Abraps terá participação destacada na Virada Sustentável 2018

Além da entrega do Prêmio Abraps, outras atividades serão desenvolvidas ao longo dos três dias do evento. Confira:  

 

Do dia 23.08, quinta-feira, até dia 25.08, a Abraps – Associação dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável irá realizar diversas ações durante a realização da Virada Sustentável na cidade de São Paulo.

23.08, quinta-feira

No teatro da Unibes Cultural às 19:30hs será entregue o Prêmio Abraps aos profissionais que tem se destacado em suas atividades para o avanço do desenvolvimento sustentável em nosso país.

Esta será a 3ª edição do Prêmio Abraps e serão contemplados profissionais com atuação em quatro categorias alinhadas aos ODS que são: (3) Boa saúde e Bem estar; (7) Energia Acessível e Limpa; (8) Emprego Dígno e Crescimento Econômico; (15) Vida sobre a terra – Proteger.

24.08, sexta-feira

Das 10hs ao meio-dia será realizada a 1ª Roda de Conversa – Soluções para Gestão de Resíduos Orgânicos, na Vila Butantan, com a participação de especialistas no tema.

Na mesma sexta-feira à tarde (das 15:30hs às 19hs) na Unibes Cultural vai acontecer a 6ª Reunião Temática da Abraps espaço mensal da associação para networking dos profissionais, novos interessados em conhecer a Abraps e apresentação de cases variados com temáticas de desenvolvimento sustentável.

 25.08, sábado

No último dia de participação da Abraps das 10hs ao meio-dia na Vila Butantan vai acontecer o Café com Impacto, com Juliana Zelauy que vai falar sobre o tema: Você sabia que trabalha pelo Desenvolvimento Sustentável?

 

Prêmio Abraps irá contemplar profissionais que atuam em prol do Desenvolvimento Sustentável  

Neste ano a Associação premiará os destaques em quatro ODS

 

No próximo dia 23.08, quinta-feira às 18h00, na Unibes Cultural, durante a realização da Virada Sustentável na cidade de São Paulo, a Abraps – Associação dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável estará homenageando profissionais que tem se destacado em suas atividades para o avanço do desenvolvimento sustentável em nosso país.

Esta será a 3ª edição do Prêmio Abraps Virada Sustentável e serão contemplados profissionais com atuação em quatrocategorias alinhadas aos ODS que são: (3) Boa saúde e Bem estar; (7) Energia Acessível e Limpa; (8) Trabalho Decente e Crescimento Econômico; (15) Vida Terrestre.

As escolhas do Prêmio Abraps

Prêmio é uma iniciativa da Abraps em parceria com a Virada Sustentável e anualmente homenageia os profissionais de reconhecida atuação em favor dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) com o propósito de empoderar, reconhecer, revelar e divulgar os profissionais que impactam o desenvolvimento sustentável. O Prêmio tem como missão reconhecer boas práticas e histórias de vida para inspirar mais pessoas a se engajarem como profissionais pelo desenvolvimento sustentável.

Entre os dias 01 e 06 de agosto de 2018 os associados Abraps e colaboradores da Virada Sustentável realizaram as indicações de profissionais que se destacaram em suas iniciativas pelo desenvolvimento sustentável, formando uma lista de profissionais de destaque para cada uma das 04 (quatro) categorias elencadas neste ano. Já de 07 a 15 de agosto a seleção dos homenageados foi realizada a partir da composição de votos da Comissão Julgadora, formada por participantes do Conselho da Abraps e da Virada Sustentável.

Homenageados

ODS3 – Saúde e Bem Estar

João Paulo Nogueira Ribeiro e Rubem Ariano

O mineiro João Paulo vive em São Paulo já há alguns anos, mas foi no convívio familiar que aprendeu a gostar de gente, de cuidar dos outros. Com 25 anos, se formou médico e, no convívio com colegas e professores, percebeu que muitos profissionais da saúde  realizam atendimentos gratuitos por conta própria (e os que não fazem adorariam fazê-lo). Foi a partir daí que surgiu a ideia de organizar o esforço de tanta gente em uma grande rede de voluntariado humanizado, que parte do princípio de que toda pessoa merece cuidado e respeito. Encontrou o parceiro ideal para lhe acompanhar neste sonho e, em 2012, nasceu o Instituto Horas da Vida. Hoje, além de cuidar do Instituto, ele atende em seu consultório e é Assistente da Disciplina de Medicina Baseada em Evidências na Escola Paulista de Medicina-UNIFESP.  – https://www.linkedin.com/in/joaopaulonogueiraribeiro/

