Grupo Coesão Poética de Sorocaba realizará ciclo de palestras no Barracão Cultural de Sorocaba
O ciclo de 10 palestras ocorrerá a partir do dia 17 de agosto até 09 de novembro, das 19h às 20h, no Barracão Cultural, localizado ao lado da antiga Estação Ferroviária
O grupo Coesão Poética de Sorocaba, em parceria com a Prefeitura de Sorocaba, realizará um ciclo de 10 palestras no Barracão Cultural de Sorocaba, abordando a trajetória da poesia luso-brasileira, os primórdios da literatura ocidental e oriental e a poesia de cordel, ministradas pelos professores Nicanor Filadelfo Pereira, Aparecido Gonçalves Viana e José Carlos de Freitas.
As palestras ocorrerão nas seguintes datas: 17,24 e 31 de agosto; 14,21 e 28 de setembro; 05, 19 e 26 de outubro e 09 de novembro, todas das 19h00 às 20h00.
A entrada é franca e não é necessária a inscrição.
O Barracão Cultural da Prefeitura de Sorocaba está localizado na Av. Afonso Vergueiro, 310 – Centro.
PROGRAMA
Prof. Nicanor Filadelfo Pereira
A Trajetória da Poesia Luso-Brasileira – do Trovadorismo ao Simbolismo (3 palestras sequenciais)
O Épico e o Bucólico na Poesia Brasileira do Século XVIII (1 palestra)
Prof. Aparecido Gonçalves Viana
Primórdios da Literatura Ocidental e Oriental (3 palestras sequenciais)
Modernismo – Semana de Arte Moderna (2 palestras sequenciais
Prof. José Carlos de Freitas
A Poesia de Cordel do Nordeste para o Mundo (1 palestra)
OS PROFESSORES
GonçalvesViana, aliás, Aparecido Gonçalves Viana, nasceu em Itatinga (SP) em 1944. Aos 2 anos de idade, sua família mudou-se para Sorocaba, onde vive até os nossos dias.
É Projetista Mecânico (aposentado) por profissão e poeta por dileção, embora ainda sinta algum pudor em se dizer poeta. Gosta muito de música (embora não toque nenhum instrumento musical) e de declamar poesias. Realiza muitas pesquisas nas áreas musical e poética. Participou também de vários eventos culturais de Sorocaba.
É membro fundador e atual presidente da “Associação Cultural Coesão Poética” de Sorocaba (SP).
Autor de livros de poesias: VERTENTES, Editora Ottoni-Itu/SP-2006; QUASE-CAI…, Editora Ottoni-Itu/SP–2007; ESTILHAÇOS, Editora O Clássico-Sorocaba – 2010. POR UMA DEUSA. Editora Crearte-Sorocaba/SP – 2016. Tem participação, também, em várias Coletâneas.
Escreveu crônicas para o Jornal-Revista PROVOCARE, de 10/2005 a 04/2006.
É Colunista do Jornal ROL-REGIÃO ON LINE, desde abril de 2017.
Ministrou, em parceria com a Secult e Sedu, palestras e oficinas de Haicais e poesias para escolas de 1º grau da rede municipal, no ano de 2014, para um total aproximado de 600 alunos.
Realizou oficinas de poesias:
▪Em cinco classes da E. M. Maria Ignez Figueiredo Deluno – total de 60 horas/aula, em 2016.
▪Na Associação Criança Feliz – total de 40 horas, em 2017.
▪Na Unidade Prisional Dr. Antônio de Souza Neto, durante a III Semana Cultural, desenvolvida pela E.E. João Clímaco de Camargo Pires em 04 e 05/05/2017, totalizando 10 horas.
Na ETEC Fernando Prestes – total de 10 horas, em 08/2017.
Executou performances poéticas:
▪Na E. M. Maria Ignez Figueiredo Deluno, em abril de 2016.
▪Na Câmara Municipal de Sorocaba pelo “Dia Nacional da Poesia”, em 15/03/2016.
▪Na AVLAH por ocasião do 4º Prêmio João Kruger, em 24/03/2017.
Nicanor Filadelfo Pereira nasceu em São Paulo, aos 19 de agosto de 1939, onde residiu até os seus sete anos, transferindo-se para Jandira. Atualmente mora em Sorocaba/SP, mas mantém vínculo permanente com a cidade Favo de Mel, em virtude suas atividades comerciais e a residência de dois dos seus filhos e suas respectivas famílias.
Estudou na Escola Mista da Parada Jandira até o terceiro ano do curso primário, concluindo-o no Grupo Escolar Raul Briquet, em Itapevi. Ingressou posteriormente no Instituto José Manoel da Conceição, onde fez o Curso de Admissão ao Ginásio e a 1ª e 2ª séries. Completou o curso ginasial no Colégio Duque de Caxias, em Osasco. Fez a 1ª e 2ª séries do Curso Clássico, no Colégio Campos Salles, na Lapa, São Paulo.
