Professor Rolim é saudado como novo acadêmico da Academia Paulista de Educação
O professor itapetiningano foi saudado pelo acadêmico Wander Soares
Nascido em Itapetininga, o professor Carlos Rolim Affonso é psicólogo, educador e administrador. Sua longa e frutífera experiência profissional, por mais de 50 anos na docência universitária, na prática profissional, na administração e na direção de órgãos públicos, é reveladora do seu expressivo legado: no Departamento de Águas e Esgoto do Estado de São Paulo (DAE), na criação do Instituto Henry Pieron, na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), entre outras entidades congêneres.
Acrescentam-se suas atividades na docência universitária e na criação dos primeiros cursos de especialização na área de recursos humanos. Ensejou oportunidades, antes inexistentes, para a preparação de pessoal com uma visão humana dos problemas empresariais. Foi expoente e é atuante nos cursos universitários nacionais e internacionais de Educação a Distância, além de ter sido um dos promotores da regulamentação da profissão do psicólogo no Brasil.
Fora do País, desempenhou, efetivamente, a função de Consultor da Organização Panamericana da Saúde (OPS) em missão oficial no Uruguai. O Acadêmico é autor de vários livros e artigos em jornais de prestígio dirigidos ao grande público nos quais tem focalizado a importância do fator humano nas organizações e na sociedade em geral.
Ele foi saudado pelo acadêmico Wander Soares. Eis, na íntegra, o discurso de saudação com que foi recebido na Academia Paulista de Educação dia 11 de maio último:
“Senhoras e Senhores;
Nesta memorável noite de outono, engalana-se a Academia Paulista de Educação para acolher e empossar um novo titular, o Professor Carlos Rolim Affonso, que ocupará a cadeira de número 24 cujo patrono é o Médico e Professor Álvaro Lemos Torres e seu último ocupante o Prof. José Sebastião Witter.
Com grande prazer fiz a indicação de seu nome para a posse efetiva desta cadeira, para a qual foi eleito com consagradora unanimidade.
Caro Confrade Prof. Carlos Rolim Affonso, dou-lhe as boas vindas em nome de todos os membros da Academia Paulista de Educação. Seja bem-vindo a esta Casa que o recebe fraternalmente de braços abertos e corações exultantes.
Caros confrades, senhoras e senhores;
Carlos Rolim Affonso construiu uma formidável trajetória pessoal desde Itapetininga onde nasceu e fez seus primeiros estudos até o ensino médio no Instituto Peixoto Gomide de onde saiu graduado em professor primário, no ano de 1951. Muda-se para a cidade de São Paulo e no ano seguinte e inicia seus estudos superiores graduando-se em Pedagogia na Pontifícia Universidade Católica. No mesmo ano em que se formou foi convidado em caráter excepcional a substituir o Prof. Dr. Ruy Aguiar da Silva Leme que pedira licença em função de suas atividades docentes na Politécnica da USP. Nesta interinidade continuou o Prof. Rolim a lecionar estatística na PUC por 25 anos, quando se aposentou. Em uma das peripécias típicas da época do governo militar, o Prof. Rolim ficou preso com seus alunos durante a invasão da PUC. Durante este período, ainda por indicação do Prof. Ruy Leme foi contratado pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Santos para lecionar Estatística e, uma vez por semana lecionava Educação Comparada na Faculdade de Filosofia de Sorocaba indicado que foi pela Profa. Maria Dulce Nogueira Garcez. Era grande a luta do jovem professor cuja família começava a crescer e sua capacidade de correr para trabalhar entre três cidades o estava esgotando. Novamente foi indicado por um de seus professores o Dr. Enzo Azzi para ser entrevistado pela Psicóloga Dra. Maria de Lourdes Campos Viegas com quem veio a trabalhar na implantação de um setor de Seleção e Treinamento de Pessoal do Departamento de Águas e Esgotos de São Paulo, depois absorvido pela atual Sabesp. Já Psicólogo foi nomeado Diretor de Pessoal e posteriormente, Assistente da Diretoria Administrativa daquela autarquia. Convidado pelo nosso confrade Arnold Fioravante, começa a colaborar com as Faculdades Metropolitanas Unidas-FMU. Em 1974 retorna às atividades técnico-administrativas na Sabesp de onde se transfere para a CESP onde permanece até 1993. Apesar de estar desempenhando funções administrativas, o chamado da educação era mais forte e durante este período participa da criação de uma Escola Infantil, onde atuou como Diretor