Sônyah Moreira: 'Pobres, fazendo pobrices!'

Ser pobre, não é demérito pra ninguém, afinal de contas, mais de 90% da população mundial, pertencem às classes menos abastadas. Oh! Pobreza!”

 

Nesse mês de copa do mundo, nós assistimos a toda sorte de exemplos bizarros de falta de educação e respeito pelo semelhante. Pessoas visitando a casa alheia, e ao invés de aproveitar para interagir de forma cordata, fazem pobrices que  serão  eternamente lembradas.

Caríssimos, vamos tentar exemplificar algumas  formas de pobrices. Começaremos com as derivadas da  falta de   educação e  encerrando com    algumas de humor fanfarrão, afinal, rir ainda é o melhor remédio!

Ser pobre, não é demérito pra ninguém, afinal de contas, mais de 90% da população mundial, pertencem às classes menos abastadas. Oh! Pobreza!

A questão é  que, fazer pobrices, também não é privilégio apenas dos que são desprovidos de dinheiro. Ah! Não se apoquente, eu sei que essa palavra não existe, porém,  vamos usá-la como se fosse   um dialeto,  somente para ilustrar meus devaneios.

Vamos à listagem das pobrices, é deverás longa, todavia, usaremos as mais escabrosas;

Você, em um país qualquer, que não o seu, faz todo tipo de estripulias, deixando seus conterrâneos envergonhados; não satisfeito, ainda dispara a máxima: Sou assistente do assessor do secretário do auxiliar de beltrano ou cicrano, posso tudo! É o cara, um f… (censurado)

Apenas pessoas com dinheiro? Ora veja, pois, pra por os lindos pezinhos malcheirosos em outro  país ou continente, precisa de uma quantia substancial de dinheiro, ou vai de favor mesmo, aí, a pobrice, torna-se verdadeira.

Mas, voltemos ao nosso cotidiano, não há necessidade de ir tão longe para presenciar pobrices! Pense, sabe aquele colega profissional, que por ter certo relacionamento, ou achar que tem com a chefia, pensa que pode tudo, essa é a famosa,  certeza de impunidade.

Outro exemplo de pobrice é aquele que ao chegar a qualquer lugar, já solta à célebre frase: Sabe quem eu sou? O mais legal, é fazer uma cara de paisagem, e dar um direto, não! Ou, procurar o pontinho perdido no universo, demora, mas com toda tecnologia, Google, etc., quem sabe? Essa é a sonora carteiradas,  muito feia!

Percebeu que algumas  pobrices, são derivadas da educação, ou seja, da falta dela! Ou você possui, ou não! E detalhe, vem do berço, já dizia meu pai: “O costume de casa, vai pra rua”.

Tempos de  modernices! Lembrando de canalhices, como estão se tornando escassas,   as palavras como, por favor, com licença, muito obrigado, bom dia, bom tarde, bom noite, como  vai você?

Soberba alicerçada é um artífice  para  ser notado, mesmo que por maus exemplos,  somente pelo simples fato de mostrar-se  importante, sem ser. Oh! “Ser ou não ser, eis a questão” Shakespeare,  que o diga!

Pobrices, bizarrices, esquisitices de um mundo cheio de crendices e charlatanices.

Pobrice é uma invencionice, não sei quem é o autor!  Também tanto faz Isso só existe no ápice da maluquice!

Mas que tem pobre fazendo pobrice, isso tem, e não deixa de ser burrice, e uma perfeita idiotice. Há pobrices hilárias, aquelas que não machucam e nem  ofendem  ninguém,  tipo, usar câmara de pneu de caminhão como bóia de praia, usar caixa d’água velha como piscina, etc.

Viajei na maionese, não é mesmo? Ah! Que tolice, foi  só pra sair da mesmice!

Chega de tagarelice!

 

Sônyah Moreira –  sonyah.moreira@gmail.com

 




Sônyah Moreira: 'Diáspora ou êxodo?'

“O que vemos hoje por todo o planeta Terra é  diáspora e  êxodo populacional em busca de melhores condições, o deslocamento  em massa de seres humanos, passando por tantos sofrimentos.”  

