Pietro Costa: 'Princípio e fim'
A beleza está no desvelamento
Da dor vem a libertação
Do isolamento, a união
É o ser enquanto acontecimento
A rosa é desprovida de espinhos
Apenas no platonismo de ideias puras
Enfeitado por jardins oníricos
E riachos cristalinos como a lua
Folhas voam ao vento de cada manifestação vivente
Corrente de ar, “dasein”, respiração movente
A potência como indeterminação, possibilidade latente
Dos fios de seda costurados, a larva erige sua morada
E após um sono pesado, revive como criatura alada
Borboleta em ato, sublime despertar da alma
Pietro Costa