Festival Cultura e Pop Rua debate os direitos culturais da população em situação de rua

Idealizado pelo Museu da Língua Portuguesa e Sesc São Paulo, e correalizado pela Prefeitura da Cidade de São Paulo, o evento vai oferecer serviços, apresentações artísticas e oficinas de cultura gratuitos

Festival Cultura e Pop Rua é realizado pelo Museu da Língua Portuguesa e Sesc São Paulo, com correalização da Prefeitura
Festival Cultura e Pop Rua é realizado pelo Museu da Língua Portuguesa e Sesc São Paulo, com correalização da Prefeitura

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo vivem sem ter onde morar.

No Brasil, são pelo menos 281 mil pessoas na mesma situação, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) de 2022.

Vivendo nas ruas das cidades, as pessoas têm acesso dificultado aos direitos mais básicos, como à alimentação, à saúde, à educação e à cultura.

A fim de discutir o papel das instituições culturais na melhoria da vida deste público e das cidades, o Museu da Língua Portuguesa e o Sesc São Paulo realizam de 16 a 18 de agosto o Festival Cultura e Pop Rua – População em Situação de Rua e Direito à Cultura, com correalização da Prefeitura da Cidade de São Paulo.  

Ao longo de três dias, participarão do evento representantes de organizações, projetos e coletivos do Reino Unido, França, Uruguai, Argentina, Colômbia, além de Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.  

Segundo Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, “o festival é fruto de um desejo de coletivizar as reflexões e a busca por ampliar repertórios para o trabalho com e para a população em situação de rua, exercício a que temos nos dedicado como equipes de instituições culturais que estão em contextos em que estão presentes diversas vulnerabilidades sociais. E de evidenciar o vínculo da cultura e do lazer com a autoestima, a dignidade e o exercício da cidadania”. 

Toda a programação foi construída, no último ano, em cocriação com movimentos sociais de população em situação de rua, agentes, coletivos e instituições culturais atuantes no território Luz, Santa Efigênia, Bom Retiro e Campos Elíseos, onde estão localizados o Museu da Língua Portuguesa e o Sesc Bom Retiro.

Por isso, tanto nas rodas de conversa quanto nos espaços de apresentação, terão protagonismo os artistas do território, assim como pessoas em situação de rua, incluindo: All Ice (SP), Angoleiros do Sertão (SP), Coral Cênico Cidadãos Cantantes (SP), Coral Uma Só Voz (RJ), Itinerância Poética (SP), Libertat (SP), MC Pedrão (SP), Pagode na Lata (SP), Paulestinos (SP), Samba do Bule (SP), Teto, Trampo e Tratamento (SP), Nego Bala (SP), MC Binho (SP), Savio Muan (SP), entre outros.     

“Muitas instituições culturais estão localizadas em territórios com populações em vulnerabilização social e têm o desafio de se inserir e se relacionar nesses contextos. Desde a reabertura do Museu da Língua Portuguesa, há dois anos, esse tem sido um dos principais focos do nosso trabalho: articular outras instituições culturais para atuar a partir do diálogo na garantia dos direitos culturais das pessoas em situação de rua”, afirma a diretora executiva do IDBrasil, organização social de cultura gestora do Museu, Renata Motta.

O Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo. 

Destaques da programação 
No dia 16 de agosto, o evento tem como destaque a realização de um minicurso para trabalhadores da cultura no teatro do Sesc Bom Retiro sob a coordenação de Matt Peacock (Reino Unido), diretor da entidade Arts & Homelessness International (AHI) e a participação de Patrick Chassignet (França), chefe do setor “Da rua à moradia” do departamento de Missões Sociais da Fundação Abbé Pierre e cocriador do festival C’est pas du Luxe! (Não é luxo!).  