Detentor de licenciatura em Letras Português/Inglês e Pós Graduação em Didática e Metodologia do Ensino Superior, da Faculdade Anhanguera de Sorocaba.
No final de sua adolescência e início da mocidade foi correspondente dos jornais O Imparcial e O Suburbano, editados em Itapevi.
Foi membro do grupo Pró-Emancipação de Jandira, no início dos anos 1960, sendo eleito vereador em 07 de janeiro de l965, pelo Partido Social Progressista – PSP e empossado como Presidente do Legislativo jandirense, em 28 de março de 1965. Foi membro da Aliança Renovadora Nacional – ARENA durante parte do Governo Militar, transferindo-se posteriormente para o Movimento Democrático Brasileiro – MDB, no qual exerceu o cargo de Presidente do Diretório Municipal.
É poeta, escritor e cronista. Autor dos livros: Jandira Favo de Mel – histórias e relatos sobre Jandira (Ottoni, 2007); o romance Vidas Entrelaçadas (O Clássico, 2008); e Noções de Poesia Tradicional – obra didática ( Clássico,2008) e da obra poética Sonetando em Doces Sonhos (Clube de Autores, 2017) Colunista do jornal ROL – Região Online. É membro da Associação Kairós Sorocaba e da Associação Cultural Coesão Poética de Sorocaba, e membro do CMPC – Conselho Municipal de Política Cultural de Sorocaba/SP.
José Carlos de Freitas formou-se em História pela FAFI (Sorocaba), em 1989. Foi tecelão, alfaiate e metalúrgico.
Como instrutor, ministrou aulas de Controle de Qualidade desde 1987; posteriormente, como professor lecionou história e geografia.
Passou a escrever poesia desde 2008, simplesmente por prazer. Já escreveu contos e poesias para um jornal de Macaé (RJ) e participou de três antologias: Alimentos da Alma; Versos Di-versos e Versejando.
Escreveu um livro de poesias: De repente… setenta!
É integrante do Grupo Coesão Poética de Sorocaba e participa de saraus poéticos do grupo PoetArt
Nicanor Filadelfo Pereira: 'Exaltação ao professor'
Nicanor Filadelfo Pereira: 'Valorize seu texto – saiba como
Nicanor Filadelfo Pereira: ‘VALORIZE O SEU TEXTO — SAIBA COMO:’
A forma como você escreve personifica o seu trabalho, seja em prosa ou em versos. A observação das regras básicas da gramática de nossa língua ajuda o leitor a aquilatar o seu nível intelectual e cultural.
Por que preocupar-se com os porquês?
ACOMPANHE:
Uma das grandes dificuldades que as pessoas encontram ao escrever está no uso dos porquês. — Vejamos:
1 – A conjunção porque é empregada quando se quer dar uma razão, uma causa, uma explicação.
Exemplo: Não fui à aula hoje porque havia greve dos motoristas de ônibus.
2 – Já no caso de se perguntar sobre a razão, sobre a causa, ou querer uma explicação sobre um fato, usa-se a locução por que, se estiver no início da frase:
Exemplo: Por que você não foi à aula hoje?
3 – No entanto, se na construção da frase, a sua indagação estiver no final da pergunta, esse por que, separado, recebe uma sinalização que o diferencia, ou seja, o acento circunflexo (^), que a crianças costumavam chamar de ‘chapeuzinho’. Lembram?
Exemplo: Você não foi à escola hoje, por quê?
4 – Temos agora uma quarta situação:
Se você utilizar o termo porque como objeto na construção frasal, precedido pelo artigo masculino “o”, ou associado a uma preposição (do) ele já não mais será uma conjunção, mas sim um substantivo.
Exemplo: Vou explicar-te o porquê não fui à aula hoje, porque não havia ônibus. (notaram a diferença dos porquês, na mesma frase?).
Exemplo: Qual a razão ‘do porquê’ no exemplo acima?
Prof. Nicanor Pereira, é licenciado em Letras, com pós-graduação em didática do ensino superior, atua profissionalmente como revisor de textos. Contatos: nicanorpereira@gamil.com
Nicanor Pereira: um soneto em homenagem ao Dia Internacional da Mulher
Nicanor Pereira: um soneto em homenagem ao Dia Internacional da Mulher
A TODAS AS MULHERES, E ÀS LEITORAS DO ROL OFEREÇO ESTE POEMA COMO SIGELA HOMENAGEM AO SEU DIA
A trajetória da loba
Em novo dia nasce uma menina.
Semelha a um botão, em jardim florido,
Em forma de coração já contido
No verde que o reveste e que lhe anima.
Chega depressa, então, a puberdade…
Na manhã da vida, esse botão se abre
Em nova forma e as cores da beldade,
E em róseos sonhos de amor, quem sabe!