 

A definição desse verbete “Diáspora” tem sua origem no grego arcaico, que significa: dispersão de povos, com motivação política ou religiosa, já se falando em “Êxodo”, que significa uma saída espontânea de um povo, será mesmo espontânea? Ninguém em sã consciência sai pelo mundo por livre vontade, situações de extrema necessidade que os fazem tomar esta decisão, não há dúvida.

O que vemos hoje por todo o planeta Terra é  diáspora e  êxodo populacional em busca de melhores condições, o deslocamento  em massa de seres humanos, passando por tantos sofrimentos.  Os que mais sofrem são os pequenos, longe de entenderem o motivo real, isso nos faz refletir sobre fronteiras, será mesmo necessária sua existência?

O planeta Terra, quando visto do alto, não mostra  nenhuma marcação delimitando este ou aquele país, é simplesmente uma massa suspensa no universo, um único bloco, composto por  terra e água.

O povo judeu sofreu diversas diásporas ao longo de sua história, foram forçados a se dispersarem pelo mundo, sofrendo as conseqüências do preconceito arraigado de líderes ansiosos por poder, hoje, isso não está restrito apenas ao povo  judeu, mas distribuídos entre os países considerados pobres, que foram explorados por milênios.

Qual o argumento de países que resistem em acolher seus semelhantes? É chegado o momento da derrubada das fronteiras, deixar de existir  muros da vergonha, abolir governos individuais, e estabelecer um governo único, um conselho universal.

Quem sabe, pudéssemos deixar a hipocrisia de lado, fazer do nosso planeta apenas um único povo, uma única nação,  cidadãos terráqueos, livres para viverem onde melhor se adaptarem.

O que  será que nos fez retroceder tanto em nossa evolução humana?Deveríamos  nos reunir  para discutir o bem estar de todos, e não somente  para demagogias sem fundamento. A preocupação em relação às fronteiras leva a truculência de policiais, como se aquele semelhante, possuísse diferenças de constituição corpórea, talvez, quatro braços, duas bocas. Indiscutivelmente, somos todos iguais, não há ninguém com mais ou menos membros.

Quem sabe, essa desenfreada preocupação em descobrir outros mundos, talvez,    as fronteiras estabelecidas cá em nosso planeta, já não bastam ao ego dos poderosos? É preciso buscar novos desafios, ou um aterro sanitário maior, ou  e novos  desafetos e inimigos!

A diáspora moderna poderá ocorrer de forma diferente,  fazendo o êxodo da Terra, para mundos longínquos, interplanetários. Para ambição humana não há limites, líderes sedentos de poder, subjugam os mais fracos, e esperam encontrar seres de outros mundos para conquistar e quem também subjugar.

Oh! Bela torre de Babel, a que ponto chegou! Os diferentes idiomas, só  não diferem o choro e  as lagrimas, estes são iguais, o olho marejado independe da cor da pele, do país de origem, a dor do sangue derramado e a mesma sejam qual for o idioma ou religião.

Quantas diásporas, quantos êxodos serão necessários, para que se perceba a finitude de nossa existência. Lembrando!  Nada do que amealhamos ao longo de nossa existência terrena, não passam de empréstimos, com data definida de termino para a devolução. Não somos donos de  absolutamente nada a nossa volta.

Que soberba, desejar o controle dos outros, respeito somente  aos seus direitos, pensar, que só os seus  entes sangram  na dor.

A terra prometida, talvez, não esteja mesmo deste  lado do universo!

 

Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com

 

 




Sônyah Moreira: 'Ambição x status'

“Ambição desmedida pode acarretar muitos problemas e dores emocionais, sim, aquela dor  que não é física e  que sentimos ou fazemos alguém sentir, muitas vezes sem querer, uma dor da alma, dói fundo no coração.”

 

Sempre me impressiona  a necessidade que algumas pessoas tem em possuir um cargo, sem se esforçar, ou fazer por merecer.

Comecem a reparar que quem de fato possui um cargo conquistado por méritos não alardeia; a pessoa competente não fica se vangloriando da posição que ocupa, pois não há necessidade, os outros reconhecem pela postura.

Claro que devemos sempre procurar progredir; seja profissional ou pessoalmente, a evolução faz parte da criação do mundo,  a ambição é inerente ao  ser humano.

