Artista com Síndrome de Down com 12 anos de carreira Lucio Piantino diz que a pintura é a sua vida

Brasiliense mostra e fala de sua obra em vídeo no site do projeto Um Novo Olhar – parceria da Funarte com a UFRJ

Eu sou um artista, meus quadros são meus filhos e as minhas tintas são o alimento que eu dou para eles”, diz o brasiliense Lucio Piantino. “A pintura é a minha vida”, reforça ele, que, completa 12 anos de carreira como pintor – além de atuar, dançar e se envolver em outras atividades artísticas. O jovem revela que sofreu muito preconceito na escola, até que um dia reuniu a família e informou que queria sair de lá. Desde então, passou a dedicar-se à arte, de forma profissional. Em um vídeo produzido para o projeto Um Novo Olhar, Lucio fala de sua trajetória e exibe alguns de seus trabalhos. O projeto é uma parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.

 de Elizabeth Tunes e L Danezy Piantino (Editora Autores Associados). Em 2008, ele fez suas primeiras exposições individuais, Matando Aula e Matando Aula II – O retorno? O nome das exposições foi uma provocação ao sistema educacional preconceituoso, que o discriminou a ponto de ter tido que passar o ano de 2008 fora da escola.

O artista participou de diversas exposições coletivas, realizou mostras individuais e recebeu prêmios por sua obra. Em 2013, lançou seu livro e documentário De arteiro a artista: a saga de um menino com síndrome de Down, no Museu Nacional de Brasília. O documentário também foi selecionado e apresentado no Festival Internacional de Cinema Assim Vivemos, nas unidades do Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Danze de colore e matéria, na galeria Aet Forum Whirth Capena em Roma, e a exposição Io sono um artista, do projeto AHEAD, na Galeria Casa d’Aste, em Roma. Em 2017, ele representou o Brasil na Campanha da ONU em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down e comemorou seus nove anos de carreira com a Exposição A prova dos 9 no Festival CoMA.

A família desde cedo reconheceu e apoiou o trabalho de Lucio. A irmã, Joana Piantino, acabou se dedicando à produção cultural e, assim como a mãe, cuida da produção da carreira do jovem. São dela também as imagens do vídeo disponível aqui no site do Um Novo Olhar, onde o artista mostra suas obras, toca, dança e conta sua história.

Sobre o projeto:

Um Novo Olhar tem como alvo promover a inclusão e o acesso de crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência, por meio das artes e da capacitação de professores e de regentes para coro. Com a exibição online de performances de artistas e vídeo podcasts (vodcasts) sobre arte e acessibilidade; com lives e uma série de publicações, o projeto tem também o objetivo de ampliar a percepção de toda a sociedade sobre as deficiências.

 

Serviço:

Apresentação de Lucio Piantino no projeto Um Novo Olhar

www.umnovoolhar.art.br

Realização: Fundação Nacional de Artes – Funarte e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Curadoria: Escola de Música da UFRJ

Atividades, ações e mais informações disponíveis no site do projeto.

Informações sobre editais e outros programas da Funarte
www.funarte.gov.br

Mais informações para a imprensa

Projetos UFRJ – Funarte: imprensa@musica.ufrj.br

Funarte – Assessoria de Comunicação: ascomfunarte@funarte.gov.br

 

 

 

 

 

 




A artista itapetiningana é talentosa e é reconhecida até no exterior, mas não abandona os estudos aqui no Brasil

‘Já tenho três exposições em 2016’, diz artista que trocou Paris por Enem

 'Três novas exposições internacionais já estão programadas para 2016', diz Clara (Foto: Reprodução / TV TEM)Jovem de Itapetininga terá telas expostas em shopping do Museu do Louvre. Clara Bandeira lembra conselho de amigos: ‘Falaram para esquecer o Enem’

Do G1 Itapetininga e Região

A artista Clara Bandeira, de 17 anos, que foi “impedida” de acompanhar uma exposição de dois quadros dela em Paris, na França, para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste sábado (24) e domingo (25), conta que tem um motivo para comemorar: novas exposições internacionais estão programadas para 2016. “Já tenho três exposições no ano que vem. Nova York, nos Estados Unidos, Viena, na Áustria e Porto, em Portugal, são os próximos destinos dos meus trabalhos. Nessas exposições eu pretendo ir, só espero que não tenha nenhum Enem pra me ‘impedir’”, brinca a estudante.

