Ranielton Dario Colle: 'Somos boas pessoas?'

Ranielton Dario Colle: ‘Somos boas pessoas?’

– … agora dorme meu filho, amanhã é outro dia!

– Mas pai, o Sr. acredita em Deus?

– Como é que eu vou saber? Ele nunca falou comigo!

– Ah, engraçadinho, eu perguntei se você acha que ele existe, porque você nunca vai à missa comigo, a mamãe e as minhas irmãs…

– Tá bom… olha filho, você ainda é muito novo para entender essas coisas. Mas eu não sei mesmo se ele existe ou não. Só que isso não deveria mudar o comportamento das pessoas, né? Quer dizer, eu não devo me pautar na existência dele para saber o que é certo ou errado, não é mesmo?

– O que é pautar?

– É… bem, o que eu disse é que eu não devo depender de Deus para saber o que é errado.

– Como não, papai? Se Deus não existisse, nada seria errado, e eu poderia fazer de tudo o que eu quisesse!

– Não é bem assim, né filho? Você gostaria de magoar a sua mãe?

– Ah, pai, uma coisa é eu gostar de fazer outra é eu poder fazer…

– Agora você já está filosofando…

– O que é filosofar?

– Olha, supondo que Deus não existe, talvez você até possa fazer qualquer coisa, mas não deve né? Já pensou como seria o mundo se todo mundo fizesse o que quisesse sem se importar com os outros? Vamos fazer o seguinte… você dorme agora, e eu te prometo que outro dia a gente retoma esta conversa…

Quanto tempo se passou desde daquela época? Eu tinha seis anos de idade e estava num quarto de hospital depois de ter acordado de um coma de sete dias… Hoje, com quase quarenta e dois anos de idade, não tenho mais o meu pai para terminar essa conversa comigo, e essa, se Deus existe ou não, é uma resposta que eu ainda não tenho…

Naquela época, enquanto eu estava num quarto de hospital, meus pais se revezavam para passar a noite comigo e, embora eu e minha mãe sempre fizéssemos as orações antes de dormir, com o meu pai era diferente. Mesmo quando orávamos, parecia que ele o fazia mais por um pedido de minha mãe do que por acreditar realmente em algo e foi por isso que aquela noite eu perguntei se ele acreditava mesmo em Deus.

Sim, meu pai e eu nunca mais falamos sobre aquilo, afinal eu tinha seis anos e, como qualquer outra criança dessa idade, tinha preocupações mais urgentes para me debruçar… e meu pai, é claro, também!

Com seis anos a gente se interessa por quase tudo com uma grande facilidade, e se desinteressa da mesma forma. Meu pai era meu ídolo e, portanto, era uma referência para mim, que passei a encarar as orações antes de dormir como algo desnecessário, quase que feminino eu diria. As orações passaram a ser algo que, a meu ver, era mais apropriado para as mulheres.

Ontem, todavia, eu estava conversando com um amigo em um café quando essa conversa veio a tona… “Se Deus não existe, então tudo é permitido”, ele falou, citando um filósofo. E eu  imediatamente, sem refletir, rebati sua fala: “Pode até ser, mas meu comportamento não deve ser pautado na existência ou não de Deus”.

Eu não sei como aquela frase ficou por tantos anos em meu inconsciente. Porém, depois, me dei conta de que ela tem guiado minhas ações desde então. Não é porque Deus existe que eu devo ser um tipo de pessoa e não outro. Não é a existência, ou não, de Deus que vai fazer que eu tire vantagem dos outros; e também não é porque Deus existe que eu devo ser uma boa pessoa e tratar bem os outros. Não, isso não importa para que eu defina que tipo de pessoa eu devo ser…

Acredito mesmo que tudo é uma questão de ter ou não empatia ou, sei lá, de saber que eu não gosto de sofrer e sentir dor e, portanto, também não devo querer fazer com que as pessoas sofram…

Mas, no meu caso pelo menos, isso também pode ser só uma questão estética: acho que as pessoas felizes são mais belas e agradáveis de conviver do que as pessoas infelizes. E eu me sinto bem entre pessoas felizes e não gosto de estar entre pessoas infelizes e mal humoradas… então, sim, pode ser por um motivo totalmente egoísta que eu me comporte de forma a querer o bem de todos. Mas, sem dúvida nenhuma, isso não tem nada a ver com Deus.

