Eu, Bernardo, uma obra de ficção sobre os percalços da adolescência

Apostando no gênero Young Adult, o livro em formato de diário é também um exemplo de processo terapêutico

Capa do livro 'Eu, Bernardo', de Daniela Pinotti
Capa do livro ‘Eu, Bernardo’, de Daniela Pinotti

A Maralto Edições lança, no próximo dia 14 de novembro, o livro Eu, Bernardo, uma obra de ficção de Daniela Pinotti, psicóloga clínica formada pela PUC-SP e mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unicamp. O livro, que faz uma imersão no cotidiano de um adolescente nada convencional, convida o leitor a refletir sobre a própria trajetória de vida, seja como o protagonista, o ouvinte receptivo ou o psicoterapeuta.

Apostando no gênero Young Adult, a obra é permeada por ilustrações, recortes e rabiscos que ajudam a criar uma atmosfera de imersão, fazendo com que a história ganhe vida e transporte o leitor diretamente para as emoções do personagem.

“Sempre fui encantada por essa fase do desenvolvimento”, explica Daniela Pinotti. “Acho a adolescência um momento privilegiado da vida e cultivo uma adolescente em mim até hoje, com quase 50 anos. Um dia, caminhando sozinha pela Av. Paulista, em São Paulo, olhando vários jovens, uns em bandos, outros sozinhos, ali no meio deles, Bernardo apareceu. Ele já veio com nome, com suas características, com tudo. Posso dizer que, literalmente, esbarrei com ele na rua. Depois disso deixei Bernardo falar e segui seus passos.”

Eu, Bernardo narra a trajetória de autoconhecimento de um adolescente de 16 anos, um pouco geek, vegano, ávido fã das icônicas bandas das décadas de 1980 e 1990, que passa por um momento tumultuado. Além de seus conflitos internos, ele enfrenta dificuldades em se relacionar emocionalmente. A timidez e a insegurança o impedem de se conectar verdadeiramente com as pessoas ao seu redor, e ele sente que sua vida está à deriva a ponto de pensar em suicídio.

Decidido a encontrar respostas para suas dúvidas existenciais e superar seus desafios emocionais, ele inicia um processo de psicoterapia com uma psicóloga experiente. Durante as sessões, ela o encoraja a escrever um diário, que ele batiza de Oscar em homenagem ao romance O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, em que um retrato esconde os segredos mais sombrios do protagonista. À medida que preenche as páginas de Oscar, Bernardo começa a desvendar suas emoções e conflitos internos. O diário se torna uma ferramenta terapêutica poderosa, ajudando-o a compreender suas próprias motivações, medos e desejos.

“Em minha experiência de 25 anos de prática clínica, tive o privilégio de acompanhar muitos adolescentes e jovens adultos”, reflete a autora. “Ouvir histórias diversas e estar muito próxima do pensar, do agir e do sentir dessa fase da vida foi fundamental para a construção do personagem. Deu para ele um frescor e uma consistência verossímil, sem deixar de ser ficção. O modo de atravessar essa passagem para a idade adulta tem se modificado rapidamente, e o consultório me garantiu não criar um adolescente ideal, assim como não me deixou presa em minha adolescência.”

Eu, Bernardo é um livro cativante que oferece uma perspectiva menos estereotipada e mais compassiva da adolescência, uma fase do desenvolvimento muitas vezes subestimada pela sociedade. A obra aprofunda as questões psicológicas complexas que cercam essa etapa da vida e conduz os adultos a compreender a riqueza das experiências que muitas vezes desvalorizam, como pertencimento a grupos, relacionamentos afetivos e as mudanças rápidas e abruptas no corpo.

Eu, Bernardo já está disponível para vendas no portal da Amazon e o evento de lançamento acontece no dia 14 de novembro, às 18h, na livraria Martins Fontes em São Paulo. A obra fará parte do Programa de Formação Leitora Maralto, uma iniciativa direcionada para escolas de todo o país.

Sobre a autora

Daniela Perotti
Daniela Perotti

Daniela Pinotti é psicóloga clínica e atende adolescentes e adultos há mais de 20 anos. Graduou-se em Psicologia pela PUC-SP em 1988 e tornou-se mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unicamp em 2007.

Como escritora, também se dedica à literatura infantojuvenil. Em 2009, publicou Meu pai sabe voar, em 2023, A odisseia do spray grego, ambos em parceria com o escritor Marcelo Maluf. Vive e trabalha em São Paulo.

Eu, Bernardo

Editora: Maralto Edições – Instagram @maraltoedicoes

Autora: Daniela Pinotti – Instagram @danipinotti

Ilustrações: Denny Chang

Preço: R% 49,90

Páginas: 285

Vendas: Amazon

Lançamento:
Sessão de autógrafos com Daniela Pinotti
Dia: 14/11
Local: Livraria Martins Fontes (Avenida Paulista, 509, Bela Vista — São Paulo)
Horário: a partir das 18h

Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/




Marilza Santos: '10 passos para evitar a dependência emocional'

Marilza Santos

10 passos para evitar a dependência emocional

✔️Cuide da sua saúde: coma alimentos saudáveis, pratique exercícios físicos e durma pelo menos seis horas . É importante dormir com as luzes apagadas , pesquisas revelam que dormir com luzes acesas prejudica a produção de insulina levando desenvolver diabetes.
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✔️Foque em fazer trabalho de que goste, as atividades laborais devem ser satisfatórias e lhe dá prazer . Descubra seus talentos .

✔️Cultive suas relações de amor, carinho e atenção, sem no entanto, colocar suas energias em uma pessoa apenas .

✔️Tenha momentos de lazer com as crianças, com seu amado ou amada, resgate seus hobbys e seus sonhos.

