Documentário sobre transexualidade transversais estreia nos cinemas dia 17 de fevereiro

O longa cearense, dirigido por Émerson Maranhão, foi exibido na Mostra Internacional de São Paulo, Cine Ceará e Mix Brasil

Primeiro longa do jornalista e cineasta Émerson Maranhão, TRANSVERSAIS estreia nos cinemas no dia 17 de fevereiro. O longa fez parte da seção Programa Queer.doc do 29o Festival Mix Brasil, e também esteve em outros Festivais brasileiros como a 45a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e o Cine Ceará.

Produzido por Allan Deberton (“Pacarrete”), o documentário apresenta os depoimentos de quatro pessoas trans que resgatam suas histórias, seus processos de autodescoberta e de trânsitos e jornadas, além de também de uma mulher cisgênero, mãe de uma adolescente trans. Mesmo sofrendo censura do governo federal, que publicamente anunciou que “não tinha cabimento fazer um filme com este tema” e declarou que ele seria “abortado” do edital da Ancine em que era finalista, o filme está circulando em festivais antes de fazer sua estreia em circuito comercial.

As quatro pessoas que participam do filme são: Samilla Marques, uma funcionária pública;  Érikah Alcântara, uma professora; Caio José, um enfermeiro; e o acadêmico Kaio Lemos. Eles e elas passaram por um delicado processo de auto-aceitação até compreenderem a sua subjetividade.  Hoje vivenciam tecnologias de gênero, como hormônios e cirurgias, que lhe asseguram uma aparência condizente com a maneira como se veem, mas ainda sofrem com a incompreensão, o estranhamento e o preconceito.

Já a jornalista Mara Beatriz, mulher cisgênero, enfrentou a transfobia de perto e refez sua vida ao tomar conhecimento que era mãe de uma adolescente transgênero. Hoje, é uma das mais ativas militantes do grupo Mães pela Diversidade no Ceará.

TRANSVERSAIS é um o documentário é de extrema importância tanto pelo momento político atual quanto pela visibilidade que dá à causa da transgeneridade. “Eu gostaria muito que esse documentário pudesse contribuir para mudar esse cenário tão pavoroso em que vivemos hoje no País. Acho difícil, mas não impossível. É um trabalho de formiguinha. No entanto, se cada espectador que assistir ao filme despir seu olhar dos preconceitos costumeiros para se permitir conhecer esses personagens tão especiais, sentir suas dores e alegrias, e deixar que essas trajetórias tão bonitas e únicas toquem seu corações e mentes, acho que teremos um excelente começo”, comenta o diretor.

O longa, que parte de dois projetos anteriores do diretor, uma websérie e um curta, foi muito bem recebido em sua estreia na 45a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.  O crítico Chico Fireman recomendou o longa e escreveu que “[o] radicalismo de TRANSVERSAIS está em como seu tom é de entendimento numa época de intolerância. [E o filme] deveria ser matéria obrigatória em qualquer escola.” Matheus Mans, do site Esquina da Cultura, publicou que “[o] filme, afinal, é uma amostra de como a resistência funciona. Bolsonaro reclamou, o filme existe. Histórias como a da mãe que ficou ao lado da filha quando essa se entendeu e se assumiu como transgênero é um Brasil avesso ao de Bolsonaro e que Émerson Maranhão tão bem consegue colocar na tela. Sentimos a esperança, o alívio e a emoção versus a barbárie.”

Denis Le Senechal Klimiuc, do Cinema com Rapadura, deu a nota máxima ao documentário, e declarou que “muito mais do que colher depoimentos e apresentá-los em uma montagem fluida e leve, Maranhão é hábil ao criar um aspecto enorme para o seu trabalho. O filme inteiro é pautado na vida daquelas pessoas e, portanto, na luz que emanam porque enxergam a metade cheia do copo.”

TRANSVERSAIS é distribuído pela Deberton Filmes.

Depoimentos das entrevistadas e entrevistados

Samilla Marques Aires

“Transversais para mim é um rompimento de paradigmas. É desconstruir padrões da nossa sociedade cisheteronormartiva, mostrando nossos corpos e nossas corpas de pessoas trans. Mais que um filme, TRANSVERSAIS para mim é um ato político no momento que a gente vive no País.

“Para mim estar em Transversais é um motivo de orgulho. Fico muito feliz de compartilhar minha história, para que as pessoas conheçam nossas dificuldades e, mais que isso, nossas superações. Para mim, este filme é sobre superação. É claro que tem que ter muito coragem, nem todo mundo gosta de expor suas dores. Mas, de certa forma, me alivia fazê-lo no momento em que pode ajudar outras pessoas”.