Rubem Ariano é de Lins, interior de SP e vive na capital há 25 anos onde aprendeu muito sobre o mercado financeiro. Trabalhando em uma gestora de fundos de investimento, ele teve oportunidade de conhecer pessoas, fazer alianças e criar produtos novos. Há 5 anos, porém, por considerar ter concluído um ciclo profissional  decidiu repensar o propósito do seu trabalho para poder atuar mais em prol das pessoas. Após um tempo de reflexão, conheceu João Paulo  e, juntos, tiveram a oportunidade de criar algo único, que os tem realizado e que faz a diferença na vida de quem precisa. – https://www.linkedin.com/in/rubem-ariano-10b4081/

O Instituto Horas da Vida nasceu assim, como uma solução para que, de maneira organizada, mais pessoas tenham acesso à saúde. Hoje, levam atendimentos a 10 Instituições, com mais de 30.000 pessoas, em São Paulo e Curitiba. – http://www.horasdavida.org.br/

ODS 7 – Energia Limpa e Acessível

Alfredo Moser

Nascido em Uberaba, Minas Gerais, Alfredo é conhecido por ter inventado em 2002 a Lâmpada de Moser (Lâmpada de garrafa Pet, litros de luz). Só concluiu o ensino fundamental e mesmo as já exportou sua criação para 15 países, entre eles, Filipinas, Bangladesh, Índia, México e Colômbia. A ideia de sua invenção é simples: com uma garrafa de plástico, água e água sanitária, funciona por meio da refração da luz solar; aproveitando dessa forma a luz natural exterior para iluminar o ambiente interno. A intensidade da Lâmpada Moser é de aproximadamente 60 watt e não emite CO2. Em 2011 a ideia foi adotada pela entidade beneficente filipina MyShelter, que a transformou em um projeto chamado “Liter of Light”; como resultado a denominada “lâmpada de água” se espalhou por um milhão de casas em mais de quinze países deficientes em iluminação pública.

https://www.dw.com/pt-br/a-ideia-de-um-brasileiro-que-iluminou-o-mundo/av-18707594

ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico

Adriana Barbosa

Presidente e idealizadora do Instituto Feira Preta Adriana é formada em gestão de eventos com especialização em gestão cultural pelo Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação (CELACC) da ECA – USP. Há 15 anos Adriana percebeu que, enquanto a economia brasileira se desenvolvia, também se desenvolvia o poder do “Black Money”, que nada mais é do que o dinheiro produzido por negros e negras e que circula entre negros e negras. Parecia uma ideia óbvia, mas até então não tinha sido devidamente trabalhada, ou seja, um empreendimento econômico-cultural com caráter étnico. Com pouco mais de 20 anos de idade ela criou a maior feira de cultura negra da América Latina, a Feira Preta, que é o espelho vivo das tendências afro-contemporâneas do mercado e das artes, além de ser o espaço para valorizar iniciativas afro-empreendedoras de diversos segmentos.

O Instituto Feira Preta faz o mapeamento do afro-empreendedorismo no Brasil e atua como acelerador e incubador de negócios negros, além de articuladores do Black Money e promotores de educação empreendedora. As atividades do instituto estão distribuídas em todo o território brasileiro, especialmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Distrito Federal e já movimentaram em 15 anos  cerca de R$ 4,5 milhões como resultado da venda de produtos e serviços.

Graças ao reconhecimento desse trabalho Adriana recebeu diversos prêmios, entre eles, a condecoração de comendadora pela Ordem de Mérito Rio Branco (Ministério de Relações Exteriores) e o Troféu Zumbi dos Palmares (Assembleia Legislativa do Estado de SP). Em 2012 foi uma das primeiras representantes da América Latina a participar do programa Global Women’s Leadership Network (GWLN) da Santa Clara University nos EUA – Califórnia. –https://www.linkedin.com/in/adrianafeirapreta/?locale=pt_BR

Os negros são uma potência criativa e empreendedora, mas o racismo estrutural no Brasil não permite que o capital chegue às nossas mãos.- http://feirapreta.com.br/

ODS 15 – Vida Terrestre

Wagner Ramalho

Wagner é educador, consultor e palestrante ambiental. Fala com frequência sobre   cultura de paz, escassez de água potável no Brasil, segurança alimentar, sustentabilidade e consumo exagerado.

