SESC Sorocaba recebe a FLAUS em dezembro

A Feira vem sendo realizada como uma ação coletiva e horizontalizada de escritores e escritoras de Sorocaba e região desde 2017

FLAUS - Feira do Livro de autores Sorocabanos
FLAUS – Feira do Livro de autores Sorocabanos
Imagem cedida pelo idealizador da Feira, Carlos Carvalho Cavalheiro

A FLAUS – Feira do Livro e Autores Sorocabanos terá uma edição especial este ano de 2023, dentro de uma cessão de espaço do SESC Sorocaba. Em sua 7ª edição, a Feira, idealizada pelo escritor e historiador Carlos Carvalho Cavalheiro, vem sendo realizada como uma ação coletiva e horizontalizada de escritores e escritoras de Sorocaba e região desde 2017.

Além de servir como uma vitrine para a produção da arte literária, a FLAUS apresenta uma série de outras atividades como contação de histórias, oficinas de poesia, palestras, lançamento de livros e o tradicional Sarau da FLAUS. Além disso, anualmente a FLAUS homenageia um escritor sorocabano. Este ano a homenageada será a escritora Neide Baddini Mantovani.

Além da versão presencial, a FLAUS mantém uma versão online. Os destaques deste ano são a palestra “Os Desafios do Mercado do Livro em Angola”, ministrada pelo escritor e jornalista Fernando Guelengue, de Angola; o poeta Anderson Valfré que, de Minas Gerais, falará sobre o projeto Transvê Poesias (projeto realizado em todo o Brasil) e a escritora Conceição Maciel, do Pará, que falará de sua trajetória literária.

A FLAUS no SESC ocorrerá nos dias 8 a 10 de dezembro, sempre a partir das 14 horas. No dia 16, a Feira retorna ao seu lugar de origem, a Praça Cel. Fernando Prestes, das 9 às 14 horas.

Programação da FLAUS 2023

Dia 08.12

14h – Abertura Oficial da FLAUS – Feira do Livro e Autores Sorocabanos e lançamento do livro “Prelo” do escritor Carlos Baptistella

14h30 – Lançamento do livro “A Floresta onde tudo pode acontecer”, vol. 3, do escritor Antônio L. Pontes

15h – Palestra: “Escrita de bicha: processos criativos na produção de uma literatura engajada”, ministrada pelo escritor sorocabano Lucas Leandro

15h30 – Homenagem da FLAUS a escritor/a sorocabano

17h – Bate-papo e sessão de autógrafos do livro “No palco feminista”, da escritora Adriana Rocha Leite. Presença da prefaciadora Manu Barros.

18h – Entrega de troféus dos Premiados no 3º Concurso Literário da FLAUS com transmissão online do evento

20h30 – Lançamento do livro “Entre ingás e framboesas”, da escritora Aparecida Vines

Dia 09.12

14h – Oficina de Poesia para crianças e adolescentes (10 a 14 anos) com a escritora Vânia Moreira

14h45- Palestra motivacional: “Prepare-se para vencer” – com a escritora Laude Kämpos

15h (Banca da FLAUS) – Lançamento do livro “Sorocabanas – a mulher na História de Sorocaba”, do escritor Carlos Carvalho Cavalheiro.

15h30 – Sarau da FLAUS

18h – Lançamento do livro: “Revoluções Minimalistas: contos reflexivos fantásticos a partir de perspectivas inusitadas” do escritor Bruno Franques

Dia 10.12
14h45 – Palestra: “Genealogia: o estudo da tolerância” com o escritor Luiz Nitsche
15h45 – Palestra: “A importância dos livros e da leitura em minha vida” com o escritor Nelson Malzoni
16h15 – Sessão de autógrafos do livro “O Zoom da vida profissional” da escritora Kátia Regina Vieira Pinho Alvarez Alves
16h30 – Lançamento do livro “Teu sangue vermelho na minha parede”, do escritor Baga Defente com transmissão online do evento

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Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/