Pedagógico por 15 anos, além de participar da fundação e direção do CIANET-Centro Interativo de Administração, Negócios e Telemática, iniciativa do Prof. Arnold Fioravante. Nesta época contratou vários professores e especialistas brasileiros e americanos da Universidade de Siracusa, NY com os quais foi formatado e executado o primeiro Curso de Especialização em Educação à Distancia em nosso país. Atuou ainda na organização de cursos e de escolas nas quais foi Diretor Pedagógico. Desta larga vivencia e com sua experiência educacional, surge uma expressiva produção intelectual concretizada nas obras: “A Necessidade de Medir Bem” compendio sobre avaliação produzido por solicitação do MEC e da Secretaria de Educação de São Paulo. As outras obras são: “Administração Moderna de Antigamente” de 1992. “Democratização da Cultura na era da Telemática”, de 2007. “Uma Vida, Muitas Lembranças” de 2012. “Mundo Digital e Educação Profissionalizante” de 2012. “ O Papel da Educação na Idade de Ouro” de 2013. “Educação de Qualidade – Educação nas Virtudes” de 2015. “Universidade – Fonte do Conhecimento” de 2016. Além de todas estas atividades profissionais, o Prof. Rolim participou de inúmeras bancas examinadoras, elaborou testes e pesquisas em importantes entidades como a Fundação Carlos Chagas, o Centro Paula Souza e outros. Durante toda sua vida profissional prevaleceu sempre a paixão pela educação, parte inerente de sua vida; toda uma vida dedicada a educar e a ajudar pessoas a progredirem em suas vidas através da educação. Nosso novo confrade é merecedor inconteste do reconhecimento de todos e ocupará permanentemente a cadeira 24 desta Academia Paulista de Educação. Tenho a honra e o prazer de saudá-lo nesta oportunidade. Esta efusiva congratulação faço-a extensiva a sua esposa Sra. Suely Maesano e também a seus 6 filhos, 18 netos e 6 bisnetos.
Seja bem-vindo Prof. Rolim, a Academia é sua Casa!”
São Paulo, 11 de maio de 2017.
Wander Soares
Celio Pezza: 'Dia do professor'
Célio Pezza – Crônica # 333 – ‘Dia do professor’
O Dia do Professor foi criado em uma pequena escola de São Paulo, em 1947. Mais adiante, passou a ser comemorado em todo o Brasil, em 15 de outubro.
Homenagem mais do que merecida a esses heróis que muitas vezes são desrespeitados e humilhados por alunos e pais que não querem nada da vida.
Deveria ser do conhecimento de todos que a Educação e a Cultura são os únicos caminhos para transformar uma nação e que, enquanto não tivermos uma boa educação e cultura, não sairemos desse limbo em que nos encontramos.
Infelizmente, vemos que o Brasil passou a ser o líder mundial em agressões e desrespeitos a professores. É triste, mas verdadeiro.
Em uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), feita entre 100 mil professores de 34 países, o Brasil ficou com um vergonhoso primeiro lugar em agressões a professores.
12,5% dos professores brasileiros alegaram ser vitimas de agressões verbais ou intimidações em salas de aula, pelo menos uma vez por semana.
Nessa pesquisa, a média mundial de agressões é de 3,4% e na Coréia do Sul, Malásia e Romênia, o índice é zero.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) confirmou essa triste realidade e divulgou um levantamento feito entre professores somente da rede estadual de ensino, onde 44% dos professores já sofreram algum tipo de violência dentro das escolas.
A presidente do APEOESP Maria Izabel Noronha, diz que esse problema é crescente e acaba com os professores ao longo do tempo.
De acordo com esse estudo, 42% dos professores afirmam já ter presenciado alunos sob o efeito de drogas e 30% observam tráfico de drogas nas dependências da própria escola.
Essa violência dentro da escola se reflete no grande numero de professores doentes e desmotivados por todo o Brasil.
Como disse o jornalista Alexandre Garcia, uma escola não é um depósito decrianças porque os pais estão trabalhando. Uma escola é o lugar mais importante de umpaís sério.
Um professor no Japão é chamado de “sensei” que se traduz como “mestre” e seguir a carreira de professor é um sinal de status na cultura japonesa.
No Japão, assim como em outros países, não existe uma data específica para homenagear os professores, pois eles são homenageados diariamente.
No Brasil, perto de 10% dos professores acreditam ser valorizados. Já em países como Cingapura, China e Coréia do Sul, esse reconhecimento e respeito atingem índices acima de 70%.
