Artigo do Celio Pezza: 'Suicídios'

Celio Pezza – Crônica # 286 – Suicídios

Colunista do ROL
Celio Pezza

De acordo com um estudo recente da OMS, temos atualmente perto de um milhão de suicídios por ano no mundo.

Isso significa mais de 3.000 mortes por dia ou duas por minuto.

O Leste Europeu lidera o índice de suicídios e o Brasil ocupa a oitava posição nesse ranking sinistro.

Os índices de suicídios são maiores nos países industrializados e nos países de tradição islâmica são extremamente baixos.

Países como a Dinamarca, Suíça, Alemanha, França, lideram com índices ao redor de 12 a 16 mortes para cada 100 mil indivíduos.

No Brasil, esse número é ao redor de 06.

Nos países islâmicos como Irã, Síria e Egito é abaixo de 0,3.

Nos Estados Unidos a taxa é perto de 10, mas, entre os veteranos das diversas guerras, sobe para 32.

Existe uma verdadeira epidemia entre os veteranos de guerras nos EUA, onde uma grande parte dos combatentes volta para casa com problemas psicológicos terríveis, ansiedades, dificuldades de relacionamento, dependência de drogas e, em muitos casos, com a vontade de matar desenvolvida nos campos de batalha.

A grande incidência está nos jovens de 20 a 30 anos e, acreditem, temos mais mortes por suicídios entre os que voltam do que os que morrem nos campos de batalha.

Também entre as celebridades temos um alto numero de suicídios, como o ator Walmor Chagas, o músico do Nirvana Kurt Cobain, o vocalista do The Doors, Jim Morrison, o ator Robin Williams, entre muitos outros.

A causa do suicídio pode ser o consumo de drogas, depressão, desordens psicológicas, desilusão com a vida, ou outro motivo qualquer, mas o fato alarmante é que essa “praga” está crescendo a cada década e a previsão da ONU é que esse número continue aumentando, se nada de concreto for feito.

O diretor de saúde mental da OMS declarou que esses números são inaceitáveis, pois os suicídios podem ser evitados por uma politica de prevenção.

São necessárias medidas para lidar com esse problema de saúde pública, que permanece um tabu até hoje.

Para termos uma ideia, dos 194 países que fazem parte da OMS, somente 60 mantém informações sobre o assunto.

Os demais preferem ignorar o problema e evitam falar sobre o assunto.

Célio Pezza

Outubro, 2015