Segunda temporada do programa Entre o Céu e a Terra estreia na TV Brasil

Produção combina linguagens de documentário e ficção para refletir sobre religiosidade

Abordar temas filosóficos e culturais ligados à religiosidade sob uma perspectiva jornalística é o mote da série Entre o Céu e a Terra que a TV Brasil estreia segunda temporada neste domingo (22), às 13h. No dia anterior (21), às 20h30, a emissora exibe uma pré-estreia com o episódio “Ódio” para debater o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.

Com 26 episódios de 52 minutos, a produção da Realejo Filmes busca promover na televisão aberta o diálogo inter-religioso e valores como a diversidade e a tolerância. A proposta é abrir espaço plural de debate e reflexões sobre as religiões e crenças que existem no país.

Sridhara Dasa, do Pará, é um dos representantes Hare Krishna na série "Entre o Céu e a Terra"Os temas da nova temporada abrangem questões da experiência humana como vaidade, diversão, culpa, trabalho, infância, medo e alimentação. A cada semana, a série Entre o Céu e a Terra traz um assunto diferente apresentado sob a visão de diversas lideranças espirituais, de especialistas de outras áreas do saber, como filósofos, psicanalistas, sociólogos, cientistas da religião, teólogos, além de ateus e agnósticos.

O programa mostra, entre outras visões, o quem pensam os judeus sobre o sacerdócio de mulheres no episódio “Mestres e Aprendizes”; o que tem a dizer o Santo Daime na edição sobre “Vícios”; a abordagem da Igreja Batista sobre o “Ódio”; e a perspectiva da Igreja Católica sobre “Palavras e Orações”; entre tantas cerca de 50 religiões que participam da série.

O formato de Entre o Céu e a Terra combina documentário, na forma de entrevistas, e ficção com a trama que envolve o personagem Alberto (Clayton Mariano), um biólogo, observador dos fenômenos da vida e do comportamento.

Alberto é o protagonista da trama de dramaturgia da sérieEm cada episódio, ele se pergunta sobre questões comuns aos homens e mulheres de todos os tempos. O protagonista se questiona sobre a origem do mundo, o sentido da existência, porque ajudamos os outros, a organização familiar e outras tantas reflexões.

A série Entre o Céu e a Terra, produzida pela Realejo Filmes, foi vencedora de um dos concursos (pitchings) realizados pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) em 2013. Com direção e produção-executiva de Thomas Miguez, o programa tem roteiros assinados por Daniele Ricieri, Clayton Mariano, Priscila Gontijo, Michelle Ferreira, Rubens Rewald e Rodolfo Moreno.

“A televisão abre pouco espaço para a diversidade religiosa no país. Há no Brasil um fenômeno da expressão cristã na TV aberta, que se tornou hegemônica e que, por si só, merece um contraponto. Há muitas maneiras de se professar a fé e todas elas têm seu papel e espaço na sociedade e, portanto, merecem estar representadas na TV e em outras esferas públicas”, pontua Thomas Miguez, diretor e produtor-executivo de Entre o Céu e a Terra.

Episódio de estreia

O primeiro episódio da série trata do “Poder da Mente”. Para algumas pessoas é inviável conciliar a religião com a ciência. No entanto, em determinados campos do conhecimento é possível assimilar os conceitos de uma na outra.

Para analisar o assunto sob a perspectiva de diferentes religiões, Entre o Céu e a Terra entrevista representantes da Umbanda, Brahma Kumaris, Budismo, Espiritismo e Hare Krishna.

Também participam do programa o especialista em Mitologias, Bernardo Lynch de Gregorio; e a pesquisadora Monica Bernardo Schettini, doutora em Comunicação e Sociologia.

Pré-estreia lembra Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

Para refletir sobre o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, a TV Brasil exibe uma préestreia da segunda temporada da série Entre o Céu e a Terra neste sábado (21) às 20h30, com o episódio “Ódio”. O programa aborda o sentimento e as suas manifestações na sociedade.

Nessa edição especial, a série Entre o Céu e a Terra entrevista o jornalista Muniz Sodré, o advogado Alexandre Freitas, a antropóloga Maria Lucia Montes, e a socióloga Maria José Rosado, além de representantes da Igreja CatólicaSanto Daime, Judaísmo, Igreja BetesdaVia Luciferiana e Islamismo.

Para Thomas Miguez, diretor e produtor-executivo da série, respeito é uma palavra-chave no que diz respeito à diversidade religiosa. “As pessoas tem que respeitar a escolha do outro. Cada um tem uma jornada e experiência de vida. Não dá para querer que todo mundo leia a realidade de acordo com uma única cultura”, afirma.

