AGRESTE, primeira ficção de Sérgio Roizenblit, será exibido no 27º Cine PE – Festival Audiovisual em setembro
Com produção de Sergio Roizenblit, Gustavo Maximiliano e Viviane Rodrigues, longa aborda intolerância e amor incondicional
Materiais: https://1drv.ms/f/s!AoFIbnq_EvW8iEVbGbim-MHoaaPE?e=Euzf4Y
O documentarista paulista Sérgio Roizenblit (O Milagre de Santa Luzia) apresentará sua primeira ficção AGRESTE no 27º Cine PE – Festival do Audiovisual, que acontece entre 4 e 9 de setembro. Esta será a première mundial do longa, que tem produção assinada pela Miração Filmes (SP), em coprodução com BR153 Filmes e SPCine. A distribuição nacional será da Pandora Filmes.
O roteiro, que participou do Lab Franco Brasileiro de Roteiros – Festival Varilux de Cinema Francês 2017, é uma adaptação da premiada peça homônima, do dramaturgo pernambucano radicado em São Paulo Newton Moreno, que assina o roteiro com Marcus Aurelius Pimenta. O filme se passa no interior do Nordeste e narra o conflito entre a intolerância religiosa e moral e uma história de amor e liberdade, protagonizada por um trabalhador rural, Etevaldo (Aury Porto), e Maria (Badu Morais), uma jovem prometida a um casamento arranjado.
Apaixonados, eles fogem juntos pelo sertão, e acabam se abrigando na casa de Valda (Luci Pereira), uma mulher extremamente religiosa, que vê Maria como uma filha. Porém, quando um crime passa a ser investigado na região, o romance entre Etevaldo e Maria é ameaçado.
O cineasta aponta que o tema central do filme é a intolerância. “A diferença confronta a intolerância quando as pessoas relutam em aceitar um amor incondicional. O contraste é construído desde a pureza e a inocência, a intimidade e a descoberta de novas formas de amor, à intolerância, ao preconceito violento e ao fanatismo. Esses temas formam a base do enredo e transformam o filme em uma fábula ambientada no ermo sertão nordestino, que, no entanto, remete também à modernidade, ao presente e a qualquer outro espaço”, explica.
O sertão surge, no filme, como uma força, praticamente, um mundo particular. “É um cenário visual, aparentemente, anacrônico que contrasta com a paisagem expandida: uma dádiva para a cinematografia do filme. Eu faço uso de um plano zenital, de uma distância muito acima da paisagem, como o ponto-de-vista de Deus dos personagens de um meio estéril e vazio. A paisagem é, portanto, um personagem do enredo, como já foi utilizada antes, tanto no Cinema Novo brasileiro como por diretores como Lars von Trier, em ‘Ondas do Destino’.”
Em AGRESTE, o cineasta explica que pretende honrar a humanidade das casas simples em uma paisagem inóspita. “Essa é a razão pela qual a cena de fuga nos lembra de filmes como ‘Vidas Secas’, de Nelson Pereira dos Santos, embora aqui o tema é diferente, pois revela a relação entre um ambiente árido, tanto natural quanto social, e uma história de amor invencível.”
O elenco principal e coadjuvante conta com atores de diversos estados do Brasil. A equipe de produção contou com profissionais de São Paulo (estado de origem da produção), Bahia e Pernambuco. As filmagens foram feitas em Curaçá e Juazeiro (BA), em 2019.
Nos teatros, a peça AGRESTE, que estreou em 2003, teve montagem dirigida por Marcio Aurelio Pires de Almeida, com público de mais de 300 mil pessoas, e ganhou os prêmios APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e Shell de melhor texto.
A produção é assinada por Gustavo Maximiliano, Viviane Rodrigues e Sergio Roizenblit, e codirigida por Ricardo Mordoch. A música original é composta por Dante Ozzetti.
O filme foi realizado com recursos públicos incentivados, através da Lei do Audiovisual e do Fundo Setorial do Audiovisual, administrados pela ANCINE, e com investimento da Sabesp, através do PROAC-SP, e da SPCine, através do Edital de Complementação de Produção de Longas-Metragens (2019).
A exibição do filme no CinePE será dia 6 de setembro (véspera do feriado), no Teatro do Parque, na cidade do Recife.
SINOPSE
AGRESTE é uma história de amor no Sertão brasileiro. Etevaldo é um trabalhador rural solitário e reservado, recém-chegado ao vilarejo. Encontra Maria, jovem de espírito livre, porém prometida em casamento a um senhor da vizinhança. Ambos se apaixonam e fogem. São acolhidos por Valda, uma senhora profundamente religiosa, que vê Maria como uma filha. Quando um suposto sequestro passa a ser investigado na região, Etevaldo teme que seu passado seja revelado.