É autor do projeto Prato Verde Sustentável  que tem como missão promover a equidade nas relações socioambientais gerando benefícios que refletem na qualidade de vida da população por meio da alimentação adequada e saudável garantindo o direito ao acesso permanente de alimentação variada, equilibrada moderada, prazerosa, livre de contaminantes físicos, químicos, biológicos e de organismos geneticamente modificados, pautada no referencial tradicional e cultural local, provida de forma sociamente justa e ambientalmente sustentável, capaz de transmitir pelo ato de comer as propriedades nutritivas químico-protetoras dos alimentos, nos diferentes ciclos de vida e assegurando o atendimento aos portadores de restrições alimentares e necessidades específicas.

O projeto nasceu da conjunção de experiências adquiridas a partir da experiência como tecnólogo ambiental, do trabalho como educador ambiental realizado no projeto “CRER-SER”, sediada no Parque Ibirapuera, São Paulo e da observação da má qualidade alimentar da população de baixa renda da cidade. O Prato Verde Sustentável, percebendo este declínio na segurança alimentar, objetiva trabalhar para mitigar os problemas nutricionais e ambientais no país. O programa não só trabalha para a segurança alimentar, mas também para a sustentabilidade, dando importância e destaque para o meio ambiente. Portanto,  o foco na população de baixo poder aquisitivo, mas também no trabalho de conscientização de toda sociedade.

https://www.facebook.com/pratoverdesustentavel/

Programação – 23/08

A partir das 18h acontece a abertura da cerimônia que será realizada pela Virada Sustentável, o PNUD e o Pacto Global.

Na sequência acontecerá a homenagem da Abraps aos profissionais do Prêmio.

E, fechando a noite, por volta das 20h, será feita a cerimônia do Desafio 2030, pela equipe da Reconnecta, voltado a homenagear os projetos socio-ambientais em escolas.

Sobre o regulamento: http://abraps.org.br/ods/premio-abraps-2018/

Nota de divulgação pela Virada:  https://www.viradasustentavel.org.br/sao-paulo/atracao/premiacao-virada-sustentavel-2018.html

Local: Teatro Unibes Cultural – Rua Oscar Freire, 2500 (ao lado da Estação Sumaré – Linha Verde do metrô)

 

REINALDO CANTO

Diretor de Projetos Especiais da Envolverde

Site: ecocanto21.com.br

Coluna: Cidadania & Sustentabilidade (www.cartacapital.com.br)

Blog: cantodasustentabilidade.blogspot.com

Linkedin: Reinaldo Canto
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Twitter: @ReinaldoCanto




Reinaldo Canto: 'Nossa vida não é feita de plásticos: recuse canudos'

A falta de bom senso fez com que utensílios e materiais desnecessários sejam produzidos em larga escala colocando em risco o nosso futuro

 

Mas exatamente em nome desse conforto e praticidade enfrentamos uma trágica realidade. O uso indiscriminado e mesmo desnecessário de vários desses produtos, como canudos, copos, talheres, embalagens diversas e sacolas, nos levaram a uma situação insustentável e nefasta.

Só para ficar nos tais canudinhos plásticos, as estimativas dão conta de que a vida útil deles é de apenas quatro minutos. Nos Estados Unidos são consumidos 500 milhões desses pequenos cilindros por dia. Você leu certo: 500 milhões por dia. Também vale lembrar que o tempo para a sua decomposição está estimado em 200 anos.

São números tão absurdos que mesmo que seu descarte fosse correto não justificaria seu uso diário. Mas o pior é que eles também não são bem descartados e juntamente com outros desses materiais à base de plástico vão sendo despejados de maneira vertiginosa e totalmente inconsequente.

Para que não restem dúvidas quanto às preocupações e dimensões do problema, o Fórum Econômico Mundial que reúne anualmente as maiores economias do planeta, divulgou no início do ano um estudo da consultoria McKinsey e da Fundação liderada pela conhecida velejadora britânica Ellen MacArthur que alerta para os perigos do plástico.

