Escrito por Gabriel Chalita, Monólogo Sorriso de Mãe tem sua estreia paulistana dia 6 de maio, no Teatro Eva Herz

Dirigido por Fernando Philbert e estrelado por Joelson Medeiros, monólogo trata do afeto a partir das memórias de um filho com a sua mãe

Depois de estrear no Rio de Janeiro, o monólogo Sorriso de Mãe, com dramaturgia de Gabriel Chalita e direção de Fernando Philbert, desembarca em São Paulo para uma temporada entre os dias 6 de maio e 26 de junho no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. As apresentações acontecem às sextas, às 20h; aos sábados, às 17h; e aos domingos, às 18h.

Estrelada por Joelson Medeiros, a peça mostra, com delicadeza e de forma não-linear, uma série de memórias oriundas da união entre Cícero e sua mãe. Diante da plateia, o protagonista narra e revive lembranças, causos, personagens e amigos que ambos conheceram pelo caminho, costurando uma narrativa que enfatiza aspectos emocionais dessa relação e a necessária valorização dos afetos familiares.

À medida em que Cícero narra todas essas histórias, a plateia conhece como ele se sente com relação a tudo isso. Se esse encontro é uma despedida, uma visita, um sonho ou uma conversa entre Cícero e sua mãe, o público decidirá.

“O próprio personagem diz para a mãe em determinado momento: ‘são muitas histórias, várias vidas em uma só’. E é isso. São muitas vidas em cena. E a nossa maior preocupação é humanizar ao máximo esses personagens apresentados por Cícero, sem que eles se sobreponham à história. O que vai impactar é o sentimento”, comenta Joelson Medeiros, que encara o desafio de fazer um monólogo sem uma caracterização intensa, apoiado quase que unicamente na sua interpretação.

Membro da Academia Paulista de Letras, da Academia Brasileira de Educação e da Academia Brasileira de Cultura, Gabriel Chalita conta que escreveu a peça antes da pandemia, ao se solidarizar com a história de um amigo que havia perdido sua mãe.

“Fui atingido pela tristeza daquela despedida. Fiquei pensando em tantas histórias como aquela e isso me inspirou a falar da celebração dos momentos que eles viveram juntos e de homenagear não somente esse vínculo, mas todos os vínculos humanos. Não de um jeito triste. Ao contrário. Com muita verdade e sensibilidade”, conta o autor.

Para conduzir essa história com a humanidade e a sensibilidade necessárias, Fernando Philbert optou pela simplicidade, pois para ele, a relação entre mãe e filho é baseada nas coisas simples. “Todo mundo, em algum momento, é impactado pelo texto e pelas questões que ele traz. Além disso, ‘Sorriso de Mãe’ aborda essa relação pelo cotidiano e o cotidiano tem uma força imensa. Ainda mais nos dias de hoje. É importante lembrar que ficamos dois anos isolados em casa e que muita gente ficou exilada do seu próprio cotidiano. Assim, a peça usa o dia a dia para comunicar, trazendo uma delicadeza que vai atravessar as pessoas com muita potência”, afirma.

O diretor vê no teatro um ambiente paralelamente ligado às reflexões familiares: “A gente aprende sobre a vida ouvindo e vendo os nossos pais. O teatro também é isso. Ele acontece desse encontro com o público, é uma ação de ouvir. Tanto o ator ouve a plateia, quanto o contrário”, acrescenta

Sinopse

O espetáculo narra as lembranças de um filho diante de sua mãe. Esse encontro seria um sonho? Realidade? Ele revive momentos marcantes de sua trajetória ao lado dessa mãe amorosa, trazendo à tona diversos personagens que acompanharam sua trajetória de vida.

Sobre Gabriel Chalita

Ao longo de sua carreira, Chalita publicou 84 livros, entre eles “A Ética do Rei Menino”, “O Pequeno Filósofo”, “Pedagogia do Amor” e “Sócrates e Thomas More – Correspondências Imaginárias”. Dirigiu várias instituições educacionais e ocupou importantes cargos públicos, entre eles de Secretário da Educação do Estado de São Paulo e Secretário da Educação do Município de São Paulo. Foi, também, vereador em São Paulo e deputado federal. Chalita é professor dos cursos de graduação e pós-graduação nas universidades PUC-SP, Mackenzie, IBMEC e Uninove. É membro da Academia Brasileira de Educação, da Academia Brasileira de Cultura e da Academia Paulista de Letras.

Sobre Fernando Philbert

Gaúcho, radicado há mais de 30 anos no Rio de Janeiro, Philbert começou sua carreira como assistente de direção de figuras tarimbadas do teatro como Domingos Oliveira, Aderbal Freire-Filho e Gilberto Gawronski. Atualmente, é um dos diretores mais atuantes da cena carioca, tendo dirigido peças como “Quando as Máquinas Param”, “Diário do Farol”, “Contos Negreiros do Brasil”, “Idas e vindas”, “Embarque imediato”, “Parabéns, Senhor Presidente”, “Nefelibato”, “O Corpo da Mulher como Campo de Batalha” e “O Escândalo Felippe Dussaert”. Foi ainda indicado ao Shell de Melhor Direção por “Todas as Coisas Maravilhosas”, em 2019. É diretor do programa “Arte do Artista” da TV Brasil e foi codiretor do espetáculo “No Topo da Montanha”.

