O poeta e a poesia

Ivete Rosa de Souza: Poema ‘O poeta e a poesia’

Ivete Rosa de Souza
Ivete Rosa de Souza
"poeta se lança ao fundo de um poço, mas alcança estrelas e magia"
“poeta se lança ao fundo de um poço, mas alcança estrelas e magia”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Para fazer poesia, é só pensar com o coração, 

 ele dita as palavras, esquece a pontuação

às vezes esquece e rima, outras faz reboliço

Como um trem descarrilhado

Sai do trilho, se joga na emoção

Às vezes planta flores onde existem pedras

E ainda assim ela nasce, florindo dando cor 

Poeta não pesquisa dicionário, tem coração preguiçoso

Não dá tempo pesquisar, sem data, nem horário

É tão maluco esse moço, seja por tristeza ou alegria

Se lança ao fundo de um poço, mas alcança estrelas e magia

Nas palavras escritas sem nexo, nem precisa muito esforço

Mas gosta de plantar amores, que por si só é poesia

Vai surgindo devagar, outras vezes escandaloso

Como um rio a transbordar, rebenta de dentro as palavras

Igual a semente que germina, às vezes só com um olhar

No tempo não determina, se vai ter onde parar

Poetas são todos loucos, com os parafusos soltos

Têm muita coisa para falar, muitas vezes se cansa, reclama 

Até de não poder versejar, e num estalo acontece

Parece estampido de dor, e a mão padece no embalo

Sem confiança, com temor, parece não conseguir 

Colocar no papel o que o coração exigente

Falando tão de repente, teimando em não repetir

A mão é que sofre a pena, da pena não traduzir

Tudo que o coração louco teima em sentir

Palavras que rasgam a alma, por teimosia escaparam.

Ivete Rosa de Sousa

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Eu, e eu mesma, nasce a poeta!

Sandra Albuquerque: Poema ‘Eu, e eu mesma, nasce a poeta!’

Sandra Albuquerque
Sandra Albuquerque
Nasce uma poeta
Criador de imagens do Bing

É um privilégio
Nasci no Dia do Poeta!
Para Deus, Missionária
Para mim, a filha, a neta, a irmã e a prima
A tia mãe. Sim!
Do Edson Jr. e do Eden
A Dinda dos quatro netos:
A primogênita kaká
Depois, vem a Giulia
O do meio, o João Marcos
E o caçula, Pedro Miguel.
Marlene Silva, a tia que me criou
Meu pai Moisés
Minha madrasta Glória.
Minha prima irmã Verônica
Meu irmão Márcio
Meus avós paternos Joaquim e Regina que já se foram
E meu tio pai Edson, também.
Todos que já dormem
E os que comigo convivem
Sentem muito orgulho de mim.
Cada um a seu modo.
E os amigos?
Poucos.
Sim! Amigo está presente em todo tempo
Embora que seja virtualmente ou não
Os outros são apenas colegas, conhecidos, ou coisa do tipo.
Para a FEBACLA, Acadêmica Imortal, Comendadora Guanabara e Embaixadora da Paz
Para a Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, Dra. h. c. mult.
Sou, ainda, Benfeitora das Artes
E outros títulos mais.
Todos presenteados pelo Presidente Dom Alexandre Rurikovich
Para OMDDH, Embaixadora Imortal da Paz e Comendadora da Justiça de Paz.
Deus abençoe ao Dr. Dom Iguaci Gouveia.
Também pertenço à ACL.
Gratidão Leandro Campos
Confreira na AILAP
Graças ao convite de Charlan Fialho
Sou Camaquianista
Graças ao Camac Leon
E pertenço à AHBLA
A convite do Marquês Lisboa
Antologias?
Várias.
Mas vou destacar a ‘Inflexões e Crônicas’
Para representar a todas
Pois me descobri cronista.
Um Jornal onde sou Colunista e Editora Setorial?
JORNAL ROL
Obrigada, Sergio Diniz.
Um Jornal onde sou Representante Municipal-RJ
INTER-NET JORNAL
Graças ao Helio Rubens.
Revistas The Bard, através da Verônica Moreira
E Reginela, através da Embaixadora Regina Caciquinho.
Minha amiga Duquesa Claudia Lundgren
Sempre me ajuda
Nas edições.
Sou muito feliz.
Tenho cinco inseparáveis e lindos pets:
Os felinos, Princesa Regina, Thor, Flockinho e Gigi.
Somando a eles,
Minha Basset Jade.
É Arlequim. Kkk.
Tudo meu está entregue nas mãos do Criador.
Não tenho medo do amanhã.
Vivo o hoje
E isto é o que me importa.
No dia de hoje
Você, poeta
Assim como eu
Jamais devemos
Deixar apagar a luz
Que brilha em nós.
Que jamais seja fechada
A cortina da Poesia

Sandra Albuquerque

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Somos poetas!