Amigos da Confraria Internacional de Literatura e Artes promovem sarau com o tema Setembro Amarelo

O V Sarau promovido pelos Amigos da Confraria Internacional de Literatura e Artes adere à campanha Setembro Amarelo e, por meio da poesia, aborda o problema do suicídio

“Em janeiro João tinha TOC, foi chamado de bobo.
Em fevereiro Paula era bipolar, e a chamaram de doida.
Em março Júlia tinha crises de ansiedade, e diziam para ela se focar no presente.
Em abril Leandra tinha anorexia, e ouvia as pessoas rindo e falando dela.
Em maio Maria teve síndrome do pânico, e disseram que era frescura.
Em junho Pedro teve depressão, e foi chamado de fraco.
Em julho Lucas descobriu a esquizofrenia, e disseram que era invenção da cabeça dele.
Em agosto Daniel teve transtorno da personalidade borderline, e falavam que ele queria chamar atenção.
Em setembro tudo ficou Amarelo, as pessoas começaram a entender todos os problemas e nos estenderam a mão, nos medicaram e postaram textos em suas redes sociais para nos apoiar.
Porém em outubro continuaram a nos chamar de loucos, fracos, e diziam que nos faltava fé. “Sua vida é tão boa!”, “Como pode reclamar?”, eles diziam.
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Em novembro Pedro se matou, “Mas era tão jovem!”, “Era uma boa pessoa”, porém tudo que Pedro queria era que todos os meses fossem amarelos também, que os julgamentos acabassem e que as pessoas realmente entendessem que os problemas psicológicos não são escolha nossa, e que nós precisamos de ajuda não só em setembro, mas em todos os meses. Então a partir de hoje faça o Setembro Amarelo ser presente em todos os dias do ano, pois agora mesmo você pode estar ao lado de um Pedro e não sabe.”

(Texto: @diariodeansidade1. http://escolanatasha.com.br/?p=2072 >. Acesso em: 25 set. 2020)

Nas últimas décadas, observa-se o crescimento ininterrupto dos casos de suicídio no Brasil. Os números são especialmente preocupantes entre jovens. Em um período de 28 anos, houve um aumento de 30% nos casos de suicídio, taxa maior do que a média das outras faixas etárias. A taxa cresce por uma conjunção de fatores. “A sociedade está cada vez menos solidária, o jovem não tem mais uma rede de apoio. Além disso, é desiludido em relação aos ideais que outras gerações tiveram”, afirma Neury Botega, psiquiatra da UNICAMP.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está em oitavo dentre os países com maior número de suicídios, atrás de Índia, China, Estados Unidos, Rússia, Japão, Coreia do Sul e Paquistão. Em 2013, contabilizou 11.821 suicídios (9.198 do sexo masculino e 2.623 do sexo feminino).

Diante de um quadro de tamanha envergadura, os Amigos da Confraria Internacional de Literatura e Artes, comunidade com página no Facebook (https://www.facebook.com/groups/182267556507554/permalink/378497303551244/), estão promovendo o V Sarau: Setembro Amarelo.

O sarau será realizado amanhã (26), das 16h às 22h, e os poetas poderão postar até dois poemas no link https://m.facebook.com/groups/182267556507554?view=permalink&id=378497303551244

 

 

 




Associação Criança Feliz de Sorocaba encerra oficina de poesias com lançamento de livro

A Associação promoverá o lançamento de um livro de poesias para comemorar o término do projeto ‘Semeando Emoções e Colhendo Poesias’

No dia 25 de outubro (sexta-feira), às 19h, no salão ‘Salvadora Lopes Peres’, da Câmara Municipal de Sorocaba, a Associação Criança Feliz de Sorocaba promoverá o lançamento de um livro de poesias para comemorar o término do projeto ‘Semeando Emoções e Colhendo Poesias’, projeto esse apresentado ao Condema – Conselho Estadual dos direitos da Criança e do Adolescente.

