Líderes comunitários recebem diretor do Patrimônio Cultural de Manhuaçu

Líderes comunitários recebem diretor do Patrimônio Cultural de Manhuaçu

Para apresentar o que o município possui de relevante na área patrimonial, o Conselho de Associações de Moradores de Manhuaçu (Coamma), recebeu neste domingo, 9, o diretor de Patrimônio Cultural de Manhuaçu, Fabrício Santos. Foi a 8ª reunião ordinária do conselho, que caminha em busca de fortalecimento, conhecimento para que seja multiplicado junto às demais associações de moradores, que estão lutando sempre para melhores condições às famílias, em cada bairro.

O diretor de Patrimônio Cultural, Fabrício Santos distribuiu para os presidentes de associações, uma cartilha informativa sobre o Patrimônio Cultural de Manhuaçu, onde estão os bens tombados ou inventariados pelo município, além de definir o que é um bem imóvel inventariado, tombado e como funciona essa estrutura, para guardar a memória e esses bens considerados mais sensíveis.

          

São vários locais catalogados e considerados tombados e, outros que foram inventariados.  Todos com uma importância grandiosa para o município, que guarda um tesouro encantado de lugares, que deveriam ser explorados como “locais” que fazem parte da nossa história. Fabrício Santos explicou ainda como é feito o trabalho, para a proteção de tudo que está catalogado, além do projeto de educação do patrimônio cultural nas escolas municipais, com a distribuição da cartilha que tem um conteúdo relevante. Também realiza palestras, dando ênfase para a importância de preservar o que existe e está bem perto de todos. “Precisamos avançar para que toda a sociedade saiba, o quanto nosso município é interessante. Para isso, há a necessidade do engajamento de todos para preservarmos o que é nosso. Contar com a participação do Coamma e, de cada líder comunitário é fundamental para o nosso trabalho”, ressalta Fabrício Santos.

Campanha Outubro Rosa em ação

          

A terapeuta e neuropsicopedagoga, Marilza Santos participou da reunião e falou sobre a Terapia do Reprocessamento Generativo. Também chamou a atenção das mulheres, para estarem atentas ao Câncer de Mama, já que o mês é “Outubro Rosa”, em que os órgãos de saúde aproveitam para a campanha de conscientização, que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero.

Para a presidente do Coamma, Marinez Bragança, a reunião foi um momento inovador para todos que participaram, sobretudo, para conhecerem os bens existentes no município, que fazem parte do patrimônio cultural.

Fonte da Matéria: Cidade Total –  segunda-feira, outubro 10, 2022 – Eduardo Satil

Comendador Fabrício Santos

Comendador Fabrício Santos é Correspondente do ROL da cidade de Manhuaçu (MG)

 

 

 

 




Trabalho infantil não é brincadeira: livro-reportagem apresenta a história de crianças sob uma nova face do trabalho na infância

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Em 12 de junho é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil; ONU declara 2021 o Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil

Nos faróis, nos cemitérios, nas lanchonetes e nas plantações encontramos crianças e jovens que tentam sobreviver ganhando seu próprio dinheiro, seja para garantir o alimento do dia ou para ajudar a família. Visando humanizar uma das mais graves violações de direitos contra crianças e adolescentes, os jornalistas Bruna Ribeiro e Tiago Queiroz Luciano (fotos) apresentam em Meninos malabares – Retratos do trabalho infantil no Brasil dez histórias reais que retratam a vida daqueles que não tiveram outra opção além do trabalho na infância.

Conheça a história dos meninos malabares que equilibram cones e tochas de fogo em um desenho nas alturas, dos adolescentes que limpam túmulos nos cemitérios de São Paulo em busca de uns trocados, de um menino de oito anos que trabalha em uma plantação de palmitos, e como uma família de bolivianos conseguiu se libertar da escravidão em uma oficina de costura. As fotos que acompanham cada uma das histórias emocionam e escancaram a situação vivida pelas crianças.