Sobre Joelson Medeiros

Joelson Medeiros tem mais de 30 anos de carreira no teatro, na TV e no cinema. Entre seus inúmeros trabalhos nos palcos, estão as peças “Werther” (1989), de Goethe, “O Livro de Jó” (1997), “Apocalipse 1,11” (1999), “O Bom Canário” (2012), “José do Egito” (2013), “O Lado B” (2019) e “Na Mesa com Clarice” (2020). Em 2015, é indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator pela peça “Madame Bovary”. Na TV, atuou em novelas como “Páginas da vida” (2006), “Caras e Bocas”, “Terra Prometida” (2016), “A Fórmula” (2017), “Tempo de Amar” (2017) e “Gênesis” (2021).

Ficha técnica:

Autor: Gabriel Chalita

Direção: Fernando Philbert

Ator: Joelson Medeiros

Cenografia: Natália Lana

Figurino: Tiago Ribeiro

Iluminação: Vilmar Olos

Iluminadora assistente: Celma Ungaro
Operador de Luz: Luiz Fernando Vaz Junior

Trilha sonora: Maíra Freitas
Operador de Som: Éder Soarez

Violino e Rabeca – Carol Panesi

Programação visual: Victor Bittow

Costura: Ateliê das Meninas
Contra-regra: Agilson dos Santos
Camareira: Gisele Pereira

Cenotécnico: André Salles

Costureira de cenário: Nice Tramontin

Produção executiva: Elisangela Monteiro

Direção de produção: Roberto Monteiro e Fernando Cardoso

Coordenadora Administrativa: Cenne Gots

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Fotos de divulgação: Nil Caniné

Realização: Mesa2 Produções Artísticas
Equipe Teatro Eva Herz

Curadoria Artística: André Acioli

Gerência Técnica: Hélio Schiavon Junior

Serviço

Sorriso de Mãe, de Gabriel Chalita

Temporada: 6 de maio a 26 de junho, às sextas, às 20h; aos sábados, às 17h; e domingo, às 18h.

Teatro Eva Herz – Livraria Cultura do Conjunto Nacional – Avenida Paulista, 2073, Cerqueira César

Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada).

Compra online: em Sympla

Bilheteria: De terça a sábado, das 14h às 20h; e aos domingos e feriados, das 13h às 18h (feriados sujeitos a alterações)

Telefone: (11) 3170-4059

Duração: 60 minutos.

Classificação: Livre.

Capacidade: 168 lugares (quatro lugares para cadeirantes)




A Confissão de Leontina faz nova temporada no Teatro Eva Herz, a partir de 11 de março

Principal escritora brasileira viva, Lygia Fagundes Telles tem seu conto A Confissão de Leontina adaptado para os palcos. Protagonizado pelo ator Márcio Trinchinatto, com direção de Kleber Montanheiro, a peça faz temporada no Teatro Eva Herz até dia 29 de abril

A Confissão de Leontina é um conto no qual sua protagonista suplica por outra chance social. Faz uma retrospectiva de sua vida, de seus momentos de felicidade, de amores, das traições, dos instantes de solidão e das desilusões.

Reconhecendo-se mais uma habitante da grande cidade, sujeita às injustiças da vida, Leontina reconstitui o seu percurso, desde os tempos de infância em que vivia numa pacata povoação – Olho d’Água. Uma infância árdua e pobre que a obrigou a trabalhar desde pequena, mas mais feliz do que os tempos que se seguiram.

A autora busca, esteticamente, desnaturalizar o preconceito enraizado na sociedade, em que os mais fracos sofrem as consequências do dominador. Do início até o fim do conto ela faz súplicas, por isso que esse corpo se enquadra no conceito de Foucault de “corpo supliciado”.

Uma das grandes marcas da obra de Lygia Fagundes Telles está presente na peça, que é a sua preocupação com as questões políticas e sociais de seu país, e ouvir a dor de Leontina passa a ser metáfora da dor e da beleza de ser brasileiro. Imortal da Academia Brasileira de Letras, ganhadora do Prêmio Jabuti em 1973 e Prêmio Camões em 2005, Lygia Fagundes Telles foi indicada ao Prêmio Nobel de Literatura de 2016.

O diretor Kleber Montanheiro trabalha com poucos itens de cenário e adereço, porém todos se transformando e assumindo várias funções, brincando com o que “nada é o que parece realmente”.

Sobre a volta do espetáculo, Marcio Trinchinatto comenta: “Foram dois anos de espera para uma nova temporada. Neste enorme período de confinamento silencioso e obscuro, vivenciamos o horror que nos mata em forma de vírus, poder e desamor. Aquilo que era uma vontade tornou-se necessidade: a obrigação de dar voz à Leontina, personagem invisível que sintetiza a ilustração do brasileiro vivendo à margem da vida. Um brasileiro que quase não é gente, mas conveniência.”

Simultaneamente à estreia do espetáculo, o ator está lançando um livro infantil inédito. A MENINA QUE CONVERSAVA COM A ESTRELA, pela Editora Flamingo, com ilustrações de Victor Grizzo.

Ficha Técnica:

De: Lygia Fagundes Telles

Com: Marcio Trinchinatto

Direção e figurino

Kleber Montanheiro

Assistência de direção

Larissa Matheus

LuzRodrigo Oliveira

Fotos João Caldas

Cenotécnico: Evandro Carretero

Costureira :Euda Alves de Souza

Divulgação: Pombo Correio Assessoria de Imprensa

Serviço:

A CONFISSÃO DE LEONTINA

De Lygia Fagundes Telles

TEATRO EVA THERZ

Livraria Cultura – Conjunto Nacional

Avenida Paulista 2073 – Cerqueira César

Temporada: de 11 de março até 29 de abril

Sextas às 20h.

Ingressos: R$ 50,00

Duração: 75 minutos