O projeto apresentado foi uma Oficina de Poesias,  ministrada em seis meses, às crianças e adolescentes atendidos pela Associação, na  faixa de 12 a 17 anos,   orientados por uma equipe formada pelo poeta Gonçaves Viana e as Educadoras Sociais Josiane Reis e Ingrid Toledo.

Como resultado da oficina, foi produzido o livro título do projeto (‘Semeando Emoção – Colhendo Poesias’)

De acordo com o poeta Gonçalves Viana, o tema das poesias foi livre e revelou o interesse dos alunos sobre diversos temas. Para a Associação Criança Feliz de Sorocaba, o projeto obteve pleno êxito, revelando a maturidade e o talento dos alunos.

Para encerrar o projeto, com a premiação das três melhores poesias e o lançamento do livro, será realizada uma Sessão Solene na Câmara Municipal de Sorocaba (Av. Eng. Carlos Reinaldo Mendes – Alto da Boa Vista).

A Associação Criança Feliz de Sorocaba 

A Associação Criança Feliz de Sorocaba nasceu como projeto em 2008, sendo estabelecida como Associação em 2009 com inscrição no CNPJ e registro do seu Estatuto.

Reconhecida como Utilidade Pública Municipal, atende gratuitamente crianças e adolescentes matriculados na rede pública de ensino que possuem algum tipo de Transtorno de Aprendizagem. O tratamento consiste em intervenção lúdica, integração com o atendimento Social e Psicológico, estimulações psicomotoras, arte terapia, orientação constante aos pais e oficinas temáticas coletivas.

 




J.C. Freitas, do grupo Coesão Poética de Sorocaba, é homenageado como 'Personalidade Literária de 2018'

A homenagem foi prestada por Roberto Flores, promotor de saraus lítero-musicais, no Espaço Cultural Du-Artes

No dia 10 de novembro (sábado), o poeta José Carlos Freitas, mais conhecido como J.C.Freitas, do grupo Coesão Poética de Sorocaba, foi homenageado pelo promotor de saraus Roberto Flores, no Espaço Cultural Du-Artes.

A homenagem foi uma surpresa para JC, pois, a princípio, a reunião lítero-musical deveria ser tão somente mais um sarau promovido por Roberto Flores, no mesmo espaço, e que teria por tema ‘Coração Disparado’.

O troféu foi criado pela artista plástica e proprietária do Espaço, Ana Maria Duarte.

Estiveram presentes, para prestigiar a homenagem, os poetas Gonçalves Viana, Dado Carvalho, Ana Maria Duarte, Roberto Flores e os músicos Nivaldo Fernandes e Luan e familiares, parentes e amigos de JC.

O poeta J.C.Freitas

O poeta José Carlos de Freitas tem um currículo de vida bastante diversificado.

Filho de João de Freitas e Maria Manoela de Freitas, nasceu no dia 30 de maio de 1947. Sempre disse que era um guerreiro por ter nascido no dia de Sta. Joana D´Arc.

Aos 7 anos, frequentava cinema, pois seu pai era cinematografista no Cine Eldorado, na V. Hortência, em Sorocaba, mas não gostava da escola, pois chegou fazer o primário em sete anos.

Aos 12 anos, foi aprender o ofício de alfaiate e, aos 15, foi trabalhar na fábrica Santo Antonio. Com 18 anos, ingressou no Curso Ferroviário, na extinta Estrada de Ferro Sorocabana, formando-se em soldagem, onde trabalhou até 1970.

Em 1971, foi para Campinas, trabalhar na Fábrica Cargo Van como soldador e, depois, controlador de soldas, onde permaneceu até o final  de 1974.

Casou-se com Chirlei em 1972 e tiveram a primeira filha em maio de 74.

Voltou para Sorocaba e matriculou-se no Colégio Achilles de Almeida, porém, por não gostar de escola, mesmo tendo sido eleito presidente do Grêmio Estudantil, abandou os estudos.

Foi trabalhar na cidade de  Itu no ano seguinte, na fábrica CINASA, como soldador, e, depois,  como contramestre em  manutenção mecânica, fazendo vários cursos em especialização.

