Cordel do Amor sem Fim tem nova temporada teatral no SESI

Espetáculo dirigido por Daniel Alvim e elenco retrata de forma simples e poética a ‘esperança e o amor

Foto de uma das atrizes do espetáculo 'Cordel de Amor'
 
Crédito: Priscila Prade
Baixe aqui imagens de divulgação

“A esperança e a vida são duas coisas que s
e acabam juntas”.
“O amor é quando a gaiola tá aberta, quando a coleira tá
frouxa. O amor é o de soltar, esse de prender é vaidade
– trechos da peça.

Visto por mais de 15.000 pessoas, o premiado texto Cordel do Amor Sem Fim, de Cláudia Barral e direção de Daniel Alvim, ganha uma nova temporada gratuita no Teatro do SESI-SP, no Centro Cultural Fiesp – Ruth Cardoso, de 4 de agosto a 3 de setembro. As apresentações acontecem às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos às 19h.

Essa bem-sucedida montagem estreou em 2019, produzida por Helena Ranaldi Daniel Alvim, e, desde então, circulou pelos principais teatros do estado de São Paulo, através de convites da Secretaria de Cultura, do SESI-SP e Sesc SP. A reestreia coincide com o lançamento do longa-metragem Cordel do Amor sem Fim, também produzidos por Helena Ranaldi e Daniel Alvim, que estreia em Festival Internacional (NY e Miami), no mês de setembro de 2023.

A peça apresenta ao público uma história simples, universal e familiar para muitos que passam a vida à procura de um sentido maior, para quem vive ou quer viver em função do amor e para quem se alimenta da difícil procura de encontrar-se no outro. Trata-se de uma história de encontros e desencontros, na qual o tempo não tem medida e esperar é viver intensamente o presente. 

A trama retrata o cotidiano simples de três irmãs, Madalena (Helena Ranaldi), Carminha (Patricia Gasppar) e Teresa (Márcia de Oliveira), que vivem à margem do rio São Francisco, na cidade Carinhanha, fronteira da Bahia com Minas Gerais.

No dia em que Teresa, a irmã mais nova, ficará noiva de José (Luciano Gatti), todos são surpreendidos com a chegada de Antônio (Rogério Romera), que promete voltar e ocupar o lugar do primeiro pretendente no coração da moça. A partir desse momento, as personagens passam a viver na expectativa do possível retorno de  Antônio, transformando, assim, a simples rotina e a vida de todos que vivem na pequena cidade de Carinhanha. 

Com personalidades distintas e que se complementam, as três irmãs podem ser vistas como uma só, de modo que o feminino é retratado de forma plena e absoluta. Por meio de personagens sutis e singelas, que trazem à cena uma apaixonante simplicidade, a autora apresenta um universo lúdico e genuíno, característicos de sua escrita. 

Partindo de uma narrativa poética e da execução de canções originais, essa história de amor e esperança, permeia as relações entre as três irmãs.  O texto discute temas como solidão, paixão, destino, força do feminino e a eterna busca pela felicidade e pelo amor, questões presentes e relevantes do mundo dito pós-moderno.

Aparentemente distante da realidade e das referências urbanas, as personagens conduzem a plateia rio adentro. Vezes ingênuas e paradoxalmente grifadas em cores marcantes, são completamente identificáveis pelos espectadores na alegria de viver, na força da atitude, na paixão, no desejo e na saudade. De tão humanas, essas personagens parecem romper com a distância entre o urbano e o sertão, entre as águas dos rios e o solo das fronteiras do nosso Brasil. Uma conexão da poesia e da mítica popular brasileira. 

Cordel do Amor sem Fim é um suspiro de amor, um alívio para a alma do espectador, acredita o diretor Daniel Alvim. “Em tempos difíceis de polarização, Cordel do Amor sem Fim dá ao público a oportunidade de tentar resgatar o tempo e o verdadeiro sentido das relações humanas. Cordel resgata o cheiro, as cores e a escuta do silêncio. Estar diante desse texto, é como estar à beira de um pequeno cais à espera de uma embarcação soprada pelo vento. Cordel do Amor sem fim é tentar encontrar o amor, é tentar encontrar-se consigo mesmo”, esclarece.

Sobre Cláudia Barral

Cláudia Barral é formada em Interpretação Teatral pela Universidade Federal da Bahia, com estágio de aperfeiçoamento na Academia Russa de Arte de Moscou e formação em Roteiro pela Academia Internacional de Cinema. 

