O escritor Élcio Mário Pinto lança seu 37º livro: 'Ares de Ariano'

“Trata-se de nossa 37ª publicação, desta vez, de modo especial para a cidade de Taperoá, estado da Paraíba, terra da infância de Ariano Suassuna.”

 

“Trata-se de nossa 37ª publicação, desta vez, de modo especial para a cidade de Taperoá, estado da Paraíba, terra da infância de Ariano Suassuna.

O livro ‘nasceu’ quando visitamos a cidade em 2017. Lá, na Ponte Velha, minha esposa e apoiadora cultural – Adriana Rocha – me disse que tinha um título para um novo livro que eu deveria escrever.

E assim, começamos a planejar nossa volta para Taperoá e, ao mesmo tempo, organizar as primeiras ideias sobre a publicação.

São três crianças – Ariano, com 11 anos; Mário, com 8 e a Menininha do ‘Calili’, com 3 anos – que, sentados nas escadarias da matriz paroquial de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade, conversam sobre suas experiências, ideias, vidas e sonhos.

Os temas abordados ‘passeiam’ pela cidade em sua brisa de final de tarde; tratam da morte, conhecida como ‘Caetana’ por Ariano e seu povo do Cariri; do Rio Taperoá, símbolo de vida para toda a região do semiárido brasileiro; da liberdade das crianças, que se assemelham aos passarinhos e do circo, grande paixão de Suassuna quando criança.

O livro, que será lançado em 09/10, terça-feira, conta com o prefácio do Prof. Vamberto Teófilo – que também responde pelo Polo UAB – Universidade Aberta do Brasil – na cidade; capa de Adriana Rocha; ilustrações de Caique Ferraz; revisão de Sergio Diniz, contracapa do artista taperoaense Jones Oliveira e serviços gráficos da Crearte Editora, de Miriam Rangel.

Os apoiadores culturais são: LEXMEDIARE – Primeira Câmara de Mediação e Arbitragem de Itapetininga e Região Ltda e LEXPUBLICA;  Fotos JJ; Jornal ROL; AVLAH – Academia Votorantinense de Letras, Artes e História e Crearte Editora.

‘ARES DE ARIANO’ será oferecido com preço promocional de lançamento por R$ 20,00 (vinte reais).

A todos os taperoaenses, nosso abraço irmanando os estados de São Paulo e Paraíba.”

ÉLCIO MÁRIO PINTO – elcioescritor@gmail.com

02/10/2018




Élcio Mário Pinto: 'A luz de Liz'

Em homenagem à menina ELLIS GOUVEIA, filha de Elton e Eulina, de Taperoá – PB

Entre os egípcios da antiguidade contava-se que o grande Farol de Alexandria, uma das sete maravilhas do mundo, não começou iluminando os barcos que estavam distantes da terra. É bem verdade que pela luz vista de alto mar, sabia-se o quanto um barco poderia aproximar-se. Conhecia-se também a respeito da profundidade de cada ponto da água à medida que se aproximava da praia.

A cidade de Alexandre – era assim que se dizia de Alexandria – construiu o imenso farol com 135 metros de altura. Mas em seu início, não se pensava em fazer o que foi descoberto um tempo depois.

Foi assim que tudo aconteceu…

Quando os romanos aproximavam-se da cidade pelo Mar Mediterrâneo, que eles chamavam de “Mare Nostrum” – em latim quer dizer Nosso Mar, isto é, mar dos romanos que por ele navegavam e dominavam todo o mundo conhecido – certa vez, distante da cidade, o comandante do barco, para avisar aos egípcios que o exército dominante estava chegando, mandou que os soldados romanos fizessem uma fogueira.

É claro que o barco era bem grande, o suficiente para que se pudesse ter fogo alto sem perigo algum.

Deste modo, os egípcios ficaram sabendo que os romanos estavam chegando e com eles, a temida cobrança dos impostos pelos grãos de trigo que os barcos levariam a Roma.

– Papai… – disse a menina ao general egípcio.

– Sim, filha, o que deseja?

– Os romanos estão chegando?

– Estão, como sabe?

– Está todo mundo correndo pelas ruas. Tem tanta gente gritando e escondendo as crianças. Eles são tão perigosos assim?

– Qualquer um que faça sem pensar na dor alheia é perigoso! Mas, no caso dos romanos, desta vez não. Eles vêm de Roma para buscar trigo.

– Por quê?

– Porque são eles que dominam o mundo todo e por isso, o Egito deve pagar o imposto sobre os grãos.

– Como assim, papai?

– Nós plantamos e colhemos o trigo. Temos que separar uma parte para pagar o imposto que Roma exige. Se não pagarmos, aí sim, tudo fica muito perigoso para todos nós, inclusive, para as crianças.

– É só com o trigo que pagamos esse imposto?