Trabalhou no Orfanato Humberto de Campos por um período e foi chamado para trabalhar na Jaraguá Indústrias Metalúrgicas no ano de 1979, primeiro como soldador e, pela experiência de ter feito vários cursos profissionalizantes, foi promovido a controlador de qualidade, lá permanecendo até 1983. Entrou na fábrica Moto Peças como controlador de qualidade, e, logo, foi Indicado para acompanhar as reformas dos tanques de guerra do exército. Nessa época, já com 37 anos e com 4 filhos estudando, Michelle, Cibelle, Erikson e Nivaldo, e com muito Incentivo de sua esposa, voltou a fazer o colegial, novamente no Achilles de Almeida, formando-se em 1986, com  39 anos.

Com o mesmo incentivo de sua esposa, entrou na Faculdade de Filosofia, antiga FAFI, formando-se em História e Geografia, em 1989, com 42 anos.

Um fato curioso deu-se nesses anos, foi fazer um curso na Escola Profissionalizante Archimedes e o diretor-proprietário, Humberto Cardoso, convidou-o para ministrar aulas como Instrutor de Controlador de Medidas. Logo em seguida, se formou e recebeu novo convite para ser Professor de História e Geografia, lá permanecendo por 13 anos.

Já estando aposentado há vários anos, em 2001 resolveu viver à beira-mar, por ter recebido o convite de um Sindicato para tomar conta de um Camping,  em Peruíbe, onde morou por cinco  anos, período em que começou a usar a internet e a escrever para um jornal de Macaé RJ, escrevendo poemas e contos, momento em que ‘tomou o gosto’ pela poesia.

Participou de quatro coletânea de poesias: ‘Alimentos da Alma’(2009).  ‘Versos Di-Versos’ (2014), ‘Versejando’ (2018).

Em 2017, estreou seu livro solo ‘De repente…setenta’.

Atualmente, faz parte dos grupo Coesão Poética de Sorocaba  e Poetart.

Momentos da homenagem

O troféu, confeccionado por Ana Maria Duarte

 

Chirlei Freitas (esposa de JC), Roberto Flores e JC Freitas

 

Gonçalves Viana

 

Dado Carvalho

 

Ana Maria Duarte

 

Luan, neto de Ana Maria Duarte

 

Nivaldo Fernandes

 




Ana Esther Balbão Pithan é a nova Correspondente Cultural do ROL

 Como primeira colaboração, entrevista os idealizadores do Sarau do QuintALL, evento artístico mensal gratuito que ocorre no norte da ilha de Santa Catarina, desde fevereiro de 2014

Ana Esther Balbão Pithan passou a fazer parte recentemente do Time de Colunistas do ROL e, agora, passa a ser, também, Correspondente Cultural, de Florianópolis (SC).

Sobre a entrevista, Ana Esther fala, entusiasmada: “Para mim é uma imensa alegria que a primeira entrevista que faço para o ROL seja com os idealizadores do Sarau do QuintALL pois é um evento do qual  eu participo desde fevereiro de 2015 e renovou minha vida, minhas inspirações e é uma fonte de inúmeras alegrias com as amizades maravilhosas que por lá já fiz! É um evento artístico mensal gratuito que ocorre no norte da ilha de Santa Catarina, a tão vibrante Ilha da Magia Florianópolis, desde fevereiro de 2014 e sob a batuta da Ana Luiza Brasil e do Luís César Aguiar e que leva alegria a um montão de gente em Florianópolis e região metropolitana. Aproveitem!”

Saraus do QuintALL

(Ana Luiza Brasil e LuCA=Luís César Aguiar)

Ana Luiza Brasil e LuCa

Ana Esther:  Como surgiu a ideia inicial para o Sarau do QuintALL?