‘Três mostras internacionais estão programadas
para 2016’, diz Clara (Foto: Reprodução / TV TEM)

Clara teve dois trabalhos selecionados para uma exposição que começou nesta sexta-feira (23) no Carrousel do Louvre, shopping anexo ao Museu do Louvre, um dos mais famosos do mundo. Mas a euforia não foi completa, pois a jovem não conseguiu embarcar para ser um dos 7,7 milhões de inscritos a fazer o Enem.

A adolescente recorda quais foram os conselhos ouvidos por amigos quando decidiu em ficar no país. “Meus amigos falaram: ‘Imagina, esquece o Enem’. Até cheguei a pensar em desistir da prova agora na reta final, mas resolvi ficar e fazer”, revelou a artista.

Um dos professores de Clara, José Eduardo Nunes, se diz orgulhoso pela decisão da adolescente. “Ela é muito jovem e vai poder fazer isso [viajar para expor os trabalhos] mais para frente, principalmente porque ela tem dom. Ela tem vocação pra isso”, diz Nunes.

Obra feita por Clara para uma exposição sobre os anos 70 (Foto: Arquivo Pessoal / Sandra Bandeira)Obra feita por Clara para uma exposição sobre os
anos 70 (Foto: Arquivo Pessoal / Sandra Bandeira)

Agora que ficou, ter uma boa nota no exame é questão de honra para ela. A adolescente tentará cursar faculdades públicas e particulares em São Paulo (SP). Mas ainda está dividida em relação entre os cursos de direito, design e artes plásticas. “Estou indecisa ainda, mas provavelmente vou optar por design”, completa.

As obras
Esta é a primeira vez que Clara expõe internacionalmente seu trabalho. Uma obra foi pintada para uma exposição sobre moda dos anos 70. “Pintei uma mulher que representa a época. Cabelo armado e um óculos bem retrô”, diz (veja a obra ao lado).

Outro quadro foi pintado quando ela morou na Europa e, segundo ela, reflete um momento de mudanças. “Fui estudar na Inglaterra e morei sozinha por um bom tempo. Essa transição na minha vida gerou muita alegria e mudanças que nunca vou esquecer. Tentei transferir esses sentimentos na tela e o resultado foi este, um rosto colorido, que representa a alegria, mas com um ar preocupado”, comenta (veja a obra abaixo).

‘Pintura vem de berço’
Mesmo sem acompanhar a exposição, a artista é só orgulho para a família. Segundo a mãe, Sandra Bandeira, desde os 7 anos, a artista pinta quadros. Antes disso, já dava indícios de que seguiria a arte. “Clara é uma menina muito especial, não se contenta com respostas incompletas. Vai atrás, lê muito, pesquisa, é muito curiosa sobre seus interesses. Acho que vou virar assessora dela”, brinca a mãe orgulhosa.

Para Clara, a oportunidade é única. “Desde muito pequena eu fazia esculturas inspiradas em programa infantil, fazia tudo que ensinavam. Minha mãe comprava os materiais e eu imitava. Depois, aos sete anos, comecei a desenhar e não parei mais. Tenho necessidade de desenhar e faço isso com muito prazer”, conta a adolescente.

Para a jovem, o gosto pela pintura é algo natural, já que é descendente de artistas. “Sou neta de uma artista plástica e bisneta de um desenhista que fazia desenhos com carvão. Então a pintura vem de sangue”, conclui Clara.

Obra que será exposta em Paris. "Pintei quando morei sozinha na Inglaterra", diz Clara (Foto: Arquivo Pessoal / Sandra Bandeira)Colorido representa alegria e o rosto preocupação, diz artista (Foto: Arquivo Pessoal/ Sandra Bandeira)



Jovem de Itapetininga conquista espaço mas não poderá participar da exposição porque tem prova no ENEM

Artista de 17 anos ganha exposição em Paris, mas Enem ‘impede’ viagem

 ‘Telas vão embarcar sozinhas’, lamenta adolescente de Itapetininga (SP). Mostra será no mesmo dia do Enem, em shopping do Museu do Louvre.