Kaio Lemos

“Desde 2018, que a população LGBTQIAP+, e mais especificamente a população trans, está vivendo anos de perseguição e retrocesso em relação aos nossos direitos básicos. A gente vive uma situação muito preocupante em relação a essa população. Nós estamos vivendo uma pandemia de covid-19, mas também vivemos uma pandemia de discursos de ódio, de violência e de morte. É um cenário de pavor. E a população trans é uma das mais atacadas, numa violência legitimada por esse desgoverno atual. A nossa identidade é constantemente colocada em jogo. Acredito que TRANSVERSAIS tem essa potência de desconstrução, a partir das narrativas, das vivências e das práticas dessas pessoas trans que estão no filme. Tudo isso é muito importante. Acredito que Transversais tem a potência de estabelecer um diálogo com a sociedade, Seja uma forma de combater essa violência, que não é só discursiva, é de ações. Ao mostrar a nossa realidade, o filme se torna uma eficaz ferramenta de combate ao patriacardo, ao machismo e ao falocentrismo tão vigentes.

“Participar de Transversais, para mim, é muito importante. Especificamente nesse filme, eu me senti muito bem, eu me sinto em casa. Até porque a maior parte da equipe era de pessoas trans. Isso me permitiu ficar muito mais à vontade, me permitiu me entregar mais, ter liberdade com o meu corpo, ter liberdade com as coisas que eu queria falar e que eu falei. Não que as pessoas cis que estão na equipe não se interessassem, elas se esforçam. Há claramente um esforço de compreensão. As filmagens foram uma situação insider. Eu me senti nessa condição, dentro, participante dessa construção. Foi um diálogo compartilhado. Foi muito bom! Também porque eu acredito que minha experiência vai dialogar com muitas outras pessoas trans no Brasil. O compartilhamento de minha narrativa é uma forma de sensibilizar outras pessoas que estão passando por isso”.

Mara Beatriz

“Nos dias de hoje, em que a gente está enfrentando tanto ódio, tanta LGBTfobia, o filme que vai mostrar como pessoas trans conseguem superar adversidades, conseguem combater essa LGBTfobia vai ajudar a muitas outras pessoas com essas questões em suas vidas”.

Participar de TRANSVERSAIS foi uma experiência única. A gente nunca tinha feito cinema antes, mas foi muito acolhida. A gente se sentiu muito honrado em ter a nossa história tão fielmente abordada, e de forma tão respeitosa. É um filme que eu tenho certeza que ajudará outras famílias a se relacionarem com pessoas trans”.

Caio José Batista

“Eu acho que este filme é de fundamental importância para o momento em que estamos vivendo. Porque ele traz uma grande visibilidade para a causa trans”.

Foi muito legal participar de TRANSVERSAIS. Foi muito desafiador também, porque é um longa! E eu tive medo de não suprir as expectativas. É um projeto grande e as expectativas são proporcionais, né? Mas no fundo, foi muito legal porque eu consegui rever coisas dentro da minha vida e ver quão importante elas são para a pessoa que eu sou hoje, e que essas minhas vivências podem ajudar a outras pessoas que passam por experiências similares”.

Érikah Alcântara

“O filme traz a oportunidade de dar visibilidade a pessoas trans dentro de diversos contextos, para além da segregação social imposta, com que comumente somos representadas. O filme mostra que, diferentemente do que a sociedade costuma apontar, nós podemos ser o que quisermos, vivenciar rotinas familiares, rotinas de afeto, rotinas profissionais. Isso tudo de uma maneira muito natural.

“Para mim, participar de Transversais foi muito marcante, tanto porque eu pude relatar boa parte de minha vida, quanto porque uma pessoa muito querida minha, que inclusive participa do filme, partiu vítima da covid-19. Então, esse filme tem uma das últimas imagens dele e isso é muito forte. Sem falar, repito, na oportunidade de mostrar nosso dia a dia, que é um dia a dia comum, mas geralmente as pessoas não fazem ideia disso”.

Sinopse

Érikah é professora, Samilla é funcionária pública. Caio José é paramédico, Kaio Lemos é pesquisador acadêmico. Mara é jornalista e mãe de uma adolescente. Os cinco têm origens, formações e classes sociais diferentes. Em comum, o fato de ter suas vidas atravessadas pela transexualidade

Ficha Técnica

Roteiro e direção: Émerson Maranhão

Produção: Allan Deberton

Entrevistados: Caio José Batista, Érikah Alcântara, Kaio Lemos, Mara Beatriz, Samilla Marques Aires, Clotilde Batista Da Silva, Edivane Barros, Jânio Torres, José Rogério Franklin, Lara Mendes, Pai Aluísio, Priscila Marques, Priscila Paula Pessoa, Rozelangia de Paula Pessoa