Cláudia atua em diversos campos da produção literária, como dramaturga, roteirista, contista e poetisa no Brasil, em Portugal, na Alemanha e na Itália. Na sua produção em dramaturgia destacam-se “O Cego e o Louco” (Prêmio Copene 2000, com versão roteirizada para a TV Cultura em 2007), “Cordel do Amor sem Fim” (Prêmio Funarte 2004; Indicação ao Prêmio de Melhor Texto no Festival Internacional de Angra dos Reis, 2013) e “Hotel Jasmim” (Prêmio Heleny Guariba de Dramaturgia Feminina, 2013), peça de teatro que inspirou o curta de mesmo nome.

Sobre Daniel Alvim

O ator, diretor e produtor Daniel Alvim é um dos fundadores das companhias Pessoal do Faroeste e Bendita Trupe. Recentemente, foi indicado ao Prêmio Shell de melhor ator pelo trabalho em “Dias de Vinho e Rosas” (2015), com texto de JP Miller e direção de Fábio Assunção. Também atuou nas peças “Vidas Privadas” (2014), de Noel Coward, com direção de José Possi Neto; “Maria Miss” (2012), de Guimarães Rosa, dirigida por Yara Novaes; “O Casamento” (2013), de Nelson Rodrigues, com encenação de Johana Albuquerque; entre outras. 

Como diretor, Alvim montou os espetáculos “Quase Lá” (2011), de Maurício Barros; , “Vida & Obra de um Tipo à Toa” (2012), de Mário Viana e “Se existe eu ainda não encontrei” (2017/2018) de Nick Payne. No cinema, dirigiu e produziu o longa-metragem “Cordel do Amor sem Fim” e atuou no longa-metragem “Reis e Ratos”, de Mauro Lima, “O Doutrinador”, com direção de Gustavo Bonafé e Amando a Carolina de Martin Viaggio.

SINOPSE

Na pacata cidade de Carinhanha, no sertão baiano, às margens do rio São Francisco, vivem três irmãs, Madalena, Carminha e a jovem e sonhadora Teresa, por quem o namorado José nutre um sentimento arrebatador e possessivo. No dia em que José vai pedi-la em casamento, um encontro no porto da cidade sela o destino de Teresa: ela se apaixona por Antônio, um viajante que está de passagem pela cidade.  A partir deste ponto, a trama se desenrola em função da espera de Teresa pelo retorno de Antônio. A espera contagia a todos e as personagens passam a viver na expectativa de que algo mude em suas vidas.

FICHA TÉCNICA

Texto: Cláudia Barral. 
Direção: Daniel Alvim.
Elenco: Helena Ranaldi, Patricia Gasppar, Márcia de Oliveira, Luciano Gatti e Rogério Romera.
Trilha Sonora: Marcello Amalfi e Alessandro Lima. 
Iluminação: Wagner Freire. 
Cenografia: André Cortez.
Figurinos: Anne Cerutti. 
Produtores Associados: Helena Ranaldi e Daniel Alvim.
Realização: Alvim Produções Artísticas e Arte Ranaldi Produções.
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio.

SERVIÇO

“Cordel do Amor sem Fim”

Temporada: de 4 de agosto a 3 de setembro. Sextas e sábados às 20h e domingos às 19h

SESI – Centro Cultural Fiesp – Avenida Paulista, 1313, Bela Vista – Em frente a estação do Trianon-Masp do metrô.

Ingressos: Gratuitos. 

Duração: 1h

Classificação: 14 anos

Lotação : 450 pessoas

Acessibilidade: Teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

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Teatro do SESI-SP retoma estreias de espetáculos inéditos, em setembro, com direção de Marcelo Lazzaratto

Link para download de fotos de cena

Com temporada presencial de 10 de setembro a 5 de dezembro, peça também poderá ser vista no YouTube do Sesi-SP, de 15 de setembro a 20 de dezembro

Produção prevista para estrear no primeiro semestre de 2020, finalmente chega aos palcos, após pausa de 15 meses por conta da pandemia. Essa será a primeira estreia de espetáculo inédito no Teatro do Sesi-SP, desde que o espaço fechou como medida de protocolo preventivo.

Tectônicas parte da obsessão de Jorge (André Garolli), um usineiro paulista, por punir Marcelo (Sidney Santiago Kuanza), que teria agredido sua filha, Fabíola (Maria Laura Nogueira). 

A peça investiga como essa obsessão, que ignora os ritos da justiça institucional, contamina as relações mais íntimas do usineiro (Emílio – Heitor Goldflus, Marli – Luciana Carnieli, Luna – Patricia Gasppar, Antenor – Alexandre Borges, e Nicão – Ademir Emboava, os dois últimos participações em vídeo) e estrutura a nossa sociedade, provocando uma espiral de violência que revela a face mais opressiva do patriarcado brasileiro.

A peça estreia presencialmente no dia 10 de setembro e segue em temporada de sexta a domingo até 5 de dezembro.

O espetáculo será encenado seguindo todos os protocolos de segurança e com capacidade reduzida para manter o distanciamento social necessário.

