Editora Baronesa realiza homenagem a Nelson Rodrigues
Composta pela Coletânea Digital Nelson Rodrigues ConVida, a Comenda Nelson Rodrigues | A vida como ela é! e azulejo comemorativo
Como um dos últimos projetos do ano, a Editora Baronesa vai homenagear o escritor, jornalista, romancista, teatrólogo, contista e cronista de costumes e de futebol brasileiro Nelson Rodrigues, considerado o mais influente dramaturgo do Brasil!
A homenagem é composta pela Coletânea Digital Nelson Rodrigues ConVida, A Comenda Nelson Rodrigues | A vida como ela é! e azulejo comemorativo.
Sobre o projeto
• Os participantes irão receber 02 laudas na coletânea, certificado de participação digital, Comenda e certificado físico.
• Taxa de adesão para Comenda, Coletânea poderá ser paga em 2x.
Escrito há exatos 70 anos, o clássico teatral A Falecida, de Nelson Rodrigues (1912-1980), ganha uma nova montagem dirigida e idealizada por Sergio Módena e protagonizada por Camila Morgado, que volta ao teatro depois de um hiato de 11 anos distante dos palcos.
O espetáculo estreia no dia 18 de agosto no Sesc Santo Amaro, onde segue em cartaz até 1º de outubro, com apresentações às sextas, às 21h; aos sábados, às 20h; e aos domingos, às 18h.
“Eu e Camila somos apaixonados por esse texto e pelo legado de Nelson Rodrigues. E ela é uma atriz “rodrigueana” por excelência, assim como o Thelmo Fernandes. Esta montagem marca a minha primeira direção de uma obra dele. Estamos criando uma encenação atemporal para a peça, que, originalmente, foi escrita em 1953 e se passa no subúrbio do Rio de Janeiro. Mas Nelson vai além da crônica carioca. Ele radiografa a miséria da alma humana, presente nos mais diversos lugares e épocas”, comenta o diretor sobre a idealização do projeto.
Protagonizando o espetáculo ao lado de Camila Morgado está Thelmo Fernandes, com uma vasta experiência em torno da obra do autor. A montagem conta ainda com Stela Freitas como atriz convidada. E também os atores Gustavo Wabner, Alcemar Vieira, Thiago Marinho e Alan Ribeiro.
Classificada pelo saudoso crítico teatral Sábato Magaldi como uma das Tragédias Cariocas de Nelson Rodrigues, A Falecida narra o plano da tuberculosa e frustrada Zulmira, que sonha em ter um enterro cheio de luxo e pompa. Dessa forma, ela causaria inveja em sua prima e vizinha Glorinha, com quem nem fala mais e tem uma relação inexplicável de competição.
Um pouco antes de morrer, Zulmira pede para seu marido Tuninho, que está desempregado e gasta todo o dinheiro com apostas, procurar o milionário Pimentel. Ela quer que o empresário pague para ela um enterro de 35 mil contos – o que beira o absurdo, uma vez que, na época, os funerais custavam menos de um conto.
Logo depois da morte de Zulmira, ainda sem saber como ela conheceu Pimentel, Tuninho vai à mansão dele descobre que o rico empresário e sua esposa eram amantes. O marido traído ameaça contar tudo para um jornal inimigo de Pimentel e consegue arrancar dele uma pequena fortuna. Tuninho, então, dá à Zulmira um enterro “de cachorro” e aposta todo o resto do dinheiro.
Mesmo tendo sido escrita nos anos 1950, A Falecida “revela sua força e atualidade num país ainda regido pela falsa moralidade e hipocrisia. Nos dias de hoje o fanatismo religioso abordado por Nelson Rodrigues tornou-se ainda mais significativo em nosso país. A personagem Zulmira traiu o marido e, por esse motivo, ela é consumida pela culpa. Seu desejo por um velório luxuoso é sua maneira de se vingar de um mundo que não lhe oferece possibilidade de transformação. A morte torna-se sua redenção. Desse modo, o autor nos coloca um dilema: Poderá um enterro de luxo compensar uma vida de desilusões?”, indaga o diretor.
Segundo o diretor, a encenação propõe uma estética atemporal. No cenário de André Cortez, um grande mausoléu (um signo da ostentação social em meio aos mortos) é o espaço por onde os diversos planos de ação irão ocorrer. Os figurinos de Marcelo Olinto não buscam a reprodução histórica da década de 50. Ao contrário, parecem apenas evocar um tempo passado, atravessando diversas épocas. A trilha sonora, composta por Marcelo H, explora o conflito entre o sagrado e o profano.