Leia também: 
Cientistas desenvolvem enzima que “come” plástico
Os riscos da poluição e do aquecimento global para a saúde

Segundo os resultados, “o sistema atual de produção, de utilização e de abandono de plásticos tem efeitos negativos significativos que atingem a soma entre 80 bilhões de dólares e 120 bilhões de dólares (algo como 450 bilhões de reais) em embalagens de plástico perdidos anualmente”. O documento vai além dos valores financeiros e afirma que até 2050 se a escalada de descarte continuar no ritmo atual, haverá mais plástico que peixes nos oceanos.

Essas afirmações estão longe de exagero. Já existem “mares de plástico” em algumas regiões do mundo como no Caribe entre Honduras e Guatemala e na Índia.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), estima que 8 milhões de toneladas de plástico que vão parar anualmente nos oceanos. Isso dá um caminhão carregado de lixo por minuto despejado nos mares de todo o planeta.

Por aqui também temos estudos sobre a questão do desperdício de plástico e perdas que também se aplicam a economia. A Selurb, o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana, calculou que todo o material plástico atualmente descartado em aterros e lixões  poderiam adicionar à economia brasileira, se fossem destinados à  reciclagem, cerca de 5,7 bilhões de reais. São em torno de 4,4 milhões de toneladas de resíduos plásticos que poderiam formar uma nova cadeia produtiva que geraria emprego e renda para milhares de pessoas. A reciclagem de plástico no Brasil está em cerca de irrisórios 4%.

Proibições e mudanças de hábito

E quais são as alternativas para começar a reverter essa situação? No caso de nós consumidores que tal recusar alguns desses materiais? Canudos plásticos, por exemplo.

Pano rápido para aniversário da minha filha que completou 11 anos no último mês de junho. Presente do pai foi leva-la com algumas amigas para passear, brincar em parque e lanchar. Um discurso emocionado contribuiu para que oito canudos deixassem de ser usados durante o consumo de sucos e refrigerantes. Um sucesso pueril.

Já para outro momento, na hora da degustação de milk shakes, lá se foi a vitória pelo ralo junto com canudos que, se as estatísticas estiverem certas, estarão em breve ocupando as entranhas de alguns animais marinhos.

Bem, a luta continua. Até porque não nos resta outra alternativa a não ser batalhar pela própria sobrevivência, mas juntar forças é essencial. Além das recusas pessoais é preciso pressionar empresas e governos para que façam a sua parte.

Ações ainda tímidas

Cadeias de fast food anunciaram a gradativa abolição dos canudos plásticos. Na cafeteria Starbucks até… 2020 e no McDonald´s a transição para canudos de papel começa em setembro e vai até 2019, mas só no Reino Unido e na Irlanda.

A boa notícia por enquanto chega do Rio de Janeiro, onde a Câmara Municipal votou e o prefeito assinou há poucos dias a proibição dos canudos plásticos na cidade e estabeleceu a troca por canudos de papel. Agora é ver se a lei vai mesmo “pegar” como costumamos dizer por nossas bandas.

Projetos de lei também com a proibição de canudos tramitam em outras cidades como São Paulo e até já foi aprovada em Cotia próxima da capital paulista.

São reações importantes aos exageros da vida urbana e contemporânea, mas muito tímidas diante do tamanho do desafio.

Convido a todos os leitores para refletirem sobre seus hábitos de consumo e recusarem com convicção muitos desses apetrechos produzidos com plásticos convencionais à base de petróleo. Quase sem exceção, posso afirmar, nós não precisamos deles.

Garfos, facas, embalagens grandes e pequenas, sacolinhas, garrafas de formatos e tamanhos diversos e, para este momento, canudos plásticos. Dá sim para recusar.  Até porque precisamos começar a mudar e sempre será mais fácil por algo com pouca ou quase nenhuma utilidade. Faça sua parte.

