Curtas-metragens de animação inéditos no canal são destaques na programação de setembro

Com classificação indicativa livre, as produções estão disponíveis on demand em sesctv.org.br e podem ser vistas gratuitamente

Neste mês de setembro, o SescTV disponibiliza cinco curtas-metragens de animação inéditos na programação on demand, que abordam temas reflexivos como a morte, a religiosidade, e a vida cotidiana. Os filmes selecionados são Viagem na Chuva, de Wesley Rodrigues; Guida, de Rosana Urbes; Graffiti Dança, de Rodrigo Eba; Josué e o Pé de Macaxeira, de Diogo Veigas; e Casa de Máquinas, de Daniel Herthel e Maria Leite, todos de classificação indicativa livre. (Assista em sesctv.org.br, em casa e sem necessidade de cadastro).
Indicada a melhor curta-metragem de animação na edição de 2015 do Grande Prêmio Brasileiro, a produção Viagem na Chuva, dirigida por Wesley Rodrigues, tem como premissa a repentina chegada de um mágico e do circo à cidade, que promove uma revolução semelhante à uma tempestade. Com isso, crianças tornam-se velhos e velhos viram crianças.
O curta Guida, dirigido por Rosana Urbes, traz o cotidiano da arquivista Guida, uma senhora que trabalha no fórum da cidade e reinventa completamente sua forma de viver quando começa a posar como modelo vivo. O filme recebeu o prêmio Jean-Luc Xiberras, dado ao melhor primeiro filme do Festival de Annecy e a menção especial da Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci).
Em Graffiti Dança, por Rodrigo Eba, no exato tempo de um bolero, o expectador pode acompanhar múltiplos graffitis que na madrugada ganham vida e dançam pelas ruas da cidade de São Paulo, dando cor para o cenário acinzentado da capital. No total, o curta-metragem é vencedor de cinco prêmios, sendo um deles o Melhor Curta Brasileiro do Anima Mundi, em 2013.
Ganhador do prêmio de Melhor Animação Brasileira pelo Júri Popular na edição de 2009 do Festival Anima Mundi, o curta-metragem Josué e o Pé de Macaxeira, dirigido por Diogo Veigas, acompanha Josué, personagem que vive na caatinga e ganha um pé de macaxeira mágico. Ao tomar proporções gigantescas, ele o leva ao encontro de Lampião para pedir ajuda.
Na produção dirigida por Daniel Herthel e Maria Leite, é possível vislumbrar a complexa e poética movimentação de uma Casa de Máquinas, que cria um objeto autômato embalado por uma canção. O curta-metragem recebeu os prêmios de Melhor Curta de Minas Gerais no Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte e Porta Curtas no Festival Internacional de Curtas em São Paulo, ambos no ano de 2008.
Sobre o SescTV:
O SescTV é um canal de difusão cultural do Sesc em São Paulo, distribuído gratuitamente, que tem como missão ampliar a ação do Sesc para todo o Brasil. Sua programação é constituída por espetáculos, documentários, filmes e entrevistas. As atrações apresentam shows gravados ao vivo com variadas expressões da música e da dança contemporânea. Documentários sobre artes visuais, teatro e sociedade abordam nomes, fatos e ideias da cultura brasileira em conexão com temas universais. Ciclos temáticos de filmes e programas de entrevistas sobre literatura, cinema e outras linguagens artísticas também estão presentes na programação.
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SescTV exibe Mulheres do Àse

A performance evidencia a força e a fé das mulheres negras, e a importância do espaço religioso candomblecista 

SescTV disponibiliza on demand e exibe no canal o espetáculo Mulheres de Axé. A produção faz parte da Nova Temporada da série Dança Contemporânea, que propõe um olhar plural para a cena da dança contemporânea no país, a partir das poéticas do corpo negro na cena, com a curadoria de Gal Martins. Dirigido para a TV por Antônio Carlos Rebesco, o episódio exibe a performance Mulheres do Àse, dirigida por Edileusa Santos, além de reunir depoimentos de personalidades do Candomblé da Bahia. Na produção a dança contemporânea, música, poesia e religiosidade afro estão em cena. O programa já pode ser assistido em casa, em sesctv.org.br gratuitamente e sem necessidade de cadastro.