Esses pensamentos me vieram à cabeça logo depois daquela conversa com o meu amigo. E me fizeram ter saudades de meu pai, uma pessoa fantástica que, não obstante sua pouca educação formal, me ensinou as coisas mais importantes que uma pessoa deve saber acerca da vida.      Infelizmente, porém, ele partiu cedo desse mundo, e ele também magoava as pessoas, não por querer magoar, mas porque a vida é algo muito estranho e, embora não tenhamos a intenção, fatalmente acabamos ferindo os outros. E por quê? Porque não somos iguais, temos sensibilidades diferentes, dependemos de coisas diferentes para sermos felizes e, às vezes, nossa carência exige do outro que ele nos dê mais do que ele pode ou tem. E isso, de certa forma é trágico.

Então, independentemente da existência de Deus, ficou para mim outra pergunta: o que nos torna uma boa pessoa? ‘Meus atos!’ é a primeira resposta que vem à minha mente… mas, se meus atos são dirigidos por intenções puramente egoístas ainda que eu não faça mal a ninguém, pelo contrário, ainda assim posso ser considerado uma boa pessoa?

Pois bem, dado essas dúvidas sinceras que volta e meia perpassam por minha alma, não posso dizer que sou uma boa pessoa e penso que, seguindo essa linha de raciocínio, todas as religiões acabam por prestar um grande desfavor às pessoas ao colocar a bondade como um caminho para se obter algo (o Céu), ou se fugir de algo (o Inferno).

E isso, de certa forma, é terrível, pois não deixa com que a pessoa religiosa verdadeiramente saiba se é boa ou apenas um trabalhador em busca de uma recompensa no Paraíso ou um covarde com medo do Inferno.

Para além de todos os clichês, no entanto, acreditando na natureza egoísta de nosso instinto de sobrevivência, talvez no fundo, para a sociedade, em termos pragmáticos, não importe o que te torna aparentemente uma boa pessoa, desde que o seja, pois é isso que permite com que continuemos a conviver uns com os outros e evoluirmos enquanto espécie…

Dito isso, você acredita que é uma boa pessoa? E por quê?

 




Ranielton Dario Colle: 'Um lapso Marina…'

Ranielton Dario Colle: ‘Um lapso Marina…’

– Oi – disse Marina olhando em meus olhos com seu jeito casual, e “oi” eu lhe respondi de forma indiferente e quase rude… A verdade é que eu estava cansado, há uma semana que não dormia direito e não tinha paciência para conversar com ninguém, por mais que eu gostasse da pessoa. E eu gostava de Marina, gostava não como mulher, mas, sem dúvida, como uma amiga, quase que como uma irmã…

Era um fim de tarde nublado e não me recordo direito se era uma sexta-feira ou a véspera de um feriado. Porém eu jamais imaginaria que aquele “oi”, daquele fim de tarde, seria o último que trocaríamos em nossas vidas.

Lembro de sua expressão vívida, e de sua felicidade ao me ver expressada em seu rosto através daquele simples oi; felicidade essa que murchou ante a minha apatia e aparente indiferença. E ela era uma amiga tão intima, tão querida…

Será que, se eu soubesse que nunca mais nos veríamos, teria agido diferente? Eu não sei… É provável que eu me esforçasse para parecer mais simpático, só que a evidente falta de assunto provocada pelo meu cansaço mental não deixaria a conversa ir muito mais longe.

O consolo? Depois de cumprimentá-la na padaria, onde sempre passava todos os fins de tarde para comprar pão, fui direto para casa e não fiz outra coisa se não cair na cama, e dormir…

Sabe aquela sensação gostosa de sono, que você acorda e volta a dormir várias e várias vezes e, cada vez que você acorda, parece que está em uma outra dimensão? E então vai tendo esses sonhos que se revelam sagas e que faz com que você simplesmente não queira mais acordar? Sim… sabe essa sensação entorpecida e de prazer que te prende na cama e faz com que você durma muito mais do que seria o saudável, e que ainda queira dormir mais? Sabe essa sensação? Ela não me largava!

E quando eu finalmente venci a batalha com a cama, já era fim de tarde, embora eu pensasse que ainda era de manhã.

Quando eu levantei, após lavar o rosto inchado de tanto dormir, decidi sair de casa, caminhar, andar pelas ruas, que eram as mesmas ruas de sempre.

Após caminhar um pouco percebi, não obstante, que tudo parecia tão diferente, e que, de alguma forma, estava tudo igual. Eu fiquei com essa sensação confusa, com um certo mal estar: Havia uma aura estranha nas coisas. As pessoas conhecidas com as quais eu cruzava me cumprimentavam, e sorriam, todavia pareciam diferentes e eu não sabia explicar o porquê.