Nos dias 17 e 18 de agosto, a programação será realizada em espaços do Museu da Língua Portuguesa e na rua em frente à Estação da Luz, incluindo rodas de conversa com entidades nacionais e internacionais que tratam do tema pop rua e cultura; tendas para oficinas de cultura com temas variados e apresentações artísticas no tablado e no térreo do Museu da Língua Portuguesa (Pátio B e Saguão B).

Toda a programação é livre, gratuita e aberta à participação de qualquer pessoa. Nestas datas, a entrada no Museu da Língua Portuguesa também será gratuita para todas as pessoas, em comemoração à realização do Festival. 

Também nos dias 17 e 18, haverá na rua tendas de serviços para pessoas em situação de rua, tais como alimentação, saúde, corte de cabelo e embelezamento, banho, vacinação, emissão de documentos e atendimento de cuidados para os cães.     

Outro destaque é a apresentação, nos dias 16 e 17, da peça Cena Ouro – Epide(r)mia, no Teatro de Contêiner, com argumento e produção da Cia. Mungunzá de Teatro e textos escritos pelos artistas da cena e direção, o espetáculo conta com Supervisão Dramatúrgica de Verônica Gentilin e Direção de Cris Rocha, Georgette Fadel e Tânia Ganussi. 

O grupo revisita agora um de seus espetáculos anteriores, o Epidemia Prata, incluindo no elenco sete novos integrantes, parceiros de vivências de um território compartilhado.

A narrativa costura a vida cotidiana à mitologia e à figura da medusa em um jogo entre o que é maleável e o que é tornado estátua no contexto do território conhecido como “boca do lixo” e “cracolândia”. As apresentações serão gratuitas, com retirada de ingressos na hora, de acordo com o limite da sala.  

Também haverá o encontro do Pagode na Lata – proposta cultural-educacional sobre redução de danos que atua junto aos usuários da chamada cracolância – com o Sexteto Aurum da EMESP. E, encerrando o dia 18, a apresentação do Nego Bala com artistas MCs do território da Luz.  

A programação completa está disponível em: www.sescsp.org.br/festivalpoprua 

 
ORGANIZAÇÕES, PROJETOS E COLETIVIDADES PARTICIPANTES 

AHI – Arts & Homelessness International (Reino Unido), Boca de Rua (RS), Casa Chama (SP), CAPS AD III – Prates (SP), Casa Florescer (SP), C’est Pas du Luxe/Fundação Abbé Pierre (França), Chá do Padre (SP), CISARTE (SP), Coletivo Ni Todo Está Perdido (Uruguai), Filme de Rua (MG), Hecho em Bs As (Argentina), Hospitais Musicais/Santa Marcelina Cultura (SP), Instituto Distrital de Artes – Idartes (Colômbia), Movimento Estadual da População em Situação de Rua, Movimento Nacional da População em Situação de Rua, Movimento Nacional de Lutas em Defesa da População em Situação de Rua, No Tan Distintes (Argentina), Pão do Povo de Rua (SP), Programa Crea (Colômbia), Programa Reviravolta/Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos (SP), Programa Urbano (Uruguai), Projeto Axé (BA), Projeto Uma Só Voz (RJ), Rede Rua (SP), , SP Invisível (SP), Teatro de Contêiner Mungunzá (SP), Teto, Trampo e Tratamento (SP). 

SERVIÇO 

Festival Cultura e Pop Rua 
População em Situação de Rua e Direito à Cultura 

 
DATA: 16 a 18 de agosto 
LOCAIS: Sesc Bom Retiro, Museu da Língua Portuguesa (Pátio B e Saguão B), Teatro de Contêiner, Bar da Nice, Rua (em frente à Estação da Luz)  
PROGRAMAÇÃO: www.sescsp.org.br/festivalpoprua 

SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA  
O Museu da Língua Portuguesa é um equipamento da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Esporte e Educação é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.  

PATROCÍNIOS E PARCERIAS  
A reconstrução do Museu da Língua Portuguesa tem Patrocínio Máster da EDP por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.  