Edileusa explica que é uma mulher negra, criada em uma família com cinco mulheres que nasceram e residem no bairro da Liberdade, na Bahia, mesmo lugar onde nasceu o bloco Ile Aiyê. No bairro a presença e exaltação da cultura negra é muito forte, seja na religião afro-brasileira, ou através dos movimentos sociais. “Nasci nesse berço. Meu pai que era mecânico comprava aquelas bolachas e, dentre eles, comprou a de Miriam Makeba, uma ativista africana, e isso mexia comigo”, conta Edileusa.

A diretora recorda que desde criança dançava pela casa e sua mãe, uma mulher de muita fé, e estabelecia relações entre a dança e o universo do Candomblé. “Despertei quando vi os orixás Yansã e Xangô dançar, suas cores e comidas, acho que tudo isso me levou à paixão pela dança”, afirma Edileusa.

A intérprete criadora Fátima Carvalho lembra que sua avó sempre deixava as pessoas da família falarem nos momentos de discussão, mas quem dava a palavra final era ela. “Eu aprendi a força e a luta de uma mulher negra que tinha absoluta clareza da presença dela no mundo”, explica. Segundo a intérprete cada movimento durante a performance diz um pouco a respeito de suas experiências. “Mulheres de Àse me dá voz o tempo inteiro”, diz.

Inspirado nas ruas do bairro do Pelourinho, em Salvador, o diretor e executor musical Gilberto Santiago explica que para o espetáculo, a música e as cenas foram criadas juntas, porque no universo do Candomblé não se separa dança, corpo e música. Ele também pontua que é preciso entender que a linguagem das mulheres é diferente da linguagem dos homens e precisa ser respeitada. “E esse espetáculo faz com que a gente que é homem não perca nenhum momento nossa masculinidade, mas observe o que é um ritual de mulheres”, pontua.

Para Edileusa o Mulheres de Àse fortalece a luta e o entendimento sobre as mulheres negras. Segundo ela, ser uma mulher no axé é acolher, é saber fazer um caruru também. “Ser mulher negra no Àse é força e resistência. É coisa de preto. Axé é vida”, considera.

Mãe Stella de Oxóssi, Mãe Beata de Iemanjá, Makota Valdina, Ebomi Nice de Yansã, Ebomi Vanda Machado, Ya Dagan Dinah e Irmãs da Irmandade da Boa Morte, participam do episódio através de depoimentos.

 

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Serviço

Nova Temporada da Série Dança Contemporânea

Direção geral: Antônio Carlos Rebesco.

Verifique a classificação indicativa.

Produção: Pipoca Cine Vídeo.

Realização: SescTV.

Mulheres do Asè

Direção Geral, Concepção e Roteirização Cênica: Edileuza Santos.

Intérpretes: Sueli Ramos, Tânia Bispo, Sandra Santana, Fátima Carvalho,

Sônia Gonçalves.

Produção: Fernanda Rodrigues.

 

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SescTV Lança a Nova Temporada da Série Dança Contemporânea

O canal disponibiliza apresentações que trazem um olhar plural e decolonial da produção de dança para tela da TV

 

SescTV disponibiliza on demand os episódios inéditos da série Dança Contemporânea. Exibida pelo canal desde maio de 2009, com direção geral de Antonio Carlos Rebescoa nova temporada da série propõe um olhar plural para a cena da dança contemporânea no país, a partir das poéticas do corpo negro na cena.  (Assista em sesctv.org.br). No dia 25 de junho, quinta, às 20h, o canal exibe o programa Mensagens de Moçambique, encenado pela Taanteatro Companhia.

 

Nova Temporada da Série Dança Contemporânea é composta por 13 programas, com duração de 52 minutos cada. São eles: Encruzilhada – Fragmento Urbano, Arquivo Negro – Passos Largos em Caminhos Estreitos – Cia Pé no Mundo; Noite de Solos composto pelas apresentações Depoimentos para Fissurar a Pele – Núcleo Djalma Moura e Corredeira – Nave Gris Cia Cênica;  Filhxs –da– P°##@ – T O D A – Coletivo Calcâneos; Herança Sagrada – A Corte de Oxalá, com o Balé Folclórico da Bahia; Cria – Cia. Suave; Eles Fazem Dança Contemporânea – interpretado por Leandro Souza; Anonimato- Orikís aos Mitos Pessoais Desaparecidos – Cia Treme Terra; Subterrâneo – Gumboot Dance Brasil; 5 Passos para não Cair no Abismo – Cia Urbana de Dança; Mulheres do Àse.- com Edileusa Santos ; Sons D’Oeste -Trupe Benkady e Mensagens de Moçambique – Taanteatro Companhia.