Rodolfo QuarantaDo G1 iItapetininga e Região

Jovem de Itapetininga vai expor em Paris (Foto: Arquivo Pessoal / Sandra Bandeira)Obras serão expostas em Paris, mas jovem não viajará pelo Enem (Foto: Arquivo Pessoal/Sandra Bandeira)

A artista Clara Bandeira, de 17 anos, ganhou a chance de expor seus trabalhos em um shopping no subsolo do Museu do Louvre, em Paris, na França. As obras farão parte da exposição “Paris & Elas – Vertendo Luz”, com outros 12 artistas brasileiros. Mas a euforia durou pouco tempo, pois a jovem não conseguirá embarcar para a exposição devido ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O período da exposição, de sexta-feira (23) a domingo (25), coincide com o fim de semana em que é aplicada a prova. “Frustou, porque as telas vão embarcar sozinhas. Mas, mesmo assim, estou feliz por ter meu trabalho reconhecido”, comenta a jovem de Itapetininga (SP).

Obra feita por Clara para uma exposição sobre os anos 70 (Foto: Arquivo Pessoal / Sandra Bandeira)Obra feita por Clara para uma exposição sobre os
anos 70 (Foto: Arquivo Pessoal / Sandra Bandeira)

Clara é uma das 7,7 milhões de inscritos para o Enem. “Estou concluindo o ensino médio e para ingressar em uma universidade preciso fazer o exame. Estudei muito o ano inteiro e não dá para deixar de fazer a prova agora”, afirma. A adolescente diz que quer estudar direito, design ou artes plásticas. “Estou indecisa ainda, mas provavelmente vou optar por design”. Ela tentará faculdades públicas e particulares em São Paulo.

Já a exposição da qual suas obras participarão é parte do evento Salon Art Shopping, que reunirá mais de 300 galerias do mundo todo no shopping do famoso museu de Paris.

Esta é a primeira vez que Clara vai expor internacionalmente seu trabalho. Uma obra foi pintada para uma exposição sobre moda dos anos 70. “Pintei uma mulher que representa a época. Cabelo armado e um óculos bem retrô”, diz. (Veja a obra acima)

Outro quadro foi pintado quando ela morou na Europa e, segundo ela, reflete um momento de mudanças. “Fui estudar na Inglaterra e morei sozinha por um bom tempo. Essa transição na minha vida gerou muita alegria e mudanças que nunca vou esquecer. Tentei transferir esses sentimentos na tela e o resultado foi este, um rosto colorido, que representa a alegria, mas com um ar preocupado”, comenta. (Veja a obra abaixo)

‘Pintura vem de sangue’
Mesmo sem acompanhar a exposição, a artista é só orgulho para a família. Segundo a mãe, Sandra Bandeira, desde os 7 anos, a artista pinta quadros. Antes disso, já dava indícios de que seguiria a arte. “Clara é uma menina muito especial, não se contenta com respostas incompletas. Vai atrás, lê muito, pesquisa, é muito curiosa sobre seus interesses. Recebi um presente”, conta a orgulhosa mãe.

Para Clara, a oportunidade é única. “Desde muito pequena eu fazia esculturas inspiradas em programa infantil, fazia tudo que ensinavam. Minha mãe comprava os materiais e eu imitava. Depois, aos sete anos, comecei a desenhar e não parei mais. Tenho necessidade de desenhar e faço isso com muito prazer”, conta a adolescente.

Para a jovem, o gosto pela pintura é algo natural, já que é descendente de artistas. “Sou neta de uma artista plástica e bisneta de um desenhista que fazia desenhos com carvão. Então a pintura vem de sangue”, conclui Clara.

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Colorido expressa alegria e o rosto preocupação, diz Clara (Foto: Arquivo Pessoal/ Sandra Bandeira)Colorido expressa alegria e o rosto preocupação, diz Clara (Foto: Arquivo Pessoal / Sandra Bandeira)