Semana de Arte Moderna: alunos de Ribeirão Preto fazem releitura de obras
Por meio das redes sociais, colégio apresenta trabalhos de crianças que mergulharam no universo de artistas que, há cem anos, revolucionaram as artes
“A artista Tarsila do Amaral desejava dar um tchau na ideia de perfeição, e criou Abaporu fora do padrão. Ela queria demonstrar que na liberdade de se expressar pode dizer sobre beleza Com toda certeza”.
O poema acima, escrito e declamado pela aluna Sophia Machado na rede social de vídeos https://flipgrid.com/311f083f , é um dos trabalhos dos alunos do 3º ano, anos iniciais, do Colégio Marista Champagnat de Ribeirão Preto sobre a Semana de Arte Moderna, ocorrida em 1922. O colégio também disponibiliza outros trabalhos e releituras de obras dos modernistas que promoveram o evento considerado o mais importante da cultura brasileira.
Além da literatura modernista que rompeu com os padrões rígidos de escrita da época, os alunos também montaram uma exposição virtual com obras que hoje não teriam o status de arte, não fosse o movimento de 100 anos atrás, utilizando a ferramenta Minecraft Education (veja foto). “As crianças se envolveram muito com o tema porque viram como as formas de expressão artísticas evoluíram de 1922 até os dias atuais”, observa a professora Gabriela Branco.
Pelos corredores do colégio, painéis produzidos pelos alunos com releituras de quadros de modernistas famosos como Tarsila do Amaral e Anita Malfatti lembram o ambiente da Semana de Arte Moderna. Eles também se auto retrataram por meio de desenhos e exploraram outras possibilidades de trabalhos artísticos como as formas geométricas e o uso de cores primárias, características da obra de Piet Mondrian.
Durante vários dias, as crianças mergulharam no universo do grupo de artistas que gritaram por liberdade e acabaram influenciando várias gerações. A Semana de Arte Moderna foi organizada por um grupo de intelectuais e artistas por ocasião do Centenário da Independência, entre eles Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Pichia, Heitor Villa-Lobos e Anita Malfatti.
O movimento buscava romper com o tradicionalismo por meio da liberdade estética, da experimentação constante e, principalmente, pela independência cultural do país. Realizado entre os dias 13 e 17 de fevereiro, no Teatro Municipal de São Paulo, o festival incluiu exposição com cerca de 100 obras, aberta diariamente no saguão do teatro, e três sessões lítero-musicais noturnas.
Sobre os Colégios Maristas – Os Colégios Maristas estão presentes no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo com 19 unidades. Nelas, os mais de 25 mil alunos integrados por formação, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em transformação constante. Saiba mais em www.colegiosmaristas.com.br.