Ambição desmedida pode acarretar muitos problemas e dores emocionais, sim, aquela dor  que não é física e  que sentimos ou fazemos alguém sentir, muitas vezes sem querer, uma dor da alma, dói fundo no coração.

A pessoa egocêntrica quando chega ao tão sonhado status, simplesmente  se esquece de quem lhe serviu de escada, isso mesmo, pois, a escada da evolução de nossas vidas é feita por pessoas, ninguém consegue chegar a lugar algum sozinho.

É extremamente triste testemunhar a ascensão de alguém, quando esta   utiliza meio não ético, mente, engana,  sem nenhum escrúpulo,  e,  com isso, acaba por  conseguir alcançar a tão almejada  posição.

Há dias em  que certas  atitudes nos abalam profundamente; a impressão é que, não importa os meios usados  para se alcançar o objetivo, o importante é chegar, o resto que se dane!

As demonstrações de poder, às vezes, são hilárias,  dado o  tamanho do desperdício de tempo de certas pessoas para mostrar que são poderosas, “Aqui quem manda sou eu”. A bem da verdade, muitos não mandam nem em si mesmos.

Nenhum líder, de fato, precisar mandar, e sim pedir com elegância; o respeito não precisa ser  imposto, mas conquistado, dizem que exemplos vêm de cima.

Acredito que esta necessidade em demonstrar poder vem de nossa colonização, fomos aculturados para crer, que só teremos prestígio, alardeando o cargo, a posição social,  que  nunca é vitalício, diga-se de passagem!

O mais interessante é que, quando assistimos alguém a demonstrar seu poderio de fogo,  percebemos, na maioria das vezes,  essa pessoa  não  parou  para  pensar  que, amanhã, as posições podem estar invertidas, ninguém está livre de uma mudança brusca em suas vidas, por motivos alheios a sua vontade.

O poder desmedido aliado à falta de caráter leva a enganos, dissabores e,  principalmente, injustiças.

Pessoas com síndrome de inferioridade precisam dificultar as coisas ao seu redor, com o objetivo de mostrar o poder que pensam que possuem,  e como  essas atitudes nos decepcionam ao longo da vida.

A experiência de vida, aliada ao conhecimento na sua área de atuação,  fará de você um líder perfeito; à medida que se transforma em um ser humano diferenciado, galgará os degraus da escada evolutiva de sua vida profissional.

O alicerce  precisa ser bem feito, como os de um edifício, com amarras de ferro nos lugares certos, é assim a  nossa vida profissional, essas amarras, são as redes de conhecimento de pessoas  amigas, que fazemos ao longo de nossa trajetória.

Ambição x status! Nada mais sublime que ouvir pessoas dizerem que jamais conheceram alguém  tão competente,   com ética e humildade; isso, é o maior status  que  qualquer pessoa pode  ambicionar.

E a maneira que conduzimos nossa vida  pessoal, inevitavelmente, será a mesma no profissional, uma vez  que é impossível separar uma da outra.

Lembre-se sempre do provérbio chinês, que nos adverte: “O plantio é opcional, mas a colheita é  obrigatória”!

 

Sônyah Moreira  –  sonyah.moreira@gmail.com




Sônyah Moreira: 'Feche os olhos'

O fechar os olhos está se tornando uma necessidade,  ou, às vezes, por obrigação e,  diariamente, testemunhamos   coisas absurdas no que tange ao comportamento das pessoas, sejam políticos ou pessoas comuns. As necessidades do dia a dia estão a  nos transformar em  verdadeiras vaquinhas de presépio, ou  como  os três macaquinhos: surdos, mudos e cegos.”

