Governo de SP negocia com operadoras a entrega de serviços aos cidadãos por meio de smartphones
A iniciativa faz parte das ações do projeto Poupatempo 2ª Geração que têm como objetivos melhorar a prestação de serviços e reduzir custos
O Governo do Estado de São Paulo está negociando com as principais operadoras – Vivo, Claro, TIM e Oi – um contrato para a entrega de serviços do Poupatempo por dispositivos móveis, com a conta do uso de dados paga pelo governo.
A iniciativa faz parte do Poupatempo de 2ª Geração, que agrega atendimento eletrônico como o SP Serviços, aplicativo que já permite ao cidadão agendar pelo celular um atendimento no Poupatempo. O SP Serviços tem mais de 20 aplicativos de diversas áreas do governo.
Com o acordo em negociação, o usuário não terá custos para fazer consultas ou agendamento no Popupatempo a partir do seu smartphone, mesmo que não esteja usando uma rede Wi-Fi aberta.
Quando usar um dispositivo móvel para agendar um serviço presencial no Poupatempo, receber informações sobre a documentação necessária para tirar a primeira via ou renovar seu RG ou CNH, por exemplo, a operadora vai identificar que se trata de um serviço do governo e o usuário não será tarifado.
Para isso, a Coordenadoria de TI da Subsecretaria de Tecnologia e Serviços ao Cidadão está negociando com as operadoras uma tarifa para a cobrança reversa e a Secretaria Jurídica do governo está elaborando um modelo de contrato por adesão. “As operadoras interessadas aderem ao modelo, a um preço fixo, mais baixo do que o praticado no mercado para o uso de dados”, explica Aldo Garda, coordenador de TI da Subsecretaria.
O Poupatempo 2ª Geração prevê a oferta de serviços eletrônicos, tanto por meio da internet como de smartphones – esses aparelhos já representam mais de 50% dos celulares com capacidade para 3G no país e dispõem de soluções para o acesso à internet por uma rede WiFi aberta. “Queremos atingir todos os públicos e o smartphone é um meio para isso”, comenta Garda.
Ele destaca como outra vantagem a economia de custos para o governo em relação ao atual teleatendimento pelo serviço Disque Poupatempo. Hoje a média de atendimentos pelo sistema é de 265 mil ligações por mês. Cada ligação dura em média 7 minutos, gerando um custo alto de telefonia para o governo.
Com o uso de dados, o usuário poderá agendar o serviço no Poupatempo e receber a relação de documentos em seu email. Também receberá uma mensagem, um dia antes da data agendada, lembrando o compromisso e a documentação necessária.
Serviços de voz
Outra inovação do Poupatempo 2ª Geração é a opção de serviços por comando de voz no atendimento eletrônico. A coordenaria de TI avalia se o serviço será prestado por meio de uma unidade de resposta audível (URA) ou por reconhecimento de voz. “Queremos reduzir custos sem deteriorar o serviço ao cidadão”, diz Garda.
Paralelamente, está em desenvolvimento um toten (que funcionará nos moldes de um caixa eletrônico bancário). No equipamento, que será instalado em órgãos como Metrô, CPTM e postos de saúde, o cidadão poderá realizar alguns dos serviços oferecidos pelo Poupatempo sem a necessidade de se deslocar até um posto.
“A meta do governo com essas inciativas é reduzir, em dois anos, o volume de atendimento presencial nos postos”, informa Garda. Hoje, as 66 unidades do Poupatempo em funcionamento na Capital e em cidades do interior do Estado, atendem mensalmente uma média de 3,7 milhões de pessoas.
Programa Poupatempo
O Poupatempo é um programa do Governo do Estado, executado pela Diretoria de Serviços ao Cidadão da Prodesp – Tecnologia da Informação, que, desde a inauguração do primeiro posto, em 1997, já prestou mais de 453 milhões de atendimentos. Atualmente conta com 66 unidades instaladas na capital, Grande São Paulo, interior e litoral, além de seis postos móveis. Em 2015, foi eleito o melhor serviço público, em pesquisa divulgada pelo Datafolha.