E, no espocar das cores cintilantes,
Ao jasmim, o coração balzaquiano
Desnuda-se, como a um amor galante.
Na plenitude, a loba delirante,
Tal pétala de rosa, em tom profano,
Exala o seu perfume inebriante.
Nicanor Filadelfo Pereira: 'O tercetismo'
POEMAS EM TERCETOS – UMA NOVA ESCOLA
Fazer poesia é uma arte, mas para criar uma boa poesia mesmo, há que se ter conhecimento técnico. Nesta postagem o grande poeta sorocabano Nicanor Filadelfo Pereira nos apresenta uma nova escola poética, o Tercetismo. Acompanhe! (Helio Rubens, editor)
POEMAS EM TERCETOS – UMA NOVA ESCOLA
Partimos do princípio insofismável de que a poesia é uma das mais nobres artes, pois situa-se na dimensão das emoções, vagueia pelo racional, utilizando, para tal, a matéria prima mais acessível ao homem, o único ser vivente a possui-la de forma ordenada: a palavra. Isso posto, arrojamo-nos a lançar, no mundo das letras, uma nova escola poética, a que intitulamos TERCETISMO, cujas regras reputo-as bastantes simples, que exigirão do poeta apenas a sensibilidade e a dedicação. Veja-as:
REGRAS PARA O TERCETISMO
TIPO DE ESTROFE
Terceto (três versos);
MEDIDA DOS VERSOS
Decassílabos (dez sílabas poéticas);
PRIMEIRA ESTROFE
Como as demais, com três versos decassílabos;
O primeiro e o segundo versos são brancos (sem obrigatoriedade de rimas);
O terceiro verso será base para as rimas dos dois primeiros versos da segunda estrofe;
SEGUNDA ESTROFE
Os dois primeiros versos obrigatoriamente rimam com o terceiro da primeira estrofe;
O terceiro verso da segunda estrofe será base para as rimas dos dois primeiros veros da estrofe seguinte;
DEMAIS ESTROFES
Na mesma ordem da segunda estrofe;
Número ilimitado de estrofes;
ÚLTIMA ESTROFE (Fechamento)
A síntese do poema;
Composta de três versos com a mesma rima.
EXEMPLO:
MEUS DELÍRIOS
Aqui me prendo, no êxtase em que vivo,
Pelas linhas sinuosas de teu corpo,
E onde embalo os meus delírios.
Tuas curvas, aos meus olhos, são colírio,
Mas tua ausência se transforma num martírio,
Pela incontida ansiedade em que te espero.
No passar das horas, desespero,
Ambicionando ver a quem mais quero,
Ternamente debruçada no meu colo.
Ah! Quisera ter eu o dom de Apolo,
E num suave poema, em doce solo,
Na tua volta, afagar-te em acalanto.
No imaginar-te assim, eu canto…
E canto o amor que te amo tanto,
Que só pelo fato de te amar, deliro.
Não só na silhueta do teu corpo eu me inspiro;
Mas ao amor que aqui refiro,
Na essência do teu ser é que eu suspiro.
Nicanor Pereira é graduado em letras, com pós-graduação em didática do ensino superior, atua profissionalmente como revisor de textos. Contatos: nicanorpereira@gamil.com
Nicanor Pereira: a volta do poeta ao ROL
Ausente por algum tempo, o escritor, poeta e revisor Nicanor Filadelfo Pereira volta à equipe de colunistas do ROL trazendo mais uma grande contribuição: como usar corretamente a crase. Seja muito bem vindo, Nicanor! (HR)
VALORIZE O SEU TEXTO
SAIBA COMO:
A forma como você escreve personifica o seu trabalho, seja em prosa ou em versos.
A observação das regras básicas da gramática de nossa língua ajuda o leitor a aquilatar o seu nível intelectual e cultural.
ACOMPANHE:
CRASE
Jamais use crase antes de palavras do gênero masculino. Ex. Convido à todos (errado); Eu peço à Deus (errado) – Convido a todos (correto); Eu peço a Deus (correto).
Explicação:
“CRASE” não é exatamente o sinal gráfico que se coloca sobre a vogal.
O termo crase provém do grego, significando “fusão”, “mistura”.
Na língua portuguesa, significa “união” de duas vogais idênticas.
É o caso do “a” craseado que, ao receber esse sinal gráfico, identifica aquela vogal dupla.
Assim sendo, uma das vogais seria a preposição “a”, e a outra seria o artigo “a”, cuja preposição que se coloca posterior ao verbo que a exija. Exemplo: Não dê a mão à palmatória. (não dê a mão para a palmatória). [o verbo dar é bitransitivo, portanto, neste caso exige o uso da preposição].
DICA: Se você puder substituir a vogal “a” pela preposição “para”, use o “à” craseado, se a palavra seguinte for do gênero feminino.
Nicanor Pereira,
graduado em letras, com pós-graduação em didática do ensino superior, atua profissionalmente como revisor de textos.