A Temporada 2023 conta com patrocínio da CCR, do Instituto Cultural Vale, da John Deere Brasil, da Petrobras e do Grupo Globo; com apoio do BNY Mellon, da PwC Brasil, do Itaú Unibanco e do Grupo Ultra; e com as empresas parceiras Paramount Têxteis, Eaton, Machado Meyer e Verde Asset Management. Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize, JCDecaux e Helloo são seus parceiros de mídia. A Temporada é realizada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.  

SOBRE O SESC SÃO PAULO 
Com 76 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 40 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade.

Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania.

As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano.

Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Mais informações, clique aqui. 

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Sesc São Paulo estreia série cinema #emcasacomsesc

Série Cinema #EmCasaComSesc terá programação semanal e estreia com filme de Pasolini, documentários sobre o cinema e a ditadura chilena, além de animação nacional infanto-juvenil

São Paulo, junho de 2020 – A partir da próxima quinta-feira4 de junho, o Sesc São Paulo dá início a uma série dedicada ao Cinema, com exibição de filmes em streaming (no formato FVOD – Free Video On Demand), na recém-lançada plataforma Sesc Digital, que passa a reservar um espaço exclusivo para as sessões, basta acessar Cinema Em Casa. Toda semana serão disponibilizados quatro novos títulos, entre longas e documentários, sempre a partir de quinta-feira, com acesso gratuito a qualquer hora do dia e sem necessidade de cadastro.

Na estreia do novo serviço de streaming do Sesc São Paulo, a série Cinema #EmCasaComSesc exibe a cópia restaurada de Mamma Roma, de Pier Paolo Pasolini, cineasta cujas provocações se fazem ainda hoje mais necessárias. Além dele, o filme O Homem da Cabine, de Cristiano Burlan, inicia a programação de cinema nacional, dando ênfase a documentários, com a história deste profissional que silenciosamente projeta sonhos.

Tem também O Pacto de Adriana, documentário chileno de Lissette Orozco, que nos leva a um impactante encontro com a verdade histórica da ditadura e seus efeitos na atualidade e a animação brasileira Historietas Assombradas – O Filme, de Victor-Hugo Borges, que dá início à programação voltada ao público infanto-juvenil. Os filmes estarão disponíveis a partir de 4 de junho, de quinta-feira.

A programação contemplará quatro eixos principais neste primeiro momento. Uma curadoria de clássicos do cinema, em sua maioria cópias restauradas e exclusivas na plataforma; uma seleção contemporânea internacional, com filmes que tiveram uma trajetória relevante em festivais no mundo todo e que merecem uma nova oportunidade de exibição ao público; uma janela dedicada ao cinema nacional, com  produções de grande alcance de público e filmes independentes que merecem maior espaço de exibição – haverá também destaque aos documentários, ponto forte na produção cinematográfica brasileira; e por fim,  uma seleção de filmes infanto-juvenis, visando a formação de público, desde os primeiros anos de vida, para a diversidade do cinema e ampliação do lastro de narrativas.

A iniciativa de oferecer filmes em streaming em sua nova plataforma digital reforça os aspectos que ancoram a ação institucional do Sesc São Paulo, garantindo o acesso a conteúdos da cultura a variados públicos. Com maior presença no ambiente online, o Sesc amplia sua ação de difusão cultural, de maneira acessível e permanente. O público ganha assim mais um espaço para contemplar, descobrir e redescobrir o cinema, a partir de grandes obras selecionadas, disponibilizadas online e gratuitamente.

Os filmes ficarão disponíveis por um período determinado, com alterações e novas estreias semanais a cada quinta-feira (considerando a semana de cinema de quinta à quarta-feira). Haverá ainda possibilidade de prorrogação da exibição, conforme a demanda do público, além de sessões especiais por períodos menores (como 24h, por exemplo). A curadoria do Cinema #EmCasaComSesc conta com a experiência do CineSesc, que segue fechado desde o mês de março, por conta da crise causada pelo novo coronavírus.