 

Reinaldo Canto – Jornalista especializado em sustentabilidade e consumo consciente, é professor de Gestão Ambiental. (reicanto@gmail.com)

CartaCapital – Sustentabilidade – opinião – publicado 17/07/2018 19h00, última modificação 17/07/2018 16h48

 




Reinaldo Canto: 'FICA 2018: Sons únicos do Passado e sua melancólica extinção'

O impactante documentário italiano Dusk Chorus (Coros do Anoitecer) trata da incrível jornada do compositor Davi Monacchi para registrar os ruídos e melodias da selva profunda que estão se perdendo

 

Durante toda a história de nosso planeta foram registradas, segundo os cientistas, cinco grandes ciclos de extinção em massa de espécies, entre elas a que foi responsável pelo desaparecimento dos dinossauros. Poucos duvidam que não estejamos passando por uma nova e dolorosa onda de destruição da nossa rica biodiversidade. Desta vez, diferente das anteriores, a responsabilidade é de apenas uma espécie, nós humanos, algozes e vítimas da nossa própria ignorância.

Muito do que se tem perdido é absolutamente desconhecido da humanidade. Assim como o que esses seres representam para a vida na Terra, sua importância e singularidade.

Pois essa obra impressionante exibida na Mostra Competitiva do FICA 2018 aqui na cidade de Goiás nos lembra que na conta das inúmeras perdas está a sonoridade, a sinfonia de um mundo que nunca deveria deixar de existir.

Os diretores Nika Saravanja e Alessandro D´Emilia buscaram simplesmente retratar o trabalho abnegado do compositor eco-acústico (que podemos definir como de alguém que registra sons da natureza).

Monacchi adentra a selva amazônica em terras equatorianas consideradas por ele as mais ricas em biodiversidade no planeta e faz registros utilizando equipamento de alta tecnologia. Sua emoção contida não deixa de revelar em alguns momentos a sua profunda admiração pela riqueza sonora e em outras uma enorme tristeza, pois tem notado que no decorrer dos anos em que tem realizado essas pesquisas, os sons vão se tornando menos diversos.

O filme é apenas uma pequena parte de uma documentação exaustiva que Davi Monacchi chamou de Fragmentos da Extinção. Mais do que constatar o fenômeno da perda sonora, o que o compositor tenta fazer é captar determinados sons que, provavelmente, venham a ser únicos e que nunca mais possam ser captados em seu habitat natural.

São impressionantes os sons de árvores centenárias durante o período de seca e o silêncio da floresta diante da falta de chuvas, fenômeno que a pesquisa do compositor constatou e que tem se ampliado com o passar do tempo.

São impressionantes os sons de árvores centenárias durante o período de seca e o silêncio da floresta diante da falta de chuvas, fenômeno que a pesquisa do compositor constatou e que tem se ampliado com o passar do tempo.

Existem diversas razões para assistir ao documentário. Ele merece ser visto por ser uma obra com uma abordagem absolutamente inédita da questão da perda da biodiversidade e também como reconhecimento ao amor e reverência que Davi Monacchi nutre por esses frágeis habitantes da floresta.

Vale destacar os agradecimentos que ele faz a população indígena que o auxilia na tarefa de reconhecer os sons de animais, pássaros e insetos.

Para Davi Monacchi seus registros deverão servir para que as futuras gerações possam tentar estudar e entender uma riqueza do passado que as atuais não souberam preservar.

Sinfonias naturais dando lugar a um silêncio desértico e profundamente vazio.

 

*Reinaldo Canto é diretor de projetos especiais e colunista da Envolverde.

(http://envolverde.cartacapital.com.br/fica-2018-sons-unicos-do-passado-e-sua-melancolica-extincao/)

 




Reinaldo Canto: 'Mulheres em situação de rua recebem atendimento de entidades em SP

“Oferecemos o tratamento de banners e uniformes descartados associado ao desenvolvimento de ações sociais. Nossa equipe é formada por mulheres de baixa renda e deficientes intelectuais e promovemos a Inclusão Social…”

 

Na última sexta-feira, 27/04, a instituição Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto – BOMPAR, realizou mais um evento de Consultório na Rua oferecido a mulheres em situação de rua. Esta ação foi coordenada por Marta Marques Akiyama e faz parte do Programa Agente na Rua da Prefeitura de São Paulo. Vários serviços foram oferecidos ligados ao bem-estar e saúde da mulher, como beleza e higiene pessoal, além de palestras informativas e motivacionais.