Como pretendemos nos tornar um país sério e de futuro, se tratamos com desleixo nossos professores?
Espero que os futuros governantes não só façam discursos, mas que realmente tracem uma politica para acabar com esse problema que está destruindo o nosso país.
Educação é tudo!
O professor tem que ser valorizado e respeitado de imediato.
Sem essa urgente mudança politica de base, o Brasil continuará sendo líder em calamidades.
Devemos nos lembrar das palavras de Arthur Lewis: Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retornogarantido.
Também D. Pedro II, Imperador do Brasil, disse certa vez: Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro.
Célio Pezza / Outubro, 2016
Artigo de Ivan Fortunato: 'Sobre a relação professor-aluno: lições do Chavo del Ocho'
“Não sou nenhum mestre-linguiça… sou Linguiça de sobrenome Mestre” (professor Girafales, in memoriam)
Ivan Fortunato
Sou professor do IFSP de Itapetininga, e o foco principal da minha atividade é lecionar futuros professores sobre técnicas, recursos, meios e propósitos desta profissão. Nesta semana do dia 15 de agosto, em meio às discussões necessárias para o desenvolvimento da disciplina de didática, tive um insight: sobre a relação professor-aluno – indispensável para a educação escolar que preza pela formação da cidadania plena – existe uma evidência silenciosa de que ela pode estar desgastada e, assim, não exercer sua função pedagógica esperada.
Tal evidência precisa ainda ser melhor compreendida, analisada, inventariada, testada… aí sim, pode ser qualificada como axiomática. No momento, é apenas uma eloquente constatação que decidi compartilhar. Trata-se da síndrome do mestre-linguiça. Síndrome é um conjunto de sintomas. Mestre-linguiça era a forma de tratamento dada pelo Chaves (do oito) e sua turma (Chiquinha, Quico, Nhonhô, seo Madruga etc.) ao professor que tinham na escola – provavelmente do terceiro ou quarto ano do que hoje seria o ensino fundamental, pois há indícios que as “crianças” teriam algo entre oito e nove anos e, além disso, o professor Girafales atuava como polivalente, tal qual um docente dos primeiros anos da educação básica.
Basicamente, os sintomas da síndrome do mestre-linguiça (SML) são: (1) os estudantes de determinada série/classe/escola cunham um apelido para designar determinado/a professor/a, seja por uma caraterística física (como a altura e a esbelteza do Linguiça o levariam a ser chamado de Mestre), um cacoete, um ritual, uma mania etc.; (2) os estudantes não usam mais o nome próprio para designar o/a professor/a; (3) a alcunha é mantida em segredo entre os pares que a criaram, jamais mencionando ao interessado que ele/a é assim chamado/a; (4) o apelido irá perdurar por toda a vida dos estudantes e este será o catalisador da maioria das memórias sobre as aulas e histórias do/a professor/a.
Nota-se que a síndrome do mestre-linguiça é consubstancialmente diferente do tratamento dado a um/a professor/a por um codinome amplamente divulgado e até preferido pelo docente. Quando isso acontece, há declarado respeito entre ambos: alunado e mestre. Não obstante, a SML parece denotar certa retaliação à aula, ou ao comportamento docente, seja pela severidade, autoridade, impaciência… ou às vezes até mesmo pelo que se conhece popularmente como “falta de didática” (esta parece ser algo que se desdobra em dois: falta de empatia entre grupo de estudantes e docente, ou dificuldade de comunicação entre ambas as partes, que leva à rejeição da ciência a ser ensinada).
Ao final, fica a sensação de que em algum momento da vida todos nós, professores, sofremos ou sofreremos da SML…
PRÊMIO LITERÁRIO DE LOGOSOFIA INCENTIVA REFLEXÃO SOBRE FORMATO DO ENSINO NACIONAL
Idealizado pela Fundação Logosófica, o concurso é voltado para docentes de todo país
O que é ser educador? Estimulando o desenvolvimento pessoal e profissional dos docentes, a Fundação Logosófica promove o Prêmio Literário de Logosofia. Destinado aos professores de todo o Brasil, o concurso visa apresentar conceitos mais amplos sobre a vida, a forma de ensinar e aprender, revolucionando o formato do ensino nacional. Com inscrições abertas até 31 de julho de 2016, os interessados devem elaborar uma redação baseada no livro “O Mecanismo da Vida Consciente”, de autoria de Carlos Bernardo Gonzáles Pecotche. O texto produzido deve conter apenas uma lauda, abordando o que extraiu da leitura.