A obra traz relatos sobre trabalho infantil na praia, na feira, na lanchonete, no Carnaval, além da mendicância durante a crise causada pela pandemia de Covid-19, seguida de uma verdadeira pandemia da fome. Os autores apresentam também a trajetória de uma família que, com muito esforço, conseguiu romper o ciclo da exploração. Os relatos revelam o trabalho infantil como consequência de um problema estrutural, exigindo políticas públicas intersetoriais que respondam às mazelas de um dos países mais desiguais do mundo. Ao final do livro os autores apresentam números, dados e contextualizações que podem contribuir para uma reflexão mais aprofundada sobre o assunto, com perspectiva histórica, jurídica, cultural e social.

O QUE É TRABALHO INFANTIL?

“Trabalho infantil é toda forma de trabalho realizado por crianças e adolescentes abaixo da idade mínima permitida pela legislação de cada país. No Brasil, é proibido para menores de dezesseis anos, mas se for noturno, perigoso ou insalubre, a proibição se estende aos dezoito anos. Na condição de aprendiz, a lei permite o trabalho protegido a partir de quatorze anos. Entre as causas do trabalho infantil estão a desigualdade social, o racismo estrutural e questões culturais. Como consequência, a violação expõe as crianças a violências físicas, psicológicas e sexuais, além de prejudicar a aprendizagem e causar evasão escolar, perpetuando a reprodução do ciclo da pobreza nas famílias.”

SERVIÇO:

MENINOS MALABARES – RETRATOS DO TRABALHO INFANTIL NO BRASIL
Autores: Bruna Ribeiro e Tiago Queiroz Luciano (fotos) | 112 pp. | 17 X 24 cm | R$ 43,90
Editora: Panda Books | ISBN: 978-65-5697-110-0 | e-ISBN: 978-65-5697-111-7
Assunto: trabalho infantil; reportagem
Sinopse: Este livro-reportagem traz a história real de crianças e adolescentes que não tiveram outra opção além do trabalho na infância. Nos faróis, nos cemitérios, nas lanchonetes e nas plantações, meninos e meninas revelam uma triste realidade que ainda perdura em nossa sociedade. Esta obra é uma denúncia e um apelo para que o direito à infância e à juventude seja garantido e preservado.

OS AUTORES:

BRUNA RIBEIRO é graduada em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo e pós-graduada em direito internacional na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com extensão na Academia de Direito Internacional de Haia, na Holanda, aprofundando seu trabalho como repórter na área de educação e direitos humanos. Em 2015, depois de passar pelas redações do Jornal da Tarde, de O Estado de S. Paulo e da revista Veja São Paulo, lançou um blog sobre direitos de crianças e adolescentes no Estadão, que continua ativo. No ano seguinte, ingressou no projeto Criança Livre de Trabalho Infantil, da Cidade Escola Aprendiz, no qual atua como gestora. Em 2021 recebeu o prêmio Jornalista Amigo da Criança.

TIAGO QUEIROZ LUCIANO é formado em jornalismo pela PUC-SP e trabalha como repórter fotográfico no jornal O Estado de S. Paulo há quase vinte anos, onde desenvolve as mais diversas pautas para as várias editorias do periódico. Tem especial predileção por reportagens de personagens anônimos da cidade. Pautas que, muitas vezes, estão invisíveis nas chamadas dos principais noticiários. Em grandes coberturas, teve a oportunidade de fotografar tais anônimos, como no terremoto que devastou o Haiti, junto com o repórter João Paulo Charleaux, e em uma viagem pela Amazônia, onde refiz o trecho final de uma expedição centenária de Euclides da Cunha pelos limites entre Brasil e Peru, acompanhado pelo saudoso editor Daniel Piza. A viagem resultou no livro Amazônia de Euclides, publicado em 2010. Em 2020, ganhou o 37º Prêmio Direitos.