Uma dessas palestras foi ministrada pela diretora da Biocicla, Jamile Balaguer Cruz. Outras foram oferecidas pela Fatima Franco do MNODS-SP e pela dra. Marta Livia Suplicy, Presidente Nacional do Movimento Libra (Liga das Mulheres Eleitoras no Brasil) e da Virada Feminina.
Para cerca de 50 mulheres de várias idades, Jamile falou do trabalho realizado pela Biocicla de reciclagem de uniformes usados que são transformados em outros objetos e roupas de uso cotidiano.

Ela participa com a Fatima Franco do MNODS-SP – Movimento Nacional dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável de SP que trata a Agenda 2030 da ONU e seu trabalho contribui para o ODS 01 erradicação da pobreza, o ODS 05 igualdade de gênero, o ODS 08 trabalho decente e crescimento econômico, o ODS 11 cidade e comunidades sustentáveis, o ODS 12 consumo e produção responsáveis e o ODS 17 parcerias pelas metas.
Jamile ressaltou a importância e possibilidades que a coleta e tratamento dos resíduos pode dar para a geração de trabalho e renda de populações vulneráveis. “Resíduo tem valor”, destacou ela. Diversas mulheres presentes consentiram e disseram que já trabalham com a reciclagem de resíduos e ganham dinheiro com alguns tipos de materiais.
Jamile aproveitou o evento para fazer a doação de dez sacos de dormir confeccionados à partir dos uniformes descartados por empresas.

A dra. Marta Livia Suplicy convidou a Biocicla para apresentar seu trabalho na Virada Feminina que irá acontecer em 27 de maio na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo – ALESP.
Para a Biocicla, essa será mais uma oportunidade para apresentar os caminhos possíveis para o aproveitamento de uniformes e banners descartados através do desenvolvimento de ações sociais.

“Oferecemos o tratamento de banners e uniformes descartados associado ao desenvolvimento de ações sociais. Nossa equipe é formada por mulheres de baixa renda e deficientes intelectuais e promovemos a Inclusão Social. Consertamos as roupas para a doação, desenvolvemos oficinas de educação ambiental com os itens e também produzimos brindes ecológicos upcycling. Atendemos a PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010 assessorando a gestão de PGRS – Programas de Gestão de Resíduos Sólidos”, informa a diretora do biocicla. (#Envolverde)

 

Por Reinaldo Canto, especial Envolverde




O escritor e ambientalista Reinaldo Canto participará da 1ª FLITA – Feira do Livro da Temática Ambiental, em Santo André

O aniversário de Santo André (SP) na próxima semana será comemorado em grande estilo com a realização da 1ª FLITA –Feira do Livro da Temática Ambiental. E o escritor e ambientalista Reinaldo Canto estará lá, para um bate-papo e autografando o livro: ‘Um dia no dia da vida de Ana Luiza – uma aventura ambiental’

 

No dia 19 de abril (quinta-feira), das 10h30 às 13h30, o escritor, ambientalista e colunista do ROL Reinaldo Canto estará participando da 1ª FLITA – Feira do Livro da Temática Ambiental, em Santo André (SP), para um bate-papo e autógrafo do livro: ‘Um dia no dia da vida de Ana Luiza – uma aventura ambiental’, inspirado na filha do escritor, Ana Luiza.

A Feira será realizada na Praça Celso Daniel.

O autor

Jornalista há 36 anos com passagens pelas principais emissoras de televisão e rádio do Brasil; foi assessor de imprensa de grandes empresas como Banespa e Cosesp; também foi diretor de comunicação do Greenpeace Brasil, coordenador de comunicação do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e passagem pelo Instituto Ethos de Responsabilidade Social (boletins responsabilidade social Ethos/CBN e assessoria de imprensa). Publicou artigos no extinto Jornal da Tarde. Foi correspondente da revista Carta Capital, da agência Envolverde e de diversas mídias ambientais na COP-15 em Copenhague. Participou da Conferência sobre Desenvolvimentos Sustentável, a Rio+20 e foi também correspondente na COP 21 em Paris da Envolverde e da revista Carta Capital, além de publicar matérias no Blog do Planeta, da revista Época. Recentemente foi correspondente na COP22 no Marrocos (Marrakech/novembro de 2016) pela Envolverde e pelo Projeto Cásper Líbero na COP22

Atualmente é Consultor do SEBRAE na área de Sustentabilidade e Políticas Públicas, colunista da Carta Capital (coluna: Cidadania & Sustentabilidade – www.cartacapital.com.br); colaborador e parceiro da Envolverde (www.envolverde.com.br); consultor para entrevistas no SBT, Rede Tv e Rede Vida; colunista do ROL – Região On Line Caderno Cidadania (www.jornalrol.com.br/cidadania Itapetininga – SP); consultor da Iniciativa Verde (e membro do Conselho Fiscal da organização), Consultor, palestrante, professor, escritor e roteirista de temas ligados a Meio Ambiente e Sustentabilidade.

