Da janela, o horizonte
Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Da janela, o horizonte’
No silêncio vespertino,
cortinas aquareladas do ocaso
despontam
e um raio de luz
vermelho-alaranjado,
seduz
nas asas do vento.
Ao entardecer,
do alto da montanha,
de sua encosta,
entre serras e colinas,
nuvens se deleitam.
Sob o céu azul-claro pérola
de setembro,
num eterno e doce abraço,
contemplamos o infinito.
Pairam garças brancas e gaivotas
em voos uniformes
qual grafite a rabiscar,
a planar ao sabor do vento,
debruçando-se
risonhas no seu cume.
Enlaçados,
pintamos todo o azul do céu
com ternura
e, entre sorrisos,
carinhos e beijos,
mergulhamos num mar de desejo.
Tu e eu – o amor,
ao vislumbre do pôr do sol,
e da janela, o horizonte.
Ceiça Rocha Cruz
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