CINESESC

Um dos cinemas de rua mais queridos da cidade, o Cinesesc iniciou seu funcionamento em 21 de setembro de 1979, no número 2075 da rua Augusta, na cidade de São Paulo, e se dedica à missão de fomentar a difusão do cinema de qualidade, exibindo obras que muitas vezes ficam fora do circuito comercial nas salas de cinema e plataformas online. Sua programação inclui grandes e pequenas produções do mundo todo.

Além de integrar o corpo de curadores em mostras especiais, o CineSesc também recebe festivais importantes do calendário cinematográfico paulistano, como a Mostra Internacional em São Paulo, Festival Mix Brasil e o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, entre outros.  O cuidado com a programação tem reconhecimento do público e da crítica, que o elegeu, por diversas vezes, a melhor sala especial de cinema na cidade de São Paulo.

PROGRAMAÇÃO: Cinema #EmCasaComSesc a partir de 4 de junho

MAMMA ROMA

(Dir.: Pasolini, Itália, 1962, 116 min, 14 anos)

Mamma Roma (Anna Magnani) é uma prostituta de meia-idade que sonha em mudar de classe social para poder voltar a viver com filho adolescente, Ettore (Ettore Garofolo). Ela faz de tudo para dar uma vida melhor a ele, mas o jovem não quer saber de estudar ou trabalhar e vive na rua com os amigos arruaceiros. Quando o passado de Mamma volta a atormentá-la, ela vai perceber que o recomeço é incerto e, talvez, inalcançável. Ficção.

O HOMEM DA CABINE

(Dir.: Cristiano Burlan, Brasil, 2008, 90 min, Livre)

Entre o claro e o escuro das salas de projeção, existe um profissional pouco conhecido da plateia de cinema: o projecionista. A partir do microcosmo de uma sala de projeção, o documentário faz um registro da rotina desses trabalhadores, que possuem uma longa e solitária jornada de trabalho. Documentário.

O PACTO DE ADRIANA

(Dir.: Lissette Orozco, Chile, 2017, 96 min, 12 anos)

Quando criança, Lissette Orozco tinha sua tia Adriana como um grande exemplo. Porém, ao descobrir que ela trabalhava para a polícia secreta do ditador chileno Augusto Pinochet, Lissette decide enfrentar Adriana para desvendar os segredos obscuros da história de seu país. Documentário.

HISTORIETAS ASSOMBRADAS – O FILME

(Dir.: Victor-Hugo Borges, Brasil, 2017, 90 min, Livre)

Pepe é um menino de 12 anos que mora com sua avó, uma bruxa-empresária. Após descobrir que é adotado e que seus pais estão vivos, ele decide sair em busca deles, mas assim acaba atraindo a atenção de Edmundo, um vilão biomecânico que precisa de Pepe para concretizar seu enorme plano maléfico: usar a energia das crianças de sua espécie para atingir a imortalidade. Edmundo rapta a avó de Pepe, forçando o menino e seus amigos a resgatá-la em uma aventura pelo universo fantástico baseado no sucesso da TV “Historietas Assombradas (para crianças malcriadas)” e de quebra solucionar o enigma que gira em torno de seus pais desaparecidos e do passado sinistro de sua espécie. Animação.

SERVIÇO:

Cinema #EmCasaComSesc
Toda semana, sempre a partir de quinta-feira, tem quatro novos filmes para streaming:
sescsp.org.br/cinemaemcasa

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Fase Beta
As versões da plataforma do Sesc Digital encontram-se em fase beta, ou seja, novidades e melhorias serão implementadas a partir das interações que se desenvolverem entre o público e os recursos. Além disso, o catálogo será expandido periodicamente, englobando novas temáticas e linguagens.

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A presença digital do Sesc São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado. Por essa razão, o Sesc apresenta o Sesc Digital, sua plataforma de conteúdo!

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