 

Vou fazer-te uma pergunta direta, você já precisou algum dia fechar os olhos? Refaço a pergunta: você já recebeu uma ordem para fechar os olhos?
Difícil responder? É, eu sei! Fechar os olhos, fazer vistas grossas, colocar um nariz de palhaço ou vestir-se  inteiro de palhaço.
Começou a clarear as ideias? Acredito que a maioria das pessoas sai  de casa na tenra idade, para enfrentar os desafios da vida, tempo em  que levamos junto  a nós as orientações de nossos pais; e a máxima é  que existe,  apenas, dois caminhos a seguir: o certo e o errado.
Houve mudanças enormes  no decorrer dos  tempos; ouço dizer que tudo se justifica, e que  o certo e errado tem lá suas tangentes. Será?
Com a evolução da tecnologia, vivemos dias, digamos diferentes;  anos atrás ninguém era advertido por trabalhar demais, ou sentir gratidão por estar empregado, pois era uma coisa natural.
O fechar os olhos está se tornando uma necessidade,  ou, às vezes, por obrigação, e  diariamente testemunhamos   coisas absurdas no que tange ao comportamento das pessoas, sejam políticos ou pessoas comuns. As necessidades do dia a dia estão a  nos transformar em  verdadeiras vaquinhas de presépio, ou  como  os três macaquinhos: surdos, mudos e cegos.
Vai chegar um momento em que você irá se questionar se vale a pena! Se isso não está fazendo  você descartar tudo no que acreditou até aqui, ou desconstruir seus ideais.
Fechar os olhos pode ser um momento de ternura, porém,  também  transformar-se em indiferença.
A escolha sempre será individual; há de se pesar os prós e os contras dessa atitude. É possível se rebelar, porquanto, talvez, a rebeldia te faça arrebentar correntes. Sentir-se um estranho no ninho é desconfortável, todavia,  “toda unanimidade é burra”, como dizia Nelson Rodrigues. Precisamos pensar e agir diferente para se ter coerência naquilo que nos forjou naquilo que somos hoje.
Algo precisa ser feito; talvez, um recomeço. Como em tudo, existe o começo, o meio e o fim.
Não podemos deixar que o, ‘fechar os olhos’ se se torne  um peso, um fardo imenso para carregar!
Pense! Nada na vida justifica jogar fora tudo  em que se acredita, por apenas um punhado de coisas materiais, mesmo porque, em nenhuma urna funerária há gavetas.

 

Sônyah Moreira  – sonyah.moreira@gmail.com



Sônyah Moreira: 'A despedida'

Normalmente não gostamos de despedidas, porém, existe a necessidade enorme em dizer adeus. Por que será? Estranho perceber a falta que faz quando não conseguimos nos despedir adequadamente de alguém, parece que fica um vazio imenso.”

 

Normalmente não gostamos de despedidas, porém, existe a necessidade enorme em dizer adeus. Por que será?

Estranho perceber a falta que faz quando não conseguimos nos despedir adequadamente de alguém, parece que fica um vazio imenso.

O que será que é uma despedida adequada? Sei lá! Digamos que, no fundo, sentimos algo diferente, sem querer nos apressamos em fazer coisas, antecipar acontecimentos, talvez isso seja o tão falado “sexto sentido”.

O início da viagem não é de nossa escolha, assim como seu término, somos embarcados, quem sabe até à revelia, o fato é que, de uma maneira simplista vamos acostumando com a viagem, e, a bem da verdade, não queremos mais  deixar de viajar.

Esquecemos inteiramente que a qualquer momento chegaremos ao final da jornada, seguimos a viagem às vezes como tripulantes, outras como passageiros, sem preocupação da chegada ao destino.

Pelo caminho, encontramos muitos companheiros, alguns por herança, outros por escolha, porém, viajantes como nós, alguns com uma afinidade difícil de explicar, aquela amizade que nasce do convívio, da conquista.

A despedida, essa  vai sendo sempre adiada, deixamos muitas coisas para amanhã, como se nossa viagem fosse infinita!

Algo dentro de nós toca como um sino e, às vezes, não nos incomoda, outras fazem com que nos aceleremos, quase inconscientemente, corremos, aceleramos o passo, pulamos etapas ou até nos superamos.

De repente, talvez a criação tenha nos poupado de certa forma, impossibilitando saber quando e como chegará o final de nossa viagem. Pode ser que nossa capacidade não alcance a magnitude do destino de nossa jornada.

Não nos despedimos, perdemos tempo, deixamos pra amanhã, e aquele companheiro de jornada querido, se foi!

Partilhar uma viagem é sempre prazeroso ou não, todavia, a jornada tem diversas datas para início e final.

O meio de transporte é a vida: vivemos, corremos, brigamos, amamos, odiamos e, numa fração de segundos, isso tudo não tem mais importância, a viagem chegou ao final.