✔️ Exercite e cultive sua espiritualidade, leia a Bíblia Sagrada e busque nela inteligência emocional. Há infinidade de livros sobre espiritualidade, é importante que esta busca esteja de acordo com sua crença. Nada que lhe cause conflitos de espiritualidade.

✔️ Estude, comece uma faculdade, ou termine o ensino fundamental ou médio. A formação acadêmica ou a realização profissional trará uma imensa satisfação e uma enorme autoestima.

✔️Leia bons livros, assista bons filmes ou maratona de uma boa série na Netflix, porém, não o faça durante a madrugada, pois tais conteúdos, assim como as redes sociais liberam adrenalina e o cortisol, esses hormônios devem ser ativados e produzidos durante o dia.

✔️ Tenha prazer na própria companhia, se você não consegue ter paz na própria companhia, como pode querer ser boa companhia a outrem?

✔️ Programe uma viagem , conheça outros lugares, passeie no campo, coma frutas de um pomar, ande descalço, brinque e libere sua criança interior.

✔️”Quem se isola busca interesses egoístas e se rebela contra a sensatez” (Pr 18:1) Uma coisa é não querer sair de vem em quando, outra bem diferente é ser antissocial. Você pode mudar seu comportamento e buscar interação social . Isto faz bem!

Faz sentido pra você?

Marilza Santos

 

 

 

 

 




Marilza Santos: 'Morar no passado pode ser autodestrutivo'

Marilza Santos

Mudar não é fácil e viver é bastante complicado

Mediante a crise imposta pela Pandemia Mundial temos que buscar formas e métodos para vivermos melhor. Nossa mente é responsável pela forma como nós encaramos os problemas e superamos os obstáculos. Portanto, na atual conjectura você decide viver com mentalidade forte ou submergir no mar da vida. Exemplifico esses questionamentos nesta matéria, baseando-me nas treze coisas que as pessoas mentalmente fortes não fazem de Amy Morin.

De acordo com Morin, “Sentir pena de si mesmo é autodestrutivo’’. Existem um pensamento universal que é aquele em que a pessoa de baixa estima afirma: Ninguém me ama. Ninguém me quer. Minha mãe e meu pai não gostam de mim… Desse modo a pessoa passa a vida inteira reclamando.

Ao invés de sentir pena de si mesmo agradeça pelo que você é e pelo que você tem. É importante também que você tome a direção da sua vida e não permitam que outros definam seu modo de viver.

Quando éramos crianças não tínhamos muitas escolhas. Não éramos suficientemente maduros para decidirmos o que queríamos fazer. Nossa criação era assim. Entretanto, crescemos e amadurecemos e a sociedade continua fazendo esse papel de “pais’’ e constantemente somos forçados viver uma vida imposta pela sociedade, porém, devemos fortalecer nossa mentalidade e nunca perdermos o controle da nossa vida”.

Outro ponto é querer controlar tudo. Querer controlar tudo é característico de pessoas com ansiedade. A Oração da Serenidade nos ensina a orar assim: “Senhor dai-me força para mudar o que eu posso e sabedoria para aceitar o que não posso mudar’’. Você pode controlar seu peso, melhorar sua alimentação para viver melhor, mas você não pode mudar o fato de que uma pessoa morreu, nem impedir que isso venha acontecer. Nos meus atendimentos sempre falo a meus clientes: “O que você não pode mudar, você aceita”. Creio que “Nem Jesus agradou a todos” … Querer agradar é bom! O que não pode acontecer é você agradar o tempo todo, antes reflita: “Se eu agrada-lo, fizer o que está me pedindo, como irei ficar?” Se a resposta for positiva, então agrade o outro, mas se a resposta for negativa, negue, pois se ela realmente gostar de você isso não irá mudar em nada o apreço que a pessoa sente.

Podemos observar também que a palavra medo aparece 365 vezes na Sagrada Escritura. É normal ter medo, medo de maneira positiva evita que você cometa erros irreparáveis na vida, o problema é quando esse medo torna-se patológico, o medo patológico desenvolve a ansiedade, a ansiedade à depressão, a depressão à síndrome do pânico.

De acordo com Morin “Morar no passado pode ser autodestrutivo.” Na minha concepção, ficar ruminando eventos negativos do passado é terrível, há pessoas que pensam que somente ela sofreu bullying, foi maltratada quando criança ou foi abandonada… Todos sofremos, uns com mais intensidade e outros com menos. Todos temos perdas, umas mais significantes e outras nem tanto, mas você não pode viver congelado no passado num efeito de compulsão a repetição. Isto seria catastrófico! Todavia, Errar faz parte de qualquer aprendizado.

De acordo com a história Thomas Edison, realizou mais de mil tentativas até chegar a um resultado de sucesso na invenção da lâmpada, a partir daí ele inspirou muitas pessoas a persistirem em suas tentativas. Há erros que envolve ética moral, cujos erros as pessoas com mentalidades fracas cometem e que são as maiores tolices de um ser humano.

Além dos itens acima citados, as pessoas mentalmente fortes não invejam o sucesso dos outros e não desistem após o primeiro fracasso. Elas não tem medo da solidão e também não sentem que o mundo lhe deva alguma coisa, sobretudo elas não esperam resultados imediatos.

Portanto, manter o controle dos pensamentos e emoções e mudar o seu comportamento é a chave para ter uma mente forte e alcançar o êxito na vida e sucesso na carreira, mas, mudar não é fácil e viver é bastante complicado, todavia se não conseguir sozinho busque ajuda de um Psicólogo ou de um Terapeuta.

 

Por Terapeuta Marilza Santos

Artigo publicado originariamente na coluna Diário das Emoções – Terapia de Resultados, do Portal Zona da Mata News, em  08/07/2021, 10h55.