Leonardo Minozzo, do Cafundó Estúdio Criativo, participa da nova edição dos Encontros de Cinema, do Itaú Cultural

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O executivo, que anunciou em 2021 uma série de projetos de animação para os públicos infantil e adulto, vai debater sobre as oportunidades e os desafios do mercado de animação e quais seriam os principais fatores limitantes desta indústria

Agosto – Leonardo Minozzo, diretor executivo do Cafundó Estúdio Criativo, empresa brasileira que desenvolve projetos de propriedade intelectual em games e séries de animação, participa na sexta-feira (27), às 17 horas, da última mesa de debates da programação do evento Encontros de Cinema, promovido pelo Itaú Cultural.

O evento, que desde 2013 debate o fazer do cinema e suas tendências contemporâneas, chega à nova edição em 2021 com o tema Gestão do audiovisual. De 23 a 27 de agosto, a programação conta com masterclass, mesas de debate ao vivo e entrevistas com profissionais do setor. A programação enfatiza como o planejamento, a organização  e o monitoramento de processos são vitais para a sustentabilidade de toda esta cadeia produtiva. E também traz informações e entendimento crítico para a compreensão das mudanças mais importantes da indústria audiovisual contemporânea, aceleradas pela pandemia de Covid-19. A curadoria dessa edição é da consultora Alessandra Meleiro e da advogada e produtora de cinema Debora Ivanov, em parceria com o núcleo de Audiovisual e Literatura do Itaú Cultural.

A mesa “Gestão na Animação: oportunidades e desafios”, da qual Minozzo fará parte, conta também com Luciana Eguti, produtora-executiva da Birdo (SP) e terá mediação de Alessandra Meleiro. O objetivo é discutir o mercado das animações. Entre os pontos da conversa, estão condições de financiamento, acesso a mercado nacional e internacional, expertise em gestão, qualificação de profissionais, acesso a equipamentos, infraestrutura de TI, interesse público, entre outros. A transmissão será feita ao vivo na página do Youtube do Itaú Cultural (www.youtube.com/itaucultural).

A indústria da animação tornou-se um setor de dimensões econômicas relevantes. Representando 25% do mercado audiovisual, o valor total da receita da indústria de animação global foi de US$ 100 bilhões em 2006, US$ 222 bilhões em 2013 e US$ 259 bilhões em 2018, chegando a US$ 270 bilhões em 2020. A animação é um dos setores da indústria criativa global com maior potencial de crescimento. Além disso, em 2013, a indústria de animação digital administrou cerca de US$ 500 bilhões em licenciamento de marcas e personagens, mais que o dobro de 2006 (US$ 200 bilhões). (Dados levantados pelo Itaú Cultural).

Produção com nova perspectiva

Cafundó Estúdio Criativo nasceu em 2008 focado em animação para publicidade. No entanto, o executivo percebeu um modelo pouco replicável: “Uma animação para publicidade exige o desenvolvimento de várias etapas, como roteiro, conceitos, cenários, personagens, animação, áudio, pós-produção e finalização. O período para a produção de um comercial para TV de 30” durava 6 meses. Veiculava 20 dias, depois acabava. Para iniciar um novo projeto, era preciso abrir um canal de comunicação e pensar uma ação do zero”, explica Minozzo, que dirigiu mais de 500 projetos audiovisuais voltados a publicidade e entretenimento, para empresas como Toyota, O Boticário, Google, Motorola, Youtube e Rede Globo, além de jogos e narrativas gameficadas para clientes e projetos autorais.

Foi então que o executivo decidiu injetar tecnologia na empresa. A equipe, até então de ilustradores, animadores, roteiristas e designers, ganhou programadores, desenvolvedores e especialistas em realidade aumentada, virtual e holografia, que possibilitaram enxergar as produções de uma outra forma. “O desenvolvimento das séries faz parte de um projeto robusto de propriedade intelectualO objetivo é o licenciamento para múltiplas mídias, enfatiza.