Participa de diversos movimentos, entidades e organizações entre eles, GWP – Global Water Partnership (pela Envolverde); da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental; da Federação Internacional de Jornalistas e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo; Aliança pelas Águas; Observatório do Código Florestal; Observatório do Clima e RMA – Rede de ONGs da Mata Atlântica; Movimento Mais Florestas Pra São Paulo (pela Iniciativa Verde).

É também roteirista (curta metragem de animação: Rebelião das Águas) e escritor do livro “Um dia no dia da Ana Luiza – Uma Aventura Ambiental” lançado na Casa das Rosas, em São Paulo, em junho de 2016. Participou com a obra das Bienais do Livro de São Paulo (2016) e do Rio de Janeiro (2017).

É autor do blog: cantodasustentabilidade.blogspot.com e dos sites: ecocanto21.com.br e umdiadaanaluiza.com.br

 

O livro

Aquele dia amanheceu como todos os outros na vida da pequena Ana Luiza, mas foi só ela despertar para perceber que algo muito diferente estava acontecendo!!

Tudo parecia ter vida! Coisas, materiais e elementos da natureza começaram a se manifestar e demonstravam tristeza diante do desperdício ou alegria quando eram bem utilizados.

Foi aí que a Aninha descobriu como é importante cuidar do nosso planeta Terra. E para isso basta agir conscientemente em todos os nossos atos de consumo.

Embarque nessa aventura com a Ana Luiza e faça também a sua parte para vivermos num mundo melhor.

 




Reinaldo Canto: 'Fórum Mundial da Água: o necessário cuidado global pela água'

 Encerramento faz apelos por maior engajamento e revela boas intenções para o futuro

 

Após uma semana com mais de 300 mesas de discussões e debates; exposições, manifestações e a participação de quase 100 mil pessoas, o Fórum Mundial da Água se despede do Brasil rumo ao Senegal-2021.

O que ficou patente nesta edição do Fórum foi que o caminho rumo à segurança hídrica para todos na Terra ainda é um sonho distante.

Um documento assinado pelos mais de 100 países, cujo título já revela a dimensão do problema: “Chamamento urgente para uma ação decisiva sobre a água”. Ele faz um apelo de urgência para que as nações tomem medidas mais concretas para enfrentar questões como o do fornecimento de água e da universalização do saneamento básico.

A necessidade aumentar os esforços para enfrentar as mudanças climáticas e alcançar o que prevê os ODSs – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, entre eles, o acesso universal à água de boa qualidade para todos.

Fortalecer políticas e planos nacionais de gestão dos recursos hídricos; restaurar os ecossistemas que contribuem para o fornecimento de água e uma participação efetiva das empresas privadas para buscarem cada vez mais a sustentabilidade no uso da  água em conformidade com os planos nacionais existentes. A transferência voluntária de tecnologias, bem como, o estabelecimento de financiamentos que contribuam para a eficiência no uso dos recursos e seu tratamento; capacitação profissional e o investimento em educação foram outros pontos levantados pelas delegações oficiais.

Bons acordos nacionais

O Fórum foi palco para o anúncio da criação de dois novos mosaicos de UCs – Unidades de Conservação marinhas. São monumentos naturais e áreas de proteção ambiental de Trindade e Martim Vaz, no Espírito Santo e dos arquipélagos de São Pedro e São Paulo, em Pernambuco. O Brasil passa de 1,5% para 25% de áreas marítimas acrescentando 92 milhões de hectares em áreas protegidas.

Um acordo internacional assinado por Brasil, Bolívia e Paraguai também trás boas notícias. Os três países assinaram uma declaração de interesse para a proteção do Pantanal. Uma das mais importantes áreas do mundo e também a mais extensa.

