Neusa Bernado Coelho: 'Sítios Arqueológicos: Ilha do Coral' – Palhoça/SC
Sítios Arqueológicos: Ilha do Coral – Palhoça/SC
Há cerca de 5.000 anos o litoral catarinense passou a ser ocupado pelos índios carijós, da família tupi-guarani, e, no século XVI foram os primeiros a contactar com os navegadores europeus. Nesse litoral a espetacular planície costeira da Baixada do Maciambu, Palhoça, ladeada por Mata Atlântica, subsistem duas aldeias indígenas guaranis, engenho de farinha, pesca artesanal, criação de gado, diversas formas coletivas de apropriação dos recursos naturais e de expressões artísticas. A presença de povos pré-coloniais nessa região evidencia-se por meio de sítios arqueológicos, e por sambaquis, locais onde os índios processavam alimentos e enterravam seus mortos.
A paradisíaca Ilha dos Corais, localizada na Guarda do Embaú, Palhoça, foi um dos ambientes habitados por povos originários. Apresenta sítios arqueológicos e grandes painéis de figuras geométricas com formação de há aproximadamente dois mil anos. As inscrições rupestres, expressão artística mais antiga da humanidade, estão dispostas em paredões rochosos voltados para o oceano. Segundo algumas pesquisas, provavelmente teriam sido códigos simbólicos relacionados ao ambiente marítimo com finalidade de integrar as populações ao longo da costa. Hoje, representam um importante Patrimônio da União.
Fonte: SOS Rio da Madre;
Socioambiental. 2000, SOL/SC, 2017.
Por Neusa Bernado Coelho, natural de Palhoça/SC. Poetisa e historiadora