Ficha técnica da série “Entre o Céu e a Terra”

Produtora: Realejo Filmes

Direção e Produção Executiva: Thomas Miguez

Roteiro: Daniele Ricieri, Clayton Mariano, Priscila Gontijo, Michelle Ferreira, Rubens Rewald e Rodolfo Moreno

Gênero: documentário

Ano de produção: 2016

Número de episódios: 26

Duração de cada episódio: 52 min
Classificação indicativa: livre




'Sem Censura' debate a intolerância religiosa com pesquisadores e representantes de projetos sociais

Dia 21 de janeiro marca o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

No Sem Censura de sexta (20), a apresentadora Vera Barroso recebe a jornalista Luciana Barreto, o filósofo e historiador André Barroso, o babalorixá Ivanir dos Santos (porta-voz da Comissão de Combate a Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro), a professora Janete Ribeiro (à frente do Projeto Saravá), o professor de ciências políticas Wallace de Moraes e o diretor de TV Thomas Miguez.

Janete Ribeiro abre o programa explicando como o “Projeto Saravá” influencia a educação de crianças e jovens do Colégio Brigadeiro Newton Braga, no Rio de Janeiro. Pelo projeto, são organizadas oficinas, rodas de conversa, exposições, dança e contação de histórias. Nas atividades, a diversidade étnico-religiosa é trabalhada de forma lúdica e participativa. “Venho de um movimento negro que acredita no diálogo entre povos”, argumenta a professora.

O babalorixá Ivanir dos Santos acrescenta que “Marchar não é Caminhar”, termo que intitula sua tese de doutorado. Segundo Ivanir, na caminhada há troca, enquanto na marcha existe afronta, conflito. Ele ressalta que, no Brasil, a intolerância religiosa é mais discutida com base em emoções do que na razão.

Pesquisador do Laboratório das Experiências Religiosas da UFRJ, o professor André Barroso lembra que a intolerância é fruto de séculos de Idade Média, em que predominava o domínio de uma religião sobre outra.

Apresentadora do noticiário Repórter Brasil Tarde, a jornalista Luciana Barreto questiona até que ponto a lei 10.639/2003 tem sido aplicada. A lei torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira em escolas de ensino fundamental e médio, sejam particulares ou públicas. Ainda inclui no calendário escolar o 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra.

Thomas Miguez compartilha suas experiências como produtor e diretor da série “Entre o céu e a Terra“, cuja segunda temporada estreia dia 22 de janeiro, na TV Brasil. A série abre um espaço de debate e reflexão sobre ideias e conceitos das religiões e crenças em atividade no país. O programa investiga as religiões, suas vivências e manifestações. No sábado, dia 21, acontece pré-estreia da série, às 20h30.

Serviço:

Sem Censura – Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

Sexta-feira, 20 de janeiro, às 16h, na TV Brasil.

Apresentação: Vera Barroso.

 




Pixel: dança contemporânea na TV Brasil

Espetáculo de dança gravado em 2 de novembro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, é a atração da TV Brasil na noite de sexta

 

 

Às 22h de sexta-feira (23), a TV Brasil exibe “Pixel”, espetáculo que une projeções digitais em 3D à dança contemporânea, com ênfase para dança de rua. Apresentado pelo grupo francês Compagnie Käfig, Pixel expande a linguagem do hip-hop e faz um cruzamento de disciplinas: circo, artes marciais, artes plásticas, mas preserva as raízes sociais e geográficas de sua dança.

O espetáculo nasceu do conceito de união da dança às projeções digitais, da ideia de mesclar realidade e mundo virtual. A coreógrafa Marjorie Hannoteaux buscou esse diálogo entre dança e projeção em vídeo. “Nesse tipo de diálogo, a dança encontra seu lugar naturalmente. Ela (a dança) é colocada em destaque, não subjugada, e permite poetizar”, destaca.

“Pixel não conta histórias. É um espetáculo feito de imagens e o espectador conta para si as histórias que quiser”, explica o diretor artístico Mourad Merzouki. “Vivemos num mundo onde a tecnologia é extremamente importante. (…) Em Pixel, isso trouxe uma cenografia em 3D que pode mudar rapidamente, de um quadro a outro, o que dá uma dimensão espetacular.”

A tecnologia do digital coloca o homem no centro dos desafios tecnológicos. E o corpo, no coração das imagens. “Fiquei atento para que a tecnologia não subjugasse a dança. A tecnologia deve acompanhar a coreografia, mas não a dominar”, revela Merzouki.

Em Pixel, cada artista apresenta uma “brincadeira” própria, imersa em um mundo desconhecido, e compartilha a energia e o virtuosismo do hip-hop, mistura poesia e sonhos, para criar um show no encontro das artes.

À frente da Compagnie Käfig desde sua criação, em 1996, o francês Mourad Merzouki é coreógrafo de hip-hop e diretor do Centro Coreográfico Nacional de Créteil e Val-de-Marne. Além de Pixel, Merzouki assinou a coreografia em mais de 20 espetáculos, incluindo o “Käfig Brasil” (2012), que contou com 11 dançarinos cariocas e mesclou ritmos brasileiros e hip-hop.
Serviço

Pixel

Sexta-feira, 23 de dezembro, às 22h, na TV Brasil.

Duração: 86 min (68 min de espetáculo e 18 min de entrevistas exclusivas com o diretor artístico, técnicos, artistas e imagens dos bastidores).