Séries pedagógicas para os públicos infantil e adulto

Entre as séries do estúdio brasileiro estão Os Carabão: uma narrativa divertida desenhada para o público de 5 a 7 anos, traz a história de Caldin, Farilicia, Espicho e Fusili: um grão de feijão, outro de arroz, o terceiro de farinha, e um macarrão, que vivem em um supermercado. Dez episódios são veiculados atualmente no Cine Brasil TV e a meta é completar 26 – ainda neste semestre – para expandir a outros canais no Brasil e no exterior.

A personagem Ana Bolinha, do artista catarinense Luciano Martins, inspirou uma série de animação para crianças. Em sua primeira temporada de 13 episódios, a simpática joaninha e sua turma buscam o significado dos seres e dos objetos também redondos em um mundo de aventuras, fantasia e cor. O projeto foi contemplado no edital de Desenvolvimento Prodav/Ancine (2016) e está em produção com recursos do Edital Catarinense de Cinema 2020.

Já a série de musicalização infantil Dó, Ré, Mi da Sol terá 15 episódios em sua primeira temporada. A narrativa gira em torno da menina Sol que, ao morar com seu pai músico, tem a oportunidade de interagir com instrumentos musicais que ficam guardados no porão da casa. O fato é gancho para aventuras musicais que narram tarefas simples do cotidiano da criança. O projeto é construído com técnicas de stop-motion e 2D e foi um dos cinco contemplados na categoria animação infantil, que selecionou um projeto por região do país, entre mais de 800 inscritos do edital Prodav TVS Publicas / Ancine (2018).

As produções contam com consultorias de especialistas como Reynaldo Marchesini (Sítio do Pica Pau Amarelo e Princesas do Mar), Teresa Cristina Rego (Que Monstro te Mordeu), além da participação (em Dó, Ré, Mi da Sol) de Thiago Calçado, conhecido mundialmente pelas animações Minhocas, o Filme; Kubo and the Two Strings (Kubo e As Cordas Mágicas); Isle Of Dogs (Ilha dos Cachorros) e, mais recentemente, pelo novo longa-metragem Pinocchio (Pinóquio), dirigido por Guillermo Del Toro e Mark Gustafson.

Para o público adulto, o momento atual é de captação de recursos para dar início à série Uns Brasileiros,baseada na obra ‘Mario Prata Entrevista uns Brasileiros’. Nela, o próprio Mario Prata vira animação e arranca confissões irreverentes de personagens da história do Brasil, como Tiradentes, Dom Pedro I e Dona Maria I “a Louca”. O piloto foi finalizado em abril com recurso conquistado nos Prêmio Catarinense de Cinema 2019.

Minozzo também responde pelo desenvolvimento do puzzle game Tetragon: Unknown Planes  lançado agora em agosto para países da Ásia, América do Norte, América do Sul e Europa.

SERVIÇO:

Mesa 4 – Gestão na Animação: oportunidades e desafios (Evento: Encontros de Cinema – Gestão do audiovisual)

  • Data: 27 de agosto, sexta-feira
  • Hora: 17 horas
  • Convidados:
    • – Leonardo Minozzo, diretor executivo do Cafundó Estúdio Criativo, empresa brasileira que desenvolve projetos de propriedade intelectual. É produtor executivo da série Os Carabão, veiculada atualmente no canal CineBrasil TV e com a segunda temporada já em produção. Com outras séries em desenvolvimento para os públicos infantil e adulto.
    • – Luciana Eguti, sócia e produtora Executiva da Birdo, um dos principais estúdios de animação da América Latina
  • Mediação: Alessandra Meleiro, presidente do Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual (Forcine), entre os anos de 2016 e 2020.
  • Transmissão no Youtube www.youtube.com/itaucultural
  • Classificação indicativa: livre
    Informações www.itaucultural.org.br

 

 




Editora Novo Século lança box com obras consagradas de Mário de Andrade

Neste mês chega às livrarias brasileiras, pela editora Novo Século, o Box – Obras de Mário de Andrade, trazendo novas edições de quatro das principais obras desse grande autor, que foi um dos criadores do modernismo no Brasil: Pauliceia desvairada,Macunaíma, Contos novos e Amar, verbo intransitivo.    