Consultora de Roteiro: Julia Katharine

Assistente de Direção: Breno Baptista

Produção Executiva: César Teixeira

Direção de Produção: Beijamim Aragão

Fotografia e Câmera: Juno Braga, Linga Acácio

Assistente de Câmera: Evye Alves

Som Direto: Guma Farias

Trilha Sonora Original: Clau Aniz

Edição de Som e Mixagem: Érico Paiva (Sapão)

Montagem: Natara Ney

Logger e Assistente de Montagem: Luis Ramon

Fotografia adicional: Irene Bandeira, Júlio Caesar

Colorista : Julia Bisilliat

Créditos e Identidade Visual: Miligrama

Produção: Deberton Filmes

Coprodução: A Sugestiva Filmes




Vitrine Filmes marca presença com 8 títulos exclusivos na 45a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Compõe a lista filmes que passaram pelos principais Festivais de cinema internacional como Cannes, Berlim, Toronto, Rotterdan, e que chegam agora na Mostra para reforçar a importância de suas carreiras mundo afora

Os brasileiros A VIAGEM DE PEDRO, de Laís Bodanzky, MADALENA (foto), de Madiano Marcheti e a animação BOB CUSPE – NÓS NÃO GOSTAMOS DE GENTE estão entre os filmes selecionados.
Mais uma vez, a Vitrine Filmes faz parte de um dos principais eventos cinematográficos do Brasil, no seu lineup de oito títulos exclusivos de longas nacionais e internacionais, ela integra oficialmente a programação da 45a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, com início no dia 21 de outubro, de forma híbrida, havendo sessões presenciais e online durante toda a programação do evento até o dia 03 de novembro.

Entre eles estão quatro filmes brasileiros, um dos grandes destaques para o evento é o novo longa da diretora Laís Bodanzky, estrelando Cauã Reymond na pele de Pedro I em A VIAGEM DE PEDRO, com uma coprodução Globo Filmes; a premiadíssima animação BOB CUSPE, NÓS NÃO GOSTAMOS DE GENTE de Cesar Cabral; MADALENA de Madiano Marcheti, que foi exibido nos Festivais de Rotterdan e San Sebastian; e A NOITE DO FOGO (Noche de Fuego) de Tatiana Huezo, com uma coprodução nacional da Desvia Filmes, a mesma de “Divino Amor” e “Vermelho Sol”.

Além dos filmes brasileiros, a distribuidora de filmes independentes que há alguns anos investe também nos lançamentos de filmes internacionais, como foi o caso de “Druk – Mais uma Rodada”, vencedor do Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira, e “First Cow – A Primeira Vaca da América”, de Kelly Reichardt, para citar dois exemplos recentes, apresentará na Mostra de São Paulo quatro longas internacionais com distribuição programada para os próximos meses.

Marcados pelo sucesso nos grandes Festivais por onde passaram, e o bom acolhimento da crítica internacional: o grego, 66 QUESTÕES DA LUA (Moon 66 Questions) , dirigido por Jacqueline Lentzou, exibido no Festival de Berlim 2021; assim como o suíço, AZOR de Andreas Fontana, que além de Berlim, foi aclamado no Festival de San Sebastian; o novo filme do renomado diretor português, Miguel Gomes, dessa vez codirigido com Maureen Fazendeiro, DIÁRIOS DE OTSOGA, no qual teve seu lançamento mundial na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2021; ao lado de O GRITO DAS LEOAS (La colline où rugissent les lionnes), de Luàna Bajrami, que também esteve presente na Quinzena dos Realizadores, junto com o filme de Gomes.

Abaixo mais informações sobre os filmes:

Filmes brasileiros – exibições exclusivamente presenciais:

A Viagem de Pedro, direção Laís Bodanzky

Drama / Ficção / 2021/ Brasil

Sinopse: A bordo da nau inglesa Warspite, Dom Pedro I (Cauã Reymond), o primeiro Imperador do Brasil, retorna à Europa. Durante a travessia, reflete sobre sua vida no Brasil desde a infância, quando chegou com seus pais de Portugal, em 1808, até sua saída na calada da noite, fugindo de ser apedrejado pela população, em 1831.

Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, direção Cesar Cabral

Animação / Ficção / 2021/ Brasil

Sinopse: No filme, o icônico personagem dos quadrinhos nos anos 80, Bob Cuspe, vive num deserto pós-apocalíptico infestado por astros do pop que estão sempre tentando lhe matar. O cenário onde a história se passa, na verdade, é um purgatório criado dentro da mente do criador de Bob, o cartunista Angeli. Melhor Filme na Mostra Contrechamp do Festival de Annecy.