 

As novas produções que têm curadoria da artista e pensadora em dança, gestora cultural e cientista social Gal Martins, além de seguirem a mesma proposta das edições anteriores, também propõem uma reflexão sobre os rumos conceituais da dança contemporânea para televisão. (Assista também pela internet em sesctv.org.br/noar).

 

Para Danilo Santos de Miranda, Diretor do SescSP, que mantém o SescTV como uma das ações digitais da instituição, “a dança, como uma das linguagens artísticas, promove a ampliação de nossas percepções sobre nós mesmos e sobre a sociedade, a partir do senso estético e ético.  Para o Sesc, proporcionar ao público a fruição da dança nos meios audiovisuais, é expandir, de forma democrática o acesso aos bens culturais, uma das diretrizes da instituição”.

 

Segundo Gal Martins, nessa temporada, a série Dança Contemporânea apresenta trabalhos que evidenciam um panorama artístico múltiplo que questiona padrões hegemônicos relacionados a noção de Corpo Negro, Processo e Estética. A dança protagoniza uma trama diversa na qual periferias e centros encontram-se, chocam-se e retroalimentam-se, construindo um território que é multifacetado no que diz respeito aos percursos de concepção. Gal Martins propõe as corporalidades plurais nas danças contemporâneas com o intuito de fazer presente, com a devida dignidade, a multiplicidade de vozes que compõem o universo da dança em todo o país, os quais contemplem o corpo negro, o corpo feminino, o corpo periférico, o corpo gordo, o corpo LGBTQI+ e tantos outros. “A poética desse processo de curadora também evidencia os afetos como ferramenta de resistência, afetos que me afetam e irão afetar também todos os expectadores”, afirma a curadora.

 

O espetáculo Sons D’Oeste foi gravado no Sesc Belenzinho, sob direção de Flávia Mazal. A apresentação alia o ballet africano a pesquisa de ritmos temáticos, fazendo uso de instrumentos tradicionais como o balafon, os dununs, djembês, kalimbas e berimbaus. “Sons D’ Oeste vem articular memórias, ritmos ancestrais, unindo dança, música, ritmo e corpo”, explica a diretora.  Segundo Flávia, o Sons D’ Oeste nasceu com a proposta de unir timbres diferentes porque os espetáculos africanos utilizam o tambor o tempo todo. “Fazemos uma pesquisa de ritmos e outros tons na música fazendo inclusive, uma comparação de situações sociais do que acontece no Brasil e, igualmente, em Guiné, na Costa Oeste da África”, afirma.

 

Em Mensagens de Moçambique, o diretor, dramaturgo, cenógrafo e figurinista Wolfgang Pannek explica que a aproximação entre ele e o bailarino Jorge Ndlozy  foi uma colaboração frutífera por afinidades artísticas que, ao mesmo tempo, trazem experiências sociais e históricas diferenciadas. “A companhia trabalha com a mitologia pessoal dos artistas envolvidos, no caso do Jorge, um moçambicano realizando um trabalho poético e político”, diz o diretor. Segundo Wolfgang é desenvolvido um diálogo sobre que é relevante para o público, de acordo com as experiências de cada um.

 

Jorge Ndlozy conta que o trabalho da Taanteatro Companhia reúne três continentes diferentes como Europa, África e América. “A coreografia de Mensagens de Moçambique é inspirada na moçambicanidade, costumes de Moçambique e de outras partes do mundo, como consequências do período colonial na África”, explica Jorge.

 

Em Herança Sagrada – A Corte de Oxalá, os bailarinos reproduzem com fidelidade sequências de movimentos de alguns dos mais importantes rituais do Candomblé, numa coreografia baseada em danças do culto afro-brasileiro. O espetáculo, que já foi aplaudido nos Estados Unidos, Europa, Caribe, Oceania e África, conta com direção geral de Walson (Vavá) Botelho e direção artística de José Carlos Santos (Zebrinha). A segunda parte do espetáculo reúne coreografias clássicas do repertório do Balé, que traduzem as mais importantes manifestações folclóricas baianas, em “Puxada de Rede”, “Capoeira” e “Samba de Roda”, além de “Afixirê”, coreografia inspirada na influência dos escravos africanos na cultura brasileira.

