Um dia No dia de Ana Luiza vai a Biblioteca do Parque Villa-Lobos

O jornalista Reinaldo Canto apresenta a criançada seu novo livro que mescla dois universos: o infantil e o ambiental e a contação ficará por conta de Marie Serafim

 

No próximo domingo, Dia dos Pais (14/08), a Biblioteca do Parque Villa Lobos será palco do lançamento do livro “Um dia (no dia) da Ana Luiza – Uma Aventura Ambiental” do jornalista Reinaldo Canto.

A divulgação contará com uma roda de conversa no qual o autor, Reinaldo Canto, falará sobre o processo e desenvolvimento do livro. Terá um espaço reservado à leitura da obra pela jornalista e poetisa, Marie Serafim, que também recitará alguns de seus poemas.

A trama gira em torno de Ana Luiza que descobre, por meio das emoções dos nossos recurso naturais, quanto é importante cuidar do nosso meio ambiente e transmitir essa mensagem às demais pessoas da mundo, principalmente, para as crianças que serão o futuro do planeta.

O livro estará disponível para ser adquirido e autografado pelo autor da obra. O evento será das 11h às 13h.

 

Mais informações:

e-mail: comunicacao.chiadobrasil@gmail.com (contatar Maria Claudia Franchi)

e-mail: reicanto@gmail.com (Reinaldo Canto)

http://www.umdiadaanaluiza.com.br/

https://www.facebook.com/Ecocanto21/

Assessoria de imprensa: Marie Serafim (mariadocarmos.s@gmail.com




Artigo de Pedro Novaes: 'Lama Ideológica'

Pedro Israel Novaes de Almeida: LAMA  IDEOLÓGICA

 

A tragédia de Mariana ocupou e ainda ocupa manchetes em todo o mundo.

Biólogos e engenheiros cuidaram de explicar as causas objetivas da tragédia, discutindo a extensão temporal e geográfica dos danos. Outros profissionais demonstraram o lado social das perdas, com grande número de vítimas, sobreviventes ou não.

Como sempre, a questão ideológica acabou polarizando a discussão, com seus sabores e dissabores, raciocínios lógicos ou meros chavões. Empresários menosprezaram os riscos da atividade, não precavendo eventuais desastres, e o conjunto de órgãos oficiais, incumbido constitucionalmente do dever de precaução, acompanhamento e fiscalização, foi solenemente omisso e imprevidente.

Não foi o capitalismo selvagem quem causou a tragédia, até pelo fato dos governos estarem dotados de poderes suficientes à normatização das atividades produtivas, retirando o aspecto selvagem do já ancestral e remoto capitalismo que fazia de suor e sangue lucro.

Em casos da espécie, pode ocorrer o encontro de empresários selvagens com governos corruptos ou omissos, perfazendo um cenário de tragédias. Em tal contexto, mesmo que a empresa persistisse estatal, jamais privatizada, o desastre persistiria possível, pois os governos corruptos e omissos tampouco fiscalizam a si próprios.

Os erros e omissões oficiais surgem, por inteiro, quando de tragédias como a da boate Kiss, que ceifou centenas de vidas. Na ocasião, juras e desculpas inauguraram uma caça às bruxas, em estabelecimentos do gênero. Alguém, por mais insano que pareça, pode afiançar que todos os estabelecimentos noturnos, que reúnem multidões, tornaram-se seguros ?

Foi iniciada uma corrida pela aplicação de multas à Samarco, e iniciados os sempre morosos processos de responsabilização pessoal dos dirigentes da empresa. Que caminho começou a ser trilhado, no sentido de responsabilizar gestores e funcionários públicos, que por ação ou omissão colaboraram para a tragédia ?

Mais uma vez, o legislativo brasileiro foi flagrado discursando e negociando, enquanto uma bomba era montada, na região de Mariana.  Que capilaridade social possuem partidos incapazes de perceber, e sindicar, laudos e posicionamentos alertadores, do Ministério Público, lideranças sem mandatos e naturalistas ?

Os empresários não constituem clones, e a maioria é incapaz de submeter a vida alheia a riscos, pelo simples motivo do lucro. A ganância tem limites, impostos pela integridade pessoal e ação cogente de normas.

Erram os empresários, restando-lhes prejuízos e vítimas. Erram os governos, restando-nos a todos os prejuízos, como vítimas de sempre.

Outras Marianas virão, alimentando discursos e promessas jamais cumpridas, enquanto processos seculares seguirão seu rumo. Não será, ainda, desta vez, que ostentaremos a bandeira da civilidade.

pedroinovaes@uol.com.br

O autor é engenheiro agrônomo e advogado, aposentado.