Madalena, direção Madiano Marcheti

Drama, Suspense / Ficção / 2021 / Brasil

Sinopse: Luziane, Cristiano e Bianca não têm quase nada em comum, além do fato de morarem na mesma cidade rural cercada por plantações de soja no oeste do Brasil. Embora não se conheçam, cada um deles é afetado pelo desaparecimento de Madalena. Em diferentes partes da cidade, cada um à sua maneira, eles reagem à ausência dela. Exibido nos festivais de Rotterdam e San Sebastián, 2021.

A Noite do Fogo (Noche de Fuego), direção Tatiana Huezo

Drama / 2021 / México Brasil / 110’

Sinopse: Em uma cidade solitária situada nas montanhas mexicanas, onde três amigas ocupam as casas daqueles que fugiram e se vestem de mulheres quando ninguém está olhando. Enquanto no próprio universo impenetrável delas magia e alegria abundam, suas mães treinam as três garotas para se protegerem dos grupos sequestradores que atuam na região, até que um evento altera a rotina do povoado. Festival de Cannes – Un Certain Regard 2021.

Filmes internacionais, com exibições presenciais e online:

66 Questões da Lua (Moon, 66 Question), direção e roteiro de Jacqueline Lentzou

Drama / Ficção / 2021/ Grécia, França

Sinopse: Após anos morando na França, Artemis está de volta a Atenas para cuidar de seu pai. A descoberta de um grande segredo do passado irá transformar a relação entre pai e filha. Exibido no Festival de Berlim 2021, Vencedor do Prêmio Cineuropa no Festival de Cinema de Sarajevo 2021

Azor (Azor), direção e roteiro Andreas Fontana

Drama / Ficção / 2021 / Suíça, Argentina, França

Sinopse: Yvan De Wiel, banqueiro privado de Genebra, viaja para a Argentina durante a ditadura para substituir seu parceiro desaparecido. Entre salões silenciosos, piscinas e jardins luxuosos, um duelo remoto acontece entre dois banqueiros que, apesar de seus métodos diferentes, são cúmplices de uma discreta e implacável forma de colonização. Exibido nos festivais de Berlim e San Sebastian 2021.

O Grito das Leoas (La colline où rugissent les lionnes), direção e roteiro Luàna Bajrami

Drama / Ficção / 2021 / Kosovo, França

Sinopse: Em algum lugar de Kosovo, em uma pequena aldeia remota, três jovens vêem seus sonhos e ambições sufocados. Em sua busca pela independência, nada pode detê-las: hora de deixar a leoas rugirem. Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes, 2021.

Diários de Otsoga (Diários de Otsoga), direção Maureen Fazendeiro & Miguel Gomes

Drama / 2021/ Portugal / 102′

Sinopse: Crista, Carloto e João constroem juntos um borboletário. Partilham o quotidiano na casa, dia após dia. Não são os únicos. Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes, 2021.

SOBRE A VITRINE FILMES:

A Vitrine Filmes, em dez anos de atuação, já distribuiu mais de 160 filmes e alcançou mais de 4 milhões de espectadores. Entre seus maiores sucessos estão ‘O Som ao Redor’, ‘Aquarius’; e ‘Bacurau’ de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Outros destaques são ‘A Vida Invisível’, de Karim Aïnouz, representante brasileiro do Oscar 2020, ‘Hoje Eu Quero Voltar Sozinho’, de Daniel Ribeiro, e ‘O Filme da Minha Vida’, de Selton Mello. Entre os documentários, a distribuidora lançou ‘Divinas Divas’, dirigido por Leandra Leal e ‘O Processo’, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional.

Além do cinema nacional, a Vitrine Filmes vem expandindo o seu catálogo internacional ao longo dos anos, tendo sido responsável pelo lançamento dos sucessos “O Farol”, de Robert Eggers, indicado ao Oscar de Melhor Fotografia; “Você Não Estava Aqui”, dirigido por Ken Loach, e premiado com o Oscar de Melhor Filme Internacional 2021: ‘DRUK – Mais uma rodada’, de Thomas Vinterberg.

Em 2021, a Vitrine Filmes começou a atuar diretamente na produção audiovisual e também na capacitação de profissionais, com o programa de formação Vitrine Lab. Entre as estreias deste ano estão a Sessão Vitrine edição especial de 10 anos com lançamento coletivo de quatro longas, entre eles “A Torre”, de Sérgio Borges, “Entre Nós, um Segredo”, de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté, “Chão”, de Camila Freitas e “Desvio”, de Arthur Lins; o novo documentário sobre o impeachment da Dilma, “Alvorada”, de Anna Muylaert e Lô Politi; “First Cow”, da diretora Kelly Reichardt; a primeira animação brasileira na Disney Plus “O Pergaminho Vermelho, de Nelson Jr. e o premiado “Edifício Gagarine”, de Fanny Liatard e Jérémy Trouilh.