Série 'Minha Mãe é Uma Pedra Preciosa: Ana Elisa escreve sobre Terezinha Bloes
Minha mãe Terezinha é uma pedra preciosa!
Quando descobriu que estava grávida de seu segundo filho, que por sinal era euzinha mesmo, teve um misto de alegria e medo: seu médico e amigo da família já a havia alertado sobre os perigos de uma segunda gravidez, pois na primeira adquiriu diabetes e com isso todos os infortúnios dessa doença traiçoeira. Mesmo assim foi valente e enfrentou com garra essa gravidez com todos os percalços que ela proporcionava.
Nasci perfeitinha e rodeada dos carinhos que só uma mãe zelosa é capaz de oferecer.
Com seu jeito frágil, mamãe era chamada de “boneca de porcelana” por uma ajudante do lar que tínhamos, mas que se tornava uma leoa, principalmente se alguém se atrevesse a dizer um ‘a’ sobre eu ou meu irmão.
Graças à personalidade alegre e simpática da ‘Dona Terezinha’, nossa casa recebia sempre visita de amigos, que adoravam passar a tarde tomando um lanche e saboreando um pedaço do delicioso bolo de laranja que só ela sabia fazer.
Mamãe nunca trabalhou fora, mas sempre buscou maneiras de ajudar no orçamento do lar, fazendo pequenas costuras ou vendendo livrinhos, como o Avon.
Todos os meus melhores tesouros da vida vieram do aprendizado que ela me deu, por isso sou muito grata por ter tido uma mãe tão especial em minha vida.
Que pena que ela resolveu morar em outro lugar, mas fico feliz acreditando que é um local repleto de flores e anjos que a rodeiam e cantam para ela sorrir. Mamãe cumpriu lindamente sua missão e com certeza deixou o mundo melhor por onde passou.
Mãe Terezinha, muito obrigada por ter sido e ser ainda meu anjo aqui na terra.
E como dizia Ruy Barbosa: “Amor de mãe não morre, só muda de atmosfera”.
por Ana Elisa Bloes Meirelles de Arruda e Miranda