Sergio Diniz: Poema ‘Somos poetas!’

Sergio Diniz

Somos poetas!

Silenciosos

Ou em serestas

Somos guerreiros!

De guerras sem armas

Da vida, romeiros

Somos poetas!

E sentir

Nossa meta!

Sergio Diniz

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Jornal ROL homenageia o poeta, escritor e compositor folclorista Francisco Garbosi

Francisco Garbosi, folião de Reis desde criança, também é atuante como mestre embaixador desde 1961



O jornal Cultural ROL, reconhecido internacionalmente por sua relevância como disseminador da cultura, homenageia o escritor, poeta e folclorista mineiro Francisco Garbosi, que, ainda hoje, aos 84 anos, faz questão de mostrar seu primoroso trabalho em prol da cultura, especialmente em relação a uma das festas populares mais comemoradas da história do folclore brasileiro, a ‘Folia de Reis‘, uma festa de caráter religioso realizada entre o período do Natal até o Dia de Reis, em 6 de janeiro.

Um eterno folião

Nascido em 1º de janeiro de 1939 em Paraguaçu-MG, filho de Ângelo Garbosi e Geralda Francisca de Jesus. Frequentou a escola mista rural do bairro Aparecida, em Tapiratiba – SP. Em 1950 mudou para o município de Londrina, onde trabalhou nas lavouras de café e em 1972 veio para a cidade, onde trabalhou na empresa Viação Garcia como cobrador; na empresa de Transportes Coletivos Grande Londrina, como cobrador, fiscal e despachante de tráfego e na empresa Colégio Maxi, como segurança patrimonial noturna. É casado desde 20 de setembro de 1961, pai de 4 filhos, 8 netos e 4 bisnetos. É poeta, compositor e folclorista, como folião de Reis desde criança, mas como mestre Embaixador desde 1961 e em 1989 formou o grupo Mensageiros da Paz Londrina PR, que mantém atual até hoje.

Francisco é autor de várias obras literárias e considerado um dos mais antigos folião. Traz consigo a tradição desde a infância, e hoje, aos 84 anos, ainda encanta a todos com seu talento e disposição.

No dia 10/05/2023, entrevistamos Francisco, no programa Ver-arte, que aexibido toda quarta-feira, às 20h, pelo Intagram.

Link da entrevista: https://www.instagram.com/tv/CsFPCRvBKOO/?igshid=MTc4MmM1YmI2Ng==

Instagram do autor: https://instagram.com/franciscogarbosi?igshid=MzRlODBiNWFlZA==

A Folia dos Reis

Ariano Suassuna com Francisco Garbosi – Jornal Folha Norte 2006 Londrina-PR

Na Folia de Reis, grupos organizados de pessoas saem pelas ruas da cidade, visitando as casas e tocando músicas populares e entoando cânticos bíblicos em homenagem aos reis magos e ao nascimento de Jesus. Com os músicos, vão pessoas vestidas com roupas de personagens ligados ao tema da festa.

Alguns aspectos tradicionais da Folia de Reis foram trazidos para o Brasil no final do período colonial (provavelmente no começo do século XIX), pelos portugueses. Porém, de acordo com estudiosos da cultura popular, esta festa tem sua origem na Espanha.

A porta de entrada foi o nordeste brasileiro. Porém, em nosso país, a Folia de Reis ganhou traços culturais particulares, incorporando aspectos da cultura brasileira. Um destes exemplos está presente na música, com a presença das batidas típicas dos tambores africanos.

Vale dizer também que a Folia de Reis possui traços particulares em cada região do Brasil, inclusive, em Minas Gerais, terra do escritor e folclorista, que conheceu pessoalmente grandes nomes da literatura, a exemplo do escritor Ariano Suassuna, pelo qual tem grande carinho e admiração.