Ana Luiza Brasil: Eu trabalhei 25 anos com jornalismo e escolhi trabalhar com os pontos positivos das pessoas, preferindo mais as histórias de vida do que as notícias, principalmente no que as pessoas fazem de bom nas várias expressões artísticas e – assim – abrir caminhos para o lado mais positivo. Eu vim pra Floripa com a ideia de viver de maneira mais meditativa, mais ligada à natureza, uma vida mais simples; sentir o gostinho de ser desconhecida. Mas, logo comecei a cantar profissionalmente, algo inédito em minha vida, e aí me deu aquela antiga vontade de espalhar para mais gente a chance de se expressar, ver shows… mesmo sem dinheiro pra investir… O meu único dia vago eram as quintas-feiras. Então, surgiu a ideia de criar para esse dia da semana um evento gratuito, com o principal objetivo de puxar a essência positiva das pessoas. Senti que pessoas afins gostaram do projeto.

O Buraco de Minhoca

O LuCA, meu companheiro de 18 anos, e que é músico, artista plástico, yogue, e professor de tudo isso, apesar de gostar de ficar nos bastidores, é meu ajudante e realizador do nosso sarau. Sem ele, nada aconteceria. Luca preza sua alegria interna e vê isso acontecer no QuintALL com as pessoas. Os alunos dele se apresentam lá, e o QuintALL – segundo ele – tornou-se como um laboratório mensal onde eles podem mostrar o que estão desenvolvendo. Além disso, LuCA acompanha muitos alunos de canto, ou outros cantantes que se manifestam em querer se apresentar. Mas, lembramos que o QuintALL não é Karaokê.

AE:  Por que o nome QuintALL?

ALB:  Quinta Cultural… eu achei muito comum, surgiu então Quintal (onde temos memórias afetivas felizes de nossa infância). Um amigo sugeriu ALL – no final – para significar tudo e todos, para todos.

AE:  Quais as maiores dificuldades e quais os aspectos facilitadores para a concretização da ideia?

ALB:  Não pensei nem penso nas dificuldades. LuCA e eu fazemos acontecer com os recursos que temos, e espero que aconteça o que tem que acontecer por parte dos outros. No entanto, o que temos visto ao longo desses quase 5 anos é que as pessoas vão, gostam, abastecem o evento, e se sentem com responsabilidade para fazer o que se consegue (sincretismo).

AE:  Como foi a expectativa e depois a realidade no primeiro ano do sarau?

Daniel de Moraes Ferreira – Prof. de Tai Chi

ALB:  Não sou pessoa de expectativa. Sempre entrego para o Universo. LuCA e eu sempre estivemos dispostos para assumir o palco sozinhos caso não viesse nenhum artista, e para nos apresentar para cinco, ou cinquenta pessoas. No entanto, sempre vieram os artistas, poetas, e público para aplaudir. O nosso QuintALL tem uma energia leve, não tem planejamento nem protocolo, nunca sabemos quem vai se apresentar e nem quem será o público. Cada um vem trazendo uma novidade, e há uma diversidade de assuntos que envolvem a descoberta de cada um, e rola no palco informações, ou apresentações, de cuencos de cristal, cosmetologia natural, umbanda, dança indígena, etc… Vários projetos foram realizados pelo apoio do QuintALL, como por exemplo a realização de um sonho antigo de Giovanna Massaro: o livro A Ilha da Magia em 100 Palavras (2016), inclusive com muitos minicontos dos participantes do QuintALL!

Há também a Feira Cultural, um espaço junto ao local do lanche, onde os participantes podem expor os seus próprios produtos (artesanato, livros, CDs, etc.) sem pagarem comissão. Houve também três edições da Revista QuintALL em parceria com a gráfica que não cobrou o trabalho, apenas os custos do material, e a jornalista Cláudia Reis e eu não cobramos nosso trabalho de layout da revista, entrevistas e redação. Essa iniciativa foi meu lado jornalístico querendo dar voz às pessoas. A minha intenção é que nós conhecêssemos a história pessoal e profissional dos frequentadores do QuintALL. Seria como um cartãozão de visita, onde nossos laços poderiam se fortalecer também fora do Evento. Só conseguimos editar três revistas, porque a Gráfica precisou cobrar pelo serviço de impressão e nós não demos prosseguimento.