– Não, não é. Também pagamos imposto por tudo aquilo que produzimos ou que nossos navios trazem do Extremo Oriente.

– E se os romanos não soubessem de tudo o que chega?

– Aí, sobraria mais para o nosso povo.

– Então, eu tenho uma ideia.

– Qual?

– Sabe da fogueira no barco romano?

– Sei.

– Se eles fizeram fogo para nos avisar, também podemos fazer fogo para avisar nossos navios que estão longe.

– Continue filha…

– Aí, eu pensei que podíamos usar o grande Farol com uma fogueira dentro dele para avisar nossos navios, caso os romanos estejam chegando. Assim, eles ficariam bem longe e depois que os romanos se fossem, eles chegariam.

– O seu plano é muito bom, mas quando se trata dos romanos, qualquer coisa pode ser perigosa!

– Qual seria o problema?

– Os castigos, filha, os castigos, as punições, as prisões e as torturas.

– Como assim, papai?

– Se descobrirem que temos produtos sem entregarmos a parte que eles vêm buscar, todos correremos risco. Você me entende?

– Eu entendo, mas a parte deles no trigo será entregue, não será?

– Sim, será!

– Então, se descobrirem, diremos que as coisas chegaram naquele momento. Inventaremos uma história e daremos um jeito.

– Mesmo assim, é perigoso e arriscado.

– Eles querem a parte de Roma, não querem?

– Sim, querem! E, estão vindo, sempre!

– Vamos entregar o que querem e ficaremos com o que eles não sabem que temos. Se souberem, inventaremos desculpas e entregaremos. Também podemos aumentar a quantidade do que nossos navios trazem e assim, entregaremos aos romanos a parte que eles sabem que temos, mas não daquela que eles não sabem.

– Filha, você é uma generalíssima!

– O que é isso, papai?

– Eu sou um general, então, uma mulher seria generala, mas para elogiá-la por suas ideias e por sua esperteza, digo generalíssima, isto é, uma generala muito, muito inteligente e importante!

– Obrigada, papai!

– Quero saber mais sobre o fogo no farol.

– É a segunda parte das minhas ideias.

– Então, me conte!

– Lá no grande Farol tem um espaço para uma fogueira, não tem?

– Tem sim!

– É por isso que podemos fazer fogo lá em cima, do mesmo jeito que os romanos fizeram fogo no barco. Mas, com uma diferença.

– Qual?

– Dependendo da cor do fogo será o aviso, o recado ou aquilo que queremos que os comandantes de nossos navios saibam.

– Cor, filha?

– Sim, papai, cor do fogo.

– Mas como mudar a cor se todos sabemos que o fogo só tem uma?

– Lá na escola já aprendemos que a cor do fogo depende da temperatura.

– Como assim?

– Quando o fogo não está tão quente, ele é vermelho.

– Todo fogo é quente, filha, não tem fogo mais ou menos quente.

– Tem sim, papai. O senhor pode fazer uma experiência para descobrir com os vidreiros.

– Com quem?

– Com os vidreiros.

– Ah, sim, claro! Aqueles que fazem vidro.

– Eles fazem o fogo ter uma luz na cor violeta, o que é muito, muito quente mesmo!

– Como é que você sabe de tudo isso?

– Aprendi na escola.

– E o que mais você sabe sobre o fogo?

– Se o fogo não está tão quente e nem tão frio como no caso da cor vermelha, então, a temperatura faz uma luz amarela.

– Quer dizer que o fogo amarelo é o que fica entre as duas outras cores?

– Isso mesmo! O senhor entendeu direitinho.

– Veja só, um general aprendendo com uma menina de 10 anos. Só no Egito para acontecer uma coisa assim!

– E então, o que o senhor acha?

– Do quê?

– Ora, papai! Vamos mudar a cor do fogo para avisar aos comandantes dos nossos navios sobre os romanos.

– Bem, primeiro, sua ideia de colocar fogo no topo do grande Farol é ótima! Vou agora mesmo falar com o faraó. Agora, sobre a cor do fogo, preciso pensar.

E assim, Alexandria, no Egito, depois que construiu seu Farol gigante, passou a contar com navegação segura para seus navios graças à luz de fogueira sempre acesa.

Em homenagem à menina que ensinou ao general, seu pai, a luz do grande Farol foi chamada de LIZ, pelos egípcios. Os romanos, quando descobriram, não castigaram o povo da menina “generalíssima” e deram ao brilho do Farol o nome de LUX, que quer dizer LUZ. Mas, os egípcios mantiveram o nome da menina para a claridade: LIZ.

Quanto às cores da luz, nunca se soube se os egípcios ou outro povo tentou realizar o que LIZ sugeriu ao seu pai.

O que ela sabia naqueles tempos do grande Egito, descobriu-se séculos mais tarde!