 

Na obra Paulicéia Desvairada (publicada em 1922), o autor já mostra a que veio: inaugurar uma atitude revolucionária em relação à cultura brasileira. Considerado um manifesto em versos livres, junta o humor com a seriedade para propor uma nova expressão, livre das amarras do passado com rimas cuidadosamente contadas. A velocidade dos carros, o cinema, a riqueza da cultura e das cores do país, a língua como instrumento de invenção e não de opressão.  Uma língua rica e sonora, que junta o inglês e o tupi numa poesia que traz o tempo novo. Os tempos modernos mais como cacofonia do que como sinfonia.

Macunaíma (lançado em 1928) é considerado um marco do modernismo brasileiro. Escrito em apenas seis dias, nas férias do autor, é obra fundamental da literatura brasileira. A história, com características de um conto fantástico, junta elementos do folclore, da história de índios, mistura a mata virgem com a São Paulo que cresce. Junta a língua falada e zomba da escrita empolada dos parnasianos.

Contos novos, publicado dois anos após a morte de Mário de Andrade, reúne nove narrativas escritas por ele ao longo de sua vida, sendo a maioria dos últimos dez anos antes de sua morte. Os contos podem ser agrupados de acordo com seu foco narrativo, pois alguns foram escritos em primeira pessoa e outros em terceira. O livro traz os contos Tempo de camisolinha em que retrata momentos da infância e Primeiro de Maio que combina subjetividade e lirismo a engajamento social.

E Amar, verbo intransitivo (publicado em 1927) traz a trajetória de um jovem que inicia sua vida sexual com uma mulher alemã já madura, contratada pelo seu pai. A obra causou enorme impacto na sociedade da época por trazer conceitos nunca abordados e inovar na técnica narrativa. O romance é classificado pelo próprio autor como idílio, sinônimo de poema de tema bucólico.

 

Sobre o autor

Mário Raul Moraes de Andrade nasceu em São Paulo, em 9 de outubro de 1893 e faleceu em 25 de fevereiro de 1945. Foi poeta, escritor, crítico literário, musicólogo, folclorista, cronista ensaísta e um dos pioneiros da poesia moderna brasileira, com a publicação de seu livro Pauliceia Desvairada, em 1922. Durante sua infância foi considerado um pianista prodígio, tendo sido matriculado no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo em 1911. Recebeu educação formal apenas em música, mas foi autodidata em história, arte e, especialmente, poesia. Em 1922, ao mesmo tempo em que preparava a publicação de Pauliceia Desvairada, trabalhou com Malfatti e Oswald de Andrade na organização de um evento que se destinava a divulgar as obras deles a um público mais vasto, a Semana de Arte Moderna, que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo entre os dias 11 e 18 de fevereiro. Depois de trabalhar como professor de música e colunista de jornal, ele publicou seu maior romance, Macunaíma, em 1928. No fim de sua vida, tornou-se o diretor-fundador do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo, formalizando o papel que ele havia desempenhado durante muito tempo como catalisador da modernidade artística na cidade e no país. Andrade morreu em sua residência, em São Paulo, devido a um enfarte do miocárdio, quando tinha 51 anos. Dadas as suas divergências com a ditadura, não houve qualquer reação oficial significativa antes de sua morte. Dez anos mais tarde, porém, quando foi publicado, em 1955, Poesias completas, quando Vargas já havia falecido, começou a consagração de Andrade como um dos principais valores culturais no Brasil. Em 1960 foi dado o seu nome à Biblioteca Municipal de São Paulo.

 

Ficha técnica
Título Nacional Box – Obras de Mário de Andrade
Autor Mário de Andrade
Categoria Literatura brasileira
Formato 14×21
Acabamento Brochura
Edição
ISBN 9788542811131
Preço R$ 44,90

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