Que em nossa jornada possamos fazer mais amigos por escolha do  que por herança.

Bem que,  no bilhete de embarque, poderia  constar um lembrete, dizendo algo do tipo: “Despedidas devem ser diárias!”

Dizer adeus é sempre dolorido, porém, necessário em toda viagem!

Adeus! Quem sabe, lá na plataforma de desembarque, possa se ouvir, em forma de ecos,  os adeuses perdidos pela vida!

 

Sônyah Moreira –  sonyah.moreira@gmail.com




Sônyah Moreira: 'Inércia'

É imensamente fácil convencer pessoas com sentimento de inferioridade; um povo que não se valoriza sempre estará sujeito aos heróis surgidos do caos.”

 

Há 70 anos, um país mergulhado em uma crise extrema, deixou-se levar por promessas vãs e, entrando para a História, deixou um legado de sangue e sofrimento para o mundo.

Um herói surgiu no meio desse caos, discursos eloquentes fizeram a lavagem cerebral necessária na população, todos na ânsia de tornarem-se um país agigantado pelo poder.

É imensamente fácil convencer pessoas com sentimento de inferioridade; um povo que não se valoriza sempre estará sujeito aos heróis surgidos do caos.

O poder leva muitos a fecharem os olhos para a degradação como seres humanos; há 70 anos, um exemplo gritante desta afirmativa: o holocausto dos judeus.

O poder fez de um homem com ideais ‘republicanos’ e ‘humanitários’ permanecer por décadas como ditador. Esse mesmo homem, que surgiu das guerrilhas, mergulhou um país inteiro na obscuridade, com o discurso que  tudo era de todos e para todos, igualmente. Assim surgiu o comunismo socialista, que tem como ‘belo’ exemplo, Cuba.

A necessidade de sentir-se superior leva países inteiros a sucumbir por discursos acalorados e  factóides.  Extremistas e fanáticos, o poder de um povo cria ditadores, tendo como exemplo próximo e recente, a Venezuela.

Será que a inércia de nós, brasileiros, não esteja nos fazendo pegar esse atalho? Com o uso de palavras utilizadas de forma a insuflar o lado negro de todo ser humano, o povo, com sentimento de inferioridade, se vende por esmolas.

O poder em mãos erradas e aliado à inércia faz um país de acovardados, ignoram as barbáries cometidas por seus lideres, tudo em nome do poder absoluto.

Não estamos distantes de alguns exemplos, percebam que, ao vestir-se com uniformes com brasões de agremiações partidárias, a iminência de conflitos em nome da lealdade ao seu líder fica evidente.

A inércia não pode fazer com que nos conformemos com seres que acreditam estar acima da lei; todo líder com viés de ditador tem em seu discurso a palavra perseguição, gostam de se fazer de vitimas, desqualificando as instituições democráticas, levando  seus seguidores possivelmente até  a matar em nome dessa lealdade.

Que perigo!

Atualmente, não tenho inclinações partidárias, nem direita, esquerda ou centro, nenhuma que valha; a meu ver, todos que, por sorte ou destino,  experimentam o poder, são sumariamente  corrompidos.

Pessoas que seguem cegamente um líder tendem a desenvolver  síndrome de inferioridade;  e a máxima é sempre a mesma: não temos sorte, somos injustiçados, e assim por diante.

O Estado está para dar condições de desenvolvimento ao país, com arrecadação de impostos, geração de empregos.  Para suprir as necessidades do povo não precisa e nem deve amordaçar os cidadãos com benefícios, que nada mais são que correntes escravistas.

Candidatos ou líderes com discursos prolixos os usam para confundir,  abusam das expressões rebuscadas e, frequentemente, se comparam a vultos históricos, buscando o patriotismo exacerbado da plebe.

O  verdadeiro objetivo é  elevar, de forma errada, a estima de um povo acéfalo, que elege governantes arcaicos e despreparados para fazer do país uma verdadeira nação.

A inércia leva um povo a acreditar em  promessas mirabolantes, saídas fantásticas,  culpados para suas mazelas, e a  procurar incessantemente   por um herói.

Inércia: Apatia, letargia, indolência, preguiça!

 

Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com