 

Encruzilhada transita entre as danças urbanas e manifestações artísticas brasileiras, criando um diálogo com a atualidade que ressignifica a ancestralidade.  A apresentação é interpretada pelo grupo Fragmento Urbano, ancorado na circulação pelos mais variados espaços da zona urbana, vivenciando, em cada um deles um público distinto. Nessa concepção, Encruzilhada fomenta a pesquisa continuada, que busca encontrar na heterogeneidade social, étnica e cultural, estímulo e inspiração para suas criações.

 

“Quando o falar de si é tratar de contextos periféricos que se relacionam com a afro-diáspora, com os ameríndios e que dialogam com a ancestralidade e memórias pouco celebradas, o corpo também ganha voz. Dançar se torna palavra. Dançar a contra-história nos faz renascer. O que permite compartilharmos e vivenciarmos o mundo transformado em nossa encruzilhada”, afirma Douglas Iesus, diretor do espetáculo.

 

Anonimato  Orikís aos Mitos Pessoais Desaparecidos é um espetáculo de dança negra que revela situações do cotidiano brasileiro, e aspectos ligados ao soterramento e aniquilamento das memórias negras no seio de uma sociedade eurocentrada. De maneira poética a obra aborda o genocídio étnico-cultural e suas consequências na vida social urbana. Encenado pela Cia Treme Terra.

 

A trajetória de personalidades negras como João Cândido, Maria Firmina dos Reis, Luiz Gama, Carolina Maria de Jesus, Abdias do Nascimento e Aleijadinho inspiraram o espetáculo Arquivo Negro – Passos Largos em Caminhos Estreitos. A montagem resgata e reapresenta arquivos históricos sobre uma cultura afro-brasileira que não nos foi verdadeiramente contada. “Com a Cia Pé no Mundo, os bailarinos subvertem a lógica e propõem processos de investigação que pautam as questões contemporâneas que atravessam seus corpos, fazendo alusão a grandes personalidades negras e suas contribuições para a sociedade”, explica a curadora Gal Martins.

 

Cria investiga a noção de criação e suas possibilidades, como a dança da vida na favela, uma corda bamba onde cada instante é valorizado. O espetáculo retrata uma comunidade e as suas relações com os movimentos e a dança, que transformam a violência do atual contexto brasileiro em potência criativa.

Cria é o segundo espetáculo da Cia. Suave e nasceu inspirado na dancinha, estilo derivado do passinho, através do entrelaçamento do funk com a dança contemporânea e de uma potente pesquisa sonora.

 

O intérprete Leandro Souza foi buscar na performance e nas artes visuais a inspiração para a criação de Eles Fazem Dança Contemporânea. Em um cenário que reproduz o tradicional cubo branco de galerias de arte, o bailarino busca a relação entre o seu corpo, a fala e um objeto cênico. A apresentação acontece a partir de uma lógica da repetição, sobreposição e transformação de ações, movimentos e produção de imagens. A voz do bailarino, repetindo as mesmas frases (em inglês e português), cria uma espécie de ritmo para a cena, além de uma sensação de quase hipnose junto ao público, enquanto ele executa movimentos que fogem dos sinais codificados da dança.

 

Em uma sociedade que historicamente considera a agressão como algo normal, o espetáculo Filhxs –da– P°##@ – T O D A, encenado pelo coletivo Calcâneos, tem a intenção de transpor as dores dos corpos dos moradores da periferia, que sofrem com os altos índices de preconceitos sociais. A montagem manifesta-se na pretensão de instigar questões crítico-reflexivas por intermédio de uma obra artística em dança sobre o “ser periférico”, na reverberação dos contextos de opressor e oprimido, a partir das relações que circundam essas atuações dando corpo a assuntos polêmicos.

 

Em Noites de Solos temos dois espetáculos – Depoimentos para Fissurar a Pele e Corredeira. O primeiro, concebido por Djalma Moura, investiga os arquétipos do orixá Iansã, através de uma coreografia que intenciona criar fissuras no tempo e espaço, a partir das memórias do corpo negro. Iansã é o Orixá que dá corpo para o trabalho. Inserida diretamente nas coreografias, os movimentos de palco concentram-se em seus arquétipos e analogias em relação à natureza — sejam elas dentro do aspecto animal ou de tempo — como os ventos, as tempestades, os raios, o búfalo. Todos esses elementos são utilizados como disparadores do processo criativo das danças.