Para quem não puder ir ao teatro a peça estará disponível em vídeo, com estreia on-line pelo Zoom no dia 15 de setembro, às 20h. Após a veiculação, o elenco e o diretor conversarão com os convidados. Depois disso, a apresentação filmada ficará on-line até o dia 20 de dezembro, no YouTube do Sesi-SP.

 “Tectônicas pretende estimular uma reflexão sobre o nosso momento histórico, em que a violência tem preponderado tanto nas relações pessoais quanto nas sociais. Um convite à percepção de que não somos apenas as vítimas de um sistema que condenamos, mas os seus agentes e muitas vezes os seus algozes.”, explica Samir Yazbek.

A narrativa é conduzida de forma épica por Dolores e Alfredo, familiares já mortos do usineiro (Dolores – Sandra Corveloni e Alfredo – Mauro Schames), metaforizadas nas “tectônicas” (título da peça), palavra de origem grega (“tektoniké”) que significa “a arte de construir”, remetendo às placas que vivem recriando a paisagem da Terra.

“Por meio da dialética criada entre passado e presente, pretende-se investigar não apenas como o primeiro determina o segundo, mas como o segundo pode redimensionar o significado do primeiro – daí o sentido da personagem Dolores (mãe de Jorge), que, embora já morta, pretende comunicar-se com o público, utilizando-se da metáfora das tectônicas, inspirada no universo da geologia”, completa o autor.

Sobre a encenação

Um organismo metálico e tubular livremente inspirado nas usinas de cana de açúcar é o cenário principal da peça, criado pelo diretor Marcelo Lazzaratto. “É o espaço em que todas as personagens, de certa forma, estão inseridas, podemos até dizer reféns, com maior ou menor consciência disso. Presas ao poder imposto por um patriarcado atávico que remonta aos primeiros passos de nossa colonização com as capitanias hereditárias e que até os dias de hoje regem, oprimem, determinam vidas e destinos, as personagens relacionam-se revelando sua insatisfação e desejo de mudança, mas também sua impotência.”, observa Lazzaratto.

No centro desse organismo uma chaminé, síntese desse poder que queima e espalha com sua fumaça sua verdade e ambição, é o lugar, o escritório, o altar, a plataforma de Jorge, o grande senhor, que dali rege tudo.

Sobre essa estrutura, imagens e vídeos são projetados revelando o absoluto controle de Jorge sobre o que acontece à sua volta, como se ali também fosse uma sala de operação e vigilância; mas também anteparo para vídeos com imagens críticas a esse poderio.

Ao redor desse organismo metálico e tubular existe um espaço vazio, ermo, quase outra dimensão em que personagens misteriosas transitam buscando entender como interferir nas veias e artérias do organismo, visando sua transformação, cura, ou mesmo, fim.

Completam a equipe criativa desta encenação o iluminador Wagner Freire, Marichilene Artsevskis, que assina os figurinos, Dan Maia, que faz a música original, e vídeo de André Guerreiro Lopes.

FICHA TÉCNICA

Texto: Samir Yazbek 

Direção: Marcelo Lazzaratto

Elenco: André Garolli, Heitor Goldflus, Luciana Carnieli, Maria Laura Nogueira, Mauro Schames, Patricia Gasppar, Sandra Corveloni e Sidney Santiago Kuanza.

Participações em Vídeo: Ademir Emboava e Alexandre Borges.

Iluminação: Wagner Freire

Cenografia: Marcelo Lazzaratto

Figurinos: Marichilene Artsevskis

Música original: Dan Maia

Direção e criação dos vídeos projeções: André Guerreiro Lopes

Fotografia: João Caldas Fº

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Produção Executiva: Fabrício Síndice e Vanessa Campanari

Direção de Produção: Edinho Rodrigues

Realização: SESI-SP e Brancalyone Produções Artísticas

SERVIÇO:

Tectônicas

Temporada no Teatro do SESI-SP, no Centro Cultural Fiesp: de 10 de setembro a 5 de dezembro de 2021.

Horários: sexta e sábado, às 20h | Domingo, às 19h

Local: Teatro do SESI-SP – Av. Paulista, 1.313 (Metrô Trianon-Masp)

Duração: 80 minutos

Gênero: drama

Classificação indicativa: 12 anos

Entrada gratuita. Reservas de ingressos online disponíveis em www.sesisp.org.br/meu-sesi. Novas reservas são abertas toda segunda-feira, às 8h, para as sessões daquela semana.

Temporada no YouTube do Sesi-SP: Estreia no 15 de setembro de 2021, às 20h, na plataforma Zoom. A partir desta data, a peça fica disponível no YouTube do Sesi-SP até 20 de dezembro.

Mais informações: www.centroculturalfiesp.com.br

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