Esperemos que o fórum em Dakar, na África cujo tema base será “Segurança Hídrica” consiga avançar mais rumo a esse objetivo. (#Envolverde)

 

Por Reinaldo Canto de Brasília, especial para a Envolverde – http://envolverde.cartacapital.com.br/forum-mundial-da-agua-o-necessario-cuidado-global-pela-agua/

Reinaldo Canto – reicanto@gmail.com




Reinaldo Canto: 'O mundo encantado dos youtubers'

Nessa terra mágica, desperdiçar grandes quantidades de materiais e alimentos é algo normal e sem propósito

por Reinaldo Canto — publicado 05/03/2018 13h59

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No ‘desafio da Nutella’, youtuber mergulha em banheira com 250 quilos do produto

Era uma vez um mundo de risadas sem fim, piadas e brincadeiras sem nexo, besteirol na máxima potência e muito, muito desperdício. Para fazer parte desse mundo fantástico basta acessar a tela do smartphone, tablet, computador ou outro dispositivo com acesso à internet.

Esse espaço está disponível para todas as idades, mas é principalmente destinado aos mais jovens – crianças e adolescentes ou adultos com idade mental semelhante – que ficam petrificados diante desses vídeos e, em alguns casos, abobalhados.

Como em quase tudo, quando generalizamos, obviamente, injustiças são cometidas. O vasto universo da comunicação digital possui de tudo, mas entre os maiores sucessos no YouTube há verdadeiros atentados ao bom senso, à sanidade mental e tão grave quanto, incorre na apologia ao desperdício de materiais e alimentos.

São banheiras e piscinas preenchidas com, por exemplo, 200 quilos de Toddy; 80 quilos de Nutella; centenas de pacotes de batatas chips; açaí, chantilly, marshmallow, refrigerantes e slime (um tipo de massinha encontrada em lojas infantis), Listerine, etc, etc, etc.

Essas “experiências” feitas por youtubers, como eles mesmos se referem, de relatar as sensações de entrar nessas banheiras e piscinas, recebem milhões de curtidas e, consequentemente, quantias significativas em suas contas bancárias.

O processo, no meu entender, é nefasto, pois quanto mais essa prática receber curtidas, e consequentemente audiência, mais as tais “experiências” vão se repetir.

Quero deixar claro que nada tenho contra jovens que se divertem e fazem experiências, mas os casos citados são só e tão somente jogar essas coisas fora. Esses vídeos não resultam em algum ensinamento? Se existe algum, eu não vi!

Eles normalmente alertam para não repetir o experimento em casa, o que não é garantia nenhuma que a bobagem não será replicada. Ao entrar nessa piscina ou banheira cheia de alguma coisa, os youtubers apenas soltam exclamações, gritos guturais diversos e alguns palavrões relacionados à sensação de ter o corpo inteiro imerso nesse produto. Portanto, nada que a obviedade ululante já não seria capaz de imaginar.

Vale lembrar que quase um bilhão de pessoas ao redor do planeta passam fome todos os dias. E o grande problema não é a falta de alimentos, mas a má distribuição e o desperdício. Segundo o relatório do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO, em sua sigla em inglês, divulgado em outubro do ano passado, de 30% a 50% de todo o alimento produzido vão parar em lixões ou aterros sanitários, são incinerados ou servem de ração para animais.

Tenho consciência que não são 200 quilos de um achocolatado que farão diferença num mundo repleto de desperdícios e destruições cotidianas e mais graves, mas é de assustar os malefícios potenciais que esses jovens influenciadores estão a causar nas cabeças de nossas crianças e adolescentes.

Enquanto as escolas têm buscado fazer um ótimo trabalho de conscientização quanto à reciclagem, reuso de materiais e aproveitamento de alimentos, entre outros, esses comunicadores fazem o contrário. Na busca desenfreada por cliques e aumento no faturamento, apelações não têm limite. E, mesmo que façam crer alguns desses youtubers, esse mundo de recursos ilimitados não existe.

Orientar nossos filhos para evitar ou criticar esses vídeos é uma boa maneira de começar a mudar essa realidade.

Aproveito para convidar os leitores a acessar o site do livro de minha autoria que trata exatamente de consumo e desperdício, Um Dia no Dia da Ana Luiza e da animação Rebelião das Águas.