Você leu, ou assistiu ao filme “Os Invasores de Corpos”, de Jack Finney? Então… a sensação que eu tinha era parecida com a do protagonista no começo. Como se as pessoas continuassem a ser as pessoas mas, ao mesmo tempo, não fossem mais elas! Por um instante parei, fechei os olhos e respirei fundo: “Será que estou enlouquecendo?”, pensei… Só que não tinha lógica para isso, eu não tinha feito nada diferente no dia anterior, eu nunca usara nenhuma droga pesada em minha vida, só tomava álcool socialmente e, ainda assim, detestava os destilados…

Continuei a andar, e tentei prestar atenção nas ruas para ver se notava alguma diferença, afinal eu conhecia aquela cidade como a palma da minha mão. Eu andara por ela durante os últimos dez anos de minha vida. Então eu a conhecia, não? Não… na verdade descobri que não é tão fácil perceber as coisas assim. A gente pensa que está vendo tudo todos os dias, mas só vê é o que já está acostumado e não presta muita atenção nos detalhes; pelo menos não até algo nos chame a atenção e nos obrigue a ver. Tem uma explicação para isso: o nosso cérebro é superotimizado, ele não perde tempo analisando informações que não são relevantes no dia a dia, porque se ele fosse fazer isso o nosso processo de tomada de decisões seria muito mais lento e cansativo, e talvez só ocorresse quando já fosse muito tarde para qualquer coisa… É como em uma partida de xadrez, por exemplo, enquanto um computador normal analisa todas as jogadas possíveis mesmo aquelas mais absurdas e sem sentido, a nossa mente ignora essas e pensa apenas nas jogadas que tem nexo.

Por isso eu olhava e não notava nada de diferente na rua: pode ser que uma placa aqui e outra ali, a cor de um letreiro… mas tudo isso poderia ter sido trocado há dias e eu não percebera antes por não prestar atenção…

 

– Ei cara? Ei cara? Está tudo bem? Desculpe… eu não vi você, só que você deveria prestar mais atenção nas coisas né?

– Ãh? O que? Onde eu estou?

– Na rua Expedicionários, como assim? Você… está tudo bem?

– Não, desculpa… eu tenho que ir para casa…

– Olha, eu esbarrei sem querer em ti e você desabou… precisa de ajuda?

– Não tudo bem… eu vou indo

– Você bateu a cabeça tem certeza de que está Ok?

– Tenho, claro, obrigado…

 

 

Havia um canteiro de rosas na praça, e eu gostava delas, não de colhê-las e levar para casa, não, eu gostava delas ali, vivas, enfeitando a cidade feia e morta.

Quando cheguei em casa e abri a porta, Marina estava ali e sorriu para mim:

– Chegou mais cedo hoje? Assim não vale, estragou a surpresa! – e me deu um beijo. Eu fiquei perplexo! O que ela estava fazendo ali? E por que parecia diferente? Por que beijara a minha boca? Ela estava alguns anos mais velha e, ao mesmo tempo, mais bonita. E eu senti uma vontade irresistível de pegá-la e carregá-la até o meu quarto, beijá-la novamente e fazer amor: “Mas não… Pára! O que está acontecendo?” – pensei comigo mesmo e reagi:

– Cheguei sim Marina, mas o que você está fazendo aqui?

– Como assim? Você não está feliz porque eu voltei de viagem mais cedo?

– Não é que… eu te cumprimentei ontem na padaria e depois…

– Amor, para de brincadeira, você está me assustando… eu fiquei uma semana fora, e para mim parece que foi um mês, de tanta saudade que eu estava sentindo!

Foi então que percebi a aliança em seu dedo e olhei instintivamente para minha mão percebendo que nela também havia uma. Esse foi o primeiro erro que eu notei no quadro, como num jogo de sete erros, como eu não havia notado antes? Havia um porta-retratos com uma foto da gente, dela com vestido de noiva… ela… ela era minha esposa! E eu não conseguia entender mais nada…

 

 

– Ei cara! Ei… tudo bem com você? – disse o homem de terno parado à minha frente.

–Ã… ãh? Não, sim, tudo bem, eu vou indo. Obrigado.

