Eduardo César Werneck: 'Por que se demora tanto no Brasil para se homenagear um professor(a)?

“Fizemos a I Feira Literária da história de Cruzeiro, e agora faremos no ano que vem a I Feira Literária Regional…”

A ACLA (Academia Cruzeirense de Letras e Artes) é vista na cidade de Cruzeiro com “olhares” de desdém e pouco caso… fato !

Por quê ?

A plateia

Será porque aqui nós deixamos qualquer artista que queira se apresentar, mostrar seu trabalho sem patrulhamento ? Ou será, porque nossas reuniões antes frequentadas somente pelos próprios Acadêmico(a)s, e hoje, como aconteceu na última, havia mais de 60 pessoas (algumas “de pé” pela incapacidade de nosso auditório) se espremendo para participar!

Não importa…

Fizemos a I Feira Literária da história de Cruzeiro, e agora faremos no ano que vem a I Feira Literária Regional, englobando três das Academias existentes em nossa região (Cachoeira Paulista, Cruzeiro e Lorena).

Porém, e acredito muito nisto, que o que nos faz crescer com “consistência” é não esquecermos que Cultura, pode até ser entretenimento,  mas não deve ter cor…

Afinal, tem gente que não gosta de ler romance, ou de recitar uma poesia, às vezes mesmo nem uma boa melodia, com tudo tendo que ter luta de classes e coisas do tipo!

Que bobagem…

Quando vivenciei o andamento da última reunião, onde tivemos posse de três novos Acadêmicos (dois são Professores!), além disso, uma homenagem a uma Professora (Emília Martins) de 107 anos (aposentada desde 1966… e formanda de 1933), e a um Professor (Paulo Pinto de Carvalho) de 85 anos que fez história em nossa cidade, entre tantas demonstrações de apreço à “Cultura”, não tenho dúvida das razões que a ACLA desperta sentimentos contraditórios entre alguns moradores de nossa cidade.

Afinal, dizem que os historiadores existem para que o passado não seja esquecido, porém em Cruzeiro a ACLA vem sendo a única entidade a não esquecer quem realmente foi importante…

Viva a ACLA!

Eduardo César Werneck – drwerneck@uol.com.br

Os participantes mirins homenageando os Professores

 

A Professora Rosana Caruso de Carvalho e uma das participantes do livro de poesias coordenado pela escola Rodrigues Alves Sobrinho

 

O Prof. Paulo Pinto de Carvalho (ao centro da foto com o neto ao colo) – ex-diretor da escola Prof. Sant’Anada de Castro aqui de Cruzeiro – foi um dos homenageados da tarde

 

A Profa. Emilia Martins em três momentos de sua vida, destacando (em preto e branco) da formatura no ano de 1933, e em dias atuais, aos 107 anos

 

 




Eduardo César Werneck: 'Tarde de glória em nossa ACLA'

“…nossa ACLA consegue fazer com que os participantes e convidados fiquem com vontade de voltar…”

 

Quem participa de forma frequente de nossas reuniões sabe que a cada dia que passa elas se tornam mais surpreendentes e encantadoras.

Não foi à toa que na última foi lida uma mensagem, da Assembleia Legislativa de São Paulo (uau !), pelo deputado Jorge Caruso, que nos enviou um voto de louvor (aliás, se a Câmara de nosso município não o fez até hoje, paciência…), ou seja, alguém acima e muito além, parece ter entendido nossa mensagem !

Porém, não ficamos à espreita do reconhecimento fácil, ao contrário, para isto fomos à luta, de tal forma que nesta sessão recebemos dois importantes e diferenciados convidados: o escritor Sergio Diniz da Costa (do Jornal Rol, do grupo Coesão Poética, da Academia Sorocabana de Letras etc…), desfilando sua experiência e vocação para a Cultura; e ainda, o Prof. Alexandre Gonçalves Pereira que transitou por um tema aparentemente árido, mas com tanta simplicidade e emoção, que a todos encantou. Mais, disse que vai voltar! Que ótimo!

Pensa que acabou?

Nada…

Ainda tivemos as especiais participações do jornalista e escritor Arvelos Vieira, da professora e escritora Sandra Vasconcelos, do jornalista e escritor Jaime Ribeiro, e, finalmente, da professora e escritora Elza Francisco. Todos (ou todas) ilustres membros atuantes e de presença contumaz em nossa Academia.

Cada qual com sua experiência (ou com sua emoção) tentando mostrar que em nossa ACLA há lugar para todos que entendem o quanto a Cultura é fundamental para o exercício de dignidade, cidadania e memória de um povo.

E havia a “cereja” do bolo…

Um jovem… inspiradíssimo… Marcos Lima… que cantou, musicou, e encantou aos presentes, com sua voz, emoção e simplicidade !

Show !

A reunião deveria ter durado duas horas… mas o tempo foi pouco… e pior (ou melhor)… o tempo acabou e as pessoas continuavam por lá, como se não acreditassem que o sonho por ora havia terminado…

Que pena, estes momentos só acontecem uma vez por mês!