Outra iniciativa linda que tivemos foi fazer a edição de dezembro no Teatro Dionísio (na praia dos Ingleses). Queríamos algo mais solene para valorizar os participantes e para dar o gostinho para quem nunca tinha tido a experiência do palco de um teatro. No entanto, conseguimos manter a mesma cara do QuintALL com suas características próprias, e as comemorações de Natal. A Pousada MonChateau, na Praia de Canasvieiras, nos abrigou por quase 4 anos, mesmo tendo passado por quatro proprietários diferentes. O QuintALL conseguiu mostrar para as pessoas que não é o dinheiro que está no palco, mas, sim, o amor; sempre quis provar que isso é possível, e que o que abastece o coração é a alegria, e ele é a sabedoria suprema. Com o coração no comando, e deixando o Cabeção de fora, que é o lema do QuintALL, todos pulsam no mesmo ritmo, daí a energia e a emoção do QuintALL. E todos têm participação nisso: quem filma é de graça, quem fotografa também, o local é cedido, as comidas são compartilhadas, enfim, todos se dão uns aos outros.

Susana Zilli (poeta) com Ana Luiza

AE:  Que pontos dos quais vocês não abrem mão para a realização dos saraus do QuintALL?

ALB:  Não abrimos mão deste formato diferenciado, desejamos mostrar que o mais importante não é o dinheiro, mas, sim, o amor. E damos a oportunidade de aprender uns com os outros assuntos que nos fazem evoluir e refletir, ampliando a nossa consciência. Por exemplo, ter um lanche sem “bichinho” em nosso Evento, não põe o dedo no nariz de ninguém quanto ao consumo de carnes, mas nos faz refletir quanto à escravidão dos nossos bichos e não para impor a ideia aos outros sem a carne; e sem álcool, porque não queremos distração, mas, sim, atenção, alegria com consciência.

Fábio D.A.L. da Silva – Poeta

Eu, também, gosto de colocar as cadeiras em forma de auditório, para que todos – de frente e atentos – recebam o presente que está sendo dado. Outra coisa diferenciada é que não procuramos fazer divulgação formal na imprensa, preferimos o boca-a-boca, principalmente porque não queremos estimular a ida das pessoas lá por causa da publicidade. Primo pela ausência de ego, pois, assim, todos – amadores e profissionais – são recebidos com o mesmo nível de importância. Além de parcerias artísticas que nasceram do QuintALL, já passaram por nós muitas atrações, tais como lançamento de livros, shows circenses, teatro de palhaços, dança do ventre, poesia, contação de histórias, bandas de rock (MPB), música irlandesa, duo de viola clássica, harpa, dança cigana, balé clássico. Dessa forma, com um pouco de tudo, aprendemos a conviver – com respeito – as várias formas de arte, religião, opiniões, escolhas de cada um. Importante também é a diversidade de faixa etária, crianças, adultos, idosos. Os quintalleiros sabem que ali eles serão respeitados, não serão machucados, e serão recebidos com amor e gratidão, por isso não têm medo da crítica. Já nos ofereceram para transformar o QuintALL numa ONG, mas não queremos. Com certeza, passaríamos a ter critérios, cumprir funções, dar satisfações, aí entra o dinheiro, não queremos. Não temos vaidades. O aspecto formal leva a crescer os olhos.

Nita Saideles Martins – Artista Plástica

AE:  Qual a repercussão deste evento em Florianópolis?

ALB:  Em nosso primeiro ano de existência, recebemos – com muita alegria – medalha e certificado da ACPCC, pelos serviços prestados à cultura de Florianópolis e ao povo catarinense. Também recebemos – com a mesma alegria – o Certificado de Honra ao Mérito da MULEARTE, presidida por Célio Gilberto. Em Castro, no Paraná, surgiu um evento, inspirado nos moldes do QuintALL, que se chama Luau do Iapó, nosso primeiro filhote, e que já promoveu 21 – ou mais – eventos mensais. Os promotores do evento são Luís e Lúcia Menarim, casal que frequentou o QuintALL por duas vezes, adorou a ideia, e quis fazer igual na cidade deles.

