O brado de Fausto
Pietro Costa: Poema ‘O brado de Fausto’
Em taças douradas, é liquefeita a honestidade
Reverência ao ego que governa a humanidade
A acidez da injustiça agrada e reúne paladares
A vil obscenidade disfarçada em vestes talares
E o brado de Fausto ainda ressoa, encarniçado
Nos palácios luxuriosos, de senso degradado
As tábuas da lei ao dispor do fogo, abrasador
A balança de Maat treme ante o medo e a dor
As orgias do Poder são alimentadas pela traição
Poesia para sempre, a desnudar essa encenação
Afastando de nós o cálice da vileza e presunção
Pietro Costa
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