“Quando Zulmira se sente culpada, ela busca se afastar do profano, sendo constantemente atormentada por essa ideia. A trilha sonora percorreu diversos estilos, combinando desde obras de Dalva de Oliveira até samba. Essa mescla de estilos é uma característica marcante de Nelson Rodrigues, que inseria elementos cômicos em suas tragédias. O humor peculiar de Nelson está presente em nossa montagem, mesmo diante da trágica história de Zulmira”, acrescenta Módena.
Sobre Nelson Rodrigues
Nelson Rodrigues foi jornalista, cronista, romancista e um dos maiores dramaturgos brasileiros. Nascido no Recife, Pernambuco, mudou-se em 1916 para a cidade do Rio de Janeiro. Quando maior, trabalhou no jornal A Manhã, de propriedade de seu pai, Mário Rodrigues. Foi repórter policial durante longos anos, de onde acumulou uma vasta experiência para escrever suas peças a respeito da sociedade.
Sua primeira peça foi A Mulher sem Pecado, que lhe deu os primeiros sinais de prestígio dentro do cenário teatral. O sucesso veio com Vestido de Noiva, que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista nos palcos brasileiros. Com seus três planos simultâneos (realidade, memória e alucinação), as inovações estéticas da peça iniciaram o processo de modernização do teatro brasileiro. A consagração se seguiria com vários outros sucessos, transformando-o no maior dramaturgo brasileiro do século vinte.
Em 1962, começou a escrever crônicas esportivas, deixando transparecer toda a sua paixão por futebol. Grandes atores e encenadores continuam a revisitar suas obras, visto que esta parece jamais se esgotar e permanece relevante ainda hoje. Nelson morreu no rio de janeiro no ano de 1980, deixando um legado literário reconhecido internacionalmente.
Sobre Sergio Módena
Bacharel em Artes Cênicas pela Unicamp é também formado pela École Philipe Gaulier em Londres, onde realizou especializações em Shakespeare, Tchecov e Melodrama. Seus trabalhos mais recentes como diretor são “Longa Jornada Noite Adentro, de Eugene O’Neill, “As Cangaceiras Guerreiras do Sertão” (de Newton Moreno), “Diários do Abismo” (com Maria Padilha) e “O Musical da Bossa Nova” (Aventura Entretenimentos) “Os Vilões de Shakespeare”, de Steven Bercoff (com Marcelo Serrado), “Estes Fantasmas!” de Eduardo De Filippo, “Esse Vazio”, de Juan Pablo Gomez, “Como Me Tornei Estúpido”, adaptação da obra de Martin Page feita por Pedro Kosovski, “O Último Lutador”, de Marcos Nauer e Tereza Frota, “Janis”, de Diogo Liberano, “Ricardo III” de William Shakespeare, “A Arte da Comédia”, de Eduardo De Filippo, “Politicamente Incorretos”, “Forró Miudinho” “Bossa Novinha- A Festa do Pijama” e “Sambinha”, musicais de Ana Velloso, “A Revista do Ano – O Olimpo Carioca”, de Tânia Brandão, “As Mimosas da Praça Tiradentes”, de Gustavo Gasparani e Eduardo Rieche e o show “Paletó de Lamê – os grandes sucessos (dos outros)”. Seus espetáculos receberam mais de trinta indicações e treze prêmios nas principais premiações do Rio de Janeiro e São Paulo.
Produção Executiva: Ana Velloso, Vera Novello e Cacau Gondomar
Direção de Produção: Lúdico Produções Artísticas
Programação Visual e Fotos: Victor Hugo Cecatto
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Produtores Associados: Camila Morgado, Sergio Módena e Lúdico Produções
SINOPSE
A Falecida apresenta a jornada de Zulmira para realizar o sonho de ter um enterro espetaculoso. Cenas de flashback se misturam à narrativa presente, numa troca de ambientes que, por vezes, tenciona e, por outras, causa um inusitado e bem-vindo alívio cômico.
Espetáculo
A Falecida
De 18/08 a 01/10. Sextas, 21h. Sábados, 20h. Domingos, 18h. Teatro. R$40 R$20 R$12. 16 anos. 90 minutos.