Incentivando a reflexão sobre o processo de aprendizado, apostando na ciência da Logosofia, o concurso avaliará a redação de acordo com os critérios: criatividade, coerência, objetividade, clareza e adequação ao tema. Serão premiados os 10 primeiros colocados. O vencedor da competição será agraciado com um carro zero Km. O 2º e 3º lugar ganharão, respectivamente, um MacBook Pro e um MacBook Air. Já os demais receberão um Iphone 6. A divulgação dos resultados acontecerá na Cerimônia de premiação, no dia 15 de outubro, no Rio de Janeiro.
Segundo o coordenador do concurso e docente de Logosofia, Marco Cohen, este método é capaz de modificar essencialmente o ser humano e oferecer a possibilidade de vislumbrar novos horizontes. “Essa leitura propicia o despertar para uma realidade sutil que transcende às questões puramente materiais ou utilitárias da vida, mas que é tão ou mais palpável quanto qualquer assunto relacionado aos conhecimentos a que se teve acesso até hoje”, ressalta o profissional.
Oriunda da união entre os vocábulos gregos “Logos” e “Sophia”, a Logosofia significa a Ciência da Sabedoria. Partindo da premissa que os indivíduos são o resultado do que pensam e fazem, este ensinamento confere a cada pessoa toda a responsabilidade do que acontece em sua vida. Transcendendo os aspectos materiais e superficiais, o método Logosófico tem como preceito básico o lema: “aquele que almeja alcançar a ser o que não é deverá principiar por deixar de ser o que é”. A Pedagogia Logosófica visa à formação integral do ser humano, isto é, a atendê-lo e educá-lo em sua configuração biopsicoespiritual. Mais informações pelo site: http://www.premioliterario.logosofia.org.br/
Artigo de Celio Pezza: 'Dia do Professor'
Dia do Professor, por Célio Pezza
Em 15 de outubro de 1827, D. Pedro I, Imperador do Brasil, baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil e dizia que todas as cidades deveriam ter escolas com esse tipo de ensino.
Este decreto também falava sobre as matérias básicas, sobre como os professores deveriam ser remunerados e sua importância para o desenvolvimento do país. Se esse decreto tivesse sido cumprido na sua essência até os dias atuais, o professor seria muito mais valorizado, respeitado e ser um professor seria um grande motivo de orgulho, como deveria ser.
Enfim, gostaria de fazer uma homenagem a todos os professores e escolhi uma historinha bem humorada, de um autor desconhecido, que mostra como seria o Sermão da Montanha, em uma versão brasileira bem atual.
Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e pediu aos seus discípulos que se aproximassem. Ele os preparava para serem os futuros educadores, capazes de transmitir a Boa Nova a todos os homens. Tomando a palavra, disse-lhes:
Em verdade, vos digo: Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque eles…
Pedro o interrompeu: Mestre, vamos ter que saber isso de cor?
André perguntou: é para copiar?
Felipe lamentou: Esqueci meu papiro!
Bartolomeu quis saber: Vai cair na prova?
João levantou a mão: Posso ir ao banheiro?
Judas Iscariotes resmungou: O que a gente vai ganhar com isso?
Judas Tadeu defendeu-se: Foi o outro Judas que perguntou.
Tomé questionou: Tem uma fórmula para provar que isso está certo?
Tiago Maior indagou: Vai valer nota?
Tiago Menor reclamou: Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.
Simão Zelote gritou nervoso: Mas porque não dá logo a resposta e pronto?
Mateus queixou-se: Eu não entendi nada! Ninguém entendeu nada!
Um dos fariseus, que nunca tinha ensinado nada a ninguém, perguntou a Jesus: Isso é uma aula? Onde está seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos?
Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus: Exijo a aprovação da maioria da turma, para que os índices de aprovação comprovem os resultados de nosso ensino de qualidade.
E foi nesse momento que Jesus disse: Pai, por que me abandonastes?
*Célio Pezza é colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo. Saiba mais em www.facebook.com/celio.pezza
————————————————————————————————————————
Sobre Célio Pezza
O escritor Célio Pezza, 64 anos, iniciou a carreira de escritor em 1999, movido pela vontade de levar as pessoas a repensarem o modelo de vida atual dos seres humanos. Seus livros misturam realidade e suspense, e Celio já tem 8 livros publicados, inclusive no exterior, e é colunista colaborador de dezenas de jornais e revistas por todo o país. Saiba mais em: www.facebook.com/celio.pezza