João Francisco Brotas (Capitão Brotas):
‘A vida em grupo’
Queridos amigos leitores, normalmente nos portamos como individualistas e só pensamos em nós mesmos. Raramente dividimos com outras pessoas, as honras recebidas por termos atingido determinado galardão. De regra esquecemo-nos daquelas que ofereceram as condições para o nosso sucesso.
Para nós, a pessoa mais importante neste mundo é aquela que visualizamos defronte ao espelho. Somos todos narcisistas de algum modo, e não pode ser diferente. O problema é que ao vencer, não temos olhos nem pensamentos para mais ninguém.
Bom seria se as pessoas pudessem ficar um pouco mais atentas em tudo que pretendem realizar ou que estão realizando, e dividissem os espaços conquistados com os companheiros, amigos, mestres e familiares.
Será muito difícil obtermos uma boa qualidade de vida, isoladamente, sem buscar nem dar ajuda. Da mesma forma que, em certos momentos da existência, precisamos de amparo, de amizade, de um empurrão e estimulação para continuar na luta, também temos condições para contribuir da mesma maneira com outras pessoas.
A vida em grupo oferece uma gama muito grande de oportunidade para colaboração recíproca, por isso requer muita cautela, pois um senão, uma fala, uma atitude nossa, de indiferença ou descaso, poderá magoar ou trazer consequências desagradáveis, para as outras pessoas e para nós próprios. Quem já experimentou viver em grupo reconhece: a solidão, o andar com a cabeça baixa e o beiço caído, não são os meios mais adequados para resolver nossos problemas.
É importante que procuremos mais amar que sermos amados, para encontrar, num bom grupo uma convivência cada vez mais salutar e que, dentro dos parâmetros certos nos eleve espiritualmente. Um fator essencial da vida em grupo é a participação de todos os seus componentes em estudos de aprimoramento ético. Se as pessoas estiverem estudando em conjunto para poderem ser melhores, é evidente que essa disposição é um importante ponto comum de união, e leva a novos conhecimentos, ao aprendizado do amor e do amparo recíproco.
Algumas entidades, religiosas, filosóficas e de estudos, em geral, dentro de suas características próprias, promovem a união entre os homens e boas relações na sociedade. Muitas vezes não são compreendidas, pelas pessoas preocupadas apenas consigo mesmas, mas que importa?
De qualquer forma, todo mundo sabe que “enquanto a caravana passa os cães ladram,” sempre atrás e na poeira que as rodas das carroças fazem subir, pois o trabalho dignificante em conjunto, sob a orientação e a coordenação de pessoas capazes e lúcidas, muito contribui para uma vida social e espiritual melhor.
Sou grato por estar participando ativamente de um grupo chamado NUPEP (Núcleo de Pesquisas Psíquicas), uma entidade sediada na cidade de Sorocaba, fundada há 32 anos pelo prof. Jorge Melchiades Carvalho Filho.
Uma organização sem fins lucrativos voltada aos estudos científicos e filosóficos, cuja finalidade é o aprimoramento das qualidades espirituais e racionais.
João Francisco Brotas