Pietro Costa: 'Soneto da inspiração'
Mas a lauda não sucumbia em seu alvor
Então, como preterir todo o seu anseio,
De procriar o corpo-texto, em seu seio?
Tão maculada às súplicas do trovador
Imaginário ludibriante e sedutor
Embrenha-se nos poros do papel inteiro
Investidas do seu vértice alvissareiro
Perfurando a abóbada celeste em resplendor
As espirais cósmicas e seu vórtice deveras voraz
Tingindo as pupilas de pura fantasia
A mente desperta atiça e torna o sonho tenaz
O obscuro inconsciente sentencia
Ballet de forças humanas e sobrenaturais
Revezando em passos a mais a poesia.
Pietro Costa
pietro_costa22@hotmail.com