 

ÉLCIO MÁRIO PINTO – elcioescritor@gmail.com

08/09/2018




Élcio Mário Pinto: 'Liliane e o enterro'

Élcio Mário Pinto: ‘LILIANE E O ENTERRO’

Uma homenagem à Liliane Barboza, de Taperoá/PB

 

A coragem da moça era conhecida e ninguém duvidava. Nem mesmo os valentões das terras de Batalhão se atreviam a dizer que Liliane sofria daquilo que se evitava: um enterro.

Embora muita gente se disponha a passar por velório, o assunto é sempre evitado. Mais do que tristezas e saudades, falar de enterro parece trazer para mais perto de quem fala e de quem ouve aquilo que ameaça todo vivente. Para quem respira, não há o que se compare à morte. Como diziam os mais velhos da terra: é definitivo demais!

Liliane, naquela segunda-feira, um dia que já era difícil por sua própria natureza, pensava no inevitável assunto. Dizia para si mesma:

– Talvez seja a melhor das decisões do Criador, afinal, ninguém está acima dela ou possa se sentir melhor do que qualquer outra criatura. Se há uma verdade que não se pode negar é esta: todos morrem! Então, pode abaixar esse nariz empinado!

Foi com estes pensamentos em voz alta, como era de seu costume, que a moça encontrou-se com um fato desconhecido, estranho e interessante, tudo ao mesmo tempo:

– Não é que vocês têm mais solidariedade do que a Humanidade!

Aquela conversa, sem a participação de outra pessoa, acontecia entre ela e uma centena de formigas.

E se alguém dissesse a ela:

– E tu, fala com formiga, é?

A resposta não seria outra:

– Falo sim, por quê? Quer aprender o que já deveria saber?

Se era uma pessoa dedicada aos amigos e prestativa em tudo o que dela dependesse, também não gostava de perguntas que considerava “sonsas”. A sonseira para Liliane era a atitude de quem se faz de inocente mas, no fundo, quer ridicularizar alguma coisa que não aprova. Então, usa de uma situação para zombar da pessoa com que fala.

Pelo que se sabe, alguns até queriam perguntar do que se tratava. Só faltava mesmo era coragem para questioná-la.

O que a impressionou, verdadeiramente, naquela visão que tirava o véu que cobria toda a Natureza, foi a ação das formigas diante de um bicho-pau que já estava morto. Era um inseto comum em sua região, por sinal, com uma curiosa capacidade de se misturar aos gravetos de madeira e à vegetação.

Ao ver o que faziam as formigas, Liliane, por algum momento, abaixou-se, observou cuidadosamente e chorou!

– Não é possível que tenham tantos cuidados com o falecido!

As formigas, em fila, carregavam o bicho-pau. Estavam numa procissão, ela não teve dúvida.

– Quer dizer então, que a procissão é uma tradição de formigas?

Ao se perguntar, a resposta foi uma só, afinal, todos sabemos que na Terra, as formigas existem há muito tempo, aliás, muito antes dos humanos. Então, ou a Humanidade inventou a tal da procissão ou aprendeu com as formigas. E, como sabemos e aprendemos na escola, na Natureza as coisas não se acabam, mas se transformam. Aí, a moça respondeu à sua própria pergunta:

– Sem dúvida, nós aprendemos com vocês!

Naquela sua caminhada pela manhã de uma segunda-feira, Liliane descobria um dos grandes mistérios da existência: a procissão na morte é um agradecimento pela Vida.

– É claro que é! – Disse em voz alta a moça, que parecia conversar com as pequenas e sabidas criaturas, todas conhecedoras do subterrâneo e tão cuidadosas com os mortos.

Longe de ser o final da inexplicável experiência, ela viu que as formigas não levavam o bicho-pau para dentro do formigueiro.

– Que coisa mais estranha!

Insetos carregam insetos mortos. Ora, isso todo mundo sabe, todo mundo já viu! O que ninguém nunca viu, até aquele dia, foi o que os olhos de Liliane puderam contemplar: as formigas, em procissão, uma parte na frente, outra parte carregando o falecido e a terceira parte atrás, não levaram o inseto para o formigueiro. Num ponto da caminhada, todas pararam. As operárias, então, cavaram, na terra fofa do chão, o que só podia ser uma cova. Aquelas que carregavam, adiantaram-se e depositaram o bicho-pau na cova pronta. Em seguida, todas começaram a plantá-lo na terra, a enterrá-lo.

Ao ver o movimento e encantada com o presente de uma visão que jamais esqueceria, a mulher forte do Cariri teve tempo de colocar uma pequeninha folha verde para cobrir o bicho-pau.