FICHA TÉCNICA
Direção: Sérgio Roizenblit
Codireção: Ricardo Mordoch
Roteiro: Newton Moreno, Marcus Aurelius Pimenta
Elenco: Aury Porto, Badu Morais, Luci Pereira, Jaedson Bahia, Roberto Rezende, Mohana Uchôa, Terena França, Emilly Nogueira, Lidiane de Castro, Paulo Henrique Reis de Melo, Márcia Galvão, Hertz Félix
Produção: Gustavo Maximiliano, Viviane Rodrigues, Sergio Roizenblit
Produção Executiva: Gustavo Maximiliano, Upex, Viviane Rodrigues, Marina Puech Leão, Sergio Roizenblit
Direção de Fotografia: Humberto Bassanello
Direção de Arte: Laura Carvalho
Figurino: Diana Moreira
Maquiagem: Mari Figueiredo
Música Original: Dante Ozzetti
Trilha Sonora: Dante Ozzetti, Du Moreira
Som Direto: Phelipe Joannes, Pedro Garcia
Montagem: Olivia Brenga, Sergio Roizenblit
Música Original: Dante Ozzetti
Desenho de Som e Mixagem: Nicolau Domingues, A3pS
Consultoria de Roteiro: Gualberto Ferrari
Consultoria de Montagem: Gualberto Ferrari, Eduardo Serrano
Empresa Investidora: Sabesp
Apoio Institucional: Prefeitura Municipal de Curaçá (BA)
Apoio Cultural: Agrovale, Vinícola VSB, Hoteis Lazar (Juazeiro e Petrolina), Fazenda Caraíba
Gênero: drama
País: Brasil
Ano: 2023
Sobre Sérgio Roizenblit
Sérgio Roizenblit é fotógrafo e documentarista. Iniciou sua carreira na TV Educativa do Piauí, onde escrevia, produzia, dirigia e editava programas educativos. Sua criação diversificada inclui trabalhos exibidos em espaços de arte, como “Rede de Tensão” (Bienal de São Paulo). Seu primeiro documentário de longa-metragem, “O Milagre de Santa Luzia” (2009) foi premiado no Festival de Brasília, resultando na série homônima com três temporadas, um panorama sobre a música popular brasileira. Ele também dirigiu o longa documental “Médicos Cubanos” e as séries documentais “Arquiteturas”, “BR3” e “Habitar”, entre outras. Como diretor de fotografia, fez “Segundo Tempo”. Hoje é sócio diretor da Miração Filmes. AGRESTE é sua estreia na direção de longa-metragem de ficção.
Sobre a Miração Filmes
Com mais de 20 anos de atuação, a Miração Filmes (SP) é uma produtora audiovisual brasileira que exibe grande diversidade temática em filmes sobre o País, com produções sobre sustentabilidade, educação, terceiro setor, mobilidade e questões urbanas, questões raciais e de gênero, música, artes plásticas, moda, dança, teatro e religião, dentre outros.
Seu foco genuíno no Brasil e nas questões brasileiras está ancorado em uma sensibilidade extrema para as principais questões nacionais e de seu povo, o que é demonstrado em extensa lista de trabalhos de inflexão local, em todas as regiões brasileiras, com destaque para a Amazônia, o sertão nordestino e o Pantanal.
Possui um catálogo de mais de 300 filmes e 20 séries documentais realizados, incluindo produções exibidas em canais como GloboNews, Bandeirantes, TV Cultura, HBO, Futura, Canal Brasil, TV Brasil, Canal Curta, Cine Brasil TV e TV Sesc, entre outros, além de dez longas-metragens premiados em todos os grandes festivais de cinema do Brasil, incluindo Festival do Rio, Festival de Brasília e Festival de Tiradentes, entre outros. Destacam-se os longas “O Milagre de Santa Luzia”, “Solidão e Fé”, “Democracia em Preto e Branco”, “SLAM: Voz de Levante” e “Segundo Tempo”. Além das séries “Arquiteturas”, eleita melhor série documental da America Latina, “Transversal do Tempo”, “Móbilis”, “Habitar Habitat”, “Brasil 2050” que está na sua terceira temporada, entre outras.
A produtora realizou uma das séries mais longevas da TV Brasileira, “O Milagre de Santa Luzia”, com três Temporadas e 117 episódios, licenciada para diversos canais do País.
Com pontuação máxima na Ancine nas categorias TV e Cinema, a Miração Filmes conta com projetos em fase de desenvolvimento e captação de recursos, como os longa-metragem ficcional “Imortais”; os documentários “Nicolelis, Desafiando o Impossível”,”Batuque Diferente: 50 Anos das Quebradas do Mundaréu”; e as séries “Pedro Moraleida, a Canção do Sangue Fervente”, “Cooperação Amazônica com Rubens Ricupero”, “As Krianças do Cariri”, “Facas e Sangue na Cidade” e “Txai Macedo e as Diferentes Etnias”, entre outros.
Sobre a Pandora Filmes
A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil, revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square: A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho.
Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.
Voltar: http://www.jornalrol.com.br