 

Concebido e dançado por Kanzelumuka, o espetáculo Corredeira nasce da percepção das águas que correm para o mar e da relação entre ancestralidade, às águas e o corpo feminino. A corporeidade levada à cena tem sua origem nas tradições e saberes banto, em especial nas danças presentes em manifestações religiosas de matrizes africanas. É também um exercício de reflexão em torno do corpo negro que dança. Corredeira é dança mergulhada nas formas de representação próprias das culturas negras de origem banto.

 

Em 5 Passos Para Não Cair No Abismo, a coreógrafa Sonia Destri Lie e os dançarinos da Companhia Urbana de Dança desenvolveram a apresentação inspirados no texto do Caio Fernando Abreu “Vórtice, voragem, vertigem”, que, de acordo com Sonia, deveria ter se chamado “voragem” – aquilo que sorve ou devora. É assim que a companhia se sente, tanto no abismo dos perigos de ser periférico, quanto os de estrelas falsas e de beijos e desejos. “O espetáculo reflete sobre como lidamos com nossos próprios abismos e propõe uma discussão acerca da realidade vivida pelos integrantes do grupo que driblam suas realidades dentro do contexto social periférico.

 

Traçando um paralelo entre a experiência dos mineiros africanos do século XIX e a luta e sobrevivência da população negra e periférica das grandes cidades brasileiras, o espetáculo Subterrâneo propõe uma explanação em forma de dança e música, sobre as memórias soterradas de personagens suburbanos, vítimas de um regime de extermínio que avança sistematicamente.

 

O programa Mulheres do Asè, cujo espetáculo é dirigido e concebido por Edileusa Santos, reúne performance e depoimentos de personalidades do Candomblé da Bahia, em que a dança contemporânea, música, poesia e religiosidade afro estão em cena. Segundo a curadora Gal Martins, o espetáculo é uma performance ritual que nos embala e revela crença, sentimentos e resistências das mulheres que atuam nas religiões de matrizes africanas. “É um espetáculo que evidencia a celebração, percepção, personalidade, fé e àse pelos orixás, inquices, voduns e caboclos, cuja valorização se manifesta na plasticidade da cena e no corpo maduro das intérpretes”, explica.

 

Curadoria: Gal Martins

Artista da Dança, Atriz, Arte Educadora, Gestora Cultural e Cientista Social. Com 20 anos de pesquisa em dança, em 2002 cria a Cia Sansacroma, grupo paulistano de dança contemporânea preta. No ano de 2007 recebeu o Prêmio Criando Asas (Red. Bull e Instituto Criar de TV e Cinema) pelo projeto: “Imagens de Uma Vida Simples” – espetáculo e documentário abordando a vida e obra de Solano Trindade. No ano de 2011 atuou como vice-presidente da Cooperativa Paulista de Dança.  Em 2014 recebe o prêmio “Denilton Gomes” na categoria Difusão em Dança. Em 2016 foi eleita uma das 10 personalidades negras do país pelo canal Pretinho Mais que Básico. Em 2017 recebe o prêmio APCA na categoria Difusão e Memória da Dança pelo projeto “Circuito Vozes do Corpo”. Atualmente além do trabalho com a Cia Sansacroma, criou e compõe a zona AGBARA, projeto destinado a produção em dança de mulheres pretas e gordas e atua como Supervisora Artística Pedagógica do Programa Fábricas de Cultura.

Acompanhe também a programação do #Do13ao20 – (Re)Existência do Povo Negro, que faz alusão aos marcos do 13 de maio e do 20 de novembro, propõe diálogos sobre a condição social da população negra e objetiva reiterar os valores institucionais, bem como o reconhecimento das lutas, conquistas, manifestações e realidades do povo negro.

 

 

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Serviço:

Nova Temporada da Série Dança Contemporânea

Direção geral: Antônio Carlos Rebesco.

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Produção: Pipoca Cine Vídeo.

Realização: SescTV.

 

Sons D’Oeste

Concepção e direção: Flávia Mazal.

Intérpretes: Flávia Mazal, Nathália Freitas, Rafael Rodrigues, Ton Moura e Victor Dias.

Produção: Kelson Barros.

 

Mensagens de Moçambique

Dramaturgia, Texto, Cenário e Figurino: Wolfgang Pannek e Jorge Ndlozy.

