatro e Direito se uniram.

Também foi o teatro que a impulsionou a escrever o primeiro livro: Amoras. Hoje, coleciona tudo o que viveu em outras áreas, para escrever o segundo livro. Eles ainda não foram publicados, mas, segundo ela, são novos fragmentos de todo esse quebra-cabeça.

Ama a inovação, criatividade, histórias e acredita que podemos lutar pelo direito de cada um.

Diz ser feita de coisas que escolheu, e outras que a escolheram. De qualquer forma, tudo isso, de alguma forma, se conectam e completam sua trajetória.

É esse emaranhado todo que afirma fazer parte do pacote e a traduz!


SERVIÇO

Lançamento do livro ‘Amoras’, da Itapetininga Mayara Shiguemi Nanini Horiy.

Data: 07/07 sexta-feira

Horário: 20h

Local: Sesi Itapetininga: Rua Padre Antônio Brunetti, n°1.360

Voltar: http://www.jornalrol.com.br




Adriana Rocha: 'Tudo novo ou tudo de novo?

Adriana Rocha

Tudo novo ou tudo de novo?

Todo início de ano repete-se o ritual de novas promessas, novas intenções, novos projetos, enfim, mudanças, mas… como concretizar o novo fazendo do mesmo jeito que antes? Não se trata de antigo, porque o antigo deve ser preservado e valorizado. Trata-se do ultrapassado, vencido, inservível.

Quando se fala em vivências e experiências, citando Belchior, “o passado é uma roupa que não nos serve mais”, e, por mais que se queira guardar (a roupa ou o passado), é preciso compreender e aceitar que “o novo sempre vem”.

Mas a vida exige posturas além das metáforas: exige reflexão e ação! Resultados diferentes não são obtidos a partir de repetições de padrão.

É, neste contexto, que trago, logo nos primeiros dias do ano novo, uma provocação: como você tem resolvido suas pendências e seu conflitos? Usa da tática de fuga, de evitação ou de enfrentamento e agressão?

Aprendemos, desde cedo, que conflitos são ruins e devem ser excluídos da nossa vida o mais rápido possível. Cada pessoa tem sua forma de ‘encará-los’, não raras vezes, com um imenso desgaste físico, emocional e financeiro.

Além da provocação, apresento um desafio: e se os conflitos fossem ‘encarados’ como uma oportunidade de mudança? Ruptura à zona de conforto (está mesmo confortável?). E se você buscasse uma forma diferenciada para entendê-los e uma solução que contasse com a presença de uma pessoa capacitada, conhecedora de caminhos efetivos para o diálogo (não para a discussão)? E se, além das suas necessidades e interesses, fosse possível e razoável preservar também os interesses do outro lado, que até agora você chamava de oponente, parte contrária ou mesmo rival?

Não se resolvem pendências com mágoas, agressões e violência. Há opções viáveis e adequadas, dentre elas a mediação. Não, não é um acordo o objetivo, mas é a reflexão sobre a situação e o restabelecimento da comunicação, o enxergar as próprias necessidades sem ter que aniquilar e ignorar as do outro.

Não se busca “ganhar” tudo ou fazer concessões insatisfatórias. Trata-se de uma oportunidade de diálogo, um espaço seguro, sigiloso e confidencial, em que falar e ser ouvido, com respeito, é parte mínima da construção de um consenso, da tranquilidade para tomar decisões pautadas em reciprocidade, prevalecendo o protagonismo (você com poder de decisão) e autonomia de vontade.

A mediação oferece-lhe caminhos que facilitarão sua trajetória e, ao longo dos próximos meses, abordaremos temas relevantes para que você se sinta à vontade para conhecê-la e usufruir, integralmente, dos seus benefícios. Desafiador, não é? Mas, afinal, qual é o seu propósito para o ano que se inicia? Tudo de novo ou tudo novo?

Adriana Rocha

Adriana@lexmediare.com.br

 

 

 

 

 

 




Adriana Rocha: "Você escuta o outro ou fica calado?'

Adriana Rocha: ‘Você escuta o outro ou fica calado?’

Conviver é desafiador. Às vezes me parece mesmo um milagre!  São tantas as diferenças que podem gerar desarmonia, que não raramente nos vemos na encruzilhada do rompimento. Isso mesmo: as rupturas são consequências da minha incapacidade de aceitar ou mesmo de entender o quanto o outro é diferente de mim.

Não estou falando de relacionamentos abusivos, perpetrados por sociopatas, psicopatas e demais manipuladores. Estou falando das relações cotidianas, dos encontros familiares, dos contatos com os amigos e em ambientes de trabalho. Estou falando da rotina, que está longe de ser monótona (mas este é tópico para outra conversa).

Tenho estudado o comportamento humano desde que tive noção de que também “sou humana”. Era ainda criança, lá no bairro São Roque, zona rural de Itapetininga, quando percebi o quanto cada pessoa era única, o quanto um era diferente do outro e tão diferentes entre si e também de mim. É claro que eu não conseguia verbalizar a complexidade da minha percepção, mas entendia que havia algo muito interessante para se observar. Não parei mais…

A busca pelo equilíbrio e pelo respeito às diferenças me levou ao Direito, acreditando que lá eu encontraria a Justiça. Por certo aprendi o sentido, ou melhor dizendo, os conceitos de isonomia, equidade e igualdade, mas não logrei êxito em encontrar o ponto ou pontos de conexão entre as pessoas. Afinal, o que nos une se tanto nos separa?

E assim, questionando, conversando e permitindo-me enfrentamentos pontuais e genéricos (autoconhecimento e autoavaliação) cheguei à mediação. Então, o mar vermelho se abriu para mim! Deslumbrada diante da resposta tão óbvia e por isso mesmo tão enigmática (contradições intrínsecas), ousei ouvir!

Para quem fala muito, ouvir é algo secundário (quem teria algo mais interessante ou mais importante a falar do que eu??) e eu, diante de tanta eloquência que a mediação me apresentava, calei-me e me desafiei a ouvir o outro. Até então, no máximo eu ficava quieta, pensando em qual resposta, argumento ou contra-argumento usaria para “derrotar meu oponente” ou para “ter a última palavra”.

Fiquei quieta e ouvi vozes, ideias, ideais e argumentos belíssimos, tão diferentes dos meus, mas que me permitiam entender quem é este outro que convive comigo e quem são os outros com quem quero, preciso e devo conviver. Eu os ouvi sem julgamento e sem preocupação em responder-lhes. Ouvi suas dores, lamentos e clamores!

Entendi que a escuta é muito mais que ficar em silêncio: é compreender que o outro tem suas razões, tão válidas quanto as minhas. Aprendi e ainda estou aprendendo que conversar é valorizar o outro, entender seus textos e contextos.

É um caminho sem volta, mas eu quero mesmo é seguir em frente: ouvindo…