Sou um rio caudaloso
Jairo Valio: Poema ‘Sou um rio caudaloso’
Na nascente onde nasci belo em natureza linda,
Onde os passarinhos cantam na madrugada surgindo,
Ávidos peixinhos nadam na correnteza,
E desço encachoeirado batendo em pedras,
Qual criança sapeca que sorri então,
E minha beleza se mostra estonteante.
Vou caminhando abrindo espaços,
E noto que sementes caem de árvores frondosas,
Para alimentar os peixinhos que nadam em mim,
E me sinto gratificado em saciar as fomes,
De criaturinhas tão belas que a natureza me deu.
Vou ganhando forças de rios pequenos,
Que nascem nas relvas de minhas margens,
Ganhando volumes para enfrentar os desafios,
Que podem surgir num repente do homem insano,
Que poluem as águas de meus ancestrais,
Que matam suas sedes e de suas famílias,
E recebem em troca os poluentes perversos,
Matando meus peixinhos e até os passarinhos,
Que vivem em minhas águas e lhes dou sustentos.
Choro então com lágrimas sentidas,
Sem entender as falsidades,
E me quedo em silêncio agudo,
Pois não quero
ser vítima das insanidades,
E volumoso desço encachoeirado até sumir,
Nas ondas do mar que me acolhem então.
Jairo Valio
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