 

Quando eu tive o apagão? Era difícil dizer, no entanto, foi como se eu acordasse em um lugar diferente com pessoas diferentes e que eram as mesmas… A última coisa que eu me lembrava ao certo era de ter dado oi para a Marina na padaria, e eu tenho certeza de que a gente nunca trocou nem mesmo um beijo. Ela era como uma irmã para mim, uma amiga e confidente, e agora ela estava casada comigo! E deve ter percebido que eu estava estranho… tudo que eu pensei em fazer foi ir até a padaria e tentar reconstituir aquele dia que, eu tinha certeza, tinha sido ontem… mas a padaria era agora uma farmácia… quanto tempo havia se passado?

 

– Ei amor… eu queria te fazer uma surpresa ontem!

– Eu sei… desculpa tá, é que está tudo tão… tão estranho… não sei o que aconteceu com o mundo, ou comigo… o que houve com aquela padaria da rua Expedicionários?

– Ah, para de fazer graça comigo, sério, você está me assustando.

– Não, desculpa, mas eu preciso que você me diga…

– Como você sabe há quase dez anos seu dono faleceu e eles fecharam… ficou fechado por uns dois anos até que abriram uma farmácia ali… mas porque isso agora? O que é que está acontecendo?

– Marina – eu disse – eu acho que estou enlouquecendo – e lágrimas começaram a rolar de meu rosto  – Em que ano nós estamos?

– Em 2017… – disse ela ainda sem conseguir assimilar o que eu estava falando… 2017, eu estava em 2005, minha memória era de sair daquela padaria em junho de 2005. Então, notei pela primeira vez também que todos os móveis e toda a decoração de meu apartamento estava diferente, e pela janela vi prédios que não existiam antes, e quis muito que a Marina fosse só aquela Marina que era minha amiga e confidente para que eu pudesse desabafar com ela, mas aquela Marina não existia mais, e eu nunca mais a veria…




Ranielton Dario Colle: 'O rio'

Ranielton Dario Colle: ‘O rio’

Eu seguia pelo mato fechado. Estava escurecendo, e eu tinha medo, mas tantos outros lá atrás dependiam de mim…

Às vezes, não obstante, tinha vontade de desistir. O facão na mão ia abrindo caminho, mas estava cada vez mais difícil de enxergar as coisas à minha frente, e o barulho dos bichos da floresta começavam a me dar medo: se eu não visse uma cobra e a pisasse sem querer, ou se alguma onça faminta se aproximasse, eu estaria perdido! Ou melhor, nós estaríamos perdidos… eu, minha esposa e as crianças que havia deixado no acampamento com a caravana, quilômetros atrás quando sai à procura de água.

Decidi então tentar colocar fogo em um galho para iluminar o caminho e espantar as bestas selvagens, o que consegui ao cabo de meia hora. Eu poderia ignorar os barulhos estranhos, mas não poderia ignorar os bugres que talvez encontrasse, e já estava arrependido de não haver trazido comigo nem mesmo um mosquete carregado. Porém, tínhamos pouca munição e pólvora, e precisávamos economizar…

Além disso, para as outras coisas que mexiam com a minha cabeça de forma incontrolável e que eu já havia ouvido falar como o Boi Tatá, o Saci, e o Negrinho do Pastoreio parecia que nossas armas eram inúteis.

Isso porque, muito embora eu seja um homem de ciência, a escuridão da mata e o pio das corujas, misturado a toda espécie de sons desconhecidos e súbitos, me assustavam e eram capazes de atiçar minha imaginação; os sons coincidiam com o dos tantos relatos que já ouvira acerca dessas criaturas fantásticas.

Então, como eu disse, eu sou um homem da razão e do intelecto, um devoto da ciência e da história, todavia, por via das dúvidas, sou também um homem católico e temente a Deus, como todo homem decente, e por isso trazia comigo o crucifixo benzido pelo bispo e que abençoara nossa viagem ao novo mundo, além de uma garrafinha de água benta: afinal nunca se sabe quando o demônio ou um negro pode se pôr em nosso caminho.

Com o galho em chamas na mão como uma espécie de tocha, decidi seguir em frente pois estava muito escuro para voltar e eu poderia me perder facilmente, pois era uma noite escura onde a lua e as estrelas se recusavam a dar as caras. O melhor que eu tinha a fazer era encontrar um descampado, juntar uns galhos, fazer uma fogueira que espantaria os seres selvagens e desconhecidos dessa terra, e tentar dormir…

Seguindo meu plano, após ter-me ajoelhado e rezado pedindo a proteção divina, eu me deitei e tentei dormir. Sonhos difusos misturavam os meus primeiros anos na terrinha, a fome, as histórias que ouvia de meus pais sobre a grande peste que seus antepassados testemunharam e todas as promessas ouvidas por gerações acerca de um novo mundo que estávamos começando a construir. Lendas e verdades.