Coletivo Segundou na Brigadeiro apresenta neste final de semana o espetáculo A VIDA COMO ELA É….
Na obra, Nelson Rodrigues expõe tudo que há de pior e mais angustiante na natureza do ser humano…
O Coletivo Segundou na Brigadeiro apresenta neste final de semana o espetáculo A VIDA COMO ELA É…. Trata-se de uma coletânea de seis contos extraídos das crônicas A Vida Como Ela É… de Nelson Rodrigues, escritas entre 1950 e 1961, no periódico diário Última Hora, no qual o autor tinha uma coluna com o mesmo nome que a antologia leva. Ao longo do tempo, diversos contos chegaram a ser adaptados para rádio novelas, minisséries e peças de teatro, como aconteceu com a história Vestido de Noiva.
Na obra, Nelson Rodrigues expõe tudo que há de pior e mais angustiante na natureza do ser humano. Nenhum tema é tabu para ele; toda e qualquer relação de carinho ou amor é dissecada e trazida à luz, mostrando suas feições mais horríveis.
Sob a direção de Mario Persico, foram adaptadas as crônicas: A Mão Esquerda, O Grande Viúvo, Casal de Três, Fruto do Amor, O Delicado e O Decote.
As apresentações serão neste sábado e domingo no Teatro Escola Mario Persico.
Serviço:
Espetáculo: A Vida Como Ela É…
Data: 21 e 22 de janeiro/2023
Horários: sábado, às 19h00 e domingo, às 20h00
Ingressos: R$ 15,00 (Preço Único)
Local: Teatro Escola Mario Persico – Rua da Penha, 823
Reservas: (15) 991986363
Com obra de Nelson Rodrigues em alta, Teatro Nósmesmos volta a apresentar peça do dramaturgo no mês de maio
Com a obra de Nelson Rodrigues em alta, Teatro Nósmesmos volta a apresentar peça do dramaturgo no mês de maio
Comédia irônica “A Falecida” será apresentada todos os sábados e domingos do mês
Durante o mês de maio, a comédia “A Falecida”, escrita por um dos maiores nomes do teatro brasileiro, Nelson Rodrigues, será apresentada no Teatro Nósmesmos. As apresentações ocorrem aos sábados e domingos, sempre às 20h, e coincidem com o retorno da obra de Nelson Rodrigues aos holofotes. O autor, sempre revisitado por companhias teatrais de todo o país, voltou a ter destaque após ter sua obra lida por Fernanda Montenegro no Festival de Curitiba, dia 28 de março.
Classificada como uma tragédia de humor negro, “A Falecida” conta a história de um casal sem filhos formado por Zulmira, dona de casa suburbana, e seu marido Tuninho, típico carioca de profissão curiosa: desempregado. Tuninho possui uma paixão: o Vasco da Gama, time do qual é torcedor fanático. A história se passa durante a semana da decisão do campeonato, quando o Vasco disputa a final contra o Fluminense. Após consultar uma cartomante, Zulmira fica obcecada com a ideia de que uma mulher loira irá destruir sua vida. A partir disso, procura uma funerária e encomenda para si própria o caixão mais caro, para em seguida pedir que o marido vá à funerária encomendar o enterro.
A obra teatral de Nelson Rodrigues exibe um olhar irônico sobre o Brasil e sua sociedade. A peça foi montada pelo grupo Nósmesmos após a realização de estudos com a linguagem do Grupo TAPA, sobre as obras de Nelson Rodrigues, cuja obra fomenta a paixão pelo teatro. A peça conta com direção de Adriano Bedin e os atores Juliano Mazurchi, Christian Hilário, Débora Nunes, Chicó Ferreira, Alessandro Franco, Regina Rebello, Yara de Napoli e Fernando Henrique.
Os ingressos do espetáculo A Falecida custam R$40 (R$20 a meia entrada), e podem ser comprados na bilheteria do teatro.
Serviço:
A Falecida
Datas: 6 e 7; 13 e 14; 20 e 21; 27 e 28 de maio
Horário: 20h00
Ingresso: R$40,00 (meia entrada: R$20)
Pontos de Vendas de Ingressos:
– Teatro Nósmesmos (Unicenter)
Teatro Nósmesmos
Endereço: Avenida Prudente de Moraes, nº 210 – Sala 304 – Vila Nova – Itu-SP