Gabriela, Thiago e Gabrielzinho

AE: Para vocês, quais os motivos de maior satisfação com o QuintALL?

ALB:  No QuintALL não há competição, que é a mácula do Universo, e que acaba fazendo a Arte ficar feia. E isso não ocorre no QuintALL!  

AE:  Alguma tristeza ou decepção?

ALB:  Nessa Vida, não há tristezas, nem decepções; há aprendizado.

Marcos William Martins – Salva-Vidas e desenhista

AE:  Planos para o futuro?

ALB:  Futuro? O que é isso senão a consequência do Presente? Faço o QuintALL sempre no Presente, uma edição por vez, sem a menor preocupação, e sem nenhum plano. Vamos tocando até que ele cumpra a sua trajetória.

AE:  Alguma informação que vocês gostariam de acrescentar e eu não perguntei?

ALB:  Não, querida Ana Esther, apenas gostaria de lhe agradecer pela sua preciosa presença e participação em nossa Família QuintALL. Muitos beijinhos e obrigada também por essa entrevista.

 




Clube do Livro de Itapetininga realiza mais um Sarau

Evento terá apresentação de diversos segmentos artísticos

 

A Biblioteca Municipal de Itapetininga promoverá mais um Sarau do Clube do Livro.

O evento será dia 7 de julho, sábado, às 16h.

O objetivo do encontro é reunir artistas de diferentes segmentos e o público em geral para compartilhar todas as vertentes de arte e cultura.

Podem participar músicos, cantores, poetas, escritores, bailarinos, atores, desenhistas, pintores e todos que quiserem se apresentar.

O Sarau é livre e aberto ao público. Não é preciso ser artista profissional.

A Biblioteca Municipal fica à Rua Campos Sales, 175, Centro. Telefone 3272-3265.

Para as crianças

Também no dia 7 de julho, as crianças de seis meses a quatro anos podem se reunir na Biblioteca para participar do Lê no Ninho.

O projeto visa despertar o interesse pela leitura e fomentar o desenvolvimento da imaginação através de músicas, brincadeiras e contação de histórias.

O evento é gratuito.

Aberto ao público




Sarau no Centro Cultural Paulo Freire, em Capão Bonito,  destacará Virginia Woolf

O sarau será no Centro Educacional, Cultural e Esportivo Paulo Freire, às 20 horas, com entrada franca

 

Abrindo os Trabalhos Culturais de 2018, nesta sexta feira, 12/01, acontecerá um sarau com o mediador da Roda de Leitura – Carlos Eduardo.

O II Sarau de Roda de Leitura terá como tema “Um teto todo delas”.

“Não é preciso ter grandes habilidades em psicologia para afirmar que qualquer garota muito talentosa que tenha tentado usar seu dom para a poesia teria sido tão impedida e inibida por outras pessoas, tão torturada e feita em pedaços por seus próprios instintos contrários, que deve ter perdido a saúde e a sanidade, com certeza”. É Virginia Woolf (1882-1941), quem diz isso no seu célebre ensaio “Um teto todo seu”, de 1929, escrito a partir de palestras que Woolf proferiu nas universidades de Newham e Girton um ano antes.

Convidada para falar sobre “As mulheres e a ficção”, Woolf é clara: “a mulher precisa ter dinheiro e um teto todo seu se quiser escrever ficção”. A partir dessa constatação, já no início do ensaio, é que ela nos mostrará como chegou a esta conclusão.

Carregada de ideais igualitários, o ensaio de Virginia Woolf mostra a luta feminista dos séculos XIX e XX como, por exemplo, a defesa da luta da mulher para a entrada no mercado de trabalho, direito ao voto, inserção na universidade e espaço para a produção cultural e intelectual.