Garganta cristalina em cascata
Ella Dominici: Poema ‘Garganta cristalina em cascata’
as vozes visitavam os azuis
vagavam no vasto vazio
e vislumbravam à vistas
onde lá moravam encostadas
em vãos que vinham e iam
como cristais pendentes
eram lentes ladeadas, castiçais
ou copos de leite transparentes
as vozes tocam os copos topázios
tirilintar sonoro reverberam
tintintinamente tocam em ecos vazios
o precipício enche-se de ais e anais
de histórias de lá pra cá e lá lá-lás
é o encanto das meninas sabiás
águas agudas são tonalidades
elevam o vão aos céus dos céus
vestem-se de anjos as águas celestes
águas vorazes são trompas cascatais
que bramam leoninas nas variantes
descidas do precipício valioso das vozes
nasce o canto diamante prometido
aos que levam aos homens música
cascateada nas expressões sonoras do destino
não é lírico nem idílico
é salmo novo à paz e liberdade
Ella Dominici
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