Deve haver algo de “errado” com esta ideia, pois nossa ACLA consegue fazer com que os participantes e convidados fiquem com vontade de voltar, e quando em meio às reuniões, de que elas não terminem.

Tem nada não, mês que vem volta, com força total, para o “Dia do Umbigo”, e para arrebentar! Alguém duvida?

Venha nos conhecer, pois nossas portas sempre estarão abertas!

 

Eduardo César Werneck – drwerneck@uol.com.br

O escritor e poeta sorocabano Sergio Diniz da Costa

 

O professor de Direito Alexandre Gonçalves Pereira

 

O jornalista e escritor Arvelos Vieira

 

A professora e escritora Sandra Vasconcelos

 

O jornalista e escritor Jaime Ribeiro

 

A professora e escritora Elza Francisco

 

O cantor e compositor Marcos Lima

E a plateia… ah, a seleta plateia!

   

 

 




Eduardo César Werneck: 'The longest day… The longest day…'

“Pois é, sempre ficamos preocupados com programações extensas, pois podem dar certo ou não… contudo, a última Sessão da ACLA – Academia Cruzeirense de Letras e Artes, foi longa… extensa… nunca cansativa, e mais uma vez inesquecível…”

 

No Brasil, este filme teve o título traduzido para “O Mais Longo dos Dias”. Um enredo sobre o desembarque das tropas aliadas, na Normandia, durante a II Grande Guerra, e todos os preparos prévios, para aquilo que ficará para a história como – Dia “D”.

Pois é, sempre ficamos preocupados com programações extensas, pois pode dar certo ou não… contudo, a última Sessão da ACLA – Academia Cruzeirense de Letras e Artes, foi longa… extensa… nunca cansativa, e mais uma vez inesquecível…

Começou com o Acadêmico (da Academia de Letras de Lorena) – Prof. Sérgio Cobianchi – se embrenhando por um tema aparentemente difícil – Algumas considerações sobre o infinito – porém, onde mais isto poderia ser discutido, com sensibilidade, se não em um ambiente de Cultura ? E em uma Academia de Letras!

Tivemos ainda, outra escritora – Ana Cláudia Moreira Miguel Philippini – com também robusto curriculum acadêmico, apresentando seu livro – Poder Aéreo nas Operações de Paz – um livro premiado, explorando um tema pouco pensado por nós!

Marcou presença também, o Acadêmico e escritor Cassiano Antico, promovendo mais uma obra, o seu “Crianças são como Pássaros”. Cassiano é uma grata revelação !
Mais uma ilustre visita, a do simpático casal, e ligadíssimo à Cultura – Mariana Bastos e Eduardo Oliveira – ambos, com uma Livraria e Editora vem lutando na região, tentando dar alguma luz àqueles que querem produzir, publicar e vender suas obras.

A tarde vai terminando com a posse de mais um Acadêmico, a do jornalista Arvelos Vieira. Sangue novo e vibrante em nossa Academia.

Enfim, as cortinas são descerradas com as palavras dos “decanos” de nossa Academia – Jaime Ribeiro e Plinio Guarany. O primeiro, apresentando a candidatura de uma nova Acadêmica – Marilha Pereira – mais uma jovem senhora pronta a participar de nossas lutas; quanto ao segundo, declamando mais uma poesia “caipira” de sua lavra.

Eis que de repente olho o relógio e… constato três horas de atividade ! Estouramos o tempo em uma hora… e ninguém reclamou…

Isto não quer dizer que iremos repetir o gesto, mas fica um alerta, o melhor remédio para os males do ser humano… duas horas de Cultura pura… sem atenuantes… e, em doses homeopáticas. Uma vez por mês. Sempre aos sábados, à tarde. E pronto. Qualquer coração irá bater com muito maior força e disposição… Experimente…

E pensar que nossa Academia começou com 13 membros, e agora, no caminho para comemorar dois anos de existência, não há reunião com menos de 30, ou 40 pessoas.

Ah… Sabe o que é melhor ? Sem subsídios de nenhuma espécie… Sem nenhum apoio oficial… Solenemente esquecida por todos os representantes dos poderes públicos constituídos de Cruzeiro… Mesmo assim, só crescemos!

Creio, que há uma luz no fim do túnel…

Eduardo César Werneck – drwerneck@uol.com.br

 Plateia lotada para mais uma reunião da ACLA

 

Mariana Bastos e Eduardo Oliveira: lutando pela Cultura da região

 

A Acadêmica e escritora Aurora Motta, a escritora Ana Cláudia Moreira Miguel Philippini, e a nova indicada à Academia, Marilha Pereira

 

Prof. Sergio Cobianchi: um Matemático que também é poeta

 

Criador e criatura… Pai e Filho… o eminente cirurgião Dr. Ciro Monteiro e o grande escritor Cassiano Antico

 

 Momento de grande relevância: a posse do novo Acadêmico Arvelos Vieira