Acordei com um pedaço de galho me cutucando. Abri os olhos. Lá estava ela, com sua pele amarelada e um sorriso inocente. Ao seu redor, outros como ela, de ambos os sexos e expondo suas vergonhas, jovens e belos, me viam e riam. Falavam em um idioma que eu não podia compreender, no entanto não pareciam ameaçadores. Eram bugres. E apesar de sua cordialidade me levaram prisioneiro até um amontoado de construções rústicas de onde eu conseguia ouvir um barulho de água corrente. Um rio. Estávamos próximos de um rio. Eu precisava voltar e buscar os outros!

Uma fogueira! Uma ideia! Eu não consigo tirar os olhos dela. Essa bugrinha me enfeitiçou… passaram os dias, as semanas, eu era seu prisioneiro e ela olhava para mim e ria. Ficamos juntos. E fizemos um sexo selvagem como o das bestas e dos animais do campo, sem nenhuma palavra entre nós. Só nós, nossos corpos dentro de uma daquelas ocas. Gemidos e grunidos. E seu sorriso encantador. E quando acabou eu tive tanto prazer que acreditei que o demônio tivesse possuído a minha alma. Eu precisava fazer alguma coisa, me redimir. Então, a empurrei para longe de mim e sai correndo, nu.

Quando acordei estava no acampamento da caravana:

– Oi amor, está se sentindo melhor?

– Hã? Onde eu estou?

– No acampamento, você não lembra?

– Não… quanto tempo eu fiquei fora?

– Só uma noite… você chegou correndo e febril no amanhecer no dia seguinte ao que saiu

– Não é verdade amor, você está delirando há dias. As crianças estavam preocupadas.

– Bem… de qualquer forma eu sei onde fica o rio, amanhã vamos reunir os outros e partiremos.

– Graças a Deus! Estamos todos ficando sem água, alguns dos outros saíram, mas não encontraram nada e ficaram com medo de ir mais longe por causa do que aconteceu contigo… vou lá falar com os outros. Descanse mais um pouco, querido. Depois eu trago as crianças.

Então eu fechei os olhos e a vi sorrindo para mim, aquela bugrinha linda, aquela diaba que enfeitiçou meus sonhos. No dia seguinte fomos até o rio…




1º Almoço dos Colunistas do ROL

Participaram do 1º ALMOÇO DE COLUNISTAS DO ROL,
dia 11/03/17 no Restaurante Sabina, em Sorocaba

 

– Adriana Rocha – escritora, professora especialista em Conciliação e Mediação, com vários livros publicados

– Ana Elisa Bloes Meirelles de Arruda e Miranda – advogada, artista plástica, artesã professora de scrapbook

– Aparecido Gonçalves Viana – escritor, poeta, presidente do Coesão Poética de Sorocaba, colunista do ROL

– Élcio Mário Pinto – escritor premiado, autor de vários livros publicados, membro da Academia Votorantinense de Letras, colunista do ROL

– Geraldo Bonadio – jornalista, escritor, presidente da Academia Sorocabana de Letras, colunista do ROL

– João Francisco Brotas – escritor, membro da Academia Votorantinense de Letras, vice-presidente do Gabinete de Leitura de Sorocaba, colunista do ROL

– Jorge Facury – escritor, palestrante, ufólogo, colunista  do ROL

– Jorge Paunovic – escritor, presidente da Academia Itapetiningana de Letras, colunista do ROL

– Maria Clara Diniz da Costa – advogada

– Nicanor Filadelfo Pereira – escritor, poeta parnasiano, membro do ‘Coesão Poética’ de Sorocaba, colunista do ROL

– Osvaldo de Souza Filho – o maior colecionador de fotos antigas de Itapetininga, é referência cultural na região, colunista do ROL

– Ranielton Dário Colle – escritor, colunista do ROL

– Reinaldo Canto – jornalista ambiental, consultor, palestrante e professor especialista em sustentabilidade, colunista da Carta Capital e do ROL

– Sergio Diniz da Costa – escritor, revisor, palestrante, colunista e editor regional do ROL

– Silvana Lucarelli – professora

– Sônyah Moreira – escritora, colunista do ROL

– Walquiria Paunovic – artista plástica, restauradora de obras de arte, colunista do ROL