Quando o fez, viu que as formigas se afastaram, mas não correram. Na verdade, deram-lhe espaço para agir, como acontece na Natureza. Ela, que tão sabida continua a oferecer espaços e oportunidades para cada criatura viva! É só uma questão de perceber, entender e fazer, não perder oportunidades para aprender a viver e a conviver.

Ali, naquele enterro de um bicho-pau pelas formigas, Liliane aprendia uma convivência que toda a Natureza oferecia: na morte, a vida se despede para conhecer outra Natureza!

A segunda-feira estava longe de se acabar. Ainda era cedo, não passava das 7h00. Mas, o que Liliane entendeu é que para a convivência, a união das boas forças ajudam até no consolo da mais difícil verdade que todos sabemos e evitamos…

Para contar o que aconteceu às crianças na escola do bairro, ela começou dizendo:

– E não é que as formigas foram para o velório e cuidaram do enterro também!

 

ÉLCIO MÁRIO PINTO – elcioescritor@gmail.com

12/10/2017

Sorocaba/SP




Lançado com estrondoso sucesso o 27.º livro do escritor e colunista do ROL Élcio Mário Pinto: 'Catulino Capilé', em Taperoá/PB

Élcio Mário Pinto comemora seu aniversário com homenagem à cidade de Taperoá/PB e dedicando seu 27.º livro, ‘Catulino Capilé’, ao escritor Ariano Suassuna, seu patrono na Academia Votorantinense de Letras, Artes e História – AVLAH

 

Emocionado, o angatubense de nascimento, sorocabano por adoção e literato cosmopolita Élcio Mário Pinto, sempre acompanhado por sua esposa, apoiadora cultural (pela Lexmediare Ltda.) e companheira de todas as horas, Adriana  Rocha, expressou o que viu e sentiu na noite de lançamento de seu livro ‘Catulino Capilé’, em homenagem à cidade de Taperoá/PB e dedicado a seu patrono da Academia Votorantinense de Letras, Artes e História – AVLAH, Ariano Suassuna: “Plateia diversificada: crianças, jovens e adultos; mulheres, homens, jovens e idosos, todos envolvidos. Contamos com uma belíssima performance musicada. Além do prefeito Jurandi Gouveia Farias, o presidente da Câmara, Severino José e a Secretária de Educação, Flaviana da Silva, artistas, escritores, professores e população taperoaense prestigiando o evento!”

Segundo o escritor: “Falas e testemunhos, agradecimentos e cumprimentos foram trocados, formando-se uma corrente literária de valorização de nossas tradições e de nossa história. Autógrafos com dedicatória e muitas, muitas fotografias dos leitores com o autor”.

Valorizando ainda mais o lançamento, o autor não mediu esforços na homenagem à cidade de Taperoá e, generosamente, apresentou gravações em vídeo e áudio com depoimentos de amigos de Angatuba, Itapetininga, Sorocaba e Votorantim.

Para Élcio Mário Pinto, este aniversário e o lançamento se constituíram numa noite memorável  para ele e um reconhecimento a Ariano, sua Taperoá e com destaque para os vínculos que foram criados: de Tapiraí/SP para Taperoá/PB.

Abaixo, alguns momentos de emoções inesquecíveis!

                                                                                                                                                                                                                                
                                                                                                                                                                                                                                                                                
                                                                                                
                                                        
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   

  

 

  

 

 




Secretaria de Educação da prefeitura de Taperoá, realizou projeto para marcar o dia do Meio Ambiente

crechemeioambiente1.jpg

A cidade de Taperoá, na Paraíba, utilizou livros do escritor Élcio Mário Pinto, colunista do ROL

 

A secretaria de educação da cidade paraibana de Taperoá realizou o Projeto ‘Nossa Escola tem Asas’, baseado no projeto do escritor Élcio Mário Pinto, no qual as Escolas Municipais foram “batizadas” pela natureza, tendo uma ave-símbolo para representar ambientalmente cada instituição.

Esse projeto teve como finalidade sensibilizar a comunidade escolar de todas as escolas municipais sobre a importância de preservar a natureza. Cada turma escolheu uma ave para representar a turma e estudaram tudo sobre a vida da ave escolhida.

No dia 05/06 (Dia do Meio Ambiente), todas as escolas municipais que se engajaram no projeto nos últimos dois meses contaram com a presença da comunidade escolar para eleger a ave-símbolo de cada escola.

Os alunos falaram da importância de fazer uma reflexão sobre as atitudes que tomamos com relação ao meio ambiente, da importância de preservação das árvores e das aves e defenderam a ave escolhida para cada turma.
Alunos chegaram a soltar pássaros para conscientizar e dizer NÃO as gaiolas, onde em discurso falaram que pássaro bonito é pássaro solto.

Finalizando o projeto toda a comunidade escolar (alunos, pais, professores, funcionários, gestores e equipe técnica) votou nos “candidatos” e elegeu a ave-símbolo de cada escola municipal.