Livros de Francisco Garbosi

               




Orlando Rafael Ukuakukula: 'Revelação' I

Orlando Ukuakukula

Revelação I

 

Um poeta vê inspiração em tudo
Até no coiso
No fio de cabelo
De uma donzela
Indesejada pelo seu esposo

Um poeta vê inspiração em tudo
Vê na planta amarela
Pela capacidade de murchar
E acender como sol
E escreve seu brilho
E lhe esconde como milho

O poeta não quer só rimar
Vê mesmo brilho no milho
Cujas cascas
Lhe inspiram letras de amor
Naquele seu abrir
Que parece um bebé nascer
E sua mãe ver seu filho
E da dor se esquecer
.
Um poeta vê coisas onde não há
Ou onde mais ninguém vê
Vê na água
E na seca
Vê no homem
E na mulher
Vê na terra
E no mar
Vê na luz
E no escuro do luar
.
Um poeta vê inspiração
Nos passos de um camalhão
Que a uma árvore sobe
E escreve o seu atingir ao topo
Pode apenas se inspirar com a água
E não com o copo
.
O poeta pode também se inspirar
Por nada
E por tudo
E quando isso lhe move
Não ouve ninguém
Só seu eu lírico
Torna-se mudo
Cego e surdo
.
Um poeta se inspira por uma música alta
Num volume baixo
O poeta é um adulto bebé
Pode apenas se inspirar com cuspe
Que lhe parece ferver

Enfim
O poeta só sabe viver
O poeta não existe
O poeta é
.
Orlando Ukuakukula
Luanda, 26 de Janeiro de 2022, pelas 18h00, no autocarro

 

 

 

 

 

 

 




O leitor participa: Isabel Furini: 'As palavras do anjo'

As palavras do anjo

O Anjo olha o poeta e ordena:

– Desenharás estrelas sobre abismos

com os dedos cansados

pois o cansaço não pode

destruir os sonhos forjados pela noite

com palavras pintarás cardumes de estrelas

e um barco

e poderás navegar pelo oceano do tempo

e entreter-te-ás durante milhões de anos

no horizonte de eventos

pois o tempo é um escorpião pendurado

em alguma galáxia elíptica gigante

e é agitado pelos ventos

e se algum de teus poemas consegue espalhar

sobre o oceano

a areia do tempo comprimida na ampulheta das palavras

nascerá um magnífico dia

a luz do Sol iluminará os sorrisos

e as nuvens desenharão poesias.

 

Isabel Furini

isabelfurini@yahoo.com.br

 

Isabel Furini é escritora, poeta e educadora.

Publicou 35 livros, entre eles, “Os Corvos de Van Gogh”.

Recebeu Comenda Ordem de Figueiró (RJ); Embaixadora da Palavra pela Fundação César E. Serrano (Espanha, 2017).

Tem poemas premiados no Brasil, Espanha e Portugal. Realizou recitais poéticos na 36ª Semana Literária do SESC, 2017, PR, e na Biblioteca Pública de Burlingame, Califórnia, USA (2018).

 

 

 

 




Iratan Curvello: 'Poeta'

Iratan Curvello

Poeta

O poeta vive sua real utopia,

De fazer poesia e tocar o céu,

Descortinar de cada verso o véu,

De entrar nos corações com alegria.

 

O poeta sonha mesmo acordado,

Que um dia tudo seja só poesia,

Pois acredita que ela anestesia,

Quem pelo amor foi deserdado!

 

O poeta é mesmo por ironia,

A voz do coração que fala,

Que dependendo ri ou se cala,

Frente a felicidade ou agonia!

 

O poeta, às vezes, parece  louco,

De tudo ele faz logo um verso,

Como magia, agrada o universo,

Porque nada para ele é pouco!

 

Só o poeta tem essa grandeza,

De construir e deixar uma cortesia,

De fazer do que vislumbra a poesia,

Olhar o céu e poetizar a beleza.

 

O poeta apresenta a nova cura,

Fazendo da nobre arte, uma vacina,

Com doses de ânimo, o amor ensina,

Reinventa-se, como escolha mais pura!

 

Iratan Curvello

iratanmcurvello@gmail.com