Dança, Timbila e tambor: Jorge Ndlozy.

Produção: Wolfgang Pannek e Mônica Cristina Bernardes.

 

Encruzilhada

Direção: Douglas Iesus

Intérpretes: Douglas Silva de Jesus, Tiago da Silva, Anelise Mayumi Soares, Joelma de Souza e Luiz Fernando Bernardino de Souza.

Produção: Fragmento Urbano.

 

Anonimato  Orikís Aos Mitos Pessoais Desaparecidos

Direção geral e musical: João Nascimento.

Intérpretes: Terená Kanouté, Fernanda Perea, Luciano Virgílio, Thiago Bilieri, Tamiris Zaco, Huiris Daniel, Tiago Ferraz, Tito Nascimento, Afroju Rodrigues, Pedro Henrique, Daniel Pretho, João Nascimento, Rafael Mansor, Bira Nascimento, Jotabe Arantes, Spike, Nicolly Silva e Thais Dias.

 

Arquivo Negro – Passos Largos em Caminhos Estreitos

Direção e coreografia: Cláudia Nwabasili e Roges Doglas.

Intérpretes: Andrus Santana, Claudia Nwabasili, Cristiano Saraiva, Fernanda Sala, Roges Doglas, Thaís Menutole  e Vinicios Silva.

 

Cria

Direção: Alice Ripoll.

Intérpretes: Tiobil Dançarino Brabo, Kinho Jp, Vn Dançarino Brabo, Nyandra Fernandes, May Eassy, Romulo Galvão, Sanderson Bdd, Thamires Candida, Gb Dançarino Brabo e Ronald Sheick.

Produção: Rafael Fernandes.

 

Eles Fazem Dança Contemporânea

Concepção, dança e figurino: Leandro Souza.

Intérpretes: Ana Pi, Inês Terra, Renan Marcondes e Thaís De Menezes.

Produção: Tetembua Dandara.

 

Filhxs –da– P°##@ – T O D A

Direção: Joelma Souza, Victor Almeida e Vinicius Longuinho.

Intérpretes: Barbara Oliveira, Joelma Souza, Lucas Pardin, Marina Lima, Richard Pessoa, Thainá Souza  e Victor Almeida.

Concepção Musical: Victor Almeida.

Produção: Vanessa Soares.

 

Noites de Solos – Depoimentos Para Fissurar A Pele

Concepção, criação e dança: Djalma Moura.

Produção: Erico Santos.

 

Noites de Solos – Corredeira

Criadora-intérprete e direção: Kanzelumuka

Colaboração dramatúrgica e codireção: Murilo De Paula

Iluminação e operação de luz: Diogo Cardoso

 

5 Passos Para Não Cair No Abismo

Direção: Sonia Destri Lie.

Intérpretes: Tiago Sousa, Miguel Fernandes, Andre Virgilio, Rafael Balbino, Julio Rocha, Jessica Nascimento e Johnny Britto.

Produção: Claudia Bueno.

 

Herança Sagrada – A Corte de Oxalá

Direção: Walson Botelho.

Intérpretes: Nildinha Fonseca, Tamires Silva Amorim, Aloma Araujo de Almeida Silva, Luana França Peçanha, Jéssica Martins Sena, Ágatha Simas Souza, Gabriel Guimaraes Silva Santos, Micael Figueiredo Santos, Jeferson de Jesus Nascimento, Wagner dos Santos Santana, Jadson de Jesus dos Santos, Marcus Vinicius Pereira Conceição Brito, Edemilson Jorge Correia Andrade, Hugo Martins Silva, Irlen Bispo Santos, Douglas dos Santos da Silva e Wendel Damasceno dos Santos.

 

Mulheres do Asè

Direção Geral, Concepção e Roteirização Cênica: Edileuza Santos.

Intérpretes: Sueli Ramos, Tânia Bispo, Sandra Santana, Fátima Carvalho, Sônia Gonçalves.

Produção: Fernanda Rodrigues.

 

Subterrâneo

Direção e coreografia: Rubens Oliveira.

Intérpretes: Danilo Nonato, Diego Henrique, Munique Mendes, Pâmela Ammy, Rafael Oliveira, Rubens Oliveira, Samira Marana, Silvana De Jesus e Washington Gabriel.

Produção: Kelson Barros.

 

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